sábado, outubro 30, 2021

Eu já vivi o vosso futuro

 

Declarações do escritor e dissidente soviético, Vladimir Bukovsky, sobre o Tratado de Lisboa

"É surpreendente que, após ter enterrado um monstro, a URSS, se tenha construído outro semelhante: a União Europeia (UE).

O que é, exactamente a União Europeia? Talvez fiquemos a sabê-lo examinando a sua versão soviética. A URSS era governada por quinze pessoas não eleitas que se cooptavam mutuamente e não tinham que responder perante ninguém. A UE é governada por duas dúzias de pessoas que se reúnem à porta fechada e, também não têm que responder perante ninguém, sendo politicamente impunes.


Poderá dizer-se que a UE tem um Parlamento. A URSS também tinha uma espécie de Parlamento, o Soviete Supremo. Nós, (na URSS) aprovámos, sem discussão, as decisões do Politburo, como na prática acontece no Parlamento Europeu, em que o uso da palavra concedido a cada grupo está limitado, frequentemente, a um minuto por cada interveniente.


Na UE há centenas de milhares de eurocratas com vencimentos muito elevados, com prémios e privilégios enormes e, com imunidade judicia vitalícia, sendo apenas transferidos de um posto para outro, façam bem ou façam mal. Não é a URSS escarrada?


A URSS foi criada sob coacção, muitas vezes pela via da ocupação militar. No caso da Europa está a criar-se uma UE, não sob a força das armas, mas pelo constrangimento e pelo terror económicos.
Para poder continuar a existir, a URSS expandiu-se de forma crescente. Desde que deixou de crescer, começou a desabar. Suspeito que venha a acontecer o mesmo com a UE.


Proclamou-se que o objectivo da URSS era criar uma nova entidade histórica: o Povo Soviético. Era necessário esquecer as nacionalidades, as tradições e os costumes. O mesmo acontece com a UE parece. A UE não quer que sejais ingleses ou franceses, pretende dar-vos uma nova identidade: ser «europeus», reprimindo os vosso sentimentos nacionais e, forçar-vos a viver numa comunidade multinacional. Setenta e três anos deste sistema na URSS acabaram em mais conflitos étnicos, como não aconteceu em nenhuma outra parte do mundo.


Um dos objectivos «grandiosos» da URSS era destruir os estados-nação. É exactamente isso que vemos na Europa, hoje. Bruxelas tem a intenção de fagocitar os estados-nação para que deixem de existir. O sistema soviético era corrupto de alto a baixo. Acontece a mesma coisa na UE.


Os procedimentos antidemocráticos que víamos na URSS florescem na UE. Os que se lhe opõem ou os denunciam são amordaçados ou punidos. Nada mudou. Na URSS tínhamos o «goulag». Creio que ele também existe na UE. Um goulag intelectual, designado por «politicamente correcto». Experimentai dizer o que pensais sobre questões como a raça e a sexualidade. Se as vossas opiniões não forem «boas», «politicamente correctas», sereis ostracizados. É o começo do «goulag». É o princípio da perda da vossa liberdade.


Na URSS pensava-se que só um estado federal evitaria a guerra. Dizem-nos exactamente a mesma coisa na UE. Em resumo, é a mesma ideologia em ambos os sistemas. A UE é o velho modelo soviético vestido à moda ocidental. Mas, como a URSS, a UE traz consigo os germes da sua
própria destruição. Desgraçadamente, quando ela desabar, porque irá desabar, deixará atrás de si um imenso descalabro e enormes problemas económicos e étnicos. O antigo sistema soviético era irreformável. Do mesmo modo, a UE também o é. (...)


Nota. O Interregno já havia publicado há uns anos esta advertência do dissidente soviético Vladimir Bukovsky. Fá-lo novamente porque parece que  andamos todos distraídos com o que está a acontecer na Polónia e na Hungria a quem se opõe ao diktat da burocracia de Bruxelas. Os ingleses perceberam isso e não querem fazer parte do descalabro final. 

quinta-feira, outubro 28, 2021

Caiu! Haja esperança!

 

Depois do miserável resultado nas eleições autárquicas a geringonça não sobreviveu ao orçamento. Costa bem tentou mas caiu com estrondo e a sua invenção morreu sem deixar saudades. Excepto obviamente ao PS. Com ela o PS engordou, tomou conta de tudo e mais alguma coisa, enquanto os seus companheiros de viagem iam emagrecendo ao ponto de não terem energia nem forças para aprovar um sétimo orçamento! Com efeito, o Bloco quase desapareceu nas autárquicas e o PCP ainda quer durar um bom par de anos, nem que seja no museu da história.


