sábado, abril 30, 2011

Reino Unido e Portugal desunido

O título desta crónica também podia ser este: - Príncipe inglês casa em Portugal pela televisão!
Ou este: - Reino Unido e Portugal distraído;
Ou então, este: - República centenária (regicida e falida) assiste embevecida ao casamento do futuro rei de Inglaterra;


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Outras hipóteses no cardápio:


- Portugueses são monárquicos desde que o rei não seja português;
- A galinha da vizinha é sempre melhor que a minha!



- Mas o meu título é este: - Acorda Portugal!


Saudações monárquicas

domingo, abril 24, 2011

Entrevista de Dom Duarte à agência Lusa

Apesar da permanente intoxicação republicana... a monarquia começa a fazer sentido aos olhos de muitos portugueses. Ainda há uma esperança de nos mantermos independentes.
Veja e oiça.
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Saudações monárquicas

quinta-feira, abril 21, 2011

Um conto pela Páscoa

A minha casa é antiga e já foi bonita. Hoje está a cair. Tinha bons alicerces, paredes-mestras que desafiavam os séculos, janelas que se abriam para o mundo! Sofreu tempestades, nevoeiros e vendavais, a tudo resistiu, firme e coesa. O problema foram as infiltrações. Que corroem por dentro, lentamente, e cavam enormes fendas à sua passagem!
Disse que a casa era minha, mas já não é. Está em meu nome, ainda lá moro, mas já não sou eu que mando. Sem dinheiro para as inevitáveis obras, sujeitei-me à devassa de uns quantos desconhecidos, trolhas de profissão, que fazem o que fazem os trolhas: - fazem massa, transportam massa, gastam a massa a tapar buracos, e vão-se embora quando acaba a massa, sem resolver o problema das infiltrações. E elas continuam a minar. E com elas, inseparáveis, toda a espécie de micróbios e fungos, apostados em destruir a minha casa.

terça-feira, abril 19, 2011

Um povo pouco nobre

Um dos símbolos da nobreza é Dom Quixote, idiota para alguns, mais identificados com o seu fiel escudeiro (apesar de tudo fiel) Sancho Pança! O Homem da Mancha observava as regras de cavalaria num tempo em que a esperteza e o maquiavelismo já imperavam e esse facto valeu-lhe sempre muitos dissabores. Tal como hoje, quem der a iniciativa ao adversário, quem valorizar os mais fracos, quem cultivar a independência, é imediatamente ridicularizado e exposto na praça pública como alguém que ousa escapar ao redil, ao rebanho das almas que vão para o céu, com letra pequena.
Pois bem, soube-se ontem que afinal também o PS tentou contratar Fernando Nobre para a sua linha avançada, mas como o referido ponta de lança acabou por assinar por outro clube, vá de lançar um anátema sobre as qualidades do jogador, que já não presta, que não treina o suficiente, etc., … e deixem-me continuar a raciocinar como se isto fosse bola, porque é a única maneira de nos entendermos.
Entretanto o clube que o contratou também não sabe ao certo quais são as cláusulas do contrato, e o mesmo se passa com o jogador! O PSD sabe apenas que o contratou ‘para se abrir à sociedade civil’! O jogador está convencido que é ele a sociedade civil!
De uma coisa podemos estar certos, e continuo a seguir a cartilha da bola: - para esta gente não há nada mais importante que o próximo jogo.
Honra, independência, sentido comunitário, isso não é connosco. Isso são coisas menores em terras de Sancho Pança.

Saudações monárquicas

segunda-feira, abril 18, 2011

Censos

És inteligente? Sim ou não?


Se colocaste a cruz no não, podes continuar a responder:


És monárquico? Sim ou não?


Se respondeste que sim, o teu recenseamento termina aqui porque afinal és inteligente.


Se a tua resposta é não, podes continuar:


No caso português, há alguma possibilidade da união europeia não se transformar numa união ibérica? Sim ou não?


