terça-feira, dezembro 31, 2019

Crónica do segundo achamento...


'Senhor,

Posto que o capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que para o bem contar e falar, o saiba pior que todos fazer.
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e creia bem por certo que, para aformosear nem afeiar, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me pareceu.'

Assim, vindos de uma aventura nas Arábias, resolvemos tentar a sorte no Brasil que embora já não pertença a Vossa Alteza, não deixou de ser a grande pátria da língua portuguesa. Escolhemos o Flamengo não para lembrar a ocupação holandesa, até porque nada tem a ver com isso, mas porque se trata de um dos maiores clubes brasileiros sendo assim mais fácil conseguir triunfos e glórias que pudessem embelezar o brasão lusitano. A Taça dos Libertadores que conquistámos será esse testemunho, ao mesmo tempo irónico, na medida em que foi obra do antigo colonizador!

'Deste porto seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, sexta feira, primeiro dia de maio de 1500.'




terça-feira, dezembro 24, 2019

quinta-feira, dezembro 19, 2019

'Na lavandaria república a justiça lava mais branco'















Podia ser uma frase publicitária de um qualquer paraíso fiscal, podia ser uma anedota para entreter o pagode, ou pode ser a realidade de um regime cuja justiça parece perseguir, não os corruptos, mas quem os denuncia! Com efeito ao ver Ana Gomes a contas com a justiça portuguesa, por ter denunciado a cleptocracia angolana na pessoa de uma das suas mais proeminentes figuras, ou ao ver Rui Pinto há longos meses em prisão preventiva, como se fora um criminoso da pior espécie, enquanto os que ele denunciou andam cá fora a passear, sou forçado a concluir que em Portugal quem manda, de facto, é a corrupção! O resto são desculpas e muita presunção de inocência. Presumindo que somos todos parvos.

Saudações monárquicas


Adenda:
De vez em quando é preciso explicar porque é que no final dos meus postais me despeço com as saudações monárquicas! Explico: - Nos casos em que o regime em vigor não vem à baila as saudações servem apenas para me despedir lembrando que existe outro regime para além da república. Mas na maior parte dos casos, e este postal é um bom exemplo, as saudações monárquicas são sobretudo um termo de comparação com as monarquias europeias onde por regra a justiça funciona de forma eficaz e imparcial. O que faz toda a diferença para as repúblicas que conhecemos. Aqui, tudo vai a votos, incluindo o árbitro! Nestas circunstâncias, a justiça é fácilmente capturada pelos que conquistam o poder. 

sábado, dezembro 14, 2019

Uma questão de transparência


Rui Rio confrontou os outros dois candidatos à liderança do PSD sobre o facto de pertencerem ou não a alguma maçonaria e eu acho que fez bem. É claro que logo apareceram vozes, José Miguel Júdice, por exemplo, a criticarem Rio com aqueles argumentos que já todos conhecemos: – ataques pessoais, jogo sujo, e comparações com Donald Trump. Argumentos que distorcem a realidade, e que no fundo, são sempre a favor da opacidade, que é o contrário da transparência!

A ver se nos entendemos, o problema não é pertencer à maçonaria, seja ela qual for, de facto uma decisão do domínio privado e cada um faz o que quer da sua vida. Desde que evidentemente o faça dentro da legalidade vigente. Acontece porém, que ao contrário de outras organizações de filiados ou adeptos, os maçons, não se identificam como tal, nem existe nada que identifique a sua ligação a este tipo de organizações! Organizações que como sabemos cultivam o secretismo, e que existem como se não existissem! Daí as suspeitas sobre os seus verdadeiros objectivos e métodos. Suspeitas que recaem naturalmente sobre aqueles que suspeitamos serem seus adeptos ou membros.

É por esta ordem de razões e não por outras que Rui Rio confrontou Montenegro e Pinto Luz. Razões simples de entender porque o que está em causa não é da vida privada de ninguém mas sim a vida pública que os candidatos pretendem assumir. Cargos públicos que envolvem a representação de terceiros, e onde facilmente podem surgir conflitos de interesses. E nestas circunstâncias subsiste sempre a dúvida sobre os interesses que prevalecem! Serão aqueles pelos quais foram eleitos?! Ou serão outros, secretos, de uma agenda que os eleitores desconhecem?!

Nada como um bom exemplo: - quando um padre católico se candidata a determinado cargo público, os eleitores sabem, primeiro, que ele é padre, segundo, que em caso de conflito de interesses entre a obediência a Deus e a obediência aos homens, ele optará por Deus. E ninguém sai enganado.

quinta-feira, dezembro 12, 2019

Ainda a regionalização...


Eu sei que neste ponto me afasto do pensamento da chamada direita portuguesa, que 'por muito que nos custe a todos' não deixa de ser republicana. E a república é por natureza unitária, incapaz de conviver com as diferenças, a sua fórmula imperial é cesarista. Dito isto compreendemos o equívovo republicano sobre o 'império português', compreendemos o seu fim quando deixou de ser um espaço aberto à representação de quem quisesse pertencer-lhe. Esse modelo só funciona em monarquia. Basta olharmos para a Inglaterra.

