domingo, dezembro 24, 2017

Postal de Boas Festas

Aos heróicos resistentes que visitam esta página o Interregno deseja um Bom Natal e um próspero Ano Novo. Perdido na imensidão mediática o que aqui se escreve pouco diz aos portugueses, no entanto a história é fértil em surpresas. A regra do pêndulo costuma cumprir-se enquanto o seu eixo não se partir. A Europa vai formosa e não segura e as divisões já tomam conta dela. E começam os castigos, não por causa do défice mas por causa da política. Fartos de esquerdismo e de esquerdistas os países do leste europeu não se hão-de conformar com as directrizes burocráticas de Bruxelas. O federalismo baseado apenas nos fundos europeus será a última estocada na união. Só as quadrilhas de malfeitores é que se unem à volta do dinheiro. Portugal como é seu timbre pretende passar entre os pingos da chuva mas haverá um momento em que terá de se definir! E aí é que vão ser elas! Não sei se o Interregno vai durar tanto tempo. Mas isso pouco interessa.


Saudações monárquicas

sexta-feira, dezembro 22, 2017

A Catalunha

Vi na televisão espanhola a comunicação que Mariano Rajoy fez hoje no Palácio da Moncloa a propósito das eleições da Catalunha. Assisti também à conferência de imprensa que se seguiu e assim fiquei elucidado sobre o acto eleitoral de ontem. Este objectivo, aparentemente tão simples, tornou-se impossível de alcançar através do visionamento da televisão portuguesa ainda que estivessem mobilizados para o efeito todos os canais noticiosos de que dispomos!

Portanto, e para memória futura, convém fixar que quem venceu as eleições foi um partido constitucionalista (Ciudadanos) o que acontece pela primeira vez na vigência da actual constituição espanhola! Pois bem e apesar deste facto relevante os imensos especialistas que temos sobre a Catalunha garantiam a pés juntos que os independentistas tinham ganho e que Rajoy deveria convocar eleições gerais porque o PP catalão havia ficado em último lugar! É a democracia portuguesa a funcionar, sempre à procura de uma geringonça que impeça o partido mais votado de governar. Quanto à confusão entre eleições regionais e nacionais até se compreende num país que já foi grande mas que em poucos anos se tornou numa pequena região peninsular.


Saudações monárquicas


Nota básica: Este momento particularmente difícil que a Europa atravessa, e com ela as nações peninsulares, tem sobretudo a ver com os graves problemas de identidade que herdámos e vamos cultivando, muitas vezes sem darmos por isso. Desde a tatuagem cavernícula, à preferência por um dialecto local (em prejuízo de um idioma universal, que no caso da Catalunha, milhões de catalães também ajudaram a difundir), passando pela negação dos pilares fundadores (Deus, Pátria, Rei), tudo se resume a uma pergunta – em que lugar escuso e em que hora obscura perdemos o nosso bilhete de identidade?!

sexta-feira, dezembro 15, 2017

A raiz do problema

"O que determina a qualidade do Estado que temos, é a classe política. E quem determina a classe política que temos, NÃO é o eleitorado - e esse é que é o problema.

O que determina a classe política que temos, é o sistema eleitoral.

A raiz do problema é este sistema eleitoral de "listas fechadas e bloqueadas", sem voto nominal, que está a matar a democracia portuguesa. Por causa deste sistema, votamos em listas cuja ordem já foi decidida... pelos próprios políticos! Na prática, elegem-se a si próprios e não é possível desalojá-los do parlamento pela via do voto.

Somos "governados" por gente filtrada por um punhado de partidos que são autênticas madrassas de falta de ética, como já tem sido documentado em múltiplas reportagens e livros.
Porém, os cidadãos estão impedidos de lhes fazer concorrência, pois não podem candidatar-se a lugares de deputado. Nem sequer podem escolher em quem estão a votar para os representar no parlamento, quando isso é prática habitual na maior parte dos Países europeus.

É por esta razão que a classe política é tão má. Porque pode."

Com a devida vénia seleccionei este comentário assinado por Jorge Tavares no Observador que explica bem a promiscuidade (incorrigível) da república.

quinta-feira, dezembro 14, 2017

Terceira república - um regime demasiado familiar!

As cenas repetem-se, um secretário de estado é obrigado a demitir-se por excesso de familiaridade com uma instituição privada que era suposto tutelar. A república não se atrapalha e substitui o homem por uma senhora Zorrinho cujo apelido também nos é familiar. O governo é o que se sabe - somos governados por casais, quando não pela família inteira. Quanto à assembleia da república as suas parecenças com a Câmara dos Lordes são cada vez mais evidentes! Há no entanto uma diferença essencial, a saber: - os nossos lordes não têm fortuna própria e são um peso para o estado! É nestas ocasiões que se percebem as vantagens da monarquia. Ali só sustentamos uma família! O que é bem melhor do que estar condenado a sustentar toda uma nomenclatura mais os seus rebentos.

Saudações monárquicas

terça-feira, dezembro 12, 2017

A verdade que escondemos...

Por hábito e costume gosto de ler algumas crónicas no jornal Observador, nomeadamente as que Rui Ramos assina. Às vezes comento, quase sempre de forma elogiosa, mas sobre esta última resolvi deixar aqui o meu comentário para memória futura. 

A crónica em apreço versa sobre a tentativa de destruição da Auto Europa por parte do Partido Comunista Português. É um artigo desassombrado e nele se procura dar uma explicação sobre a sobrevivência em nós de um partido ultrapassado e que tanto mal tem feito aos portugueses. A explicação oscila entre a inveja, inerente a um povo que se fez pequeno, e a perversidade intrínseca de uma ideologia enganadora. Não interessa agora concluir se nos tornámos invejosos, ou se nos tornámos estúpidos, pois esta é uma querela da  qual não se sai em boas condições. A meu ver a questão deve  ser endereçada às (pseudo) elites que temos e sustentamos, pois são essas mesmas elites que continuam a achar natural, e um sinal de progresso, manter em 2017 um Partido Comunista com a expressão eleitoral que ainda tem e com o protagonismo que não devia ter! E não me venham com a conversa de que a culpa é do povo. Bastava que o Marcelo, entre duas selfies, tivesse a coragem de apontar esta aberração como causa maior do nosso atraso, e toda a gente ficava logo a perceber o filme. O problema é a coragem ou a falta dela. 
Bem, há sempre a hipótese do Marcelo achar que estamos em plena fase de convergência, se não mesmo, a ultrapassar a Europa pela esquerda!


