terça-feira, janeiro 31, 2012

Um centenário de vida!

A vida dos príncipes não lhes pertence, confunde-se com a história pátria e nesse sentido pode dizer-se que cada aniversário da família real corresponde a mais um aniversário da comunidade, uma alegria que em condições normais seria partilhada por todos. Acontece que existem povos que traíram a sua matriz, que se perderam na caminhada e em resultado, empobreceram a tal ponto que já não se lembram da sua identidade, daquilo que os torna especiais e diferentes de todos os outros povos. É triste que isso suceda em Portugal, é triste que o país tenha sido ocupado por ideias estranhas à sua própria cultura, é triste e não prenuncia nada de bom.
Mas para quem ainda mantenha a memória, o dia de hoje é um dia especial. Faz anos uma Infanta de Portugal, e só por isso estamos todos de parabéns. Acresce que Sua Alteza, a Senhora Dona Maria Adelaide, fez da sua vida uma dádiva aos outros, foi solidária antes da solidariedade instituída, foi social antes do estado social decretado, e esse é mais um motivo de reconhecimento e admiração.
O interregno, espaço de afirmação monárquica, deseja a Sua Alteza, no dia em que completa cem anos, as maiores felicidades.

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Por outras palavras

Vai confusa a discussão sobre a possível eliminação do feriado do ‘cinco de Outubro’, e refiro-me apenas a este, porque é deste que decorre tudo o resto.
Do ‘cinco de Outubro’ decorre em primeiro lugar o persistente ataque à Igreja Católica, em nome de um laicismo postiço e intolerante. Ataque devidamente camuflado naquilo a que se convencionou chamar ‘separação entre a Igreja e o Estado’. Estranho, tanta separação num país que se diz católico!
Do ‘cinco de Outubro’ decorreu (e decorre) o ataque à Realeza enquanto representante dos valores que fundaram (e já agora, justificaram) Portugal!
Do ‘cinco de Outubro’ decorre portanto, e por consequência, a crise de identidade latente, a desorientação geral patente, o divisionismo presente, a mentalidade dependente, a falência evidente, num país doente.
Dito isto (em rima) pergunta-se: - Quer o governo e o ministro da economia acabar com o feriado do ‘cinco de Outubro’ apenas por razões de produtividade?!
Se é só por isso, não vale a pena.

Saudações monárquicas

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Cem anos depois

No dia em que se aboliu o ‘cinco de outubro’ (dia da implantação da república) não houve qualquer consternação no país. Nem na provincia, que à época tomou conhecimento do facto pelo telégrafo, nem tão pouco entre a população citadina, que há muito não celebrava a data. Se é que alguma vez a celebrou genuinamente. O que podemos garantir é que os mais jovens, fazendo jus à instrução republicana, não sabem do que se trata! Mas eu explico: - foram três repúblicas, cem anos de decadência, que a segunda tentou minorar, cabendo a esta terceira (provávelmente a última) a tarefa ‘gloriosa’ de transformar Portugal num protectorado europeu! Dito isto, compreende-se a simultânea abolição do dia da independência. Deixou de fazer sentido. A partir de agora temos a Casa Real de Espanha para nos empolgar (o 'pacote' inclui o Real Madrid) e Sua Majestade Britânica para nos emocionar. A alternativa, que muitos já praticam, seria assumir de vez o papel de colónia angolana ou brasileira. Desde que entre dinheiro, afinal o único valor em circulação. Eu talvez prefira.

Saudações monárquicas

terça-feira, janeiro 24, 2012

Serviço público

A propósito de pensões de reforma e das dificuldades em sobreviver, a notícia importante é a seguinte: - a pensão média do regime geral anda à volta dos 409 euros enquanto que a pensão média dos aposentados do Estado se situa nos 1.200 euros! O triplo, portanto! Ou seja, e grosso modo, quem paga os vencimentos da função pública acaba por ter uma reforma que é um terço da dos seus 'subordinados'. Estamos a falar de reformados, pessoas que em princípio se equivalem nas necessidades. É caso para dizer - bonito serviço!




Noutro quadrante, o embaixador americano em Pequim terá alertado o governo dos Estados Unidos para a 'delicada' situação política da China. A expressão utilizada foi o superlativo - 'very delicate'. Portanto, para quem tenha feito extrapolações geo-estratégicas a contar com uma China imutável, una e indivisivel, e eternamente controlada pelo partido comunista chinês, pode tirar o cavalinho da chuva e começar a rasgar os 'planos da pólvora'. Porque é pólvora seca.




E agora o assunto do momento e devidamente tratado nos canais televisivos de serviço público: - estou a referir-me ao caso 'Bojinov' e ao drama sportinguista! Mete deputados e tudo! Mais um retrato lamentável do regime.





