quarta-feira, fevereiro 26, 2014

Portugal futebol clube!

Bem, a gente adapta-se a tudo. Eu até gosto de futebol, mas isto assim parece-me exagerado, doentio. Ou será antes sinal de pujança e vitalidade?! 
Vejamos: - a pátria, para as novas gerações, resume-se à selecção de futebol! Os nossos vultos são os futebolistas. Se morrem queremos imortalizá-los no Panteão nacional! O regime é uma espécie de nacional-benfiquismo! Os clubes estão práticamente nacionalizados, atendendo às dívidas que têm! E ninguém se incomoda com isso! Os nossos dois únicos heróis, sem sombra de contestação , um é avançado , outro é treinador! E quanto a este quase o comparamos a um Condestável! Aquele que conquista Madrid e humilha os castelhanos! E para maior semelhança aliado dos ingleses!
O que é que sobra?! Sobra pouco e não admira esta alienação, esta deslocação de interesses, pois se olharmos para outros aspectos da nossa realidade, menos lúdicos entenda-se, só vemos maus exemplos. Por exemplo, esta história da reforma antecipada e em segredo, de uma alta patente militar convenhamos que não é um feito brilhante! Eu percebo que os portugueses fujam aos sacrifícios desproporcionados que esta república (o fisco em especial) vai impondo alegremente. Mas um militar nomeado pelo regime?! Com franqueza.

Saudações monárquicas  

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

A democracia que mata!

Uma qualquer maioria, ocasional, qualificada, umas centenas de deputados, eleitos sabe se lá como, representantes, sabe-se lá de quê, podem, amanhã, ou mesmo hoje, decretar a minha morte. Os motivos não interessam, um crime sem perdão, uma má formação congénita, adquirida, uma doença incurável, o veredicto da ciência, em última análise, o meu sofrimento, insuportável, numa sociedade que não tolera a dor!
Como antigamente na lei da selva, onde os fracos eram eliminados, como no futuro que nos prometem, onde só cabe a perfeição! 
Alguns, em desespero de causa, reclamam do rei, uma última oportunidade para serem livres! Livres desta democracia que mata. Mas o soberano, representante dos que nos antecederam, uma imensa maioria, e segurança para os que hão-de vir, já não tem poder algum. Foi-lhe retirado. Quem manda, quem lhe retirou o poder, tem outros planos para a humanidade, a saber: - o céu na terra! Sem imperfeições e sem dor.

É este o paraíso que nos espera. É este o interregno de que vos tenho falado.

sábado, fevereiro 08, 2014

Preparemo-nos para o dia seguinte!

Quando a mudança nos apanha de surpresa é sempre pior. Sem plano, sem resposta, seremos presa fácil para os que não dormem e esperam pela sua vez na história. Que afinal não acabou!
Reconheço que é difícil ter esperança. Hoje, a ideia de monarquia, por exemplo, parece ainda mais utópica do que ontem. No entanto, a situação actual não está garantida! Há nuvens pesadas no horizonte. Há uma dialéctica que se pressente, há uma desforra que se anuncia, há uma lei das probabilidades para se cumprir! Tudo joga favor da mudança. Que não é necessariamente para melhor. Tomemos outro exemplo – a união europeia – que quanto mais se alarga, mais se desagrega. Ou a geopolítica que apesar da globalização continua a ditar as suas leis. Veja-se o caso da Ucrânia que dia após dia nos remete para afinidades e alianças que julgávamos ultrapassadas.
Portugal (e cada um dos portugueses) deve pois preparar-se para cenários que já havíamos arrumado no baú do esquecimento. O ‘irreversível’ pode estar de volta.



Saudações monárquicas   

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

O museu

O ´Publico’ já não é o que era! Com o abandono de José Manuel Fernandes, em trânsito para outro projecto editorial, aquilo fica reduzido ao VPV e pouco mais. É dele um excelente artigo, hoje publicado, referindo-se ao tema do momento: - Joan Miró!

Pergunta e bem, afinal, quem o conhece?! Argumenta e bem sobre a estupenda ignorância da ‘geração mais bem preparada de sempre’! E termina bem contra a ‘saloiice atávica’ que nos caracteriza!

Eu peço licença para ir mais longe: - a raiz do problema reside naquilo de que não se fala: - a nacionalização do BPN! Foi ela que fez de mim, sem eu querer, proprietário de um buraco financeiro incalculável! Foi ela que fez de mim, sem querer, proprietário de uma colecção de quadros de Joan Miró! É ela que me obriga a vender os mesmos quadros para os quais não tenho parede (nem dinheiro) para os pendurar. Tenho outras prioridades – pagar dívidas.  

Aqui chegados percebe-se melhor o alarido da oposição. Os socialistas, autores da nacionalização, argumentam com a cultura! Agarram-se à sua vocação primordial: - transformar Portugal num museu! Haja dinheiro! Este seria junto à fronteira, entre colchas e atoalhados.


Saudações monárquicas