quarta-feira, julho 07, 2010

As duras coincidências

Uma coisa é aquilo que gostávamos que acontecesse, e por isso anunciei (de Marte) que a Espanha haveria de encalhar mal visse a armada lusitana. Era um sonho planetário, um sonho de outros tempos, um sonho que a dura realidade desmente todos os dias - nuestros hermanos passaram por nós, sufocaram a Alemanha, e estão na final.
Mudo de linha para me distanciar dos palpites dos nossos técnicos de televisão – primeiro ganhava a Argentina (para valorizar o Di Maria); depois era o Brasil (não se sabe porquê); torceram pelo Paraguai contra a Espanha, e em desespero de causa elegeram a Alemanha como a selecção maravilha. Mas a Alemanha, como venho dizendo, não era assim tão forte. Paulatinamente a Holanda foi vencendo os seus jogos e a Espanha, apesar da má forma de alguns jogadores, é a melhor selecção deste campeonato do mundo. Pode até não ganhar à Holanda, mas há-de dominar o jogo.

Curiosidades e coincidências: - em ano de centenário da nossa ridícula república, são duas monarquias que chegam à final! A Espanha e uma sua antiga colónia! Alba e Orange frente a frente! Quem irá vencer desta vez?! Aliás a Espanha está por todo o lado, o Nadal ganhou em Wimbledon, são os actuais campeões da Europa de futebol, arriscam-se a ser campeões do mundo, dão ordens de compra sobre as empresas portuguesas a operar no Brasil, obrigam-nos a andar de TGV do Poceirão até Madrid, eu sei lá, parece que conduzem o mundo!
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Para o fim, uma pergunta desagradável - não haverá uma relação entre o regime espanhol e a sua promissora grandeza?! Pondo a questão ao contrário – não haverá uma relação entre o regime português e a nossa 'apagada e vil tristeza'?!
Se não quiserem responder, não respondam.

Saudações monárquicas

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