Voltando à regionalização, promessa inscrita no texto constitucional, a respectiva polémica só se compreende à luz dos factos que acima enumerei. E os argumentos (contra) chegam a ser ridículos: - 'temos as fronteiras (consolidadas) mais antigas da Europa'! Apontando ao mesmo tempo para o 'perigo' catalão!
Um argumento que à semelhança do utilizado pela segunda república - 'Portugal é do Minho a Timor' - só nos dá a garantia de que caminhamos a passos largos para o Condado Portucalense!

A discussão tem que ser outra. Em primeiro lugar devíamos aprender com a experiência das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. A grande dificuldade reside, como é fácil de perceber, no facto de existirem dois poderes eleitos por voto directo e universal – o presidente da república portuguesa por um lado e os presidentes das regiões autónomas por outro. Poderes esses que quando entram em confronto é sempre um sarilho. Um sarilho republicano. Daí o alarido que se está a levantar com a proposta do PS de avançar para a eleição directa dos presidentes das actuais comissões regionais. Marcelo naturalmente reagiu.
É o eterno problema da república: - quer que tudo vá a votos, mas depois tem medo dos votos!

Soluções?!

Na minha modesta opinião, insisto, a autonomia regional é o único remédio que existe para o centralismo lisboeta e para a corrupção que lhe anda associada. E consequentemente para o desenvolvimento daquelas regiões que todos sabemos quais são. Onde não há gente nem trabalho. Quanto às palavras que não querem dizer nada a 'descentralização' é uma delas. É uma maneira de continuar tudo na mesma. Com a dita descentralização o Infarmed nunca sairá de Lisboa. Finalmente o 'perigo catalão' é uma 'doença de abundância'. A Catalunha tornou-se, através da autonomia, na região mais rica de Espanha. Nada de confusões. Egoísmo e folclore político é outro assunto.

Saudações monárquicas

sexta-feira, dezembro 06, 2019

Ventura tem dois problemas!


Dois problemas para resolver! Um do foro íntimo que insiste em transportar para a opinião pública com toda a carga de emoção e irracionalidade que ele contém. Estamos a falar do Benfica, não o clube de futebol, mas da pretensa 'instituição' em que está transformado, espécie que só tem paralelo nos 'clubes do estado' da extinta união soviética. O mesmo acontece aliás com Sporting e FC Porto, embora em menor escala. E o facto de hoje em dia (práticamente) só haver adeptos desses três clubes não melhora o problema, antes o complica.

Mas voltando ao Ventura e às esperanças que legitimamente nele se depositam não é coerente afirmar-se paladino do combate à corrupção e ao mesmo tempo silenciar o tema quando a suspeita possa envolver o Benfica! E não pode haver nada mais suspeito que esta coincidência quase anedótica dos chamados 'amigos do Vieira' (e do Benfica!) estarem todos a contas com a justiça... e o Vieira, nada! Ou só vai ser incomodado quando deixar de ser presidente das águias?!
Espero que Ventura faça uma profunda reflexão sobre este assunto e que não responda – 'à justiça o que é da justiça'! Para isso já temos o Costa!

O segundo problema tem a ver com a regionalização mas curiosamente também entronca na corrupção! Ventura é contra a regionalização argumentando que seria mais uma duplicação de tachos e mordomias aumentando assim o peso do estado e o encargo dos contribuintes. Posso concordar mas também concordo com o presidente da Câmara Municipal do Porto quando diz que o grande adversário da regionalização é Lisboa e o seu vício centralista! Vício que não há maneira de ultrapassar!

Por outro lado, e esta é a minha opinião, não nos podemos esquecer que a única grande realização desta terceira república, aquela que ficará na sua lúgubre história, tem a ver com a criação das regiões autónomas da Madeira e dos Açores. Criação que transformou pobreza em riqueza, como está à vista de todos!
Por isso Ventura, cuidado, muito cuidado com essa tua faceta lisboeta. Tens outras melhores. Muito melhores.


Saudações monárquicas


Nota: O rei e as regiões é sinónimo de grandeza e coesão! A república unitária é sempre a perder! Quando eu nasci era do Minho a Timor... Ventura, vê bem onde é que já vai! Quando perceberes isto... percebeste tudo!

quinta-feira, dezembro 05, 2019

Ginástica infantil


Para se ter uma ideia sobre o que se passa em Portugal é preciso fazer o pino e nessa incómoda posição tentar perceber os acontecimentos. Foi assim que chegámos à conclusão que afinal tivemos um primeiro ministro milionário cuja progenitora, além de sustentar as suas extravagâncias, financiava também a república, os respectivos bancos, antes de falirem, e muitas outras entidades e pessoas que só no decorrer do processo saberemos quem são. Isto se Deus nos der muita saúde porque pelo andar da carruagem é coisa para os nossos netos.

