No dia em que se aboliu o ‘cinco de outubro’ (dia da implantação da república) não houve qualquer consternação no país. Nem na provincia, que à época tomou conhecimento do facto pelo telégrafo, nem tão pouco entre a população citadina, que há muito não celebrava a data. Se é que alguma vez a celebrou genuinamente. O que podemos garantir é que os mais jovens, fazendo jus à instrução republicana, não sabem do que se trata! Mas eu explico: - foram três repúblicas, cem anos de decadência, que a segunda tentou minorar, cabendo a esta terceira (provávelmente a última) a tarefa ‘gloriosa’ de transformar Portugal num protectorado europeu! Dito isto, compreende-se a simultânea abolição do dia da independência. Deixou de fazer sentido. A partir de agora temos a Casa Real de Espanha para nos empolgar (o 'pacote' inclui o Real Madrid) e Sua Majestade Britânica para nos emocionar. A alternativa, que muitos já praticam, seria assumir de vez o papel de colónia angolana ou brasileira. Desde que entre dinheiro, afinal o único valor em circulação. Eu talvez prefira.
Saudações monárquicas
Saudações monárquicas
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