Já ninguém refila, estão todos de acordo, no limite a questão
resume-se a comparar benesses atribuídas a cada uma das capelinhas
republicanas! Como sucedeu agora com a incrível intervenção do estado nos
chamados bancos privados! BES, pois claro.
Escrevi em tempos um pequeno postal que acabei por não
publicar. Ao lê-lo, hoje, reparo que nada mudou, e que tudo piorou!
“A Constituição e os
filhotes” era o título. Rezava assim:
A tróica esforçou-se, o plano parece bom, e ao que tudo indica vai ser
assinado pelos partidos políticos do arco governamental. Depois haverá eleições
e neste capítulo também não deve haver novidade - hão-de ganhar todos, se Deus
quiser. O pior vem a seguir, digo eu.
Vou explicar os meus receios: - Quem manda em Portugal e tem impedido
que as reformas estruturais cheguem a bom termo são outros poderes, poderes
mais ou menos ocultos, mais ou menos corporativos, a que por facilidade de
expressão vou chamar ‘os partidos do estado’. São eles que decidem o leilão
eleitoral, umas vezes a favor do PS, outras vezes a favor do PSD, consoante
quem dá mais!
Exemplos de ‘partidos de estado’: – o partido da saúde pública (inclui
o partido das farmácias), o partido da educação pública (inclui a propaganda de
esquerda), o partido das empresas públicas, (são tantas), das semi-públicas, (outras
tantas), o partido das obras públicas, (inclui o trânsito entre o cadeirão do
ministério e o cadeirão das grandes construtoras), o partido da justiça, (inclui
a prescrição de processos incómodos), o partido autárquico, (inclui rotundas,
estádios, e empresas municipais), e ainda, é bom não esquecer, o partido dos
compadres, dos banqueiros amigos, do centenário da república, etc., e quanto a
partidos de estado é melhor ficar por aqui.
Saudações monárquicas