quarta-feira, agosto 26, 2020

Têm todos razão!

 

Quando chamam cobardes uns aos outros. Cobardes e mentirosos. Onde é que nós íamos?! Os médicos! A teia socialista! Os lares! Os velhinhos que morreram! E vão continuar a morrer! O Alentejo! Quantos deputados elege o Alentejo para a assembleia da república?! Meia dúzia?! Quem tem medo de mudar a lei eleitoral?! Quem tem coragem para questionar o regime?! Sim, o regime republicano! Quem tem coragem para renegar os princípios importados da revolução francesa?! Causa da nossa decadência! Pelos vistos ninguém. O Costa tem razão, somos cobardes. Mas se quiserem podem cantar o hino. Heróis do mar, nobre povo, nação valente... Quando éramos isto não tínhamos hino.


Saudações monárquicas

terça-feira, agosto 18, 2020

Os meus comentários no Observador

 

O Observador ainda bem que existe! É no Observador que leio as notícias e é sobre elas que faço às vezes alguns comentários. Mas atenção o Observador não é um jornal da direita. É de esquerda como quase tudo neste país ou então daquela direita que se sentou no lado direito numa sala da revolução francesa.

O Observador também tem artigos de fundo. Mas esses já não os leio. Não é por serem 'premium' e portanto pagos, é porque me cansei de os ler. Quase todos acertam no diagnóstico mas quando se trata de prescrever o remédio ou não prescrevem nada ou então prescrevem mais do mesmo! Quero eu dizer com isto que nunca relacionam a doença nacional com o regime republicano e por conseguinte não vale a pena ler ou ouvir tais curandeiros.


Curandeiros da direita mas que andam muito assustados com a ascensão do Ventura nas sondagens presidenciais! Sobre o assunto o meu comentário é o seguinte:


  • Sou monárquico. As próximas eleições presidenciais não irão mudar nada. Continuaremos na cauda da Europa, de mão estendida, sem alternativa e sem esperança. Esqueçam as percentagens arrasadoras do Marcelo. Preparem-se para os 10% do Ventura. Porque ele será nesta terceira república o que o Delgado foi na segunda – uma dor de cabeça.


Saudações monárquicas

segunda-feira, agosto 17, 2020

Lições de identidade

 

Há três espécies de Portugal dentro do mesmo Portugal; ou se se preferir há três espécies de português.


Um começou com a nacionalidade: é o português típico, que forma o fundo da nação e o da sua expansão numérica, trabalhando obscura e modestamente em Portugal e por toda a parte de todas as partes do mundo. Este português encontra-se, desde 1578, divorciado de todos os governos e abandonado por todos. Existe porque existe, e é por isso que a nação existe também.


Outro é o português que o não é. Começou com a invasão mental estrangeira, que data, com verdade possível, do tempo do Marquês de Pombal. Esta invasão agravou-se com o Constitucionalismo, e tornou-se completa com a República. Este português (que é o que forma grande parte das classes médias superiores, certa parte do povo, e quase toda a gente das classes dirigentes) é o que governa o país. Está completamente divorciado do país que governa. É, por sua vontade, parisiense e moderno. Contra sua vontade, é estúpido.


Há um terceiro português, que começou a existir quando Portugal, por alturas de El-Rei D. Dinis, começou, de Nação, a esboçar-se império. Esse português fez as descobertas, criou a civilização transoceânica moderna, e depois foi-se embora. Foi-se embora em Alcácer Quibir, mas deixou alguns parentes, que têm estado sempre, e continuam estando, à espera dele. Como o último verdadeiro Rei de Portugal foi aquele D. Sebastião que caiu em Alcácer Quibir, e presumivelmente ali morreu, é no símbolo do regresso de El-Rei D. Sebastião que os portugueses da saudade imperial projectam a sua fé de que a família se não extinguisse.”


Fernando Pessoa

sexta-feira, agosto 14, 2020

Cuidado com os camilos!

 

Costumo ver no youtube a 'cor do dinheiro', programa da autoria de Camilo Lourenço, um comentador desempoeirado e de múltiplas iniciativas. Mas não há bela sem senão. O país é pequeno e por muito independentes que queiramos ser esbarramos sempre numa ligação próxima, numa afeição antiga, e sem querer começa a funcionar dentro de nós uma avaliação mais selectiva das coisas. Acontece a todos. É neste contexto que surge o Rui Pinto, para o mal e para o bem, um tema difícil mas que faz a diferença. E Camilo, tão afoito em todas as questões, foi adiando a questão! Hoje, finalmente pronunciou-se. E como era previsível espalhou-se ao comprido!*

Os argumentos são os mesmos que qualquer escritório de advogados (do Benfica) invocaria ou qualquer corrupto (ou batoteiro) gostaria de ouvir: - a defesa intransigente da lei, do estado de direito, a mesma lei e o mesmo estado que permitem que cerca de dezoito mil milhões de euros sejam anualmente desviados para os bolsos da corrupção! Quid juris?!

