quinta-feira, dezembro 31, 2015

República irrevogável!

Já perceberam porque é que não há remédio, nem para os bancos, nem para o regime, nem para nós?! E bastou que se abrisse uma pequena janela de oportunidade para verificarmos isso mesmo. Uma janela a propósito, imagine-se, do futebol, sim do futebol, uma obsessão nacional, mas que não passa de uma indústria falida, dependente dos bancos, falidos, e das falidas autarquias!

Dizia eu, havia a hipótese de passar à prática a prometida centralização dos direitos televisivos, uma hipótese de seguir padrões europeus, de adoptar as regras das Ligas mais evoluídas e mais rentáveis, uma forma de todos ganharem na proporção dos seus méritos desportivos, tornando-se todos mais competitivos!

Nada feito, ninguém quer isso, queremos continuar assim, bem desiguais, com os três grandes a receberem tudo e os outros, resignados, a contentarem-se com as migalhas! Uma competição de senhores e de escravos é disso que o povo gosta. E o governo, que é do povo, também gosta. Portanto, não se intromete, com a desculpa esfarrapada da liberdade associativa!

Quando se trata de futebol, da esquerda à direita, ninguém pia, ninguém se lembra dos contribuintes. Nem da verdade desportiva.


Um Bom Ano.

domingo, dezembro 27, 2015

Postal de Boas Festas

Aqui chegados, abertos os presentes, constatámos que ainda não é desta que o Pai Natal satisfaz os nossos desejos.
Vamos olhar as ‘prendas’: - mais um banco para pagar, mais um governo de esquerda para aturar, mais funcionários públicos para sustentar, a electricidade que vai aumentar, mais uma guerra no médio oriente, pra variar! Ah, já me esquecia, e mais um livro sobre o Hitler que só Freud pode explicar!
Chocolates para adoçar.
Mas afinal o que é que pediste ao Pai Natal?!
O fim do Interregno, pra começar.


Boas Festas

terça-feira, dezembro 22, 2015

O pior dos dois mundos!

Vamos pôr a coisa assim: - o PCP quer nacionalizar o banco, o Bloco também. Salvam-se os postos de trabalho, e a economia de mercado que se lixe. O PS quer nacionalizar a economia de mercado, o PSD também. Salva-se tudo, ninguém vai à falência, os contribuintes que se lixem. O CDS não sabe o que é que quer!

Muito resumidamente é isto que se passa, o que quer dizer que o orçamento rectificativo vai passar. Com os votos do PS e com a abstenção do PSD. A esquerda apoiante de Costa vai votar contra. O CDS não sabe ainda como vai votar!
Ai, que falta nos faz um partido de direita, direita a sério. Tal como está continuaremos com todos os vícios do capitalismo e com todos os vícios do socialismo. Virtudes, nem vê-las.


Saudações monárquicas

segunda-feira, dezembro 21, 2015

A TAP e o destino português

Marcha atrás, marcha à frente, faz que anda mas não anda! Quando a corporação dos pilotos resolveu chantagear a companhia com greves e reivindicações ilegítimas, insurgi-me naturalmente como decerto muitos outros portugueses. E também expressei a opinião de que a gestão privada tem que ser a regra de qualquer empresa numa economia de mercado. Patrão estado, gestão pública, funcionários públicos com carreira assegurada, défices pagos pelos contribuintes, ausência de competitividade, isso era na falida união soviética e em outras utopias do género.

Dito isto é preciso assinalar que cada país tem as suas especificidades, e que não são mais de quatro ou cinco aqueles que deixaram atrás de si um território descontínuo ou um império cultural e linguístico que urge continuar a servir. Isto tem um preço que os portugueses não se negarão a pagar desde que o poder político se limite a defender o interesse nacional.

Ora o grande perigo nestas coisas é confundir o interesse nacional com interesses conjunturais ou corporativos. E Portugal é particularmente atreito a isso uma vez que não tem, ao contrário da Espanha ou da Inglaterra, um representante dos valores permanentes.
Daí pensar-se que incumbe ao estado proteger os postos de trabalho de uma empresa, seja ela a TAP ou a CP, e daí também a tentação ideológica, sempre passageira, que não permite vislumbrar o futuro.

Assim e sem mais delongas a TAP deve ser concessionada aos privados mantendo o estado uma posição accionista que lhe permita fiscalizar o integral cumprimento do caderno de encargos. Será sem dúvida um acordo difícil tanto mais que já se deram alguns passos contraditórios. Como em tudo, é preciso negociar, sem esquecer que o bom é inimigo do óptimo.


Saudações monárquicas


sábado, dezembro 19, 2015

Sócrates e a terceira república

Pode hoje dizer-se que o processo de Sócrates é o processo da terceira república! E depois da entrevista que o mesmo deu à TVI podemos acrescentar que a terceira república é sua prisioneira
Chegámos a este estado vindos directamente da Casa Pia, escândalo que como se lembram ameaçava liquidar o partido socialista. O que sucedeu a seguir é conhecido - Sampaio dissolveu a assembleia da república fazendo cair Santana Lopes e abrindo espaço para o consulado de Sócrates. O processo da Casa Pia foi então cirurgicamente intervencionado, e alguns dos suspeitos foram cirurgicamente inocentados. Isto é factual. A partir daqui Sócrates reinou como quis e toda a gente lhe deve favores.

