quarta-feira, abril 29, 2015

O triunfo dos porcos, porquinhos, etc.!

George Orwell sabia como começa o socialismo democrático e sabia muito bem como acaba. Acaba sempre num totalitarismo qualquer, mais ou menos enfeitado, onde há uns que engordam que nem porcos, enquanto os outros emagrecem que nem burros!

George Orwell, porém, não sabia duas coisas: - em primeiro lugar, sendo ele da raça dos anarquistas, não sabia qual era a alternativa ao regime dos porcos.
Em segundo lugar desconhecia a existência de um pequeno país onde os restantes animais gostam de porcos!

Não preciso de explicar onde fica esse lugarejo, tal é o cheiro que dele emana, tal é a gordura de alguns, tal é a voracidade que patenteiam. É naturalmente uma república socialista e democrática, que segue à risca a divisa dos porcos de Orwell - ‘somos todos iguais, mas há uns mais iguais do que os outros’!



Saudações monárquicas 

sexta-feira, abril 24, 2015

Leilão eleitoral!

O rotativismo à portuguesa, mudar as moscas e manter tudo na mesma, parece que vai continuar. Há até a expectativa de que pode piorar! O estado, qual monstro sagrado, manter-se-á plenamente em funções, sem nada que o belisque. Qual reforma do estado, qual quê! Gasta-se menos aqui, gasta-se mais ali, a despesa essa, no fim, aumenta sempre. A receita é esta.

Nem podia ser de outra maneira. Pois se os dois partidos que (inutilmente) se degladiam são ambos de esquerda! As diferenças são apenas de tom, um é mais agudo, mais despesista, o outro é mais grave, menos despesista. Este chega normalmente ao poder em tempos de vacas magras. Para minorar o desastre. O outro, mal haja algum dinheirinho disponível, regressa.

Sendo assim, e atendendo às primeiras licitações, tudo indica que o próximo vencedor está encontrado. Até porque quem decide sempre estes leilões é o monstro sagrado, ou seja: - funcionários públicos e equiparados. O estado é deles, o estado são eles.

Sosseguem pois os pilotos da TAP, os pica-bilhetes da Carris, os maquinistas da CP, restantes transportes, ensino público, saúde pública, pessoal da segurança social, administração central, local, RTP, etc., porque a vossa situação está garantida.

Quanto á situação do país, quanto ao nosso futuro, isso já é outra conversa.



Saudações monárquicas

quarta-feira, abril 22, 2015

Manhã existencial

Não vamos ser hipócritas, o rectângulo acordou numa euforia contida com aquela certeza de que tudo voltou à normalidade. O Porto, condado alienígena, tem virtudes que não praticamos, e pior do que isso, arrisca-se a fazer de nós um país, possibilidade que o centralismo democrático abomina. Um país roubar-lhe-ia a ciclópica tarefa de distribuir subsídios e benesses em regime de exclusividade. Subsídios que se destinam a satisfazer a exigente clientela lisboeta, mais aqueles (e são muitos) que querem ser lisboetas! E se nos lembrarmos que subsídios… são votos, a república está explicada. Imagine-se então uma vitória do Porto, o desconforto que não seria! Por isso, ontem á noite, a cada golo dos alemães, os gritos, os urros eram tais, que me vi transportado a Munique, a uma daquelas manifestações do terceiro Reich!


Saudações monárquicas 

terça-feira, abril 21, 2015

Mediterrâneo, berço ou sepulcro de civilizações?!

Já foi um lago romano, antes disso, berço de civilizações, hoje é uma muralha de água onde se afundam os sonhos de quem foge à barbárie.

De um lado está o condomínio europeu, paraíso (democrático) do consumo, no outro está a fome, o fanatismo e a guerra. Quem construiu o condomínio europeu, fê-lo numa lógica egoísta, descolonizadora, deixando atrás de si, falsos países, conflitos intermináveis. Sabia ou devia saber, que mais tarde ou mais cedo, as suas fronteiras seriam acometidas por hordas de miseráveis, impossíveis de acolher. Um terrível dilema que só pode ser resolvido fora da Europa, e quando esta se libertar dos inventores do condomínio! Quando recuperar o velho estatuto civilizador. Caso contrário, prosseguir nesta política meramente assistencial, será um suicídio. E nunca vai resolver o problema de Lampedusa.  

sábado, abril 18, 2015

República e populismo!

Está na moda pôr o rótulo de populismo a tudo aquilo e a todos aqueles que não nos agradam. No outro prato da balança colocam uma expressão cabalística a que chamam ‘república! Portanto, para estes comentadores políticos a dita república é um bem, que talvez possa ser melhorada mas nunca alterada. Pelo contrário todos os populismos são maus porque, segundo afirmam, apenas querem destruir a essência do regime republicano.

Discordo naturalmente.