A resposta só pode ser feita com uma pergunta: - E se Rui Pinto não tivesse feito nada, não teria sido melhor para todos?!

Camilo! Responde! Ou então cala-te e não fales mais de corrupção.


*Particularmente miserável ter repetido a argumentação do jornal Público onde 'ponderar' e 'equacionar' correspondem já ao crime consumado! Uma tentativa de julgamento de carácter que é sempre a última cartada de quem defende a 'situação'.

quarta-feira, agosto 12, 2020

'A luta continua'. 'Portugal tem que mudar'!

 

Foram estas as primeira palavras de Rui Pinto na nova situação em que se encontra e enquanto aguarda julgamento em liberdade. Declarações corajosas sabendo nós que tem sido muito elogiado pelas autoridades face ao seu espírito de colaboração. Mas colaboração é uma coisa, pactuar com a corrupção é outra. E isso parece que não vai acontecer.

É claro que não era este o discurso que os seus detractores esperavam ouvir. E por isso começam já a surgir as notícias que tentam desvirtuar as suas intenções. Não vou entrar por aí.

Prefiro recordar que segundo os números mais recentes Portugal perde por ano com a corrupção qualquer coisa como dezoito mil milhões de euros! Um número astronómico para um país tão pequeno! Um montante que vai acabar nos bolsos de alguém. E uma prova definitiva que Portugal continua a ser um paraíso para a corrupção e para o branqueamento de capitais.

Rui Pinto pode até não ser o cavaleiro imaculado que alguns exigem que seja. Mas é de certeza um perigo público para todos os corruptos.

segunda-feira, agosto 10, 2020

Postais de Verão

 

O primeiro postal é uma imagem de marca: - o presidente da república anda pelo país em fato de banho e os republicanos portugueses fazem aquilo que mais gostam: - andam atrás do rei! E querem saber tudo! Se vai para Cascais ou para o Estoril, se vem sozinho ou acompanhado, e lá no fundo têm uma secreta esperança de o ver um dia no Tamariz. Se ele vier, o turismo está salvo.


Outra das notícias incontornáveis é aquilo que eu chamo 'Jesus com tudo incluído'! Pequeno almoço no Seixal com imagens idílicas dos bons tempos de Vieira e Jorge Jesus. Almoço no aeroporto á espera do próximo craque que vem para o Benfica e durante a tarde conferem-se as declarações de Jorge Jesus não vá ter escapado alguma coisa importante. À noite uma bateria de comentadores analisa tudo, em todos os canais, e prepara já o dia seguinte.


O último postal vai para a festa do Avante que ao que tudo indica vai ser autorizada. Nem podia ser de outra maneira. Aberto o precedente pelo presidente (no 25 de Abril) o resto vem por acréscimo. Bem sei que são cem mil, mas se na praça vermelha cabiam na Atalaia também cabem. Têm é que estar direitinhos e em formatura. E não podem comer bifanas. Com máscara.


Saudações monárquicas



quinta-feira, agosto 06, 2020

A fulanização do rei!

Comentar a vida pública ou privada de um rei como se ele fosse um presidente da república é um erro comum entre os analistas republicanos. Um erro, digamos, clássico. Que nos remete para a antiguidade clássica, para a confusão com o cesarismo, num tempo em que os deuses eram homens e havia homens que eram deuses.

Nas monarquias é o vínculo que importa, vínculo que faz jus ao estribilho – rei morto, rei posto. Não interessa a personalidade deste ou daquele rei, se é mais ou menos prendado, o que interessa é que assegure a continuidade da representação. Cabe-lhe ser a figura humana da Pátria, ter a mesma idade do que ela, e a imortalidade que desejamos aos nossos.


Os republicanos não percebem isto. Por isso inventaram cognomes, estabeleceram juízos entre reis maus e reis bons, esquecendo que Portugal foi um esforço permanente de todos. E nunca hão-de perceber porque é que ninguém lhes fez estátuas, a não ser as que os acompanhavam no túmulo. A excepção é Dom José, e foi preciso um terramoto!


Saudações monárquicas



terça-feira, agosto 04, 2020

Porque não se calam! Bem caladinhos!