Se respondeste que não podes prosseguir:


Aceitas viver numa monarquia? Sim ou não?


Se respondeste que não, isso significa que tencionas emigrar? Sim ou não?


Se respondeste que não o teu censo também terminou.


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Nota básica: A lei garante que as respostas e os respectivos resultados serão mantidos em rigoroso sigilo. Se a lei se cumpre isso já não podemos garantir.


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Saudações monárquicas

sábado, abril 16, 2011

Na esteira do futebol

Não, não vou repetir as idiotices que se ouvem em alturas de euforia, idiotices do género: - 'se todas as actividades económicas fossem tão competitivas como o futebol português não estávamos na banca rota'! Discordo e tenho outra ideia sobre o assunto. Mas sei ler os sinais (positivos) que explicam o actual sucesso desportivo. Explico:

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- Em primeiro lugar é preciso esclarecer o seguinte - o nosso futebol tem uma organização soviética, fruto de uma mentalidade também soviética e resume-se à existência de três 'clubes do estado'. Três clubes super protegidos, verdadeiros eucaliptos que secam tudo à sua volta. Esporádicamente pode aparecer um ou outro 'out sider' que desaparece com a mesma velocidade com que surgiu porque não beneficia do mesmo tipo de apoios, do Estado ou equivalentes. Cientes e resignados com esta realidade os adeptos polarizam-se à volta destes três clubes e impossibilitam que se organize um campeonato minimamente competitivo. E não sendo competitivo não é rentável. A clássica pescadinha de rabo na boca.

Escapa a esta lógica o que acontece nas regiões autónomas.

O futebol português contribui portanto para o défice da república e só não sabemos em que medida porque nestas coisas que metem circo é muito difícil saber a verdade. Mais, estamos numa área onde até políticos com fama de impolutos se desorientam ao ponto de trocarem dívidas de clubes por papel higiénico! Adiante.

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- Mas se internamente o nosso campeonato não é rentável, a verdade é que os nossos clubes (e a própria selecção) são competitivos quando se trata de defrontarem equipas europeias. Equipas de países mais ricos e menos periféricos. Isto deve-se a numerosos factores sendo que o principal tem a ver com o império que construímos ao longo de séculos e que entretanto mandámos às malvas. Porém, são ainda as antigas colónias que dão brilho às nossas cores e trazem um pouco de alegria a este país falido e sorumbático.

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E pergunto eu - se isto é assim e resulta no futebol porque não aplicar a mesma receita ao resto?!

Porque não abandonar a periferia em que estiolamos para regressar à centralidade onde prosperámos? Porque não reinventar uma CPLP com um rei?!

Resumindo: - 'há mais vida para além da união europeia'.

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Saudações monárquicas

quinta-feira, abril 14, 2011

O golpe do resgate

(Com a devida vénia)

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Assunto: Pedido de Resgate de Portugal - por Henrique Medina Carreira

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FOI PEDIDO O RESGATE


Bom, dado que o que está em causa é tão só o futuro dos nossos filhos e a própria sobrevivência da democracia em Portugal, não me parece exagerado perder algum tempo a desmontar a máquina de propaganda dos bandidos que se apoderaram do nosso país. Já sei que alguns de vós estão fartos de ouvir falar disto e não querem saber, que sou deprimente, etc, mas é importante perceberem que o que nos vai acontecer é, sobretudo, nossa responsabilidade porque não quisemos saber durante demasiado tempo e agora estamos com um pé dentro do abismo e já não há possibilidade de escapar.