Saudações monárquicas

sábado, dezembro 09, 2017

Uma jogada de snooker!

A bola de saída do snooker é como sabem uma bola de alto risco mas inevitável. O jogador perante a situação de impasse inicial dispara a bola branca contra as encarnadas e depois logo se vê. Trump ter-se-á inspirado neste jogo para dar um passo em frente e colocar todos os outros jogadores perante o seu próprio destino! E pelas reacções ficámos a saber quem ficou verdadeiramente incomodado. A esquerda (em geral) foi a primeira a condenar Trump e antecipando-se aos próprios palestinianos proclamou logo a intifada! Isso é compreensível pois terá visto no gesto do presidente americano dois perigosos precedentes: - cumprir as promessas eleitorais coisa que a esquerda não leva a sério e por outro lado clarificar a questão do Médio Oriente obrigando os vários actores a definirem-se. E definição, clareza, são estados de espírito avessos ao relativismo dominante. E o relativismo é a ideologia de todos os oportunistas.

E assim, sem fazer futurologia direi que a história reencontrará os seus caminhos, com a Turquia a alcandorar-se à liderança do Islão (lembram-se de Saladino!) e com os Persas a serem acossados pelos seus inimigos de sempre. Ao contrário do que se poderia pensar o estado de Israel vai ficar mais isolado e com mais responsabilidades. E responsabilidades é coisa que neste mundo ninguém quer. Vidé Pilatos!



Saudações monárquicas

segunda-feira, dezembro 04, 2017

O funcionalismo no sangue!

Dois séculos sempre a perder, mais o que a história nos ensina e a geografia não desmente, deixaram-nos poucas opções em termos de emprego doméstico – ou servir no estado ou emigrar. O socialismo na cabeça fez o resto – um estado cada vez maior, que é pai, mãe, tio e padrinho e só não é Deus por causa da lei da separação.

Entretanto e com o advento da burocracia europeia abriram-se novas oportunidades de emprego, emprego bem remunerado, mas sem praia. E citamos de memória alguns casos que pela sua relevância vieram demonstrar que os portugueses são óptimos funcionários! Servem para tudo, e fazem todos os serviços. Por exemplo Durão Barroso e Portas serviram cafés e águas do castelo até altas horas da noite enquanto americanos, ingleses e espanhóis combinavam a invasão do Iraque. Isto aconteceu nos Açores e com os resultados que se conhecem.
Guterres, o homem do pântano, arranjou um emprego de grande visibilidade num campo de refugiados que a ONU mantem em Nova Iorque. Há menos refugiados?! Há mais refugiados?! Se calhar só há mais um…

E chegou agora a vez de Centeno conseguir alcançar um emprego de enorme responsabilidade na Europa! Nem mais nem menos que presidente do Eurogrupo! Para tanto, dizem, basta-lhe vencer uma eleição cujo principal adversário é um eslovaco temível. Deus queira que corra tudo bem porque eu nem aguento com tanto nervosismo.



Saudações monárquicas

quinta-feira, novembro 23, 2017

O eterno problema da arbitragem!

Sem rei (nem dinastia) a arbitragem é um problema quase insolúvel em qualquer comunidade política. Acrescentei ‘dinastia’ para percebermos como é importante que a sucessão esteja predeterminada evitando partidarizar os sucessíveis. Por outro lado, e não menos importante, porque representa o vínculo de continuidade histórica da comunidade em questão.

Em Portugal o problema passa do quase insolúvel para o insolúvel mesmo! Veja-se o que aconteceu (e acontece) com os reguladores, seja na banca seja noutras actividades, completamente incapazes de regular seja o que for. Veja-se a formação desta aliança de governo que acabou por defraudar os eleitores! E veja-se agora (e sempre) o problema dos árbitros*de futebol sobre quem recaem fortes suspeitas de parcialidade em favor deste ou daquele competidor!

Aliás este exemplo do futebol deveria fazer-nos pensar sobre o estado a que chegámos! E a conclusão só pode ser esta: - um país que não consegue organizar um campeonato de futebol sem batota, imagine-se o resto! E está dito quase tudo. Falta o quase. E o quase representa uma pergunta que começa a ser feita de forma generalizada em diversos sectores de opinião: - onde fomos (ou vamos) nós buscar esta aptidão para a trapaça, para a mentira, que não respeita nada nem ninguém?! Um tema a desenvolver.


Saudações monárquicas


*Os árbitros neste jogo são soldados, os generais estão obviamente na rectaguarda.

domingo, novembro 19, 2017

Os troca-tintas!

Por ocasião do badalado jantar oferecido aos ‘deputados do Benfica’, polvo na brasa, presumo, reparei que havia muitos adeptos do CDS entre os comensais! Ora bem, habituado a identificar o encarnado com a esquerda e o azul com a direita, esta troca faz-me alguma confusão. Até porque as cores do CDS são de facto o azul e, julgo eu, ninguém se lembraria de o baptizar com o encarnado. Acresce que o emblema do Benfica é uma águia à qual associamos naturalmente quer o Bonaparte quer a revolução francesa, indiscutível matriz cultural da esquerda. Eu sei que nada disto tem importância, são coisas diferentes, mas é esquisito. 

E a esquisitice não se fica por aqui quando percebemos que em matéria de troca-tintas o PCP caminha em sentido contrário! Ou seja, eles que são vermelhos de origem, começaram a usar o azul (CDU) para se identificarem! E o discurso da quarta internacional passou a ser nacionalista! Muito mais nacionalista do que o CDS, que ao princípio, se bem se recordam, era bastante reticente em relação à união europeia. Hoje, parece um aderente da primeira hora! Eu sei que as cores procedem todas da mesma cor, mas insisto, continua a ser esquisito! Só falta agora a Cristas ser do Benfica e querer prolongar o metro até Belém! Se for assim a união nacional, perdão, a união das cores está próxima.



Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 15, 2017

O país demitido!

Parece ter chegado agora ao futebol mas o país anda a demitir-se há um ror de anos! O primeiro-ministro Costa, num reconhecimento tardio de que perdeu as eleições recusa-se a tomar posse e a assumir responsabilidades. Desgraças, maçadas, não é nada com ele. Ainda há pouco disse aos microfones que era impossível restaurar as carreiras dos professores (estamos a falar de dinheiro) porque isso é um problema histórico! E olhou para trás! Nove anos de congelamento deve ser com o Passos Coelho que pelos vistos ainda está em funções. Legionelas, comes e bebes nos cemitérios, chamem o Passos. 

