Se fosse presidente republicano faria jus ao meu título: - apeava-me do eléctrico em Belém, tomava posse no Palácio, exercia a magistratura de influência sem me esquecer das minhas origens, e sempre que tivesse que decidir entre a maioria que me elegeu e a minoria que votou no meu adversário, não haveria de ter dúvidas. No fim do mandato resistiria à mais que provável reeleição, tomava o eléctrico e voltava para casa. Igual ao que fui, sem gabinete, sem secretária, sem segurança. Poderia então vangloriar-me de ter sido um presidente da república genuíno.
Não é infelizmente o que sucede entre nós: - deixam-se reeleger, contrariando assim o espírito republicano, e pior do que isso, aceitam continuar numa posição diferencial em relação ao comum dos cidadãos! Com a agravante de pesarem no orçamento de estado! A título de quê?! Porque simplesmente lhes foi atribuído o título de ‘ex-presidente’! Título honorífico, sem qualquer utilidade social, situação que tanto combateram na monarquia!
Mas esta febre nobilitante não abrange apenas os ex-presidentes da república! Ela ameaça expandir-se, alargando-se a outros universos e a outros cargos. Cargos que ameaçam tornar-se vitalícios, quiçá, hereditários! Vem agora ao caso a proposta de continuidade de algumas mordomias do ex-presidente da AR! Não sei de quem partiu a ideia, mas parece-me uma má ideia. E não invoco razões orçamentais, invoco apenas questões de princípio. A não ser que se queira transformar a assembleia da república numa câmara dos pares! Deputados, filhos (e filhas) de ex-deputados já temos. Já não falta tudo.
Saudações monárquicas
Não é infelizmente o que sucede entre nós: - deixam-se reeleger, contrariando assim o espírito republicano, e pior do que isso, aceitam continuar numa posição diferencial em relação ao comum dos cidadãos! Com a agravante de pesarem no orçamento de estado! A título de quê?! Porque simplesmente lhes foi atribuído o título de ‘ex-presidente’! Título honorífico, sem qualquer utilidade social, situação que tanto combateram na monarquia!
Mas esta febre nobilitante não abrange apenas os ex-presidentes da república! Ela ameaça expandir-se, alargando-se a outros universos e a outros cargos. Cargos que ameaçam tornar-se vitalícios, quiçá, hereditários! Vem agora ao caso a proposta de continuidade de algumas mordomias do ex-presidente da AR! Não sei de quem partiu a ideia, mas parece-me uma má ideia. E não invoco razões orçamentais, invoco apenas questões de princípio. A não ser que se queira transformar a assembleia da república numa câmara dos pares! Deputados, filhos (e filhas) de ex-deputados já temos. Já não falta tudo.
Saudações monárquicas
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