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Estou convencido que aquilo a que assistimos nos últimos dias é uma verdadeira operação militar e um crime contra a pátria (mais um). Como sabem há muito que ando nos mercados (quantos dos analistas que dizem disparates nas TVs alguma vez estiveram nos ditos mercados?) e acompanho com especial preocupação (o meu Pai diria obsessão) a situação portuguesa há vários anos. Algumas verdades inconvenientes não batem certo com a "narrativa" socialista há muito preparada e agora posta em marcha pela comunicação social como uma verdadeira operação de PsyOps, montada pelo círculo íntimo do bandido e executada pelos jornalistas e comentadores "amigos" e dependentes das prebendas do poder (quase todos infelizmente, dado o estado do "jornalismo" que temos).
Ora acredito que o plano de operações desta gente não deve andar muito longe disto:

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1. Narrativa: Se Portugal aprovasse o PEC IV não haveria nenhum resgate. Verdade: Portugal já está ligado à máquina há mais de 1 ano (O BCE todos os dias salva a banca nacional de ter que fechar as portas dando-lhe liquidez e compra obrigações Portuguesas que mais ninguém quer - senão já teriamos taxas de juro nos 20% ou mais). Ora esta situação não se podia continuar a arrastar, como é óbvio. Portugal tem que fazer o rollover de muitos milhares de milhões em dívida já daqui a umas semanas só para poder pagar salários! Sócrates sabe perfeitamente que isso é impossível e que estávamos no fim da corda. O resto é calculismo político e teatro. Como sempre fez.

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2. Narrativa: Sócrates estava a defender Portugal e com ele não entrava cá o FMI. Verdade: Portugal é que tem de se defender deste criminoso louco que levou o país para a ruína (há muito antecipada como todos sabem). A diabolização do FMI é mais uma táctica dos spin doctors de Sócrates. O FMI fará sempre parte de qualquer resgate, seja o do mecanismo do EFSF (que é o que está em vigor e foi usado pela Irlanda e pela Grécia), seja o do ESM (que está ainda em discussão entre os 27 e não se sabe quando, nem se, nem como irá ser aprovado).

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3. Narrativa: Estava tudo a correr tão bem e Portugal estava fora de perigo mas vieram estes "irresponsáveis" estragar tudo. Verdade: Perguntem aos contabilistas do BCE e da Comissão que cá estiveram a ver as contas quanto é que é o real buraco nas contas do Estado e vão cair para o lado (a seu tempo isto tudo se saberá). Alguém sinceramente fica surpreendido por descobrir que as finanças públicas estão todas marteladas e que os papéis que os socráticos enviam para Bruxelas para mostrar que são bons alunos não têm credibilidade nenhuma? E acham que lá em Bruxelas são todos parvos e não começam a desconfiar de tanto óasis em Portugal? Recordo que uma das razões pela qual a Grécia não contou com muita solidariedade alemã foi por ter martelado as contas sistematicamente, minando toda a confiança. Acham que a Goldman Sachs só fez swaps contabilísticos com Atenas? E todos sabemos que o engº relativo é um tipo rigoroso, estudioso e duma ética e honestidade à prova de bala, certo?

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4. Narrativa: Os mercados castigaram Portugal devido à crise política desencadeada pela oposição. Agora, com muita pena do incansável patriota Sócrates, vem aí o resgate que seria desnecessário. Verdade: É óbvio que os mercados não gostaram de ver o PEC chumbado (e que não tinha que ser votado, muito menos agora, mas isso leva-nos a outro ponto), mas o que eles querem saber é se a oposição vai ou não cumprir as metas acordadas à socapa por Sócrates em Bruxelas (deliberadamente feito como se fosse uma operação secreta porque esse aspecto era peça essencial da sua encenação). E já todos cá dentro e lá fora sabem que o PSD e CDS vão viabilizar as medidas de austeridade e muito mais. É impressionante como a máquina do governo conseguiu passar a mensagem lá para fora que a oposição não aceitava mais austeridade. Essa desinformação deliberada é que prejudica o país lá fora porque cria inquietação artificial sobre as metas da austeridade. Mesmo assim os mercados não tiveram nenhuma reacção intempestiva porque o que os preocupa é apenas as metas. Mais nada. O resto é folclore para consumo interno. E, tal como a queda do governo e o resgate iminente não foram surpresa para mim, também não o foram para os mercados, que já contavam com isto há muito (basta ver um gráfico dos CDS sobre Portugal nos últimos 2 anos, e especialmente nos últimos meses). Porque é que os media não dizem que a bolsa lisboeta subiu mais de 1% no dia a seguir à queda? Simples, porque não convém para a narrativa que querem vender ao nosso povo facilmente manipulável (julgam eles depois de 6 anos a fazê-lo impunemente).

