quinta-feira, novembro 23, 2017

O eterno problema da arbitragem!

Sem rei (nem dinastia) a arbitragem é um problema quase insolúvel em qualquer comunidade política. Acrescentei ‘dinastia’ para percebermos como é importante que a sucessão esteja predeterminada evitando partidarizar os sucessíveis. Por outro lado, e não menos importante, porque representa o vínculo de continuidade histórica da comunidade em questão.

Em Portugal o problema passa do quase insolúvel para o insolúvel mesmo! Veja-se o que aconteceu (e acontece) com os reguladores, seja na banca seja noutras actividades, completamente incapazes de regular seja o que for. Veja-se a formação desta aliança de governo que acabou por defraudar os eleitores! E veja-se agora (e sempre) o problema dos árbitros*de futebol sobre quem recaem fortes suspeitas de parcialidade em favor deste ou daquele competidor!

Aliás este exemplo do futebol deveria fazer-nos pensar sobre o estado a que chegámos! E a conclusão só pode ser esta: - um país que não consegue organizar um campeonato de futebol sem batota, imagine-se o resto! E está dito quase tudo. Falta o quase. E o quase representa uma pergunta que começa a ser feita de forma generalizada em diversos sectores de opinião: - onde fomos (ou vamos) nós buscar esta aptidão para a trapaça, para a mentira, que não respeita nada nem ninguém?! Um tema a desenvolver.


Saudações monárquicas


*Os árbitros neste jogo são soldados, os generais estão obviamente na rectaguarda.

domingo, novembro 19, 2017

Os troca-tintas!

Por ocasião do badalado jantar oferecido aos ‘deputados do Benfica’, polvo na brasa, presumo, reparei que havia muitos adeptos do CDS entre os comensais! Ora bem, habituado a identificar o encarnado com a esquerda e o azul com a direita, esta troca faz-me alguma confusão. Até porque as cores do CDS são de facto o azul e, julgo eu, ninguém se lembraria de o baptizar com o encarnado. Acresce que o emblema do Benfica é uma águia à qual associamos naturalmente quer o Bonaparte quer a revolução francesa, indiscutível matriz cultural da esquerda. Eu sei que nada disto tem importância, são coisas diferentes, mas é esquisito. 

E a esquisitice não se fica por aqui quando percebemos que em matéria de troca-tintas o PCP caminha em sentido contrário! Ou seja, eles que são vermelhos de origem, começaram a usar o azul (CDU) para se identificarem! E o discurso da quarta internacional passou a ser nacionalista! Muito mais nacionalista do que o CDS, que ao princípio, se bem se recordam, era bastante reticente em relação à união europeia. Hoje, parece um aderente da primeira hora! Eu sei que as cores procedem todas da mesma cor, mas insisto, continua a ser esquisito! Só falta agora a Cristas ser do Benfica e querer prolongar o metro até Belém! Se for assim a união nacional, perdão, a união das cores está próxima.



Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 15, 2017

O país demitido!

Parece ter chegado agora ao futebol mas o país anda a demitir-se há um ror de anos! O primeiro-ministro Costa, num reconhecimento tardio de que perdeu as eleições recusa-se a tomar posse e a assumir responsabilidades. Desgraças, maçadas, não é nada com ele. Ainda há pouco disse aos microfones que era impossível restaurar as carreiras dos professores (estamos a falar de dinheiro) porque isso é um problema histórico! E olhou para trás! Nove anos de congelamento deve ser com o Passos Coelho que pelos vistos ainda está em funções. Legionelas, comes e bebes nos cemitérios, chamem o Passos. 

No entanto alguma coisa está a mover-se! Fora daquele circuito fechado que é a nossa política o país demitido agita-se, e o polvo benfiquista está a perder tentáculos! Já há duas demissões a sério - um juiz arbitral e um conselheiro fiscal! Demissões logo saudadas como gestos nobres!  Há porém um senão, os dois cavalheiros só se demitiram porque veio a público aquilo, que se não viesse, continuava tudo na paz dos anjos! Preocupante, não acham?! É neste ponto em que estamos no que concerne ao país que ainda não de demitiu das funções que afinal não exerce. Tem a palavra a comunicação social. Comuniquem!


Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 13, 2017

O nacionalismo irresistível

Todos conhecem a regra do pêndulo, ele pode ser parado durante algum tempo mas a gravidade acabará por conduzi-lo ao caminho que já conhece. O internacionalismo com todas as suas globalizações esgotou-se deixando atrás de si um rasto de morte e destruição. O homem não se transformou assim tanto e as velhas proclamações soam a falso. ‘Povos de todo o mundo uni-vos’ ou a 'morte do capitalismo’ não aconteceram. Pelo contrário, quem olhar hoje para a China Popular pode dizer que é o capitalismo que mantém aquele paradoxo. Os mandarins aguardam pacientemente a sua hora. O quadro fica completo quando o próprio polícia do mundo abdica da sua missão. O lema americano é o seguinte: Defendam-se com as armas que eu vos vendo.

Por tudo isto e muito mais os nacionalismos derrotados na última guerra estão de volta e vão ganhar. Nem é preciso ser adivinho. Basta olhar para a nossa casa e perguntar: - quem é que vai querer pagar impostos para os pançudos de Lisboa andarem em jantaradas no meio dos mortos?!

segunda-feira, novembro 06, 2017

O factor Alba!

O regresso às origens alimenta-se da memória e faz parte dos ciclos históricos. Até aqui não há novidade. Nesse sentido é admissível prever que a união europeia deixe a Europa em frangalhos, mais dividida e pior do que aquela que encontrou. O Brexit é um sinal disso com a monarquia inglesa a antecipar-se ao desastre. E por falar em desastres esta fuga do catalão Puigdemont para os países baixos encerra alguns riscos para a integridade da união europeia. Com efeito, entra pelos olhos dentro que o verdadeiro motor dos chamados independentistas é o seu ódio infantil a Madrid e a tudo o que tenha a ver com Castela! Como se o tempo tivesse parado, como se o Duque de Alba ainda fosse vivo, como se os catalães fossem flamengos! Não foi portanto por acaso que Puigdemont quis ser ouvido por um juiz flamengo e que as suas declarações fossem transcritas em holandês! Este comportamento irresponsável, que se inscreve fácilmente num crime de alta traição à Catalunha e à constituição espanhola, pode no entanto pôr em cheque as relações entre a Bélgica e a Espanha, e a partir daí acentuar divisões na própria Bélgica. Muito depende do que a justiça belga fizer neste caso. Se resolver dar asas à irresponsabilidade a Bélgica fica com um problema maior que a Catalunha. E esta união europeia acabou. 


Saudações monárquicas  

domingo, novembro 05, 2017

República da Catalunha – uma causa fracturante!

Se a ideia fosse estabelecer, restaurar, no limite, implantar um principado eu até podia compreender desde que evidentemente o príncipe existisse e com ele o princípio fundador. Agora tentar separar-se da comunidade hispânica, das autonomias constituintes e constituídas, através de uma república isso só pode ser uma brincadeira, um filme de ficção, ou um erro infantil. Mas é sobretudo uma causa fracturante e que dividiria irremediavelmente a Catalunha. Dividiria em termos ideológicos e em termos físicos muito embora as fronteiras da Catalunha não existam ou sejam apenas imaginárias. Em termos ideológicos a fractura far-se-ia entre os querem continuar a ser espanhóis e os que não querem, com a agravante destes últimos ainda não terem decidido a que outra grande cultura querem pertencer. Afirmar-se europeu não chega, é apenas uma fuga para a frente. Vão querer ligar-se à França e passar a falar francês em vez de castelhano?! Irão optar pelo italiano?! Quiçá, pelo português?! Mas façam o que fizerem, decidam o que decidirem uma coisa é certa – haverá pelo menos metade dos catalães que não estarão pelos ajustes. E a cada eleição a coisa pode piorar. É isso que a história universal nos ensina sobre os regimes republicanos. Em democracia, evidentemente. Em ditadura é outra história. Duram mais mas acabam pior.



Saudações monárquicas