Noutro registo, e já numa posição normal, insisto numa sugestão que fiz há alguns anos e relativamente a casos de corrupção em que estivessem envolvidos personagens e entidades importantes do regime. Envolvidos mas inocentes até prova em contrário, bem entendido. E a sugestão era arquivar o assunto poupando o dinheiro dos contribuintes e da fazenda nacional. Havia alguns prejudicados, desde logo os contribuintes e a fazenda nacional, mas entre o deve e o haver, não tenho dúvidas que o saldo era francamente positivo. Prejudicados mesmo só estou a ver os escritórios de advogados e a comunicação social. Quanto aos escritórios de advogados até era justo que sofressem uma vez que são eles que normalmente engendram a malha legal por onde fogem facilmente os tubarões. Quanto à comunicação social, ela não se atrapalha! Há sempre uma mesa redonda sobre o futebol indígena em lista de espera.


Saudações monárquicas

domingo, dezembro 01, 2019

Portugal em primeiro!

Quando eu  à noite me deito
Fico a cismar no meu leito
Que o nosso maior defeito
É dar à esquerda o direito...

De nos faltar ao respeito
Destruindo o que foi feito
Numa história milenar!

E a propaganda da seita
Desfaz também na direita
Diz que é deserto, maleita,
Nó de gravata que enfeita...

Gente ruim, imperfeita,
De quem a gente suspeita
Que só nos quer enganar!

Mas bastou um forasteiro
Pra varrer o nevoeiro
E a verdade ficou nua!

A esquerda foi bloqueada
E a direita envergonhada
Já pode sair à rua!

Basta, chega companheiro
Basta chega de amargura
Põe Portugal em primeiro
Basta, chega de clausura! 

terça-feira, novembro 26, 2019

Somos bons é lá fora!


Numa curiosa deslocação de interesses, que a psiquiatria estuda e reconhece, os portugueses vibram com as façanhas dos seus emigrantes (lá fora) como se fossem façanhas dos seus nacionais cá dentro. E depois é claro segue-se o ritual do costume – a medalha na primeira oportunidade e o panteão da república, na última. Entretanto somos todos do Flamengo, da Juventus, do Atlético de Madrid, quando ainda há pouco éramos do Real, sem esquecer o recente Tottenham, ou o mais longínquo Mónaco. A regra básica nesta matéria, a cargo da comunicação social, é tentar meter na conta de Benfica, Sporting e Porto, por esta ordem, os créditos dos novos heróis. Por exemplo, se o João Félix marca um golo em Madrid os adeptos encarnados festejam como se tivesse sido marcado no estádio da Luz! Já na recente conquista da Libertadores Jesus é aclamado por benfiquistas e sportinguistas... no país inteiro. Sem esquecer o pessoal de Braga que é do Benfica.

Dito isto, pergunta-se: - já desistimos de ver os 'nossos heróis' a jogar ou a treinar cá dentro?! Em Portugal?! Ou perguntando de outra forma: - porque é que o nosso campeonato não tem níveis de seriedade e competitividade, por forma a reter os melhores?! Isto quando se sabe que os países do leste europeu já são mais atractivos do que nós! Continuando com as perguntas: - será que nada disto tem a ver com a corrupção* que nos empobrece todos os dias?!

Responda quem souber ou quem estiver interessado. Estamos a falar do futebol mas as perguntas e as respostas aplicam-se ao resto.


Saudações monárquicas


*Leia-se - regime corrupto.

sábado, novembro 23, 2019

As notícias que interessam

A impunidade em Portugal é uma vergonha!

André Ventura na manifestação dos polícias!

A verdadeira reivindicação das forças de segurança!

O muro de betão em frente à assembleia da república!

Rui Pinto (que denunciou a corrupção) continua preso!


Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 20, 2019

Joacine! Deixa-te de tretas!


A gente atura-te a gaguez, mais ou menos aguda, consoante, mas não te atura mais nada. Primeiro as declarações de amor ao Ferro Rodrigues (acho que o homem é casado), depois o salário mínimo sentimental, em euros, e por último a primeira proposta oficial: – Aristides ao panteão da república!

Proposta realmente singular não se sabendo bem se o próprio, sendo verdade o que dizem, gostaria de ficar entre jacobinos e regicidas! Bem sei que abriu uma secção para fadistas, outra para futebolistas, ou para algum poeta contrariando a poesia. Mas não é para aí que o querem mandar. Deve ser para o lado esquerdo da propaganda sendo certo que é feio usar os mortos para esse efeito. Além do mais, Joacine, não falaste nisso na campanha eleitoral. Andas a enganar os teus eleitores?! Ou andas a reboque da agenda sionista?! Sim, daqueles que matam palestinianos depois de lhes ocuparem o território! Qual é a tua afinal?! Amor?! Ódio?! Mandarete?!

Responde lá de maneira que a gente entenda.

quinta-feira, novembro 14, 2019

Os problemas do Ventura!