Assim o chumbo consumou-se quase sem surpresas e o quase ficou a dever-se às habituais manobras de bastidores com origem em Belém. Não interessa voltar a esse assunto embora o futuro dos portugueses dependa muito da possibilidade de haver um bom candidato a primeiro ministro no PSD, logicamente o partido que poderá ganhar as próximas eleições.


Já o afirmei, esse candidato só pode ser o actual líder Rui Rio. Não vejo outro estadista neste momento. É o único a quem eu entregava a carteira (e a bazuca) sem receio de ser enganado. E sem receio que enganasse o país.


Saudações monárquicas


quarta-feira, outubro 27, 2021

A república do vale tudo!

 

Rui Rio tem as costas largas! Fez uma brilhante intervenção no debate do orçamento, só ao alcance de um estadista, enquanto à mesma hora o presidente da república (que temos) contactava deputados do PSD no sentido de traírem a disciplina de voto e a troco não se sabe de quê viabilizarem o orçamento socialista! Inacreditável e que explica a república de subsidio-dependentes em que nos transformámos! Se for preciso andamos de gatas e fazemos o pino desde que o vício esteja garantido.


As declarações do Albuquerque da Madeira, ainda foram mais infelizes! Então um orçamento que não serve a ninguém, que excluiu o PSD da respectiva negociação, serve para a Madeira?! Albuquerque muda de apelido porque não tens nada a ver com o verdadeiro.


E passamos ao Paulo Rangel que segundo consta também foi recebido pelo presidente! Do que é que terão falado?! Da brilhante ideia de marcar um congresso na iminência de eleições antecipadas?! Fragilizando assim o PSD?! Ou só falaram de armários?!

Uma tristeza. E tristeza maior é ainda ouvir camelos e outros comentadores semelhantes criticarem Rui Rio pelas punhaladas que leva!


Enfim, é a república. Porém, aconteça o que acontecer, passe o orçamento ou não passe, ficou provado que quem desmascarou Costa e destruiu a geringonça foi Rui Rio. E é ele quem está melhor preparado para utilizar os fundos da bazuca em prol do desenvolvimento do país. Mas como não cede nem a maçonarias nem a futebóis, está tramado.


Saudações monárquicas


Debate do orçamento.


segunda-feira, outubro 25, 2021

Portugal orçamentado!

 

À hora a que escrevo já se sabe que Bloco* e PCP vão chumbar o orçamento na generalidade. Digo na generalidade porque entretanto já 'obrigaram' o PS a introduzir alterações dramáticas para o futuro dos portugueses.


Também já se sabe que apesar das fabulosas sondagens que sempre os acompanham, os socialistas estão aterrados com a hipótese de eleições antecipadas. Daí o desespero de Costa e companhia e daí também a vergonhosa chantagem a que se sujeitaram nestes últimos dias.


Curiosamente muitos dos barões do PSD também suspiram pela aprovação do orçamento não vá Rui Rio ganhar as eleições antecipadas! Por isso ouvimos Marques Mendes ameaçar o PCP com a extinção caso não viabilize o orçamento socialista!


Saiu-lhes o tiro pela culatra porque os comunistas têm muitos defeitos mas não são estúpidos. Sabem que ainda perderiam mais votos se viabilizassem um péssimo orçamento que ainda por cima deixa o Bloco de fora. Morrer sim, mas devagar.


Finalmente Marcelo garantiu que haveria eleições antecipadas se o orçamento não fosse aprovado na generalidade! Vamos ver se cumpre a promessa. Depois de tudo a que assistimos, e dos riscos que comporta um orçamento chantageado e oportunista, o mínimo que se pede ao presidente da república é que devolva a palavra aos portugueses.


Saudações monárquicas


* Com as necessárias reservas. O Bloco vai perder muito se houver eleições antecipadas. Se as não houver perde na mesma, podendo até vir a perder mais. Mas com esta gente nunca fiando. Não têm palavra. Existe portanto a possibilidade de darem o dito por não dito e na hora da verdade, deixarem passar o orçamento abstendo-se. 

quarta-feira, outubro 20, 2021

Aristides e os demónios do regime

 

Antes de mais vamos retirar Aristides de Sousa Mendes daquela cerimónia sinistra, sem Igreja nem Graça, cerimónia essencialmente laica e republicana onde os devotos são os 'filhos do implante'. Para não lhes chamar outra coisa.


Aliás nem se percebe o que faz Aristides naquele local! Daquilo que realmente se sabe sobre a sua vida, era católico praticante, defensor de Deus, da Pátria e do Rei, inclusivé apoiante da Monarquia do Norte, movimento que em 1919 tentou restaurar a monarquia. Razões de sobra para não se sentir bem no Panteão da República. Ainda que seja em lápide. E como morreu em 1954 não viu, para seu bem, o estado exíguo em que esta terceira república vai deixando o país.


