segunda-feira, fevereiro 17, 2014

A democracia que mata!

Uma qualquer maioria, ocasional, qualificada, umas centenas de deputados, eleitos sabe se lá como, representantes, sabe-se lá de quê, podem, amanhã, ou mesmo hoje, decretar a minha morte. Os motivos não interessam, um crime sem perdão, uma má formação congénita, adquirida, uma doença incurável, o veredicto da ciência, em última análise, o meu sofrimento, insuportável, numa sociedade que não tolera a dor!
Como antigamente na lei da selva, onde os fracos eram eliminados, como no futuro que nos prometem, onde só cabe a perfeição! 
Alguns, em desespero de causa, reclamam do rei, uma última oportunidade para serem livres! Livres desta democracia que mata. Mas o soberano, representante dos que nos antecederam, uma imensa maioria, e segurança para os que hão-de vir, já não tem poder algum. Foi-lhe retirado. Quem manda, quem lhe retirou o poder, tem outros planos para a humanidade, a saber: - o céu na terra! Sem imperfeições e sem dor.

É este o paraíso que nos espera. É este o interregno de que vos tenho falado.

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