Os problemas do Ventura são os de qualquer oposição face a um regime instalado, ao governo que lhe corresponde, num país demasiado pequeno para haver oposição, ainda por cima a viver de amigos... europeus. Neste contexto sobram algumas minudências para discordar, algumas verbas para discutir, ou alguns escândalos de corrupção que o dito governo não quer discutir.

Vamos por partes. Quando digo 'regime instalado' refiro-me ao regime republicano, devidamente suportado pelas corporações do costume, pelas maçonarias habituais, que controlam quase tudo, desde a justiça à comunicação social.
Um regime destes, e nestas condições, produz naturalmente governos socialistas peritos em distribuir aquilo que não produzem, garantindo ao mesmo tempo as clientelas que hão-de assegurar futuras reeleições.

Neste quadro Ventura teve um minuto e meio para contestar o socialismo esquecendo-se (ou ignorando) que o socialismo não é causa mas a consequência do regime que ele não contesta. Nesta matéria o máximo que propõe é uma república presidencialista. Que sendo mais transparente, no essencial nada muda. Deixo-lhe alguns avisos. Traz um crucifixo no bolso mas a república só lhe concede essa liberdade por enquanto. Um dia poderá talvez ostentar esse crucifixo em sua casa, fora do espaço público, tal como a primeira república concedia que as procissões não ultrapassassem o adro da Igreja. Os tempos são outros, dirá! O problema é que o ser humano, como é patente naquela assembleia, não mudou assim tanto.


Saudações monárquicas

segunda-feira, outubro 28, 2019

Lendas e narrativas – o nosso Brexit!


Não há dúvida que este Brexit fez disparar os alarmes da nação! E o embaixador encalhado em Bruxelas, apercebe-se que não há marcha à ré, a nau inglesa está mesmo de partida! Apesar de todas as manobras, de todos os males que lhe vaticinam, desde a desunião do reino, à fronteira da Irlanda, à independência da Escócia, eu sei lá, como se alguém se preocupasse tanto com o mal dos outros!

O problema do embaixador no entanto era outro. E pergunta-se, o que vai ser de nós, nós que embarcámos nesta união sem plano B, em fuga ao nosso destino, às nossas responsabilidades, e agora, mais periféricos do que nunca, como vamos recuperar a centralidade perdida?!

Começa a delirar, revisita a história, o período filipino, a memória napoleónica, o bloqueio continental e acorda. Foi um pesadelo. O euro existe, é irreversível, e neste mundo tecnológico, global, quem precisa de mar e de navio?! No entanto esta ideia de termos a velha aliada como concorrente e talvez adversária numa eventual disputa com o eixo franco-alemão não lhe agrada. Pensa também nas ex-colónias, no pedido de Angola para entrar na Commonwealth (Moçambique já era) e uma ruga franze-lhe o sobrolho.

Afasta a ideia, liga a televisão, o futebol ocupa todos os canais, fala-se de Ronaldo e dos treinadores portugueses, os grandes navegadores da era digital! Jesus está no Flamengo e recoloniza o Brasil, Queiroz que andou pelas arábias é um deus na Colômbia e tantos outros espalhados pelo planeta transformando todas as verdades numa só: – o mundo é uma bola de futebol!

Está na hora de chamar o 112, concluiu o embaixador.

sexta-feira, outubro 25, 2019

Balada eurocéptica


Um eurocéptico
Um só que seja
Pra variar
Pra nos salvar desta omissão
Tão nacional, tão anormal,
Que é não haver 
Oposição em Portugal!

Um eurocéptico
Um só que seja
Que nos proteja desta união
Imaginária, rosa bancária,
Que nos dá tudo
Pra levar tudo 
Por um tostão!

Um eurocéptico
Um só que seja
Para lembrar
Que há uma história
Uma memória, uma raiz,
E que sem ela 
Não há país!

sexta-feira, outubro 11, 2019

André Ventura e o bobo da corte!

Ricardo Araújo Pereira, bobo da corte socialista e pelos vistos guardião do nacional benfiquismo, indigna-se e acusa André Ventura de instrumentalizar o sagrado emblema das águias, a honra do Eusébio, e não sei que mais, ao fazer-se eleger deputado pelo Chega! Que segundo o bobo, e outros indignados, é um partido horrível de extrema direita. 

Pensei ao princípio tratar-se de mais uma piada sem graça mas afinal parece que é verdade, há mesmo uma carta e uns quantos signatários que se dizem benfiquistas, que estão indignados e se sentem traídos pelo André Ventura. A tese, falsa como Judas, é básicamente a seguinte: - o André Ventura nunca seria eleito se não andasse a fazer as tristes figuras de comentador/cartilheiro e ao mesmo tempo grande defensor do impoluto Vieira! E continuo a dizer que não é uma piada, é mesmo a sério! Só que não é verdade e eles sabem. 

Para quem se lembra, André Ventura ganhou estatuto eleitoral quando denunciou a subsídio dependência em vigor e as injustas desigualdades que provoca. O rótulo de benfiquista só o prejudica e só lhe tira votos. A clubite nunca elegeu ninguém. E não é preciso ser muito inteligente para perceber isto.