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Bom, há sempre mais pontos da narrativa para desmascarar mas não sei se isto é útil para alguém ou se é já óbvio para todos. E como é 5ª feira e estou a ficar irritado só a escrever sobre este assunto termino por aqui. Se quiserem que eu vá escrevendo mais digam, porque isto dá muito trabalho.

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Henrique Medina Carreira.

segunda-feira, abril 11, 2011

A oportunidade do Partido Popular (CDS)

Para olhos atentos o congresso do PS mostrou a verdadeira face da clique que amordaça o país – uma atmosfera de comício, a adulação do líder, presenteado com votações soviéticas, a rosa socialista substituída pelas bandeiras do partido republicano, bandeiras ditas nacionais, mas que não ostentam as cores de Portugal, um salão interdito a estranhos, tudo a condizer, tudo preparado para mostrar aos incautos (via televisão) que são eles que mandam e que não tencionam largar o poder.

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Quando muito podem cedê-lo, em regime de part-time, àquele outro partido social-democrata, partido sobresselente, que serve para ‘alternar’ nos períodos de maior aperto, para que o PS, mal passe a tempestade, possa regressar tranquilo como se nada se tivesse passado. E nada se passa efectivamente porque nem o PS nem o PSD estão interessados em tocar no carácter esquerdista do regime. Porquê?! Porque têm ambos a marca genética da esquerda. É por essa razão que ao fim de tantas revisões, a constituição (dos trezentos e tal artigos!) mantém o país aprisionado a um regime laicista, republicano e socialista. Sem quaisquer hipóteses de mudança!

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Mas o PSD desempenha ainda uma outra função maléfica: - a sua máscara de oposição tem impedido que o leque partidário se clarifique. Como?! O facto de ser uma associação híbrida, enganadora, espécie de albergue espanhol, evita que se forme e desenvolva um forte e credível partido de direita, como é normal e acontece nos outros países europeus. E sabemos que só um partido de direita, forte em resultado da força eleitoral, poderia forçar ao esbatimento do carácter esquerdista do regime.

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Diz o povo que ‘não há mal que sempre dure…’ mas para que o ditado se cumpra, não basta o decurso do tempo, é preciso que alguém faça alguma coisa, um gesto, um sinal de desacordo, eficaz, oportuno e a oportunidade é esta. É agora ou nunca que o CDS deve fazer prova de vida. Não pode continuar a comportar-se como um diligente apoiante do PSD, perdido na ‘bricolage’ de medidas pontuais, úteis sem dúvida mas que não atingem o cerne da questão. A alternativa, a única alternativa é ser mesmo uma alternativa de direita à real hegemonia da esquerda.

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Para que isso aconteça o CDS precisa de radicalizar não apenas o seu discurso mas a sua prática política. Desde logo esquecendo (ou refreando) o seu apetite pelo poder imediato. Em segundo lugar lembrando-se (para lembrar os eleitores) que as suas raízes assentam na democracia cristã, uma diferença essencial, que se for afirmada sem rodeios, pode valer votos e confiança política.

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Por fim, e não menos importante, especialmente nos tempos que correm, o CDS/PP não pode deixar que sejam os internacionalistas do PCP e do BE, a fazerem figura de nacionalistas (e patriotas) quando esse papel coube e há-de caber sempre na idiossincrasia dos partidos de direita. Patriotismo que deve afirmar-se sem demagogias mas também sem medo ou vergonha das palavras. E perante seja quem for – união europeia, união ibérica, ou todas as fórmulas que pretendam reduzir Portugal a um mero protectorado. E a hora de marcar o terreno já começou. Porque a hora da humilhação colectiva já começou.