Um contratempo político - a banca rota nacional - interrompeu o seu reinado! E um contratempo judicial aprisionou-o durante uns tempos em Évora! Mas o seu ascendente manteve-se. A cadeia da cidade tornou-se lugar de peregrinação, e todos os dias havia gente ilustre desejosa de prestar vassalagem ao grande líder!
Solto entretanto, e enquanto aguarda a acusação judicial, ele aí está de novo na crista da onda, a cobrar as dívidas do passado.

Sucede porém que Sócrates ainda não percebeu que está politicamente morto. Pensando que tudo lhe era permitido deixou-se enredar nas suas próprias armadilhas! E mesmo que saia disto inocentado, a verdade é que ninguém lhe perdoa o facto de ter vivido (faustosamente) da generosidade alheia. Ainda que isso possa ser uma enorme mentira. A sua carreira política portanto acabou. O que diga-se é um enorme alivio para António Costa. A única incerteza que paira no ar é se mesmo assim o PS cede à tentação de interferir novamente com a justiça! Nesse cenário a terceira república está condenada, não dura meia dúzia de anos.


Saudações monárquicas

quinta-feira, dezembro 17, 2015

Costa para durar. Passos e Portas…

A ideia de que Costa está refém do PCP ou do Bloco é todos os dias desmentida pelos factos. Catarina Martins está a viver uma lua-de-mel com que nunca sonhou! Qualquer dia muda-se para o Rato. E o PCP, embora o discurso pareça mais exigente, quer apenas manter o que lhe resta – o controle sobre os trabalhadores do estado e afins. Um sector que tem vindo a diminuir. Costa não se importa e faz-lhe essa concessão. Recebe em troca menos greves e melhores resultados em futuras eleições.

Mais aflitos andam Passos e Portas sem saberem como se hão-de divorciar! E para onde hão-de ir viver! O próprio anúncio da separação soou a falso. Passos, dizem, quer afastar-se da direita e ocupar o centro entretanto deixado vago pelos socialistas. Só há aqui um pequeno problema, um problema de natureza política - o centro só tem casas para arrendar na altura das eleições. No resto do tempo é um espaço inocupável. Tenho pena por Passos que revelou ser um político de confiança e com perfil para liderar um grande partido conservador.

Já quanto a Portas penso que perdeu uma enorme oportunidade para se justificar e justificar o CDS. Em lugar de seguir o PSD no seu apoio a Marcelo, deveria ter-se demarcado, escolhendo candidato próprio, alguém da sua área política, uma candidatura assumidamente de direita. Mas Portas está muito viciado no poder, e não arrisca a necessária travessia do deserto. Espera ainda ganhar eleições (à boleia) imaginando que Costa vai falhar em breve. Tenho pena pelo CDS que assim não sai da cepa torta.   



Saudações monárquicas

segunda-feira, dezembro 14, 2015

A ideologia das palavras

Realizou-se ontem a segunda volta das eleições regionais francesas e tal como se previa o movimento 'todos contra Marie Le Pen' acabou por vencer. Foi uma vitória curta e atendendo às alianças contra natura que entretanto se formaram, pode até considerar-se curtíssima! Os jornais noticiaram o assunto com menos ruído que o costume mas não se eximiram a catalogar o embate como uma batalha entre o bem e o mal! 
De um lado a 'frente republicana', como lhe chamam! E do outro, os maus, ou seja, a frente nacional! 

Não entro neste jogo idiótico. Para entrar teria que perguntar muito simplesmente se a frente nacional propõe nalgum capítulo do seu programa o regresso à monarquia?! Sabemos que não, e sendo assim tentar confundir o público (e o eleitorado) com chavões deslocados e ainda por cima mentirosos, não é próprio de gente honesta. Em resposta quase que apetece sugerir a Marie Le Pen que assuma então a monarquia fazendo um grande favor à França e um enorme favor à sua heroína preferida - Joana D'Arc!


Saudações monárquicas

terça-feira, dezembro 08, 2015

À espera do estado islâmico!

Hoje ainda é feriado mas já não é o dia da mãe. O estado laico e a sua propaganda transferiu esse dia para Maio, época primaveril, igualando a natureza humana aos pardais que fazem seus ninhos por essa altura. Instalada a divisão, de propósito, numa festa que dizia muito aos portugueses, fica aberto o espaço para a confusão. E é na confusão, semeando incertezas, que normalmente crescem e se fortalecem os que não vacilam nem têm dúvidas de identidade. Não admira pois que a França, republicana e laicista (tal como Portugal), tenha perdido de vista a sua matriz, e já se tenha esquecido de Poitiers! Atarantada, desfigurada, sempre a proclamar a ‘republique’, mete dó!
Portugal sofre do mesmo mal. Dominados pela franco-maçonaria há pelo menos duzentos anos vai ser muito difícil percebermos (a tempo) a origem da doença que nos afecta. Uma doença grave!