No entanto alguma coisa está a mover-se! Fora daquele circuito fechado que é a nossa política o país demitido agita-se, e o polvo benfiquista está a perder tentáculos! Já há duas demissões a sério - um juiz arbitral e um conselheiro fiscal! Demissões logo saudadas como gestos nobres!  Há porém um senão, os dois cavalheiros só se demitiram porque veio a público aquilo, que se não viesse, continuava tudo na paz dos anjos! Preocupante, não acham?! É neste ponto em que estamos no que concerne ao país que ainda não de demitiu das funções que afinal não exerce. Tem a palavra a comunicação social. Comuniquem!


Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 13, 2017

O nacionalismo irresistível

Todos conhecem a regra do pêndulo, ele pode ser parado durante algum tempo mas a gravidade acabará por conduzi-lo ao caminho que já conhece. O internacionalismo com todas as suas globalizações esgotou-se deixando atrás de si um rasto de morte e destruição. O homem não se transformou assim tanto e as velhas proclamações soam a falso. ‘Povos de todo o mundo uni-vos’ ou a 'morte do capitalismo’ não aconteceram. Pelo contrário, quem olhar hoje para a China Popular pode dizer que é o capitalismo que mantém aquele paradoxo. Os mandarins aguardam pacientemente a sua hora. O quadro fica completo quando o próprio polícia do mundo abdica da sua missão. O lema americano é o seguinte: Defendam-se com as armas que eu vos vendo.

Por tudo isto e muito mais os nacionalismos derrotados na última guerra estão de volta e vão ganhar. Nem é preciso ser adivinho. Basta olhar para a nossa casa e perguntar: - quem é que vai querer pagar impostos para os pançudos de Lisboa andarem em jantaradas no meio dos mortos?!

segunda-feira, novembro 06, 2017

O factor Alba!

O regresso às origens alimenta-se da memória e faz parte dos ciclos históricos. Até aqui não há novidade. Nesse sentido é admissível prever que a união europeia deixe a Europa em frangalhos, mais dividida e pior do que aquela que encontrou. O Brexit é um sinal disso com a monarquia inglesa a antecipar-se ao desastre. E por falar em desastres esta fuga do catalão Puigdemont para os países baixos encerra alguns riscos para a integridade da união europeia. Com efeito, entra pelos olhos dentro que o verdadeiro motor dos chamados independentistas é o seu ódio infantil a Madrid e a tudo o que tenha a ver com Castela! Como se o tempo tivesse parado, como se o Duque de Alba ainda fosse vivo, como se os catalães fossem flamengos! Não foi portanto por acaso que Puigdemont quis ser ouvido por um juiz flamengo e que as suas declarações fossem transcritas em holandês! Este comportamento irresponsável, que se inscreve fácilmente num crime de alta traição à Catalunha e à constituição espanhola, pode no entanto pôr em cheque as relações entre a Bélgica e a Espanha, e a partir daí acentuar divisões na própria Bélgica. Muito depende do que a justiça belga fizer neste caso. Se resolver dar asas à irresponsabilidade a Bélgica fica com um problema maior que a Catalunha. E esta união europeia acabou. 


Saudações monárquicas  

domingo, novembro 05, 2017

República da Catalunha – uma causa fracturante!

Se a ideia fosse estabelecer, restaurar, no limite, implantar um principado eu até podia compreender desde que evidentemente o príncipe existisse e com ele o princípio fundador. Agora tentar separar-se da comunidade hispânica, das autonomias constituintes e constituídas, através de uma república isso só pode ser uma brincadeira, um filme de ficção, ou um erro infantil. Mas é sobretudo uma causa fracturante e que dividiria irremediavelmente a Catalunha. Dividiria em termos ideológicos e em termos físicos muito embora as fronteiras da Catalunha não existam ou sejam apenas imaginárias. Em termos ideológicos a fractura far-se-ia entre os querem continuar a ser espanhóis e os que não querem, com a agravante destes últimos ainda não terem decidido a que outra grande cultura querem pertencer. Afirmar-se europeu não chega, é apenas uma fuga para a frente. Vão querer ligar-se à França e passar a falar francês em vez de castelhano?! Irão optar pelo italiano?! Quiçá, pelo português?! Mas façam o que fizerem, decidam o que decidirem uma coisa é certa – haverá pelo menos metade dos catalães que não estarão pelos ajustes. E a cada eleição a coisa pode piorar. É isso que a história universal nos ensina sobre os regimes republicanos. Em democracia, evidentemente. Em ditadura é outra história. Duram mais mas acabam pior.



Saudações monárquicas 

segunda-feira, outubro 30, 2017

O equívoco do pasteleiro!

Proveniente de uma família ligada à pastelaria, Puigdmont confundiu os acontecimentos de 1640 com os tempos presentes! Digamos que confundiu as receitas. Terá lido alguma coisa sobre a restauração, sobre o número de conjurados, apenas quarenta, contou com a actual fragilidade do Partido Popular e daqui partiu para a independência! Enganou-se redondamente. Madrid reagiu e o pasteleiro de Girona vai continuar a vender merengues.

Falemos agora dos equívocos. Em primeiro lugar Portugal já levava alguns séculos de independência política quando nas Cortes de Almeirim ficou decidido colocar as duas coroas na cabeça de Filipe II. Em segundo lugar ambos os países eram detentores de vastos impérios coloniais, impérios diferenciados, e foram estes impérios o motivo maior da jornada de 1640. A Catalunha nunca teve nada disto, nem independência nem império e as referências históricas ou identitárias que possa ter não são comparáveis com as que a Espanha oferece.

Assim o único traço comum entre a revolta portuguesa e a recente revolta catalã reside no carácter elitista das mesmas. Em Lisboa sentia-se o prejuízo que a união ia produzindo nas nossas colónias, sucessivamente atacadas pelos inimigos da Espanha, enquanto na Catalunha o problema é de abastança! Uma pequena minoria, sem quaisquer problemas económicos, quer obrigar a maioria a deixar de ser espanhola para ser apenas catalã! O que é ser apenas 'catalã', ninguém sabe, ninguém consegue explicar, nem os próprios independentistas!



Saudações monárquicas

sábado, outubro 28, 2017

O adultério, a Catalunha, e a greve!

Em primeiro lugar situemos a questão. Adultério e adulterar são o substantivo e o verbo da corrupção e do acto de falsificar. Daqui podemos concluir que as várias manifestações que hoje decorrem contra o acórdão do juiz Neto de Moura são objectivamente favoráveis ao adultério e à corrupção. Que outra conclusão se pode tirar?! O que até se compreende em se tratando da esquerda. Para ela o adultério não existe. A ‘bíblia’ que segue foi escrita na antiga URSS e aí vigoravam as relações colectivas.