Mas já é preciso ser inteligente para aproveitar esta 'ajuda' involuntária do Ricardo Araújo Pereira e restantes indignados. Basta que o André Ventura dispa a camisola do adepto e assuma definitivamente o papel de deputado. E tem muito com que se entreter. Já que gosta de futebol pode começar por aí. Pela corrupção, pela concorrência desleal, etc. No futebol e no resto. 

Quanto à instrumentalização política do Benfica estou de acordo com os signatários quando dizem - 'a instrumentalização política do Benfica é errada por princípio'! O problema é que no fim as coisas são bem diferentes. Basta tirar uma fotografia ao camarote da Luz em dia de jogo e ver a lista de convidados.


Saudações monárquicas



quarta-feira, outubro 09, 2019

'Portugal protege os poderosos e corruptos'


"Numa altura em que a União Europeia adoptou uma directiva com vista à melhoria da protecção de 'whistleblowers', Portugal está a tomar a direcção errada ao tratar Rui Pinto desta forma. Enquanto Rui Pinto está na prisão em Portugal, procuradores de nove países (incluindo França, Bélgica, Espanha, Holanda e Inglaterra) abriram investigações baseadas nas revelações do Football Leaks", assinala a antiga magistrada, que foi também membro do Parlamento Europeu.

Num comentário assinado no jornal norueguês VG , Eva Joly refere que há uma organização sem fins lucrativos - a Signal Network - que apoia denunciantes como Rui Pinto e que estima que já foram passados 35 milhões de euros em multas com base na informação divulgada pelo Football Leaks.


"É um facto que a cooperação de Rui Pinto com os procuradores estrangeiros parou desde que foi preso em Portugal. A detenção atrasa o trabalho que outros países estão a fazer na luta contra a corrupção no futebol", acrescenta Joly, apontando o dedo às autoridades lusas:

"O que é que Portugal está a fazer para combater a corrupção na indústria do futebol? Nada? Portugal está a investigar a corrupção revelada através do Football Leaks? A resposta curta é não. As autoridades portuguesas sublinham que não podem usar as revelações do Football Leaks, uma vez que consideram terem sido obtidas ilegalmente. Quando o enquadramento legal não é suficientemente bom para combater a corrupção, é hora de Portugal pensar se a legislação não deveria ser alterada. É hora de Portugal se desenvolver", assevera a ex-juíza, antes de concluir.

"Portugal devia actualizar a sua legislação para que consiga combater a corrupção no futebol de forma eficaz. Caso contrário, Portugal só será visto como um país com um sistema legal ultrapassado, que protege os poderosos e os corruptos e prende os que escolhem falar", remata Eva Joly.

(lido no jornal O Jogo)


Adenda:

'O despacho secreto relativo ao caso de Tancos demonstra, mais uma vez, que algo de muito grave se passa no Ministério Público. Não é normal que, num estado de direito, superiores hierárquicos condicionem a fluidez de um inquérito e prejudiquem a investigação apenas para não incomodar certas personalidades. Este é o mesmo Ministério Público que se recusa a investigar as minhas denúncias e que usa de todos os meios legais, e ilegais, para me manter numa medida de coacção excessiva e desproporcional.'

(Rui Pinto no twitter)

segunda-feira, outubro 07, 2019

Razões de um voto


Votei em Rui Rio e não me arrependo. Devo fazer parte daqueles 4% que levaram o PSD dos 24 aos 28% e retiraram a maioria absoluta ao PS. E por consequência ensombraram os sonhos do Costa e da restante corja.
Mas há outro objectivo que não foi alcançado pela corja, a saber: - Rio perdeu as eleições mas não foi humilhado e em cada um dos seus adversários/inimigos, sentiu-se isso. A partir de agora vão ter que contar com um adversário político de respeito. Temível no debate, seja em que matéria for, Rio é alguém que diz a verdade aos portugueses, que não entra em manobras de Tancos ou operações Marquês, alguém que não frequenta os camarotes da bola (e da corrupção), nem mete a família no governo.

É neste contexto que vamos assistir ao desgaste constante do próximo governo socialista a cada passo desmascarado por um opositor que não tem nada a perder. Como sempre frisou, está ali em primeiro lugar para servir o país e não precisa de tachos porque tem outra vida lá fora. Aliás e a provar que a estratégia de Rio é correcta veja-se como o PS na própria noite eleitoral se refugiou na esquerda, que é o seu lugar, propondo alianças a toda a gente. Sem querer deixou o centro que mais tarde ou mais cedo vai cair nas mãos de Rio.

E agora uma palavra sobre a demissão de Assunção Cristas. Chefe de um partido que nunca soube nem quis ocupar a direita, o CDS não era alternativa a ninguém, e sem saber já tinha morrido. Foi a enterrar no cinco de Outubro, um dia antes das eleições. Como curiosidade a filha de Adriano Moreira, outro antigo líder centrista, dava gritos de contente a cada passagem do discurso de vitória de António Costa! Quanto aos deputados centristas que ficaram desempregados vamos vê-los certamente nalguma televisão a fazer comentários de futebol. Uma prática que Cristas não soube (ou não quis) proibir. E devia.

