quarta-feira, julho 28, 2010

Ah, grande Cabral!

Apesar das asneiras, dos iberismos bacocos, apesar de termos desembarcado a Telefónica em plena praia de Copacabana, apesar de tudo isso, o ‘achamento’ ainda prevalece, pelo menos enquanto os brasileiros falarem português. Isso mesmo entendeu Lula da Silva que na emergência estendeu a mão à PT e a Portugal. Mas que sirva de lição. Oito séculos de precaução contra o leão castelhano e parece que não aprendemos nada! Nem mesmo este 'suão' ardente... 'que enche o sono de pavores, faz febre, esfarela os ossos, dói nos peitos sufocados...' consegue acordar esta gente! Mas eu não desisto, vá, repitam comigo, todos - ‘de Espanha nem bom vento, nem bom casamento’!
Não custa nada.

Não percam tempo

Já estou como o outro, neste regime em que os partidos dominam completamente a situação, incluindo a chefia de estado, é praticamente impossível sentar um membro da ‘nomenclatura’ no banco dos réus. De vez em quando aparecem umas ameaças, saem umas notícias nos jornais, mas decorrido o tempo necessário, acaba tudo em bem. Eu até acho melhor acabar com isto à nascença, poupava-se muito, e escondíamos um pouco esta vergonha de haver vítimas de pedofilia mas não haver pedófilos, de haver corrupção mas não haver corruptos, ou a novidade que nos chega do Freeport de ter havido subornos, mas ninguém foi subornado! Que o dinheiro desapareceu, isso ninguém tem dúvidas.
Por isso insisto, está na forja outro caso mediático, desta vez com os banqueiros do BCP, arquivem já o processo por favor. O país precisa de reunir todos os meios possíveis para enfrentar a crise, não é altura de dissipar tempo, dinheiro e energia com mais brincadeiras. A não ser que… os advogados, os escritórios dos mesmos, toda aquela tralha dos magistrados, procuradores, juízes, tribunais, secretarias (por um lado), e
jornais, jornalistas e telejornais (por outro), precisem de viver mais cinco anos à conta do orçamento! Se for para isso, então está bem, está justificada a farsa da justiça.

E viva o centenário!

Adenda: Sem falar nas indemnizações por ofensa à honra e bom nome!

terça-feira, julho 27, 2010

Momentos Freeport

Segundo consta o Instituto de Conservação da Natureza terá chumbado a construção de um cemitério no local onde mais tarde licenciou o Freeport. O chumbo deveu-se ao ’aumento da densidade humana’ que o referido cemitério poderia trazer ao local, incomodando flamingos e outras espécies protegidas. Mais tarde, consultadas as espécies, estas mudaram de opinião face à perspectiva, bem mais divertida, de meio milhão de visitantes só no primeiro ano!

Um segundo momento Freeport é o cumprimento de uma promessa – o caso Freeport ficará esclarecido em termos processuais antes das férias grandes, cinco anos depois. E cumpre-se outro fadário – Sócrates não será arguido. Com esta certeza, o primeiro-ministro arrisca-se a passar à história com o cognome de Sócrates, o ilibado! Ou Sócrates, o inocente, como queiram.

Um terceiro momento Freeport prende-se directamente com a investigação. Sabemos que ouve escutas aos principais suspeitos, mas ficámos a saber que houve uma avaria na central telefónica que procedia àquela investigação. Essa avaria (alguma manivela que se encravou!) poderá ter inutilizado alguns desses meios de prova. A dúvida que sempre permanece nestes casos, é se as conversas avariadas eram do ‘filho do meu tio’, do primo ou do tio, e mencionavam o ilibado! Se mencionavam, também não se perde nada, eram conversas privadas, de escuta não autorizada, e estas já se sabe são para destruir, em qualquer caso.