Sem mudarmos de assunto, e aqui mesmo ao lado, temos assistido em directo ao adultério da Catalunha! Desde a corrupção democrática à falsificação do voto popular tudo tem valido para sequestrar a opinião pública. A maioria silenciosa como é costume nestes casos está por enquanto silenciosa. Mas pode haver violência doméstica. É o mais certo.

E por fim uma nota sobre a corrupção da república e dos seus leais servidores. A greve dos funcionários foi a resposta ‘eleitoral’ do PCP quer ao PS quer ao Bloco! E veio demonstrar mais uma vez o tipo de governo que temos e o calibre de quem o apoia. Como sempre disse trata-se de um embuste político que sairá muito caro ao país. A boa notícia é que será talvez o último governo de esquerda da terceira república.



Saudações monárquicas

terça-feira, outubro 24, 2017

O futuro da Europa

Recebi um email a reportar o seguinte:

“Phil Lawyer fez um balanço sobre os líderes da Europa:

O recente eleito presidente da república francesa, Macron, não tem filhos
A Chanceler, Angela Merkel, não tem filhos
A PM do Reino Unido, Theresa May, não tem filhos
O PM de Itália, Paolo Gentiloni, não tem filhos
Mark Rutte da Holanda, não tem filhos
Stefan Lofven, da Suécia, não tem filhos
Xavier Better, do Luxemburgo, não tem filhos
Nicola Sturgeon, da Escócia, não tem filhos
Jean-Claude Juncker, Presidente da CE, não tem filhos


Portanto, uma grande porção de pessoas que tomam decisões sobre
o futuro da Europa, não tem quaisquer interesses directos nesse futuro!”

E sobre este assunto vou fazer o seguinte comentário: - Para além da curiosidade e das ilacções que se possam tirar sobre a preponderância destes 'celibatários' na cena política, não é liquido que os mesmos, pelo facto de não terem filhos, não pensem no futuro. Acho o regime mais importante que as pessoas que é o mesmo que dizer que se o hábito não faz monge, o convento há-de encaminhá-lo nesse sentido. Por outro lado o celibato é prenúncio de vocação para a causa pública e lembramos a propósito o nosso Salazar que afirmava ter casado com a Pátria! E nesta circunstância seria difícil ter filhos de carne e osso. Mas não fujo à questão colocada por Phil Lawyer. E sim, ficaria preocupado se fosse francês, alemão ou italiano. Quanto aos outros políticos mencionados todos eles têm na chefia de estado quem represente os valores permanentes coisa que o regime republicano não tem. Portanto não é uma questão de ter ou não ter filhos. Os presidentes da república portuguesa tiveram filhos mas isso não tem servido de muito.



Saudações monárquicas


Nota: Chamei-lhes celibatários porque salvo no caso de não poderem ter filhos são pessoas que fazem vida de celibatários. 

quarta-feira, outubro 18, 2017

É para isto que serve o governo?!

Foi para isto que o presidente da república viabilizou uma solução governativa que os portugueses não escolheram?! É para isto que serve esta miserável geringonça?! Um projecto de poder pelo poder e que por isso faz tudo para se manter no poder?! É nesta mentira permanente que se consomem os nossos votos?! A receita parecia simples! Aumenta-se a despesa pública para agradar aos partidos que apoiam a geringonça e ao mesmo tempo diminui-se o défice para agradar à Europa. Como é que isto se faz?! Cortando nos serviços públicos onde se inclui a segurança das pessoas e dos bens.


Morreram mais de cem portugueses! Mas isso pouco importa à geringonça porque o que interessa é manter o poder! E não falta muito para o comprovarmos. Quando a moção de censura subir ao plenário logo veremos quem censura o governo pela inépcia, pela irresponsabilidade, pela sensação de impotência que se apoderou do país, e ficaremos mais uma vez esclarecidos sobre a desgraçada república em que vivemos.

segunda-feira, outubro 16, 2017

Títulos e comendas!

Os títulos são sempre honoríficos pois destinam-se em última análise a honrar quem os recebe. Normalmente por actos praticados em prol da comunidade. Na sua origem iam mais longe e representavam cargos ou funções de interesse público que os agraciados já tinham dado provas de merecer. E se passavam para os descendentes isso tinha a ver com a necessidade de prolongar no tempo a defesa daqueles interesses responsabilizando assim o herdeiro.  Portanto a sua natureza não era tanto atribuir direitos mas sim criar (e manter) deveres. Porém e como sabemos tudo o que é humano tende a desvirtuar-se e os melhores princípios acabam muitas vezes por submeter-se aos piores fins. Aconteceu no liberalismo e coincidiu com o facto do rei, que os atribuía, ter sido remetido para figura decorativa. Os títulos passaram então a ser também decorativos. E atribuídos por dá cá aquela palha! Ficou célebre a expressão - 'foge cão que te fazem barão', ao que o cão respondia - 'para onde se me fazem visconde'!

A república, na sua propaganda, sempre fez troça dos títulos da monarquia mas na verdade copiou tudo o que podia ser criticável e deitou fora tudo o que fazia sentido. Hoje temos toneladas de comendas distribuídas generosamente a cada dez de Junho e o critério da atribuição é, como se constata pelo despacho de acusação do 'processo marquês', bastante duvidoso! Dos cinco principais arguidos, todos eles são comendadores! Mais palavras para quê?!


Saudações monárquicas

domingo, outubro 15, 2017

Novelas peninsulares

Sonhei que o Barça tinha sido adquirido por um emir do Dubai e que o negócio teve o alto patrocínio do governo regional da Catalunha! Vi os independentistas de turbante e elas de burka. Foi um sonho mas a promiscuidade entre o futebol e a política é bastante real e ninguém se escandaliza com isso. Basta recordar o apoio dado pelo governo Macron à transferência de Neymar do Barcelona para o Paris Saint Germain. Os parisienses adoraram. Como devem adorar que o seu clube já não seja seu mas de um magnate do mesmo Dubai!

Ora bem, todos sabemos que o futebol é hoje um fenómeno planetário, um fenómeno global que gera paixões e muito dinheiro! E também sabemos que os europeus só vêm cifrões à sua frente estando por isso disponíveis para vender tudo, incluindo a alma! Mas o que não sabemos, e pelos vistos não queremos saber, é quais são as verdadeiras motivações destes compradores árabes! Será que gostam assim tanto de futebol?! Sendo tão ricos não vêm por certo à procura de dinheiro! O que buscam então?! A reconquista da península?! É uma hipótese. E quanto mais pulverizada ela estiver, mais fácil será.