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Saudações monárquicas

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Post-Scriptum: Claro que também é a hora de os monárquicos se chegarem à frente. Como?! Se calhar temos que engendrar um partido que defenda a 'lusitana antiga liberdade'.

sábado, abril 09, 2011

Do centenário ao protectorado – cem anos depois…

Não tinha que ser obrigatóriamente assim, mas foi. Um país sem Deus, sem Rei, enredado num socialismo de esquerda, com a inerente (e crescente) gordura do estado; um sistema representativo (propositadamente!) deficiente, onde os ‘sociais democratas’ fazem as vezes da direita; uma juventude situacionista, que não questiona o regime; e um ‘estado social’ que fabrica dependentes e dependências a um ritmo alucinante… tudo isto junto, ao mesmo tempo, tinha que dar nisto – um país incapaz de se governar, um estado inimputável.

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Inimputabilidade que anda á solta por estes dias da crise: - não há responsáveis pela situação, nem pelo caminho trilhado! A única preocupação é o dinheirinho que aí vem para nos tirar do aperto! Dinheirinho mais barato, é certo, mas com a imposição de sermos governados de fora para dentro! Uma condição humilhante… em condições normais. Mas a anormalidade impera, portanto, muitos séculos depois, cai por terra um antigo aforismo romano: - diziam os Cipiões que ‘os lusitanos não se governavam nem se deixavam governar’. Do mal, o menos. Mas hoje, só a primeira parte é verdadeira! Quem se admira?!

Cem anos depois é este o rating da república: - Portugal transformado num protectorado europeu! Sem um grito, sem um ai!

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Saudações monárquicas

quinta-feira, abril 07, 2011

Frases inesquecíveis!

Quando quero inteirar-me sobre a situação melodramática do país (psiquiátrica talvez fosse o termo mais apropriado) costumo visitar o programa ‘prós e contras’ e nunca me arrependo. Se aquilo fosse receita culinária chamava-se ‘bacalhau com todos’, se fosse gravador era cassete. Portanto, convém não abusar, uma vez por mês, chega e sobra. Os ingredientes, ou seja, os convidados são sempre os mesmos, a nata da terceira república, e as frases, algumas, são o melhor do programa. A Fátima Campos Ferreira quando está arranjadinha, também escapa. Ontem estava, e como perdeu o guião do governo, pareceu-me um bocadinho mais lúcida! Em contrapartida anda apavorada com os ‘cortes’ que se perfilam no horizonte o que me leva a fazer o seguinte juizo: - Será que vamos conseguir reduzir o défice da televisão pública?! E de outras coisas publicas semelhantes?! Veremos.

Mas vamos às frases. Escolhi duas emblemáticas:

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- ‘Temos a geração mais qualificada de sempre, e não temos emprego para lhes dar’!

Minha opinião: - mais qualificada no sentido de andar a tirar cursos que não servem para nada, sim, é verdade. Mas geração super protegida pelos progenitores, pelo estado, por tudo e por nada, incapaz de enfrentar a economia de mercado, ou seja, a competição pura e dura com os nossos parceiros do norte da Europa. Jovens que anseiam ser funcionários públicos, e está tudo dito.

Aliás, se dúvidas houvessem, bastaria recordar o slogan da última manifestação onde a tal geração à rasca’ pretendia apenas que o trabalho deixasse de ser precário! Visando assim prolongar (por outros meios) a protecção do ninho materno.

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A outra frase, batida, é a seguinte: - ‘Portugal nunca viveu tão desafogadamente, e com níveis de desenvolvimento tão elevados como agora, desde que aderiu à união europeia… e ao euro’!

