Para definir o que é um país, no caso o que é (ou deveria ser) Portugal, o melhor é começarmos por dizer o que não é. Assim, local, terra, vila, cidade, que comemore guerras civis, triunfo de uns quantos portugueses sobre outros portugueses, não é, não pode ser um país! Não é que não se façam revoluções, que não existam lutas fratricidas, porque elas hão-de existir sempre, não, o problema está na comemoração! Um acto acintoso, para além de ser uma idiotice convocar os vencidos de ontem para festejar os vencedores de hoje!
É por isso que o 25 de Abril, sendo como é, uma vitória da esquerda internacionalista, sobre a direita nacionalista, nunca reunirá consenso, por mais que se esforcem as vizinhas, por mais votos democráticos que se contem, por mais negro que se trace o quadro antigo.
É também por isso que a propaganda já não cola, que o grafite já não pega, que a balada já chateia. E assim, cantando e rindo, desembocámos na geração mais despolitizada de sempre, que apenas sonha com emprego certo no funcionalismo público, com o rock in rio e com o futebol!
E por falar em futebol o país fica diminuído quando as vitórias do Benfica são celebradas em todas as cidades do anti-país como se não houvesse nessas cidades adeptos do emblema local! Como se não houvesse emblema local!
Uma campina rasa, um partido único, um clube único, tudo fardado à coreana, de bandeirinha na mão, eis o sonho ( socialista) que Abril realizou. Completamente dependentes, claro.
Saudações monárquicas
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