8 de Dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, rainha e padroeira de Portugal



Saudações monárquicas

segunda-feira, dezembro 07, 2015

Divergir cá e lá!

Está na moda culpar a Europa pelos males caseiros! Que devia ser solidária com os países mais pobres, mais periféricos, mais fracos. Esta é a narrativa da esquerda hoje protagonizada por António Costa.
Curiosamente este discurso não explica o que se passa em Portugal! A profunda desigualdade, a maior da união europeia, construída laboriosamente ao longo de quarenta anos! Construída com instrumentos conhecidos – a igualdade na ponta da língua e a constituição debaixo do braço.

Por isso a verdade é outra, e a verdade é que nunca fizemos as reformas internas, indispensáveis para convergirmos cá dentro, única maneira de podermos (depois) convergir na Europa.

Portanto a pergunta de um milhão de dólares é esta: - porque é que não fizemos nem tencionamos fazer o trabalho de casa?!

Só há duas respostas possíveis e vou arriscar uma delas – não fizemos porque os partidos do chamado ‘arco da governação’ nunca tiveram coragem para alterar a constituição acabando assim com os privilégios do regime. Privilégios de casta, de seita, e que pelos vistos justificam tudo – pré-banca rota, intervenções externas, diminuição de soberania, perda de independência!

Chegámos entretanto a um ponto crítico: - a Europa farta das mentiras gregas não vai concerteza ouvir agora as mentiras portuguesas. Dirá muito simplesmente – façam favor de se organizar, de fazer as reformas que prometeram fazer, sem as quais nunca conseguirão levantar a cabeça. E depois conversamos.



Saudações monárquicas 

quinta-feira, dezembro 03, 2015

Virar a página – reconfigurar a direita!

O debate de hoje pouco interessa, os dados estão lançados. Não vale a pena continuar a remoer uma derrota amarga, derrota previsível mas não prevista como fez questão de salientar António Costa. Há que virar a página e centrar o discurso nas causas da direita, aquelas que são distintivas, em lugar de prolongar o papel de bom aluno da troica, espiando e temendo que o governo socialista não cumpra o que prometeu! Que gaste o dinheirinho que juntámos! Uma estratégia incompreensível, em primeiro lugar porque menospreza as capacidades de Costa, o que quanto a mim é um erro crasso, e em segundo lugar porque se Costa falhar será obviamente penalizado em próximas eleições. Também não percebo a moção de censura se o objectivo é apenas ficar com uma foto de família da frente esquerda! O adversário principal da direita é o partido socialista e não os seus companheiros de jornada. PCP e Bloco são problemas de Costa, não nossos.

Aqui chegados, chegámos à parte mais difícil! Mas afinal quais são as causas da direita?!
Bem, este não é o local mais apropriado para elencar uma plataforma de combate político, ainda assim não será muito difícil definir alguns princípios comuns:

Antes de mais, a direita distingue-se na política pela seriedade e rigor. É um handicap em relação à esquerda, por natureza golpista, mas terá de ser assim. Depois, e olhando para dentro, a direita preocupa-se com o país real, não sendo portanto dada a grandes abstracções e utopias. A direita quer um estado forte e competente, não quer um estado gordo. Gordo de clientelas e inutilidades. A direita cultiva a tradição porque sabe de onde vem, logo sabe o caminho. Neste sentido e olhando para fora, reconhece as comunidades que ajudámos a construir sendo elas uma prioridade da nossa política. Na união europeia somos portugueses e somos parte de um projecto de países soberanos. Assim, nunca confundimos convergência com integração. Como pessoas de bem cumprimos os tratados e convenções que assinámos. Mas não abdicamos de os rever, ou sair deles, quando se tornem leoninos ou absurdos.
Por fim e face aos grandes desafios que se colocam no plano mundial, nomeadamente as ameaças aos valores que professamos, e que decorrem da matriz cristã que nos moldou, saberemos defendê-los, sem tibiezas, tal como já os defendemos no passado.

Estes são princípios e desígnios que neste momento não têm representação parlamentar e por isso reclamam uma reconfiguração da direita. Da direita que não temos.



Saudações monárquicas

terça-feira, dezembro 01, 2015

Independência, flâmula azul...



Independência, flâmula azul, doce epopeia, no largo mar, nos mares do sul!

Não te renegas! Que pena tenho Timor em não ser do teu tamanho!

Aqui ninguém se entende, nem compreende essa ousadia!

Celebrar a independência e o império no mesmo dia!

Aqui tudo se vende. A indigência e a hesitação, vivem paredes meias, com a ambição!


Se bem me lembro hoje é Dezembro, por todo o lado, mas ninguém sabe, 

nem quer saber, porque é feriado?!