Claro que a repentina aura de Sousa Mendes não tem a ver com aquelas virtudes. Não vamos ser hipócritas, todo aquele cerimonial, e todos aqueles 'filhos do implante' estavam ali para celebrar outra narrativa: - o Aristides que ajudou os judeus e o Aristides que desobedeceu a Salazar. Resumindo, propaganda sionista e propaganda jacobina.


Quanto à utilização de Aristides como arma de arremesso contra Salazar, não dou para esse peditório. As divergências entre Salazar e Sousa Mendes se existiram, não tinham a ver com passaportes a mais ou a menos. Só uma pessoa mal formada pode pensar assim.


Quanto à propaganda sionista já todos conhecemos o seu calibre. Os judeus são sempre as vítimas. O holocausto é patente judaica e ninguém mais sofreu (ou sofre) holocaustos a não ser eles. E só eles sabem avaliar os `justos entre as nações`!


Não é bem isso que a história nos conta, mas enfim.



Saudações monárquicas    

segunda-feira, outubro 18, 2021

Deixem o PSD em paz!

 

De repente o frenesim dos barões aumenta e o vulgar cidadão fica confuso! Na verdade depois de umas eleições autárquicas que até correram bem aos sociais democratas, afinal o que é que eles querem?! Querem o que sempre quiseram desde que o partido começou a mudar de apelido! Querem manter o bailinho do intruja com o PS – ora agora danças tu, ora agora danço eu!


Mas então para quê mudar de líder, perguntarão os mais ingénuos?! Pela simples razão que Rui Rio é de facto um social democrata, é portanto um homem de esquerda, e por isso não quer, nem pode, liderar a direita! Tão simples como isto.


Mas há quem queira, dirão, e o país precisa de uma oposição forte para derrubar os socialistas. Eu respondo: - mas vamos derrubar os socialistas com um falso partido de direita? Ou na melhor das hipóteses, com um partido de esquerda liderado por alguém que julga (ou pensa) que é da direita?! E que a primeira coisa que promete, se for líder, é que não faz alianças com o Chega, único partido que se afirma da direita!


As coisas no entanto ainda podem piorar se entrarmos pela análise dos valores que identificam um partido ou uma coligação de direita. E por maioria de razão o seu líder. E aqui não pode haver transigências. Um dos putativos candidatos à liderança do PSD, aquele que tem mais hipóteses de substituir Rui Rio, é como tem vindo a público, Rangel. Candidato cujo facto mais notório para além de ser deputado europeu, foi 'ter saído do armário', para usar a terminologia triunfal da esquerda. E fê-lo quando não tinha necessidade de o fazer o que o desqualifica desde logo para ser um líder da direita. Além do mais Rangel nunca conseguirá bater Costa. Em Portugal, com o actual xadrez partidário, ninguém ganha eleições, são os outros que as perdem.


Finalmente uma palavra de apreço para Rui Rio, não só pela sua coerência ideológica, mas sobretudo pelo trabalho de clarificação política que vem fazendo, obrigando o PS a encostar-se à esquerda, deixando assim de ser a charneira desta terceira república. É esta a única forma de bater os socialistas. Com Rangéis e quejantes o socialismo vai manter-se no poder. E em todo o lado.


Saudações monárquicas

quinta-feira, outubro 14, 2021

Os democratas que não gostam de eleições!

 

A democracia é no nosso tempo a expressão mais badalada do universo. E os inevitáveis democratas, usando a gíria popular, são mais que às mães! E há democratas para todos os gostos. Estaline considerava-se um democrata, tal como Adolfo Hitler, Mao Tsé Tung ou Fidel idem, e desconfio que o actual Kinzinho quando olha para o espelho também vê a imagem (aumentada) de um democrata.


Quanto aos democratas portugueses, nomeadamente esta fornada de Abril, tem a curiosa particularidade de não gostar muito de eleições! Em especial quando está no poder!


Segundo leio, podem pôr em risco a estabilidade, a bazuca, a saúde dos portugueses, a imunidade das vacinas, os resultados da selecção, e uma série de outros desígnios nacionais. Aliás o chefe de estado já dramatizou a situação: - ou aprovam o orçamento ou vejo-me forçado a devolver a voz ao povo!


Bem entendido, não era preciso ir tão longe nas palavras. A subsidio-dependência tomou conta do país e hoje ninguém arrisca as migalhas da união europeia. Que para alguns, como sabemos, estão longe de ser migalhas. Por isso tudo aquilo a que assistimos é puro teatro. O orçamento vai ser aprovado e, democráticamente, vamos continuar a empobrecer.


