sexta-feira, dezembro 28, 2012

Pergunta de fim de ano!

Já que falamos de burlões (e todos falam!) vamos lá colocar uma pergunta elementar, que é a seguinte: - imaginemos por um segundo que o dito burlão (de quem se fala) era homem inclinado para as direitas! Já imaginaram?! E num esforço maior, imaginemos também que as direitas utilizavam a táctica leninista de multiplicar ‘organizações’, estilo ‘observatórios’, ‘fóruns’, etc., para darem a ilusão de que são muitos! Já imaginaram?! E agora só lhes peço um último rasgo de imaginação: - imaginem que o nosso burlão (da ONU) apoiava a política de austeridade do actual governo! Com argumentos e teorias!


Pergunto então: - acham que a comunicação social lhe estendia algum microfone para o homem explanar as suas ideias?! Acham que alguma ‘SIC da vida’ convidava semelhante personagem para contracenar?! Ainda que não fosse burlão?!


Fica a pergunta. A gente vê-se para o ano. Umas boas entradas para todos. E claro…




Saudações monárquicas

quarta-feira, dezembro 19, 2012

TAP sim, TAP não!

Estado forte, sim, estado gordo, não, eis a questão! É evidente que em circunstâncias normais haveríamos de fazer tudo para manter a TAP ao serviço dos interesses estratégicos portugueses. Mas também é evidente que só chegámos a este dilema porque o estado é hoje refém de grupos de interesses que a coberto da constituição dele se apropriaram no decurso desta ‘longa noite socialista’! Para fazer um paralelo com as mil e uma noites que as várias repúblicas (sendo sempre a mesma) nos vão proporcionando!

Por isso estou hoje dividido entre manter a TAP (e as outras empresas estratégicas) na esfera do estado ou a possível privatização, com todos os riscos que isso acarreta. Dizendo de outra forma, estou dividido entre continuar a engordar os tais interesses ocultos, em manter o poder fáctico de intersindicais e quejandas, ou então, acabar com isto de vez!

É este o dilema, triste dilema da grande maioria dos portugueses que assistem calados ao leilão da Pátria.



Saudações monárquicas

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Um discurso importante!

Passos Coelho falou aos ‘jotas’ e disse algumas coisas que gostei de ouvir! Antes porém, um ponto prévio: - detesto ‘jotas’ e afins, acho uma menoridade do nosso sistema político manter ou fomentar aviários de ‘jovens futuros políticos’, e digo isto sabendo que o próprio primeiro-ministro descende desses aviários. Aliás, estas organizações fazem-me lembrar duas coisas igualmente discutíveis, a saber: - ou a mocidade portuguesa ou uma claque de futebol.

Mas não é a ‘jota social-democrata’ que aqui interessa destacar, mas sim algumas das declarações de Passos Coelho que, como é habitual, foram imediatamente censuradas pelos donos do regime. Uma dessas declarações tem a ver com as pensões de reforma e a equidade de alguns cortes nas mesmas. Referia-se àquelas (muito acima da média dos seiscentos euros) em cujo cálculo entraram factores que se afastam do regime contributivo geral. E por isso não percebo as dúvidas de quem o critica! Ou então percebo! Porque a verdade é que muitas dessas benesses (não todas) foram alcançadas sob o chapéu-de-chuva do orçamento de estado, e o problema está aí.
Acabar com isso para o futuro, como afirmou o primeiro-ministro, é um propósito que só posso considerar higiénico. Pedir alguma solidariedade a essas ‘reformas’ nos tempos excepcionais que atravessamos também não me parece desajustado.

Tem a palavra o tribunal constitucional.





Saudações monárquicas

terça-feira, dezembro 11, 2012

Olhos e zarolhos!

Medina Carreira, que tem olhos na cara, respondia assim ao ‘federalismo’ de Paulo Rangel: - ‘sabe, o exemplo americano é mau porque os americanos são em primeiro lugar, americanos, e só depois é que são, ou californianos, ou texanos, etc. Nestas condições o federalismo pode ser viável. Na Europa não, porque é ao contrário. Quem habita na Europa só é europeu depois de ser (em primeiríssimo lugar) de uma nacionalidade qualquer. Nem se lembra que é europeu!


Fim de diálogo e princípio de monólogo: - só mesmo os portugueses é que se lembrariam de se reconhecerem, em primeiro lugar, europeus e só depois… portuguesinhos da costa! Tal é a crise de identidade! Tal é o oportunismo e a mendicidade! Digo eu.


E também digo ao Paulo Rangel o seguinte: - esta conversa do federalismo lembra-me o gato escondido com o rabo de fora! Ou seja, estamos sempre a falar de uma coisa imaginária, nunca vista, e que por artes mágicas vai realizar-se (na Europa) e para o bem de todos nós!


Talvez uma religião funcione assim, o federalismo não.


E o Paulo Rangel também sabe isso, também conhece as formas e as fórmulas que (históricamente) uniram a Europa em torno de objectivos comuns. Pelo menos desde o tempo dos romanos.


Essa realidade política chama-se ‘império’ e na história europeia determinou-se quase sempre pela força. Raramente atendeu ao interesse geral.


Só não percebo porque existe tanto medo de aprofundar o assunto!




Saudações monárquicas

terça-feira, dezembro 04, 2012

Primeiro juramento!

Eu venho de azul
Fiel ao passado
Não venho de verde
Não uso encarnado

Eu venho da cor
Dos versos que faço
Do primeiro amor
Meu primeiro abraço

Num dia diferente
P'ra quem foi soldado
Meu canto é dolente
Em jeito de fado

Medonhas, berrantes
São as cores do tempo
E em céus tão brilhantes
Só vejo o cinzento

Por isso rapazes
Não há confusão
O azul tem raizes
No meu coração


Em 1 de Dezembro de 2012

(no almoço convívio dos antigos milicianos do Reg. de Infantaria 11 de Setúbal)

sábado, dezembro 01, 2012

Dia da independência!

Perdemos o dia, já tínhamos perdido a independência, deixámos que ao dia da restauração se sobrepusesse outra data e outro assunto! O que estou certo não aconteceria se a festividade fosse, por exemplo, francesa ou americana. Estou a lembrar-me do 14 de Julho, dia nacional de França, ou do 4 de Julho, data da independência dos Estados Unidos. Deixámos também confundir a palavra ‘restauração’ com a actividade das casas de pasto! Um legado da história, um vocábulo de significação única, contaminado sem qualquer pejo!

Assim, substituída a celebração, destruída a palavra, não admira que o feriado tenha sido abolido sem remorso, sem um último tumultuar da alma lusitana!

Sinais dos tempos.