Saudações monárquicas 

quinta-feira, outubro 12, 2017

O processo da República!

A maioria dos comentadores da nossa praça, escribas de nomeada, chegou finalmente a um consenso: - ‘O processo marquês é o processo do regime’! Mas nunca adjectivam o regime, nunca dizem que é do regime republicano que se trata. Como se para além da monarquia houvesse um cardápio de regimes para escolher! Não, não há, e eles sabem disso ou deviam saber. Como deviam saber que as repúblicas ditas democráticas* não têm defesa perante o assalto de grupos organizados! Grupos que fácilmente instrumentalizam o voto das populações, se alapam ao aparelho de estado, e só de lá saem pela força ou por força de alguma crise externa. As três mil escutas do processo marquês comprovam isso mesmo: - desde as pessoas às instituições a república está lá toda, em peso! O mau da fita neste momento é Sócrates, mas podia ser outro, e outro, já que o regime republicano, como disse, é permeável a todas as promiscuidades. A todas as cumplicidades. 

A justiça, entretanto, poderá ou não concluir o seu trabalho mas no plano estritamente político não deixa de ser insólito que o actual primeiro-ministro tenha sido o número dois do último governo de Sócrates! Se faltasse uma prova sobre a fragilidade republicana, ela aí está! Os escribas de nomeada não levantam esta questão, o que é estranho! Aliás resolvem o problema com um sofisma - quando não lhes convém dizem que é um caso de justiça, quando lhes convém dizem que é um assunto da política!

Saudações monárquicas



*As repúblicas ditas democráticas depois de assaltadas passam a não democráticas. Portugal, como se conclui pela acusação já está nessa fase. Ainda há eleições mas nada muda nem pode mudar. E foi preciso haver uma crise internacional para chegarmos ao processo marquês! Porque senão a terceira república ainda aí estava, triunfal, a roubar-nos o futuro. 

segunda-feira, outubro 09, 2017

Com a Catalunha no pensamento...

Há alturas na vida em que os povos como as pessoas precisam de descer aos infernos para subir aos céus. Precisam de provar o sabor amargo da perda para darem valor aquilo que têm... ou tinham. Não há volta a dar. E esta purificação pela dor serve também para clarificar uma série de questões que andam  escondidas em disfarces e mistificações. Uma dessas mistificações é o estado nação uno e indivisível, à prova de bala, que os republicanos portugueses gostam de proclamar quando nos comparamos com o separatismo catalão! Como já afirmei a unidade nunca está garantida. Recordo apenas dois factos:

A constituição de 1933 também proclamava, tal como a de 1976, que Portugal era um país uno e indivisível! Só que a unidade e indivisibilidade ia do Minho a Timor! No momento em que escrevo ainda vai do Minho ao Algarve, mais as regiões autónomas, mas a perder tanto terreno em cada golpe, não estamos livres que a próxima república chegue apenas até Cacilhas! Será do Minho a Cacilhas!

Outro facto de separatismo espontâneo e popular, ocorreu nos idos de 1975 com o país a dividir-se ao meio pelo paralelo de Rio Maior! Em baixo ficaram comunistas e afins, por cima ficou a tradição. Portanto deixemos a Catalunha no seu desassossego e olhemos para a nossa casa. 

E na nossa casa António Costa anunciou um novo impulso à regionalização. Tem o meu apoio embora tudo indique que pelas razões opostas. Mas isso só se verá no fim. Pela minha parte, sempre o disse, as regiões são o único caminho que nos fará regressar à monarquia. E com ela, na mesma óptica de purificação, haveremos de readquirir o espírito comunitário que perdemos. Espírito que não se reconstrói em cima de mitos ou mentiras.


Saudações monárquicas


Nota : Não por acaso 'O rei e os sovietes' foi um dos primeiros textos que publiquei neste interregno. Leva o título com que Rolão Preto definiu a monarquia do futuro.

quinta-feira, outubro 05, 2017

Para lá da república!

A espuma dos dias não nos deixa ver o caminho onde o futuro e o passado obrigatóriamente se entrelaçam. Mas é nesse caminho que estamos, caminho inexorável que o simbolismo das datas não se esquece de nos lembrar! Enquanto se comemorar a república a monarquia continuará a existir. Monarquia que como agora se vê no difícil transe que atravessa a Catalunha é ainda a última voz e a última esperança de uma unidade que, para o bem e para o mal, é sinal de solidariedade e grandeza. E não são essas afinal as razões que nos levaram a todos à união europeia?!

Mas a unidade nunca está segura e desenganem-se os que em Portugal a dão como adquirida! Lá como cá, foi um longo caminho, com avanços e desilusões, agregando laboriosamente aquilo que o egoísmo de cada reino ou república tendia a separar. Esse egoísmo permanece na história, e está agora em alta, só que já não é visto como egoísmo, tem outros nomes, é exaltado! Na Catalunha um desses nomes é a independência! Uma independência fictícia, ideológica, onde o acento tónico está nos direitos mas não está nos deveres. Típico de uma causa fracturante!

E vale a pena recuar no tempo e imaginar a facilidade com que Tarik entrou pela península e derrotou, sem apelo nem agravo, uma cristandade entretida nos seus vários egoísmos.

Como diz a canção – ‘não há nada de novo debaixo do sol’!


Saudações monárquicas

terça-feira, outubro 03, 2017

Autárquicas light!

Perguntaram-me como se devia votar nas eleições autárquicas e eu respondi dando o meu exemplo: - vivo no concelho de Almada território tradicional da CDU mas nunca posso votar na CDU. Podem pôr-me autocarro à porta, água canalizada, luz, saneamento básico, posso até reconhecer-lhes a obra e mesmo assim não posso votar em nenhum personagem da CDU. É um adversário natural, que tem do mundo uma visão diferente da minha e sendo coerente não há-de descansar enquanto não edificar essa sociedade detestável.

Em alternativa olhamos para a lista dos candidatos da chamada direita e descobrimos que não conhecemos ninguém. É normal e neste sentido resta a hipótese de votar no próprio partido o que contraria completamente o espírito da eleição em causa. Também não é grave uma vez que a direita só terá alguma hipótese de ganhar em Almada na próxima república.