E falta falar dos pequenos partidos, aqueles que elegeram pela primeira vez deputados, no caso um deputado cada um:

Iniciativa Liberal – um partido interessante que no Parlamento vai fazer oposição ao socialismo e conta nos seus quadros com gente capaz. Tem o problema de se chamar liberal como já em tempos frisei. Mas se conseguir ir para além do liberal, ir para além da economia e finanças, pode ser uma das bases de um futuro grande partido de direita.

Chega – André Ventura tem vocação e pode aspirar a uma carreira política. Mas isso só acontecerá no dia em que se afastar do futebol em geral e do Benfica em particular. Pode continuar a ser do Benfica, desde que não diga, e pode gostar do Vieira, desde que os eleitores não saibam. Incluindo os eleitores benfiquistas. Se conseguir fazer isso e rápidamente penso que tem futuro. Até porque já mete medo a alguns comentadores de esquerda.

Livre – podia dizer que a gaguez compensa mas estaria a ser injusto para a beleza da agora deputada. Além de outras qualidades menos visíveis e que não consegui entender num debate a que assisti na televisão. Só percebi que é mais uma deputada de esquerda.


Saudações monárquicas

quarta-feira, outubro 02, 2019

Deficientes em campanha!


Começo por mim, deficiente com atestado oficial, para dizer o seguinte: - a instrumentalização das deficiências físicas para captar esmola é uma prática ancestral, tem a idade do homem. Expostos na praça pública suscitavam (e suscitam) a compaixão e a generosidade dos passantes. Utilizar o método para chamar a atenção é coisa mais recente e tem a idade da esquerda para quem vale tudo para captar votos. Daí a gaga que se prestou ao papel no Livre, daí o cego no Partido da Terra, e falta apenas ouvirmos o mudo num próximo comício. Isto é o mais baixo a que pode descer o oportunismo político. Minto, há um degrau mais abaixo que é onde estavam todos os que assistem calados e coniventes com esta farsa.

Nota: Outros deficientes na campanha são os candidatos republicanos. Pedem esmola para o regime que criticam! E o único candidato monárquico nunca fala no pretendente ao trono! Afinal o país é que é deficiente.


Saudações monárquicas

segunda-feira, setembro 30, 2019

Tancos – juízo final!


Podia ser apenas uma 'selfie' da república, podia ser uma história infantil sobre polícias e ladrões, onde os polícias são ladrões e os ladrões são polícias, podia enfim ser mais um daqueles escândalos condenados ao esquecimento. Podia ser tudo isso mas não foi. Uma inusitada guerra entre polícias estragou tudo. Estragou o roubo e o achamento, estragou a propaganda do governo e o prestígio da instituição militar, e fez mais uma série de estragos nos restantes órgãos soberania. É caso para dizer que está tudo estragado! E se na acusação judicial há sempre a escapatória da presunção de inocência, da acusação política ninguém escapa!

Não escapam os paióis ao abandono, não escapa o governo e a sua geringonça, não escapa o poder judicial e as suas polícias, não escapa a assembleia da república e as suas comissões de inquérito, e nem sequer escapa a casa militar da presidência da república!


Saudações monárquicas

quarta-feira, setembro 25, 2019

O clima, o planeta, etc...


Antigamente falava-se do clima para iniciar uma conversa ou simplesmente para desconversar. E quando se falava do planeta era para o situar no universo, questionar as suas origens e no que respeita aos crentes tentar perceber o plano de Deus sobre o mesmo. A salvação do planeta não era assunto, e mesmo que fosse, a salvação das pessoas estava em primeiro lugar. Agora o mundo parece virado do avesso! E toda a gente quer salvar o planeta! Dizem-nos que é por altruísmo, a pensar nos filhos e nos netos! É mentira concerteza. Numa sociedade cada vez mais egoísta, veja-se a fraca natalidade, e que não acredita nos valores permanentes nem na vida eterna, porque carga de água é que aparece agora esta mania de salvar o planeta?! E também digo, se for para manter espécimes como aqueles que vejo na televisão então o melhor mesmo é que o planeta acabe. E nesta matéria o planeta concorda comigo.

Saudações monárquicas

quinta-feira, setembro 19, 2019

Corrupção eleitoral!