E viva o centenário!

quinta-feira, julho 22, 2010

Cabe lá tudo menos…

Nasceu torta, a caminho do socialismo, mas o muro caiu e o socialismo fechou para obras. Endireitou-se, deslumbrou-se com o mercado e quis ter tudo, mais estado e menos estado ao mesmo tempo! Depois vieram os filhos, quis ser moderna, universal, tão avançada que o país ficou para trás! E cabe lá tudo, direitos e mais direitos, despesas e mais despesas, e não há norma ou postura municipal que não a possa invocar! Aliás todos a invocam, e de cada vez que a invocam, ela engorda e nós emagrecemos!
Cabe lá tudo... não é bem assim, mantém o ferrete original, protege quem protege, cabem lá o aborto, o casamento entre homossexuais, mas não cabem nem a Cruz do fundador nem a monarquia que nos deu identidade.
Afinal cabe lá tudo menos Portugal!

terça-feira, julho 20, 2010

A constituição e a minha vesícula

A constituição é um assunto sério que me faz rir, a revisão constitucional é uma brincadeira que me faz mal à vesícula! E quando assim é, a bílis solta-se e aí vai ela: - Pois bem, se querem de facto rever a constituição estabeleçam desde logo uma condição prévia - proíbam os ‘pais da constituição’ (o Miranda dos perdigotos, o Vital ex-comunista, etc.) de dar palpites sobre a revisão da criatura. De seguida, limitem a partidocracia, eliminando listas, responsabilizando individualmente os deputados perante os seus eleitores. Os círculos, lembram-se?! Limpem as coligações obrigando, por exemplo, os verdes (ou melancias) a irem a votos. Temos curiosidade em saber qual o respectivo peso eleitoral!
E agora a justiça: - aqui, é tempo de acabar com os tribunais superiores armados em lojas maçónicas. Como?! Se aquilo é secreto?! Não sei, mas façam um esforço em nome da credibilidade das instituições. Muita atenção às nomeações partidárias, ao registo de interesses, às incompatibilidades, ah, já me esquecia, atenção ao tribunal constitucional – mudem-lhe o nome, porque aquilo de tribunal tem pouco. Voltando ao processo judicial, reduzam-no, rasguem folhas ao acaso, especialmente no capítulo dos incidentes, recursos e garantias, no fim, não pode pesar mais do que oitocentas gramas. E já é muito. Dentro do mesmo assunto - a produção legislativa anda a engordar advogados, escritórios e pareceres. Toca a fazer dieta.
Eu sou monárquico, não quero por isso limitações materiais à mudança de regime, não quero uma república transformada em mandamento caído do céu… num país de ateus! Mudem já isso, incluindo as frases obscuras (estilo - forma republicana de governo!) que só a confraria entende.
E não é preciso mexer nos poderes do presidente. Pois se o Sampaio até fez cair um governo que tinha uma maioria a sustentá-lo na assembleia! O problema do chefe de estado não é uma questão de poderes, mas de independência dos poderes.
Pronto, já estou melhor da vesícula.

Saudações monárquicas

segunda-feira, julho 19, 2010

18 de Julho!

Que mal tem se me esqueci!
Se quis dar esta alegria!
Que mal tem se adormeci!
E tinha passado um dia!

Nascer depois é melhor
Faz melhor à mocidade
Nascer antes é pior
Quando chega certa idade

.
Nascer na data convém
Sem parabéns atrasados
Poupa desculpas também
Como estes versos coitados

Os parabéns são precisos
Trazem mais vida ao viver
Muitos anos e sorrisos
E a vida como Deus quer!

sexta-feira, julho 16, 2010

Cândida e os submarinos

Quando o Freeport mergulhou numa gaveta e por lá se manteve sem dar sinais de vida, Cândida veio à superfície e explicou, como só ela sabe explicar, que a investigação jaz submersa numa profunda falta de meios! Contráriamente, desta vez, com os submarinos transformados em barcos do amor, Cândida evita, Cândida foge e não explica o que se está a passar! Nesta batalha naval amorosa, em que investigador e investigado se entrelaçam (se Cândida não explica) ficamos sem saber quem foi ao fundo - se o submarino, se a própria credibilidade da investigação!
Etiqueta: o estado da nação.