Entretanto houve um pequeno terramoto político! O partido socialista, que trouxe este ano à compita uma estrelinha da sua constelação, acabou por vencer a CDU! Adivinho que terá contribuído para a vitória o teor de um cartaz que Inês de Medeiros espalhou pela cidade: - ‘Dizem que Almada não pode, mas também não saem de cima’! Uma proposta política excitante e que muito beneficiará a vida dos almadenses.
Mais a sério, prevejo uma luta encarniçada entre socialistas e comunistas com os reflexos negativos que se imaginam.


Saudações monárquicas

sexta-feira, setembro 29, 2017

A república de Oeiras!

Esta é talvez a maior fragilidade republicana! Totalmente dependente do voto, o regime deixa-se fácilmente enlear pelos grupos mais fortes, os que lhe podem assegurar a eleição, e com ela a manutenção do poder. Por aqui passa, e passou, o congelamento das rendas nem que isso possa hipotecar (e hipotecou) definitivamente o mercado de arrendamento! E por aqui passam, de uma maneira geral, todas as iniciativas popularuchas que apenas visam efeitos de curto prazo. O prazo das eleições!

Mas não se fica por aqui a gula republicana! O desporto e os seus protagonistas sempre foram alvo das benesses para efeitos de propaganda política. O futebol, desporto rei não escapa a essa tentação. No entanto nesta matéria a segunda república sempre manteve alguma reserva sabendo que as paixões clubísticas são difíceis de conciliar. Uma lição que a república de Abril não aprendeu. E agora já é tarde.

É assim que surgem na comunicação social os denominados ‘deputados do Benfica’ a que já me referi neste espaço! Como se essa associação de interesses estivesse prevista na lei, ou não estando prevista, fosse benéfica para a assembleia da república, para os próprios deputados ou para o país! Pensávamos nós que tínhamos atingido um limite de despudor! Puro engano! Imaginem que nas próximas eleições autárquicas existe um candidato que promete oferecer, caso ganhe as eleições, terrenos e outras facilidades para o Benfica construir em Oeiras (!) uma obra de regime! Para as modalidades! *

Governo, tribunais, comissão nacional de eleições, e demais órgãos da república, não se ouvem! Silêncio, que se vai cantar o fado!

Saudações monárquicas


·    * Para lá da promiscuidade, e do oportunismo político que a situação revela, existiria ainda outra razão para o governo intervir! Como assim?! Proibindo os clubes de futebol profissional de ‘frequentarem’ outras modalidades. Para ver se elas se desenvolvem e conseguimos ganhar alguma medalhita. Sem ofensa aos ‘baluartes’ do nosso desporto, o tempo do ecletismo já passou só que em Portugal o tempo não passa.

terça-feira, setembro 26, 2017

Caixa negra

Apesar de ser o banco português que mais custos impôs ao contribuinte, foi contra a vontade do governo e dos partidos que o apoiam que se iniciou a Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos. Iniciada a comissão, os partidos da Geringonça fizeram os possíveis para limitar o período e o âmbito da análise. Um dos elementos fundamentais da Comissão Parlamentar de inquérito teria sido perceber onde é que a Caixa perdeu os tais 5 mil milhões de Euros que agora serão suportados pelos contribuintes. Importava saber a quem tinha sido emprestado este dinheiro no período anterior a 2011 e porquê que foi emprestado. No mínimo estaríamos perante incompetência e falta de cuidado. No máximo, perante um enorme esquema de corrupção que desviou dinheiro da Caixa para empresas amigas do regime.

O que aconteceu exactamente nunca saberemos. E não saberemos porque quando foi pedida a lista destes devedores, a CGD, o governo e o Banco de Portugal recorreram para os tribunais para a esconder. O tribunal deu razão aos deputados do PSD e CDS e obrigou a CGD a divulgar a lista de devedores. A CGD, o governo e o Banco de Portugal recorreram para o supremo tribunal de forma a ganhar tempo. Correu bem. Antes da decisão do Supremo obrigar a CGD a divulgar a lista de devedores, os partidos da Geringonça trataram de encerrar a Comissão Parlamentar de Inquérito sem sequer ter o relatório final aprovado e antes da decisão do supremo. A decisão do Supremo veio hoje: o processo foi arquivado porque a Comissão parlamentar de inquérito foi encerrada. Jamais saberemos para onde foram os 5 mil milhões de Euros que agora os contribuintes irão pagar. E sabemos a quem podemos agradecer por isso.

Carlos Guimarães Pinto

Nota: Transcrevo,  com a devida vénia, e tal como o recebi, um texto que diz tudo sobre o regime em que vivemos. JSM


quinta-feira, setembro 14, 2017

Liga Ibérica!

Dizem os alquimistas que o que está em cima é igual ao que está em baixo e uma das interpretações possíveis da frase pode ser esta: - falar do futebol português é o mesmo que falar da nossa política. Eu sei que muita gente torce o nariz ao futebol, e aos seus frequentadores, mas meter a cabeça na areia não resolve nada.

Ora bem, foi agora a vez de Proença, presidente da liga portuguesa de futebol, anunciar com pompa e circunstãncia que o campeonato ibérico é uma realidade cada vez mais próxima!
Se juntarmos esta notícia a outra que dá conta da eleição de um alto dirigente do Benfica para a ECA* (associação dos grandes clubes da Europa em prol de um campeonato europeu) ficamos com a ideia de três coisas ao mesmo tempo:

Em primeiro lugar que estamos dispostos a tudo para emigrarmos para qualquer campeonato que não seja o nosso! Em segundo lugar que entrámos na fase delirante dos fidalgos falidos! Em terceiro lugar fica agora claro que quer a Liga quer a Federação pouco lhes interessa o campeonato doméstico ou as suas escandalosas desigualdades. Eles estão noutra!

Haveria uma quarta conclusão a tirar e essa prende-se com a ignorância e a estupidez de quem nos dirige! Era evidente que a união europeia seria para nós, mais tarde ou mais cedo, uma mera união ibérica, cenário que já vivemos no período filipino. Pensar agora que sem rei nem roque podemos integrar (ou liderar!) qualquer organização supra nacional sem pormos em causa a nossa própria independência e identidade, só os idiotas é que podem pensar assim! Os idiotas e os traidores, obviamente.

Saudações patrióticas


*O portista Fernando Gomes, actual presidente da Federação, também já foi dirigente da ECA.

segunda-feira, setembro 11, 2017

Fases…

‘Tenho fases como a lua, fases de andar escondida, fases de vir para a rua, perdição da minha vida, perdição da vida minha, tenho fases de ser tua, tenho outras de ser sozinha …’, lua adversa da poetisa Cecília Meireles e como eu a compreendo! Mesmo no masculino, azul-bebé, Porto Editora! Sem querer excitar obviamente a opinião pública. Mas estou naquela fase em que até o interregno começa a perder sentido! O tempo é de ameaças! A Espanha ameaça desfazer-se, Trump ameaça a Coreia, um furacão ameaça as Caraíbas, Kim ameaça o mundo! Portugal ameaça tornar-se um estado pária, e apesar da sorte grande do turismo o futuro é incerto e por isso ninguém poupa. A dívida aumenta. Neste dilema jogamos à batota e discutimos o árbitro. O árbitro que não existe! Porque o único árbitro é o rei.