Em plena campanha eleitoral e quando confrontados sobre a corrupção e o correlativo funcionamento da justiça os políticos portugueses, e os diversos partidos, quase que não se distinguem! É, digamos, mais uma prova da grande união nacional republicana. E as desculpas oscilam entre a falta de meios e a esfarrapada separação de poderes! E ainda temos que ouvir o primeiro-ministro Costa dizer, como no 'caso das golas', que as investigações em curso são a verdadeira garantia do combate à corrupção! Mas não são. De suspeições, investigações e de buscas anda o país cheio há uma data de tempo. Na verdade, investigam, buscam, investigam, e no fim das contas, as acusações são poucas, e as condenações, nenhumas! E há concerteza meios com fartura porque senão era impossível manter tantos processos em aberto e por tanto tempo! Processos que acabam normalmente em prescrição, ou arquivo por falta de provas! Aliás a manha do regime e das 'castas' que o capturaram não tem limites! É uma questão de sobrevivência, uma jangada a que todos se agarram, e onde todos (no fundo) conhecem a verdade: - é o próprio regime que é corrupto. E se deixar de o ser eles perdem o emprego. Assim nunca haverá meios que cheguem nem justiça que funcione.


Saudações monárquicas


Nota: Não é por acaso que foi chumbada a proposta de fiscalização do Ministério Publico por gente fora do Ministério Público. E também não é por acaso que ninguém quer mudar uma simples lei que impeça que um juiz arguido de corrupção possa continuar a julgar casos de corrupção!

terça-feira, setembro 17, 2019

Se dúvidas houvessem...

A primeira ilacção que se retira deste debate nem é de ordem política, é de ordem educativa. E podemos sintetizá-la assim: - Rui Rio obriga Costa a alguma sobriedade na propaganda! E se o jogo fosse de cartas, eu diria: - Costa obrigado a naipe! Efectivamente o debate decorreu num registo civilizado, pouco propício a habilidades e demagogias e nestas condições Costa não consegue fazer das suas. Daí à derrota foi um pequeno passo. No rescaldo, a surpresa invadiu as televisões e os comentários falavam de uma inesperada derrota do Benfica eleitoral! No que diz respeito aos outros, ao pessoal do PSD que anda a morder no Rio desde que ele está à frente do partido, esses repetem agora a pergunta ingénua: - mas onde é que esteve escondido este Rio?! 
Enfim se dúvidas houvessem sobre a superioridade de Rui Rio face aos seus congéneres da política, elas ficaram desfeitas.

sexta-feira, setembro 13, 2019

A separação de poderes no camarote da Luz!


'O Benfica é maior que Portugal'! Bolsou um distinto administrador da respectiva SAD! Não sei se disse isto na sequência da decisão judicial que poupou a SAD encarnada no caso e.toupeira ou se foi por outro motivo qualquer. Isso agora não interessa. Porque eu concordo e também acho que o Benfica é de facto (e de direito) maior que Portugal. E sendo assim, só me ocorre aplicar ao Benfica a mesma receita que apliquei a uma mesa que adquiri e não cabe lá em casa! Desmontei-a, está encostada a uma parede, e à primeira oportunidade tenciono despachá-la para um lugar onde verdadeiramente caiba e se sinta feliz. O problema é que eu estou desconfiado que fora daqui, num sítio onde as leis se cumpram, as regras sejam iguais para todos, e a justiça funcione, o Benfica não vai caber nem vai ser feliz! Acho até, como na história do sapo e do boi, que ou faz dieta ou então rebenta como o sapo.

Noutra perspectiva, socorrendo-me das imagens, posso também concluir que a grandeza do Benfica é mais um produto da propaganda e dos favores do regime do que uma coisa real por dentro. Comparo aliás esta aparente grandeza ao que se passava na união soviética relativamente aos clubes desse mesmo regime (Lokomotiv, Dynamo, etc,) clubes que com o advento da democracia acabaram por desaparecer. É claro que o Benfica, tal como o regime, pensam que são eternos. No entanto, às vezes, quando o escândalo se torna insuportável, costuma acontecer qualquer coisa.

Saudações monárquicas

terça-feira, setembro 10, 2019

A união nacional partidária!


João Miguel Tavares concluiu há dias no Público que afinal só temos partidos 'sociais democratas'! Conclusão retirada das confissões que vai ouvindo nesta campanha eleitoral, quer dos vários líderes partidários, quer dos seus notáveis seguidores. E sendo assim podemos dizer, sem receio de errar, que o PSD já ganhou as eleições! E com maioria absoluta! Mais, nem haveria necessidade de as realizar tal a unanimidade de pensamento (e de acção) que atravessa o pequeno universo lusitano. E se dermos um passo em frente, talvez não haja sequer necessidade de haver partidos, porque bem vistas as coisas cabem todos no mesmo partido. O que aliás já nem é novidade e parece ser uma tendência inelutável numa república onde a situação é o que se sabe e a 'oposição' deixa de o ser por 'dez reis de mel coado'! A João Miguel Tavares só lhe falta retirar uma ilacção, a mais dolorosa: - isto é bem capaz de já nem ser um país!

Saudações monárquicas



sexta-feira, setembro 06, 2019

Moçambicanos que não se resignaram...