Saudações monárquicas


domingo, outubro 10, 2021

Tirem-me daqui!

 

Depois do cinco de Outubro, uma overdose de Benfica era só o que nos faltava! Mas não há mais nada neste país? Estamos reduzidos a isto? Ao futebol? Tenham paciência mas deve haver coisas mais importantes para tratar.


Mas já agora, já que me puxam pela língua, vamos lá a saber: - estas eleições do Benfica vão resolver o problema dos contribuintes que estão a pagar os calotes do Benfica? Claro que não. O que se perspectiva é um 'vieirismo' sem Vieira, uma evolução na continuidade. Quanto aos processos judiciais que correm os seus termos a lavandaria república já emitiu o seu juízo: - o Benfica é vítima, foi prejudicado, mas não devolve o prejuízo, seja em campeonatos seja em edificado. O nacional benfiquismo em grande forma!


É nestas alturas que começo a pensar se não seria melhor sermos invadidos por alguém, nem que seja pelos talibãs! Que não devem ser assim tão maus como os pintam. Afinal tinham três constituições para escolher: - a comunista implantada após o derrube da monarquia; a pró americana cheia de primaveras e utopias; e a monárquica que corresponde ao período de ouro do Afeganistão, e onde as mulheres tinham mais direitos. Pois é, os talibãs escolheram a constituição monárquica. E esta, hein?!



Saudações monárquicas

sábado, outubro 09, 2021

A república das vacinas!

 

Um dos males do regime, e que contribui para o seu total descrédito, é a permanente campanha eleitoral em que vive! Não sabe viver doutra maneira. Isto não tem nada a ver com democracia, é pura propaganda. Assim, passámos em poucos meses, de 'milagre europeu' (quando o vírus poupava o país), a 'república do covid' (quando o vírus nos atingiu em cheio) para entrarmos agora numa euforia vacinal que pode até virar-se contra nós!


Pois se alguma certeza podemos ter é que nenhuma destas fases foi comandada pelo conhecimento ou ciência, mas sim pela propaganda. Que também foi negativa para o governo e para o decantado 'serviço nacional de saúde' na altura em que as coisas apertaram.


Conclusão: - as eleições têm data e depois delas é preciso governar tendo em vista exclusivamente o bem comum. Sabemos que em república, onde todos são eleitos, isso é muito difícil de acontecer. E os factos falam por si.


O caso do juíz Fonseca e Castro é eloquente. Digamos que é mais um dano colateral a juntar aos já conhecidos. Descrente desde a primeira hora nos benefícios vacinais, ousou interromper a lua de mel que o regime mantém com a Astrazeneca, Pfizer e Moderna (espero não me ter esquecido de nenhuma) e foi imediatamente expulso da profissão! Se houvesse pena de morte, não sei. O Portugal socialista está a tornar-se um sítio cada vez mais perigoso.



Saudações monárquicas




terça-feira, outubro 05, 2021

Ensaio sobre a estupidez!

 

Celebrar guerras civis é sempre uma atitude pouco inteligente. Esperar que os vencidos as celebrem é uma idiotice. Quando esse acontecimento marca decisivamente a decadência de uma comunidade ultrapassamos todas as barreiras do bom senso para entrarmos no capítulo da estupidez. Começa aqui o ensaio sobre a mesma.


Estupidez que a própria expressão denuncia! Com efeito proclamar o ímplante da república não é mais do que confessar que no dia 5 de Outubro de 1910 substituímos um regime legítimo por um regime postiço. E cada minuto da celebração será sempre entendido como um juízo de valor negativo sobre o regime monárquico, ou seja, sobre a nossa história secular. Admito que os estúpidos não percebam isto.

Mas passemos do implante às consequências do mesmo. Factos são factos. Em cem anos de república perdemos quase tudo o que construímos em oito séculos de monarquia! Perdemos mais de dois terços do território conquistado (e não há território que não tenha sido conquistado) não sabendo ainda se isto vai ficar por aqui. Perdemos a independência económica a favor da união europeia e vamos perdendo todos os dias a nossa identidade sem qualquer remorso. O que significa que a independência política perdeu valor e depende apenas do preço.


Nada que não fosse previsível. As repúblicas têm todas um problema fatal, não conseguem representar a tradição. Aquilo que distingue povos e nações. Esta incapacidade representativa está na origem de tudo. Por isso Portugal é hoje um estado exíguo, irrelevante, e só não é dispensável porque o império que construímos reclama a nossa existência. Nem que seja para nos insultar.



Saudações monárquicas