Foi assim, com todas as letras
que Luís Amado se referiu à união europeia! Aconteceu ontem na comissão de
inquérito ao Banif. Luís Amado não é um político qualquer, foi ministro dos
negócios estrangeiros de Portugal em vários governos socialistas, incluindo
aquele que assinou o tratado de Lisboa. Lembram-se da apoteose na altura, dos auto elogios socráticos, do ‘porreiro pá’, dos abraços e beijinhos!
Entretanto alguma coisa deve ter
sucedido para que o estado de espírito deste ex-governante chegasse a tão drástica
conclusão! Muito contribuiu, segundo confessou, a sua própria experiência à
frente de um banco português, no caso o Banif. De acordo com o seu relato, para
a burocracia de Bruxelas os nossos intentos, os nossos sonhos de prosperidade contam
pouco. São demasiado pequeninos. Eles funcionam noutra escala. Têm outros planos
para o nosso futuro, para o futuro dos nossos bancos, dos nossos
empreendimentos, das nossas vidas. Tudo em folhas de cálculo, em directivas,
que incessantemente se multiplicam. Contra isso os nossos interesses (será que a
expressão ‘nossos’ ainda faz sentido!) só poderão vingar se afrontarmos os burocratas sem divisões internas. Sem querelas partidárias inúteis. Mas não foi isso que
aconteceu. Houve eleições e toca a usar o Banif como arma de
arremesso! E a burocracia não perdoa, nem perdoou. E agora os contribuintes que paguem.
Conclusões pessoais: - os
socialistas, a esquerda em geral, os euro entusiastas em particular, o regime republicano/partidário, todos deviam retirar
ilacções do testemunho de Luís Amado. E o Luís Amado há muito tempo que deveria ter retirado
ilacções do testemunho do soviético Bukovsky quando este proclamou. – ‘Eu já
vivi o vosso futuro’.
Saudações monárquicas