Saudações monárquicas

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Em que ficamos, Eminência?!

Em matéria de obrigações, o melhor é começar pelo princípio: - e o princípio diz-nos que ninguém é obrigado a candidatar-se a cargos públicos. Mas fazendo-o, todos aceitamos que não deve ser discriminado por razões de crença, ou não crença. Porém (não nos esqueçamos) os eleitores também têm os seus direitos. E o primeiro é concerteza o conhecimento dos candidatos, não apenas do programa político com que se apresentam, mas sobretudo das capacidades pessoais para o levar à prática. E aqui, todas (ou quase todas) as dúvidas são legítimas. E não vamos escamotear o assunto, pois por muito que negue, a Maçonaria não é mais do que um conjunto de regras que sustentam uma crença, uma concepção do mundo e do universo, e nesse sentido, assemelha-se a uma qualquer religião.
Portanto, o que os eleitores precisam de saber, é se o putativo candidato, em caso de conflito de consciência, defende primeiro (e intransigentemente) os interesses de quem o há-de eleger, ou se pelo contrário, irá obedecer, antes do mais, aos preceitos da ‘ordem’ a que pertence. ‘Ordem’ que no caso da Maçonaria é secreta, não sendo por isso acessível aos ‘profanos’. E ‘profanos’ são afinal a esmagadora maioria dos eleitores!
Por isso pergunto – em que ficamos, Eminência?!

Este aspecto é essencial e distingue a Maçonaria de todas as religiões (ou obediências) conhecidas. Explico: - por exemplo, e se por hipótese um sacerdote da religião católica decidisse candidatar-se a um cargo público, todos e cada um dos eleitores saberia que em caso de conflito de consciência, o sacerdote seguiria sempre e em primeiro lugar o Evangelho. Não haveria fraude e ninguém se sentiria defraudado. É esta clareza e transparência que a vida pública exige e não é certo que aconteça se o candidato for maçon e omitir essa filiação.
Por isso volto a perguntar – em que ficamos, Eminência?!

Entretanto e para que conste, também acho abusiva a obrigatoriedade de confessar a religião que cada candidato professa. Além de que essa obrigatoriedade estaria sempre condenada ao insucesso em se tratando de uma sociedade secreta. Outra coisa, bem diferente, é o direito que assiste a qualquer eleitor de questionar (directa e livremente) o candidato sobre aquilo que (ao menos em teoria) possa vir a condicionar o respectivo mandato político. E uma dessas questões passa indiscutivelmente pela pergunta se é ou não maçon. Este responderá se quiser. Não pode é argumentar que a pergunta é ilegítima ou ‘inconstitucional’. Era o que mais faltava!
Assim e aparentemente o assunto estaria resolvido e com honra para todas as partes. Mas então porque é que não está, indagará Vossa Eminência?!

Eu respondo – não está porque os eleitores nunca têm a oportunidade de escrutinar os eleitos. Para que isso aconteça temos que mudar a actual lei eleitoral (por certo fabricada pela Maçonaria) introduzindo circulos eleitorais uninominais por forma a que os candidatos a cargos públicos possam ser efectivamente escrutinados. Em suma, para que os eleitores os conheçam e votem neles em consciência, tal como diz a lei! Temos portanto que abandonar (de vez) o sistema de listas e nomeações partidárias que transformaram a terceira república (se a árvore se conhece pelos seus frutos) numa ‘partidocracia monitorizada pela maçonaria’! Pois que outra designação lhe havemos de dar quando mais de 90% dos deputados da actual assembleia da república são maçons!

Saudações 'profanas'

domingo, janeiro 08, 2012

Não há maçons pobres!

