Dois
problemas para resolver! Um do foro íntimo que insiste em
transportar para a opinião pública com toda a carga de emoção e
irracionalidade que ele contém. Estamos a falar do Benfica, não o
clube de futebol, mas da pretensa 'instituição' em que está
transformado, espécie que só tem paralelo nos 'clubes do estado' da
extinta união soviética. O mesmo acontece aliás com Sporting e FC
Porto, embora em menor escala. E o facto de hoje em dia
(práticamente) só haver adeptos desses três clubes não melhora o
problema, antes o complica.
Mas
voltando ao Ventura e às esperanças que legitimamente nele se
depositam não é coerente afirmar-se paladino do combate à
corrupção e ao mesmo tempo silenciar o tema quando a suspeita possa
envolver o Benfica! E não pode haver nada mais suspeito que esta
coincidência quase anedótica dos chamados 'amigos do Vieira' (e do
Benfica!) estarem todos a contas com a justiça... e o Vieira, nada!
Ou só vai ser incomodado quando deixar de ser presidente das
águias?!
Espero
que Ventura faça uma profunda reflexão sobre este assunto e que não
responda – 'à justiça o que é da justiça'! Para isso já temos
o Costa!
O
segundo problema tem a ver com a regionalização mas curiosamente
também entronca na corrupção! Ventura é contra a regionalização
argumentando que seria mais uma duplicação de tachos e mordomias
aumentando assim o peso do estado e o encargo dos contribuintes.
Posso concordar mas também concordo com o presidente da Câmara
Municipal do Porto quando diz que o grande adversário da
regionalização é Lisboa e o seu vício centralista! Vício que não
há maneira de ultrapassar!
Por outro lado, e esta é a minha
opinião, não nos podemos esquecer que a única grande realização
desta terceira república, aquela que ficará na sua lúgubre
história, tem a ver com a criação das regiões autónomas da
Madeira e dos Açores. Criação que transformou pobreza em riqueza,
como está à vista de todos!
Por
isso Ventura, cuidado, muito cuidado com essa tua faceta lisboeta.
Tens outras melhores. Muito melhores.
Saudações
monárquicas
Nota:
O rei e as regiões é sinónimo de grandeza e coesão! A república
unitária é sempre a perder! Quando eu nasci era do Minho a Timor...
Ventura, vê bem onde é que já vai! Quando perceberes isto... percebeste tudo!
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