Saudações monárquicas

segunda-feira, setembro 04, 2017

A democracia é isto?!

A democracia é ter trinta jornais e todos repetirem a mesma coisa?! E dizem a mesma coisa porque são todos controlados pelas mesmas cliques, grupos organizados, maçonarias, como lhes queiram chamar. O que se diz dos jornais pode dizer-se da televisão e ainda com mais rigor! Basta para tanto assistir ao que ali se debita e desligar rápidamente o aparelho. Mas há quem veja e goste, dirão uns, porque senão os respectivos canais já tinham falido. Ora aqui está uma grande mentira! Na verdade uma das particularidades das ‘ditaduras democráticas’ é continuarem a funcionar independentemente das leis do mercado! Sirva de prova número um o facto de países como Portugal, Grécia, etc, continuarem a viver alegremente com uma dívida monstruosa! E chegamos ao nó do problema ‘democrático’, a saber: - é que, aparentemente, tanto faz votar na esquerda como na direita, porque afinal quem governa são sempre os mesmos! Veja-se mais uma vez o caso de Portugal que tem um primeiro-ministro que perdeu as eleições, tem um governo de índole comunista, que é duvidoso que corresponda à vontade da maioria dos portugueses, e digo isto porque uma das justificações para aderirmos à união europeia foi precisamente evitar que em Portugal, a seguir ao 25 de Abril, se instalasse uma ditadura comunista! Pois agora é o próprio BCE, espécie de super estrutura soviética, que patrocina este ou qualquer governo desde que lhe paguem as quotas! E a quota é hoje como se sabe um défice abaixo dos 3%!
Concluindo e esta conclusão não é nova, já a enunciou Bukovsky quando comparou a união soviética à união europeia. As suas palavras são elucidativas – ‘Eu já vivi o vosso futuro’!


Saudações monárquicas



Nota: O professor Cavaco Silva na sua mais recente intervenção veio mais uma vez defender a união e o euro agitando a imagem do caos para quem se atreva a sair do sistema! Não concordo e explico: em primeiro lugar a Inglaterra, embora não pertença ao euro, está a sair da união e não me consta que os ingleses sejam estúpidos. Em segundo lugar, e como referi acima, o pressuposto de nos livrarmos das ditaduras socialistas caiu por terra desde que Tsipras governa a Grécia e a geringonça governa Portugal! Diz-se que cumprem o requisito do défice, mas então e o resto?! Onde é que pagar as quotas garante a salubridade de alguma coisa?! Seja pessoa, seja país?! Quando dermos por ela, talvez seja tarde.

quarta-feira, agosto 23, 2017

Ontem

Saía da praia, uma experiência cada vez menos recomendável, quando um grupo de rapazolas me fez sinal na berma da estrada, queriam boleia, provávelmente até à portagem que dá acesso às praias de São João da Caparica. Eram quatro ou cinco e achei que não cabiam no carro, tão velhinho quanto eu, e disse que não com a cabeça. Ainda ouvi um princípio de insulto e logo a seguir uma explicação – é um velho! Segui caminho a pensar naquilo e, como diria o poeta - ´’o universo reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o dono da Tabacaria sorriu”. 

quinta-feira, agosto 17, 2017

Portugal debaixo de fogo!

Em tempos sugeri, e usando uma ironia hoje ultrapassada, que o governo deveria assumir a direcção dos incêndios em lugar de andar sempre a correr atrás do prejuízo! Era uma ideia lógica, prática, bastando dividir o país em quadrícula e ir incendiando metodicamente a floresta nacional. Não haveria riscos para as populações, que devidamente avisadas evacuariam o local e os bombeiros fariam o seu trabalho com outra limpeza e segurança. Ficava também feito o tantas vezes prometido reordenamento do território e verdadeiramente a única prejudicada seria a comunicação social. Nomeadamente as televisões que teriam que substituir o relato dos fogos por mais relatos de futebol.

Não sendo assim, vamos ter disto por muitos anos. A fazer lembrar a guerra insolúvel entre o gato e o rato. Em que os ratos, como o nome indica, ganham sempre.

quinta-feira, agosto 10, 2017

Nódoas difíceis...

Por esta hora anda a ministra dos fogos às voltas com a lavandaria república a ver se os relatórios batem certo com o detergente! Não é fácil. No programa de lavagem existem pessoas e instituições acima de qualquer suspeita e que por essa razão não podem ser responsabilizadas. Casos do governo, amigos e parentes do mesmo, ou simples apoiantes. Aqui a situação parece mais ou menos controlada e a velha máquina republicana faz o que costuma fazer. Responsabiliza as condições climatéricas ou entidades do tipo SIRESP, suficientemente abstractas e sem bilhete de identidade.

O problema surge com a GNR, guarda pretoriana do regime, logo, instituição que não convém hostilizar. Mas na verdade mesmo abusando do detergente existem testemunhos vivos que referem dois guardas-republicanos a encaminhar os carros para a estrada fatídica. Que fazemos então?! A lavandaria encravou.

É claro que ninguém quer culpar dois soldados da GNR que no meio da confusão total, sem comunicações e sem comando, tentaram dar o seu melhor. O que nós queríamos e esperávamos é que a ministra se demitisse assumindo assim a responsabilidade total pelos acontecimentos. É o que costuma acontecer nos países a sério, que não perdem tempo com relatórios cirúrgicos a ver se ninguém se chamusca. ´


Saudações monárquicas

sexta-feira, agosto 04, 2017

A histeria do dinheiro!