O estado da nação

Sócrates pegou nos resultados de um inquérito (dados de 2008) que apontavam para uma diminuição da pobreza e concluíu que a política seguida pelo seu governo estava no rumo certo. Números são números, números são factos, e assim, desta maneira ardilosa, silenciou a esquerda recalcitrante. Virando-se então para a direita, valorizou a perfomance da economia portuguesa face à crise, enquanto acusava o PSD de tentativa de destruição do estado social. A direita reagiu, mas reagiu mal.
E foi mais um debate ganho por Sócrates... contra a nação.

Este debate poderia ter sido diferente se por um acaso houvesse ali, naquela assembleia de cativos, um político corajoso que contestasse Sócrates no seu próprio terreno. Dou um exemplo - quando o primeiro-ministro elogiava o comportamento da economia portuguesa face às suas congéneres europeias, poderíamos concluir, ao contrário do próprio, que essa é a maior prova da nossa persistente posição periférica. Portanto esse elogio deveria ser antes motivo de preocupação. O mesmo se diga quando Assis se agarra à Europa com unhas e dentes, numa clara demonstração de falta de alternativa política. Aqui era preciso lembrar-lhe a frase de outro socialista – há vida para além (dos subsídios) da união europeia!
E finalmente que dizer das reticências socialistas em alterar a constituição impedindo por essa via que os governos portugueses (sejam de direita ou de esquerda) tenham as mesmas armas para combater a crise que os nossos parceiros europeus! Será a nossa constituição um texto sagrado?!

Saudações monárquicas

quinta-feira, julho 15, 2010

Apesar do Bosco...

Apesar do Bosco e de outros pesos pesados desta república maçónica, a comissão de inquérito ao caso PT/TVI lá conseguiu produzir um relatório menos mau, ou seja, relativamente próximo dos acontecimentos. Bosco diz-se de consciência tranquila o que significa que conseguiu empatar a comissão ao máximo, e por tê-lo feito será devidamente compensado pela confraria. Melhor seria que a montanha tivesse parido um rato, esse sim, o habitual nestas comissões de inquérito, mas não podendo ser, jogar para o empate já deixa as consciências tranquilas. Aliás, o empate é o resultado por excelência deste país ensimesmado. O resto, as escutas (que horror!), a separação de poderes (nunca estiveram tão juntos), a constituição (que apenas serve quem a fabricou) é conversa fiada para enganar pacóvios. Que somos nós!

quarta-feira, julho 14, 2010

O tempo que for preciso...

Nada de pressas, vamos com calma, que a boa justiça é lenta, muito lenta, de acordo com uma conhecida receita nacional. Este prato começou a ser cozinhado com a libertação de Pedroso, com as ausências de outros prováveis praticantes de pedofilia, e agora restam o Silvino e uns poucos de personagens... que sabem muito! Que fazer?! Pergunta o revolucionário de modo vário! Resposta - deixa isso prescrever.
Vem agora o Carlos Silvino a querer acelerar o processo! Mas está tudo doido? Era o que mais faltava. Então e os recursos, as garantias, o contraditório, os incidentes?! E os direitos dos outros arguidos?! As férias judiciais?! Este Silvino, mais o seu advogado, devem pensar que fazer justiça é coisa fácil!
Um bocadinho de paciência nunca fez mal a ninguém.

terça-feira, julho 13, 2010

A desunião exemplar!

