quarta-feira, abril 30, 2014

Dia do funcionário e do desempregado!

O primeiro de Maio inscreve-se na luta de classes tal como o sindicalismo e demais conquistas do socialismo triunfante. O tempo, porém, grande juiz, encarregou-se de desfazer quer a história oficial, quer a mitologia a ela associada. Parece até que voltámos ao princípio, antes das proclamadas revoluções industriais, que fomos obrigados a estudar como se o homem, o ser humano, tivesse nascido por aquela altura! Como se a revolução, a liberdade, o progresso, etc., fossem verdades inabaláveis! Neste passo, não faltarão gritos e desmaios, esgares ameaçadores pelo desrespeito, pela ignorância, pela luta de tantos trabalhadores, para chegarmos afinal ao ponto a que chegámos, ao preciso momento em que escrevo estas linhas!
A conclusão óbvia é que ninguém quer ser patrão, muito em especial aqueles que se manifestam contra os ditos. Se por sorte ou azar lhes saísse o euro milhões podemos estar certos que a última coisa que lhes passaria pela cabeça seria fazer uma empresa! Aliás, para o pessoal que amanhã vai encher as ruas (e aparecer na  televisão) a palavra 'empresa' quer dizer ’empresa pública’, de preferência não lucrativa e sustentada pelos impostos!
Resumindo, não havendo patrões, nem candidatos a tal, o dia do trabalhador tende a ser o dia do funcionalismo público, a que haveremos de juntar, infelizmente, os desempregados. Quase todos oriundos do sector privado, como se sabe. Mas a culpa não é do sector privado, ou seja, a culpa não é dos patrões. Culpar os patrões, neste caso, seria o mesmo que culpar o lince da Malcata, espécie em vias de extinção, pela sua própria extinção. Desculpem lá, mas isso não é possível.


Saudações monárquicas

sábado, abril 26, 2014

'Inconseguir' e outras maleitas

Que trágica doença terá acometido a pobre república, que terrível mal-estar andará a corroer as entranhas da Pátria, para ouvirmos por estes dias sibilinos discursos, frases incompreensíveis, tão abstractas e tão difusas que o povo dificilmente entende!
Eça, não tenho dúvidas, saberia glosar o tema como ninguém! Pessoa, com outra profundidade, reconheceria nele, fácilmente, a síndroma do provincianismo português! Freud talvez conseguisse ajudar a infeliz criatura, presidente da assembleia, e quem sabe, todo o hemiciclo, receitando a ambos, o necessário e urgente repouso!
Pela minha parte fica apenas a preocupação ‘inconseguida’ pela saúde dos nossos representantes, isto sem qualquer antipatia pessoal para com a dita senhora, que terá os seus méritos, e terá um dia nome de rua (ou praceta) na sua terra natal. Se é que já não tem!


Saudações monárquicas

quarta-feira, abril 23, 2014

O anti-país

Para definir o que é um país, no caso o que é  (ou deveria ser) Portugal, o melhor é começarmos por dizer o que não é. Assim, local, terra, vila, cidade, que comemore guerras civis, triunfo de uns quantos portugueses sobre outros portugueses, não é, não pode ser um país! Não é que não se façam revoluções, que não existam lutas fratricidas, porque elas hão-de existir sempre, não, o problema está na comemoração! Um acto acintoso, para além de ser uma idiotice convocar os vencidos de ontem para festejar os vencedores de hoje!
É por isso que o 25 de Abril, sendo como é, uma vitória da esquerda internacionalista, sobre a direita nacionalista, nunca reunirá consenso, por mais que se esforcem as vizinhas, por mais votos democráticos que se contem, por mais negro que se trace o quadro antigo.
É também por isso que a propaganda  já não cola, que o grafite já não pega, que a balada já chateia. E assim, cantando e rindo, desembocámos na geração mais despolitizada de sempre, que apenas sonha com emprego certo no funcionalismo público, com o rock in rio e com o futebol!
E por falar em futebol o país fica diminuído quando as vitórias do Benfica são celebradas em todas as cidades do anti-país como se não houvesse nessas cidades adeptos do emblema local! Como se não houvesse emblema local!
Uma campina rasa, um partido único, um clube único, tudo fardado à coreana, de bandeirinha na mão, eis o sonho ( socialista) que Abril realizou. Completamente dependentes, claro.

Saudações monárquicas  

sexta-feira, abril 04, 2014

Hollande claro e simples!

Mais um revés eleitoral, mais uma remodelação ministerial. E com toda a normalidade o presidente francês despachou a comunicação social com duas ou três frases – ‘a remodelação foi muito clara e muito simples'. E pronto. Mais tarde os jornalistas afectos falaram num governo curto, de combate!
Novidades?! A inclusão de uma ex-namorada de Hollande no elenco governativo. Para melhorar o ambiente, diz-se.
E se a memória não me falha, este pequeno presidente socialista conseguiu num curto espaço de tempo abrigar sob o mesmo tecto três amores da sua vida! É bonito! Senão vejamos: - a Ségolene, ex-candidata presidencial; a jornalista que vivia com ele no Eliseu; e a actual primeira-dama, uma actriz que gosta de pizzas! 
Quem paga?! A França, laica, republicana e socialista. Acho bem. Pois se eles gostam assim, quem sou eu para discordar!


Saudações monárquicas