Não foi por certo por causa da Cruz de Cristo na camisola que o Papa Francisco se esqueceu de mencionar o Matateu na altura em que exortava os moçambicanos a não se resignarem ao seu trágico destino. Mas podia ter falado no Vicente, irmão de Matateu, como um exemplo de fidelidade e de coragem, que sobrevive hoje amputado das pernas que lhe deram fama e glória! Mas Sua Santidade só se lembrou do Eusébio. Uma peça do nacional benfiquismo vigente, instrumento de propaganda do regime republicano, o mesmo que deixou Moçambique e o resto da África portuguesa no estado calamitoso que todos sabemos. Enfim, um deslize papal que agradou aos media mas que não deixa de ser irritante.

quarta-feira, setembro 04, 2019

Rio 76%


Foi com um resultado do tipo basquetebol (76-24) que Rui Rio esmagou ontem na TVI a mediocridade geral! E ao fim de meia dúzia de questões já o painel de perguntas estava mudo e de boca aberta, tal como o país, estupefacto com a certeza e a clareza das respostas. Toda a gente percebeu, menos os 24%. E assistimos a um momento único, uma raridade - um político a sério, melhor dito, um estadista a sério, a colocar o interesse nacional acima do interesse partidário e das suas ambições pessoais. Sendo estas – servir a sua pátria. Coisa fora de moda. Que os media e seus comparsas já começaram a desvalorizar e denegrir. Que desperdício!

quinta-feira, agosto 29, 2019

Cada vez mais sindicalista!


Estou surpreendido comigo mesmo, habituado a ver o movimento sindical português como correia de ventoinha do PCP (e da esquerda em geral) nunca dei para aquele peditório. Além do mais, e falando em privilégios de classe, ou outras fórmulas marxistas, reconheço-me mais perto dos patrões que dos trabalhadores. Por isso não esperava chegar a esta idade e sentir alguma simpatia por um sindicato que o poder político quer abater a qualquer preço! Uma sanha revanchista que se estende ao Ministério Público com acções que visam ilegalizar o dito sindicato das matérias perigosas! E a história repete-se: - a esquerda quando chega ao poder a primeira coisa que faz é silenciar qualquer fonte de contestação. Também o povo conhece esta reacção dos pseudo democratas - 'Se queres ver o vilão, dá-lhe o chicote para a mão'!

É claro que tudo isto são ilusões e eu às vezes esqueço-me daquilo que ando a pregar a vida inteira: - em república, sem um poder moderador não eleito, é ilusório apoiar uma das partes contra a outra. Pois logo que uma delas vence, transforma-se imediatamente naquilo que combate. Não gosto de citar Simone Veil, uma republicana que não percebeu as causas. Mas exprimiu bem as consequências: - 'a justiça, essa eterna desertora do campo dos vencedores'.


Saudações monárquicas

quinta-feira, agosto 22, 2019

Marinho contrata ponta de lança!


Com o mercado a fechar-se Marinho Pinto consegue contratar um ponta de lança que vale mais que o PDR todo junto. Incluindo a ética republicana que a gente já conhece de ginjeira. Com a embalagem que ganhou Pardal Henriques é de facto um trunfo eleitoral. Mas merecia melhor. E devia ter escolhido um 'clube' melhor. Digo isto porque da maneira que tem sido atacado por tudo e por todos nestes dias de greve... é concerteza alguém que incomoda a nomenclatura. Mas não na companhia de Marinho Pinto, que também é da nomenclatura.

Recordemos que enquanto comentador televisivo (de suspensórios) foi grande defensor da inocência de Sócrates como já tinha sido da inocência dos laicos, republicanos e socialistas que frequentavam a Casa Pia. Com este curriculum não admira que precise de sangue novo para o seu partido democrático e republicano. Enfim, mais uma jogada da maçonaria, que gosta de estar presente em todos os tabuleiros. E assim ganha sempre.


Saudações monárquicas

terça-feira, agosto 20, 2019

Rui Rio e os micróbios!


A saga também podia chamar-se 'Rui Rio e a formiga branca' uma praga trazida para a cena política pelo partido republicano. Uma praga que nunca mais nos deixou. Está em todos os partidos, chamem-se de esquerda ou de direita, e usa preferencialmente a televisão para passar as suas mensagens. Um desses micróbios, seguindo a cartilha habitual, resolveu fazer o balanço da greve como se fosse um jogo de futebol. E anunciou uma grande vitória do governo!

Rui Rio respondeu-lhe como se responde às alcoviteiras: - o governo só ganha quando os portugueses também ganham. Não foi o caso.

Na verdade, esta greve mostrou que a causa dos trabalhadores era justa, que as suas reivindicações tinham razão de ser. Mas também revelou para que lado pende o governo socialista em matéria de conflitos laborais: - pende para o lado dos patrões! Ou pior, pende para o lado que lhe dá mais jeito em termos puramente eleitorais! E se for caso disso é o primeiro fura-greves! 

Se era a este tipo de vitórias que o micróbio se referia, o governo pode ficar com elas e que lhe façam bom proveito. Quanto ao micróbio e aos seus palpites vamos ter que o aturar. E ter paciência.


Saudações monárquicas