Existem católicos pobres, muçulmanos pobres, hindus pobres, algumas associações de carácter religioso cultivam inclusive a pobreza, mas de facto não existem (tanto quanto podemos saber ou adivinhar) maçons pobres. Poderão ter nascido pobres mas uma vez integrados na ‘ordem’ (soldados rasos ou generais) os seus problemas materiais (e outros) deixam de existir uma vez que a ‘irmandade’ acorre sempre em seu auxilio. Assim explicada, a maçonaria é aquilo a que podemos chamar uma sociedade de socorros mútuos perfeita e nesse sentido todos nós gostaríamos de ser maçons. Então porque é que não somos? Esta é uma pergunta pertinente: - não somos por três ordens de razões, a saber – em primeiro lugar não somos porque ‘a benesse’ é escassa e reservada aos ‘eleitos’. E ‘eleitos’ são aqueles que juram obediência cega aos preceitos maçónicos. Em segundo lugar, não somos porque os preceitos maçónicos supõem a construção de uma ordem mundial (de valores) que se opõe àquela que Cristo pregou e é a base onde se funda a civilização ocidental. Civilização que Portugal (em determinada época não maçónica) espalhou pelos quatro cantos do mundo! Em terceiro lugar não somos porque os fins não justificam os meios, regra de nobreza, aquisição civilizacional, precisamente o contrário da prática maçónica. Daí o carácter secreto que a envolve, daí a conquista do poder a qualquer preço para assim impor os respectivos fins. Que nunca são explicitados a não ser através de vagas expressões (e intenções) de ‘aperfeiçoamento individual dos seus membros’.
E surge a pergunta óbvia: - mas qual é a necessidade de ‘aperfeiçoamento individual’ (e de ‘Luz’) que leva tantos maçons a fazerem-se eleger para a Assembleia da República?! Para os tribunais superiores? Para os mais altos cargos da magistratura portuguesa?
Responda quem souber.
A mim parece-me um aperfeiçoamento ‘individual’ manifestamente exagerado, pois estamos a falar da feitura das leis (e constituições) pela assembleia da república, da respectiva interpretação e aplicação pelos tribunais, finalmente executadas pelo governo!
Se a isto juntarmos a maior parte das autarquias deste país, mais o presidente da república, normalmente apoiado pelos principais partidos políticos, das duas, uma, ou ficamos com falta de ar ou imaginamos que estamos a viver, fora do tempo, numa espécie de ‘mini união soviética’!
E é caso para gritar – aqui, d’el Rei!

Saudações monárquicas



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Nota básica: Face ao exposto, o caso das 'secretas' tem pouca importância. Soa a guerra intestina entre ramos e lojas que andam à procura do mesmo.

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Um país em FM

Antigamente dizia-se que para ouvir Portugal era preciso sintonizar a rádio dos três ‘efes’ – Fátima, Fado e Futebol. Era verdade mas não era toda a verdade. Onde o portugalzinho se ouvia mesmo bem era em FM – Futebol e Maçonaria, aí sim, o som era de alta definição! Futebol para distrair, a Maçonaria para mandar. O próprio Salazar aderiu à ideia e cito apenas dois exemplos - proibiu a transferência de Eusébio para Itália e nomeava sempre um maçon para presidir à Assembleia Nacional. Os tribunais e a Câmara Municipal de Lisboa são outro assunto. Desde 1908 que a Câmara é um feudo laico e republicano (leia-se, maçon) e quanto aos tribunais estamos conversados – ‘maçon não julga maçon’, razão porque nunca vemos peixe graúdo sentado no banco dos réus.
Mas a tradição já não é o que era. Com o advento das novas gerações, o velho Oriente Lusitano teve (e tem) que repartir o poder com novos ramos da maçonaria, menos ritualizada e mais centrada no imediatismo dos interesses. Daí a guerra a que assistimos entre as várias lojas maçónicas. Daí também esta bizarria que nos chega através dos vários canais da propaganda FM – que existem maçons bons e transparentes, e que pelo contrário existem outros que são maus e não cumprem os ditames da irmandade! Ora aqui está uma coisa que nunca poderemos saber nem comprovar atendendo a que estamos a falar de sociedades secretas. Só se passarmos a acreditar em Zorrinhos e Montenegros, pequenos deuses caseiros de quem já não acredita em nada.

Saudações monárquicas

quinta-feira, janeiro 05, 2012

Secretas, maçonaria, etc.

Não vislumbro o interesse da notícia! Nem sequer a inquietação instalada! Secretas e maçonaria faz todo o sentido, qual é a dúvida?! Notícias destas, quando todos sabemos quem controla o aparelho de estado, quem administra a justiça, quem pode (ou não) ser eleito para os órgãos de soberania, em suma, quem de facto manda neste (pobre) país, notícias destas, repito, só se for para esconder (ou despistar) grossa trapalhada!
Pois é como vos digo, manda, e de que maneira! Mas não é de agora, a coisa vem de trás, e tem cheiro. Cheira a ‘laico, republicano e socialista’, e não se esqueçam que ‘socialista’ inclui tudo o que é de esquerda. Inclui portanto a chamada social-democracia, assim como inclui o nacional-socialismo. Mas são todos?! Não sei, aquilo é secreto, e é secreto por algum motivo. Que não deve ser bom, calculo eu. E calculo bem, porque se a árvore se conhece pelos seus frutos, a árvore nacional está toda atacadinha de moléstia. Precisava de ser desparasitada. Mas é difícil, porque o parasita, como lhes disse, é secreto. Além do mais, o pessoal não se interessa pela política, o pessoal quer é bola, por isso, quando lhe falam em maçonaria, encolhe os ombros e liga a televisão. Que vai ser digital e terrestre. Seja lá o que isso for.

Saudações monárquicas