É só um palpite, não, não sou o polvo que adivinha os resultados da bola, mas palpita-me que era melhor começarmos a fazer as malas e zarpar desta união soviética economicista onde os nossos interesses estratégicos estão proibidos ou não se podem defender - vidé caso golden share/PT, independentemente das culpas próprias. Mas voltando ao polvo, lembremo-nos como foi triste e atabalhoada a nossa 'descolonização exemplar' e para que não se repita, apesar da pouca importância que haveremos de ter na desagregação europeia, seria sensato pensar no assunto. Por isso não dêem ouvidos aos 'irreversíveis', sempre apostados no fim da história e que nos dizem sempre... que não há alternativa!
Há sempre alternativa, especialmente a esses apóstolos da religião europeia!

quarta-feira, julho 07, 2010

As duras coincidências

Uma coisa é aquilo que gostávamos que acontecesse, e por isso anunciei (de Marte) que a Espanha haveria de encalhar mal visse a armada lusitana. Era um sonho planetário, um sonho de outros tempos, um sonho que a dura realidade desmente todos os dias - nuestros hermanos passaram por nós, sufocaram a Alemanha, e estão na final.
Mudo de linha para me distanciar dos palpites dos nossos técnicos de televisão – primeiro ganhava a Argentina (para valorizar o Di Maria); depois era o Brasil (não se sabe porquê); torceram pelo Paraguai contra a Espanha, e em desespero de causa elegeram a Alemanha como a selecção maravilha. Mas a Alemanha, como venho dizendo, não era assim tão forte. Paulatinamente a Holanda foi vencendo os seus jogos e a Espanha, apesar da má forma de alguns jogadores, é a melhor selecção deste campeonato do mundo. Pode até não ganhar à Holanda, mas há-de dominar o jogo.

Curiosidades e coincidências: - em ano de centenário da nossa ridícula república, são duas monarquias que chegam à final! A Espanha e uma sua antiga colónia! Alba e Orange frente a frente! Quem irá vencer desta vez?! Aliás a Espanha está por todo o lado, o Nadal ganhou em Wimbledon, são os actuais campeões da Europa de futebol, arriscam-se a ser campeões do mundo, dão ordens de compra sobre as empresas portuguesas a operar no Brasil, obrigam-nos a andar de TGV do Poceirão até Madrid, eu sei lá, parece que conduzem o mundo!
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Para o fim, uma pergunta desagradável - não haverá uma relação entre o regime espanhol e a sua promissora grandeza?! Pondo a questão ao contrário – não haverá uma relação entre o regime português e a nossa 'apagada e vil tristeza'?!
Se não quiserem responder, não respondam.

Saudações monárquicas

terça-feira, julho 06, 2010

No tempo em que eu nasci...

Julgo ser um poema do Ary dos Santos - "no tempo em que eu nasci havia um 'S'..." - mas hoje existem outros 'S' bem mais perniciosos, é uma questão de os desfilarmos - Soares, Sócrates, Saramago, Salgado, etc, e todos eles deram e dão palpites que irão influenciar o nosso futuro colectivo. Simplesmente, todos eles são piores que o 'S' original porque pelos vistos não têm nenhuma ideia para Portugal a não ser preocupações de natureza privada ou ideológica, bem longe das necessidades perenes da Pátria. Passe o vocábulo fora de moda. Vem isto a propósito da bagunça estabelecida em torno da PT, empresa que o estado privatizou mas pretende que continue a ser pública! Isto só pode ser brincadeira. E depois ouvem-se comentários do tipo - estamos como em 1580 em que só o povo defendeu a soberania nacional! É mentira, porque a união dos reinos de Portugal e Espanha só se efectivou porque os procuradores do dito povo votaram a favor da união, com a honrosa excepção do procurador de Lisboa, de seu nome Febo Moniz. Quem de facto garantia a soberania nacional era o Rei, infelizmente morto em Alcácer Quibir e sem deixar descendentes. Filipe II, de acordo com a lei da época tinha direitos dinásticos sobre a coroa portuguesa mas só os exerceu por vontade do povo português, leia-se dos seus representantes. Pior estamos agora em que sem lei que nos condicione, nos entregamos à dependência com a maior das facilidades. Basta ouvir ou ler o que dizem os 'S' que nos representam.
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.Saudações monárquicas