quinta-feira, julho 24, 2014

Gulosos

Estou em obras, canos, esgotos, obra triste e feia, sem brilho, com muito pó, mas oportunidade única para não ler jornais, nem abrir a televisão.Oiço apenas alguns sound bites a que nem ligo. Mas se quisesse fazer a ligação seria uma coisa deste género: - Putin é o lobo mau de uma história americana. Um grave acidente aéreo numa zona de conflito abre todos os noticiários deixando na penumbra o massacre israelita na faixa de Gaza. A taça de honra da associação de futebol de Lisboa foi transmitida em exclusivo pelo canal Benfica e só a muito custo consegui saber o resultado dos jogos em que interveio o Belenenses No meio da confusão prenderam um banqueiro conhecido. Enfim, foi o que me ficou no ouvido. E  assim, de repente, acho que todas estas notícias (acontecimentos) se relacionam. Mas o melhor é voltar às obras... que nunca mais acabam.

Saudações monárquicas

segunda-feira, julho 07, 2014

Eu vi, mas não publiquei…

Já ninguém refila, estão todos de acordo, no limite a questão resume-se a comparar benesses atribuídas a cada uma das capelinhas republicanas! Como sucedeu agora com a incrível intervenção do estado nos chamados bancos privados! BES, pois claro.

Escrevi em tempos um pequeno postal que acabei por não publicar. Ao lê-lo, hoje, reparo que nada mudou, e que tudo piorou!

“A Constituição e os filhotes” era o título. Rezava assim:

A tróica esforçou-se, o plano parece bom, e ao que tudo indica vai ser assinado pelos partidos políticos do arco governamental. Depois haverá eleições e neste capítulo também não deve haver novidade - hão-de ganhar todos, se Deus quiser. O pior vem a seguir, digo eu.
Vou explicar os meus receios: - Quem manda em Portugal e tem impedido que as reformas estruturais cheguem a bom termo são outros poderes, poderes mais ou menos ocultos, mais ou menos corporativos, a que por facilidade de expressão vou chamar ‘os partidos do estado’. São eles que decidem o leilão eleitoral, umas vezes a favor do PS, outras vezes a favor do PSD, consoante quem dá mais!
Exemplos de ‘partidos de estado’: – o partido da saúde pública (inclui o partido das farmácias), o partido da educação pública (inclui a propaganda de esquerda), o partido das empresas públicas, (são tantas), das semi-públicas, (outras tantas), o partido das obras públicas, (inclui o trânsito entre o cadeirão do ministério e o cadeirão das grandes construtoras), o partido da justiça, (inclui a prescrição de processos incómodos), o partido autárquico, (inclui rotundas, estádios, e empresas municipais), e ainda, é bom não esquecer, o partido dos compadres, dos banqueiros amigos, do centenário da república, etc., e quanto a partidos de estado é melhor ficar por aqui.


Saudações monárquicas 

quinta-feira, julho 03, 2014

As contas que ninguém quer fazer

É tabu do regime. Quantos funcionários públicos (ou equiparados) existem?! Qual a proporção dos mesmos em relação à população em geral?! Qual a comparação que podemos fazer com outros países da união europeia?! Tendo em conta, nomeadamente, a nossa capacidade para suportar essa despesa, paga como sabemos pelos impostos de todos os portugueses!
Tudo perguntas incómodas que ninguém quer responder ou sequer abordar!

Por exemplo, corre por aí a informação que temos 238 generais na folha de vencimentos! Será verdade?! A mesma fonte indica que a Espanha tem apenas 28! A França 55 e a Alemanha 189! Perguntamos de novo, será verdade?! Relembremos entretanto que a guerra de África acabou há quarenta anos!

E o que se passa com os professores! Será que vamos continuar a sustentar uma instrução pública improdutiva, ideológicamente marcada, e financeiramente insustentável?!
E os funcionários da Saúde?! E da Segurança Social?! Será que temos dinheiro para alimentar esse estendal interminável?!

Já nem falo dos juízes, que se movem na obscuridade das leis, dos deputados e governantes, que fabricam a teia legal que os protege, ou da rede de funcionários e empresas autárquicas!
São estas as verdadeiras gorduras do estado, que ninguém quer combater porque todos, ou quase todos, vivem delas.

Conclusão: - no início do século XXI persiste na Europa um pequeno país ‘soviético’, com uma economia de mercado a fingir, completamente dependente do estado, desde a ideologia ao futebol.
E viva a república.


Saudações monárquicas