Minha opinião: - uma frase infeliz e quase obscena. Com efeito, ‘viver à grande e à portuguesa’ com o dinheiro dos outros, subsídios que chegaram de Bruxelas para alavancar o desenvolvimento do país, dinheiro dissipado, a grande fatia a benefício de uns tantos, é o tipo comportamental que define uma república bananal. Qualquer inimputável sabe fazer isso, e numa noite ou em poucos dias pode gastar a fortuna que herdou sem o menor dos problemas. E no fim também pode desabafar, flatulento – ‘mas que grande noite!’ O problema é que a factura desse regabofe apareceu entretanto e vamos ter que a pagar. Nós e as gerações futuras, gerações que vão nascer já endividadas.

Comparar ‘isto’ com outros períodos de abastança (descobrimentos e ouro do Brasil) é, no mínimo, deseducativo e obsceno. Os descobrimentos foram realizados por nós, na linha da frente, a benefício de Portugal; o ouro do Brasil era nosso e os investimentos que fizemos ainda estão à vista! Alguns até se vêem da estratosfera!

É só.

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Saudações monárquicas

domingo, abril 03, 2011

O apelo impossível

Depois de se pavonear (longamente) nas ‘celebrações’ do centenário da república, sem sabermos o que celebrava! Depois de ofender os monárquicos no seu discurso de tomada de posse, afirmando que não existia uma questão de regime em Portugal, como se os monárquicos não existissem! Depois disso tudo, Cavaco Silva vem agora apelar à unidade de todos os portugueses face à grave crise que atravessamos! Não é que o apelo não seja compreensível, o problema aqui situa-se na credibilidade do apelante. Na credibilidade e na confiança que podemos ter num chefe de estado que só se lembra de nós, e eu falo pelos monárquicos, quando o país se afunda irremediavelmente! Pois é, professor Cavaco, a confiança não se constrói, nem se restaura de um momento para o outro, exige alguns comportamentos prévios. Um desses comportamentos, o principal, é a verdade. E a verdade Sr. Presidente é que a situação a que o país chegou deveria obrigá-lo a admitir que esta crise não é apenas uma crise da dívida soberana, é uma crise de soberania, é Portugal como país independente que está em causa. Portanto, Sr. Presidente, para que o seu apelo seja credível, terá de pôr tudo em discussão, desde logo o regime republicano, mas também a união europeia (sovietizada) a que aderimos. E para a qual temos vindo a transferir (sem consultar os portugueses) parcelas cada vez maiores (e mais importantes) de soberania, com as consequências que estão à vista! O discurso tem de ser este, Sr. Presidente. Não sendo assim, qualquer ‘união nacional’ que possa surgir será sempre artificial e pouco duradoura. E para esse ‘peditório’ não vale a pena dramatizar, basta assinar o seu nome na parte de cima da promissória, e dá-la a assinar aos restantes partidos. Aos que se recusarem a assinar dir-lhes-á muito simplesmente que para o mês que vem não há ordenado nem subsídio de férias para ninguém. Verá que todos assinam.

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Saudações monárquicas

sexta-feira, abril 01, 2011

O nosso agente em Bruxelas!

Não é o Durão Barroso, (esse navega em águas mais profundas), trata-se de um jovem magrinho, de óculos, nacionalidade desconhecida, e que pela segunda vez no espaço de um mês, vem dar uma mãozinha ao governo de Sócrates. O curioso comissário, ilusionista por certo, diz agora que Portugal não mentiu quanto ao valor do défice, acrescentando que cumprimos à risca todas as normas contabilísticas da união europeia! Concluímos portanto que a diferença entre o valor apresentado pelo governo e o valor corrigido pelo INE, não tem importância nenhuma na lógica do funcionamento daquela instituição europeia. Recorde-se que este é o mesmo comissário que já havia desvalorizado as medidas contidas no PEC IV, o tal documento entregue por Sócrates à revelia dos portugueses. Disse na altura que o ‘pacote’ não estava fechado, naquilo que foi entendido como uma tentativa para ajudar o nosso primeiro-ministro. Seja como for, está à vista que a contaminação partidária se estende à união europeia, envolve comissários, mantém segredos e compadrios, e o mais que se descobrirá quando… as comadres se zangarem.

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Saudações monárquicas