Ou então, porque não dizem a verdade?! A monarquia espanhola é para nós portugueses o grande ferrete da nossa história recente. Saídos ao mesmo tempo de uma ditadura enquanto a Espanha se tornou numa potência mundial Portugal transformou-se num estado exíguo completamente dependente da união europeia. E aparentemente sem alternativa. Daí que faça parte da propaganda republicana aproveitar todas as dificuldades e todos as crises da monarquia espanhola para desviar as atenções para o que se passa cá dentro. E há aqui um aspecto curioso, e até ridículo, que os críticos nem se dão conta: - colocam os personagens reais em tão alto apreço, que não lhes perdoam o mínimo deslize, ou a sombra de um pecado! Eu diria que são mais monárquicos que o rei!
Enfim, todos sabemos que a Espanha não existe sem monarquia, já no que diz respeito a Portugal, se isto é existir, então vou ali e já venho.

Saudações monárquicas

segunda-feira, agosto 03, 2020

A direita sem medo!


Desde o 25 de abril de 1974 que a rua é propriedade da esquerda. Acossada pelo PREC, comprometida com a segunda república e pouco atreita a manifestações, a direita escondeu-se em casa e vive a política pela televisão. Nas eleições abstém-se. Até ontem, o dia em que André Ventura cumpriu a promessa de responder na mesma moeda a qualquer manifestação da esquerda. E já com uma capacidade de mobilização assinalável!

E eu posso estar aqui a tarde inteira a desfiar os seus defeitos mas nenhum deles apaga uma virtude cada vez mais rara neste país, a coragem! E a intuição de saber que conquistar a rua é um passo decisivo para poder dar outros passos maiores. É por isso que não vale a pena embrenharmo-nos na temática das manifestações pois todos sabemos que a esquerda instrumentaliza as causas de acordo com a sua agenda política. Uma agenda cujos fins propositadamente oculta. Foi assim com as chamadas 'causas fracturantes' e que apenas visavam atacar a Igreja Católica e os seus princípios. Demolindo ao mesmo tempo a família tradicional. E também é assim com a pedofilia que só é notícia quando há padres supostamente envolvidos.

Com o racismo é a mesma coisa, sendo que o fim último dos seus promotores é atacar os alicerces da cultura ocidental. Contam para isso com a conivência da esquerda no poder. Daí a importância desta contra manifestação e dos sacrifícios que teremos que fazer para manter de pé o mundo em que acreditamos.

Saudações monárquicas

sábado, agosto 01, 2020

Pinto da Costa, o PAN e a estupidez natural!


Para quem sabe envelhecer a idade costuma trazer sabedoria e bom senso. Não é manifestamente o caso do presidente do FC Porto. Numa comparação infeliz disse que não compreendia porque é que as touradas podiam ter (algum) público e o futebol continuava a ser jogado à porta fechada. Uns dias depois, como era expectável, o idiota do PAN repetiu a mesma idiotice em protesto contra a primeira corrida de touros no Campo Pequeno.

Eu, ao André Silva, representante dos animais e das plantas sem eles e elas saberem, ainda posso aceitar este tipo de idiotices. Ao presidente do FC Porto, não! Mas analisemos então as idiotices. O futebol é um espectáculo desportivo e por ser espectáculo vive naturalmente do público. Aliás como a pandemia demonstrou amplamente o futebol profissional corria risco de falência sem as receitas televisivas. Por isso o Estado (DGS) tudo fez para assegurar o que restava do campeonato e os jogos foram todos transmitidos em directo salvando assim os cachets acordados com as televisões. O futebol teve portanto muito público a assistir aos jogos.

De que se queixa então Pinto da Costa?! Queria que a comunidade corresse ainda mais riscos e que os contribuintes pagassem também o policiamento e a fiscalização da ordem e das regras sanitárias à entrada dos estádios e dentro deles?!
E quer comparar o ambiente e o público das touradas com o ambiente e o público do futebol?! Onde como sabemos a competição faz parte da sua essência podendo facilmente resvalar para excessos de emotividade e violência?!
Pinto da Costa só teria alguma razão se a televisão pública garantisse a transmissão em directo de todas as touradas. E a receita previsível. Mas não é isso que acontece. Hoje em dia a república não gosta de espectáculos de raiz popular. Prefere parvoíces politicamente correctas.

Quanto ao PAN é preciso explicar que os espectáculos, mesmo aqueles que o André Silva não gosta, são ainda assim espectáculos. Dependem do público e das receitas da bilheteira. Mas isto é muita areia para aquela camionete. Posso fazer um desenho: - por exemplo, o André já imaginou o que era um concerto sem assistência, e sem transmissão radiofónica ou televisiva?! Pois é, não era um concerto, era um ensaio. Pode agora continuar a imaginar. Uma peça teatral, por exemplo! Ou uma intervenção do PAN na assembleia da república?! Sem que ninguém a veja ou oiça?! Seria o ideal, mas e depois?! O país ficava sem orientação?!

Saudações tauromáquicas