O interregno gosta de desmontar (ou esvaziar) os chavões que entretêm as plateias do nosso tempo! Dou como exemplo o chavão ‘neo-liberal’ com que se apoda todo aquele que quer simplesmente desconstruir o ‘estado soviético’ implantado entre nós. Entre nós e na Europa! E não preciso de vos remeter (de novo) para o russo Bukovski que num artigo a que chamou – ‘eu já vivi o vosso futuro’ – faz menção a esse facto, a propósito da ‘construção da união europeia’. Construção efectuada à revelia dos respectivos povos e inteiramente condicionada por burocratas, sabe-se lá ao serviço de que interesses.
Mas voltando ao chavão que aqui nos trouxe, e face às anunciadas medidas para retirar o Estado de onde nunca deveria ter estado, é preciso esclarecer que não existe outra maneira de desmantelar ‘um estado a caminho do socialismo’ que não seja através de privatizações e cortes em tudo o que é Estado a mais. Os beneficiários do estado gordo vão naturalmente protestar e gritar que o país caíu na mão de perigosos apologistas do ‘estado mínimo liberal’ mas não têm razão. Este governo não é liberal, está simplesmente a tentar arranjar dinheiro para pagar as contas do Estado. E uma delas, que desde o 25 de Abril de 1974 nunca parou de aumentar, é relativa às despezas com o pessoal. Uma conta calada. Que levou o país ao sobreendividamento e à ruína. Portanto, quando (neste contexto) ouvirem alguém chamar liberal a alguém, já sabem que é alguém que quer continuar a viver à conta de alguém.
Mas voltando ao chavão que aqui nos trouxe, e face às anunciadas medidas para retirar o Estado de onde nunca deveria ter estado, é preciso esclarecer que não existe outra maneira de desmantelar ‘um estado a caminho do socialismo’ que não seja através de privatizações e cortes em tudo o que é Estado a mais. Os beneficiários do estado gordo vão naturalmente protestar e gritar que o país caíu na mão de perigosos apologistas do ‘estado mínimo liberal’ mas não têm razão. Este governo não é liberal, está simplesmente a tentar arranjar dinheiro para pagar as contas do Estado. E uma delas, que desde o 25 de Abril de 1974 nunca parou de aumentar, é relativa às despezas com o pessoal. Uma conta calada. Que levou o país ao sobreendividamento e à ruína. Portanto, quando (neste contexto) ouvirem alguém chamar liberal a alguém, já sabem que é alguém que quer continuar a viver à conta de alguém.