Aliás esta questão está longe de ser inocente. Vem de França como os bebés, e quem a levantou foram os candidatos do sistema (Valls e Sarkozy) amedrontados com o avanço da Frente Nacional. Eu percebo o drama do bloco central de interesses, mas não vale a pena baralhar os leitores, no caso, os eleitores. Explico:

Por mais obscuro que seja o sentido da expressão constitucional – forma republicana de governo – quem quiser perceber percebe que a obscuridade não foi ali posta por acaso. Trata-se de um travão para impedir (eternamente!) a discussão do regime. Ora bem, é dos livros, que quando se proíbe uma coisa sem razão, ela acaba por se libertar, e vem ao de cima. É o que está a acontecer com todos estes candidatos e contra candidatos à presidência da república! De facto não são as próximas eleições legislativas que interessam, ninguém quer governar, todos sabem que o problema não está no governo, mas sim no regime. Só que ninguém se atreve a dizê-lo.

 Daí a aparição do tema - populismo versus república, daí também algumas candidaturas nevoentas, forjadas pelo sistema para o manter inviolável. Mas vai ser difícil.

E fica a pergunta: porque é que esta questão do populismo só aparece nas repúblicas?! Porque é que esse fenómeno não tem força, por exemplo, em Inglaterra ou na Suécia?!



Saudações monárquicas



terça-feira, abril 14, 2015

E tu, Portugal?!

Somos gente crescida, eu quase com setenta anos e tu perto dos mil, está na hora de uma conversa em família. O que achas?!

E vamos dizer a verdade. E a verdade é que estes dois últimos séculos não te correram nada bem. Primeiro foi a revolução liberal, burguesa e importada, que trocou o ‘Deus, Pátria, Rei’ da tradição pela trilogia – ‘liberdade, igualdade e fraternidade’. Uma utopia devastadora. Depois, foi a implantação artificial da república (o termo ‘implante’ diz tudo!) e o que tinha que piorar, piorou. Liquidada a monarquia a representação nacional sofreu um enorme revés. A expressão Pátria já não diz nada a ninguém.

Sendo assim, o que é ‘isto’ agora?!
Uma região europeia?! Um aldeamento turístico?! Uma selecção de futebol?!

Eu sei que ‘isto’ não era para ser país. E tu sabes isso tão bem como eu. Ganhaste (e justificaste) a tua independência na cruzada contra a moirama, na reconquista peninsular. A Cruz é a tua bandeira e o teu Brazão de armas. Tudo o mais, incluindo as Tordesilhas, veio por acréscimo. Nunca te esqueças disso. Aliás, mesmo que te esqueças, a fé e o império que dilataste, estão aí para te reavivar a memória. Por ironia do destino, é essa a tua sorte.

Mas tens que fazer alguma coisa por isso. Não podes ficar á espera que um presidente da república, prisioneiro da laicidade, possa empunhar a Cruz e avançar contra os inimigos dessa mesma Cruz! Isso é uma teimosia infantil. Ele não tem, nem quer ter, representação para tal. Pode quando muito balbuciar uma série de frases ideológicas, que não mobilizam ninguém, e farão rir aqueles que acreditam e morrem por algum Deus. Mesmo que esse Deus não seja o verdadeiro.

Conversa acabada.


Saudações monárquicas

segunda-feira, abril 13, 2015

O cruzado inglês!

Na sua mensagem Pascal o primeiro-ministro David Cameron surpreendeu o mundo ao reafirmar com todas as letras a cristandade básica da Inglaterra bem como os perigos e perseguições que a mesma cristandade atravessa. Uma posição singular, digna de um grande estadista, que não esquece nem pode esquecer, a matriz que enforma o seu país e naturalmente toda a Europa.

Antigamente, antes dos vários cismas e desobediências, era o Papa quem assumia a responsabilidade de convocar os príncipes cristãos para a defesa da religião comum. Foi assim com as cruzadas, de que hoje alguns se envergonham, e tudo indica que terá de ser assim no futuro se não quisermos ser degolados em directo nalgum canal televisivo.

A Europa porém ‘jaz adormecida’! Dominada (e neutralizada) pelos slogans da revolução francesa, não está em condições de entender a mensagem de David Cameron. Na verdade, desde a escola à universidade, desde as constituições às leis, tudo se faz, tudo se fez, para escancarar as portas àqueles que a pretendem destruir.

Não sei se já é tarde, mas David Cameron revelou-se. A Inglaterra não desistiu de ser cristã! A sua bandeira assim o assinala!

E tu, Portugal?!



Saudações monárquicas

terça-feira, abril 07, 2015

Uma tragédia lisbonense

A câmara…
A câmara escura…
A câmara ardente…
A velha carbonária ainda dura
Dentro daquela câmara impenitente!

As mesmas caras…
A mesma gente…
A mesma ideia em outra criatura…
A mesma festa, o mesmo almoço

Só o colar muda de pescoço!