Eh pá, já não posso ouvir falar em dinheiro, é demais! Vomito Neymar em todos os telejornais, em todas as lojas em todos os comentários, e verdade se diga que sempre enjoei Ronaldo e os seus exorbitantes (e lamentáveis) sinais exteriores de fortuna. Vomito a parolice nacional de joelhos em adoração a tudo o que soe a vil metal! Marcelo por amor de Deus não vás ao Porto condecorar o Neymar, ele foi só fazer exames médicos, está em trânsito para Paris, e aí sim será recebido com todas as honras pela república da bastilha! A torre Eiffel iluminada, e o incontornável Macron na fotografia com o pessoal do Catar! O que é que aconteceu?! Uma transferência milionária que por certo salvará a França! Quarenta séculos de provincianismo vos contemplam! Já perceberam porque é que sou monárquico?!
Até os americanos que inventaram a febre do dólar foram mais comedidos! E no mesmo dólar inscreveram a frase libertadora – in God we trust!
Isto aqui na Europa está do piorio. Volta Moisés, volta para a montanha, e leva contigo as tábuas da lei. Com tanto bezerro de ouro, o melhor é trazeres uma arma de destruição maciça. Mas das verdadeiras.


Saudações monárquicas   

segunda-feira, julho 31, 2017

Uma fotografia republicana

A república portuguesa tal como a francesa ou a russa, para não ir mais longe, assentam no crime. Todas elas assassinaram o rei, um rei inocente, eleito pela história e pela tradição. A partir daí e para esconderem esse pecado original começaram a mentir. Começou a propaganda. Diga-se em abono da verdade e para sermos justos que dos três países visados, nem todos mentiram (ou mentem) da mesma maneira.

Enquanto a Rússia já pediu desculpa pelo acto e canonizou a família real martirizada pelos bolcheviques, a França prossegue impune na sua propaganda e celebra todos os anos, com pompa e circunstância, a data que simboliza a guerra civil e o crime. Portugal neste aspecto fica-se pelo ‘nim’! Nem assume o crime nem pede desculpa! Disfarça! E por conseguinte mente a dobrar! A provar o que afirmo basta tirar uma selfie ao país que temos hoje:

O governo é uma mentira, quem escolheu o primeiro-ministro foi o parlamento contrariando a vontade expressa nas urnas pelos portugueses. É constitucional?! É porque a constituição é também ela uma mentira, vai a caminho do socialismo… quando lhe convém.

O presidente da república se não é uma mentira é a quadratura do círculo! Filho de um ministro da ditadura, e afilhado do último primeiro-ministro da mesma, não lhe fica bem dizer mal da ditadura onde medrou nem da família que o educou. Mas disse.

A assembleia da república é uma Câmara Corporativa onde têm assento predominante os representantes do funcionalismo público. As chamadas profissões liberais, estão organizadas em matilhas, e trabalham para o estado que lhes encomenda tudo, incluindo as leis.
A actividade privada em Portugal é um mistério sendo difícil encontrar alguém que sobreviva sem uma ligação pecuniária ao mesmo estado.

Os tribunais normalmente não funcionam e quando funcionam é para protegerem a nomenclatura republicana.

Finalmente a população, o povo, atendendo ao que foi dito no capítulo da actividade privada, continua a viver como dantes: - ou emigra ou fica por cá, dependente, sem correr riscos, e com a única ambição de ser funcionário público. Se possível nascer já com um vínculo ao estado. Nesta perspectiva podemos dizer que é monárquico por natureza!

Não termino sem uma palavrinha sobre o futebol, fundamental para a propaganda do regime, e para dizer que está práticamente nacionalizado. Os clubes estão em falência técnica e só não acabam porque os bancos entretanto nacionalizados não deixam.

Há aí alguém que não esteja na fotografia?! Respostas a este apartado.



Saudações monárquicas   

sexta-feira, julho 28, 2017

Políticos ou comentadores de futebol?!

Sou insuspeito porque sempre gostei de futebol e quem gosta de futebol, fala e discute futebol com os amigos. Até podia ir à televisão dar uns palpites, nomeadamente sobre o Belenenses que é o meu clube. Único clube, nada de confusões. Mas ninguém me convida e pela anormalidade dos comentadores que frequentam aqueles espaços acho que é mais por ser do Belenenses que por causa das minhas hipotéticas opiniões.

Dito isto e se por acaso fosse chamado a desempenhar cargo de estado, seja por nomeação seja por eleição, nunca mais me passaria pela cabeça vir a público comentar ou opinar sobre futebol. Poderia, se os afazeres me permitissem ir ver algum jogo ao Restelo (onde mantenho lugar cativo) mas sempre com a descrição aconselhável. E se questionado, mais uma vez em público, sobre algum caso concreto, abster-me-ia de dar opinião. É assim que eu entendo os direitos, os deveres e as limitações dos políticos.

Ora não é nada disto que se passa hoje em dia em Portugal, antes pelo contrário! Já me referi em anterior postal ao jantar dos ‘deputados do Benfica’ com o respectivo presidente, não o da assembleia da república, o que seria em todo o caso um absurdo, mas com o Vieira, presidente do Benfica! Estranhíssimo grupo, diga-se, composto por deputados de todos os partidos com excepção, talvez, dos animais.

Também já vimos, porque vem noticiado em todos os jornais, as vergonhas por que passam membros do governo (e outros políticos) para irem ver (à borla) jogos de futebol no estrangeiro!

E vemos tantas vezes, eu diria vezes de mais, figuras de estado a passearem-se nos camarotes dos principais estádios do país.

E vou repetir-me: - nada disto dignifica a política e o futebol.

Mas ainda não tínhamos visto tudo!

Ontem ao sintonizar os canais de notícias, que nesta época só dão fogos ou futebol, qual não é o meu espanto quando vejo que aquilo estava repleto de políticos a falarem de bola! Ainda conferi se era o canal Parlamento, mas não, eram mesmo os deputados a discutirem os plantéis dos seus clubes! Dos três grandes clubes que os outros não contam.

Na RTP 3 peroravam Frasquilho, Diogo Feio e o Nuno Magalhães; na CMTV e à mesma hora estavam o Telmo Correia e o Hélder Amaral! Feitas as contas o CDS estava em maioria absoluta, aqui, na bola, porque na realidade um partido que ainda não percebeu que não é para falar de bola que os portugueses elegem os deputados, um partido assim, nunca vai perceber porque é que não cresce!


Mas o problema é geral. E alguém tem que pôr mão nisto. E acabar com mais esta promiscuidade.


Saudações monárquicas

terça-feira, julho 25, 2017

Ciganos, multiculturalismo e outros equívocos…

Antes do mais uma afirmação categórica: - quem fabricou o Brasil tem pouco a aprender seja com quem for sobre ‘multiculturalismo’ ou outro palavrão do género. Com efeito, o Brasil terá muitos problemas para resolver mas nenhum tem a ver com a integração cultural. Dito isto convém acrescentar que o ‘milagre’ só foi possível porque nele participaram duas forças que são integradoras por natureza: - a monarquia e o catolicismo. Aliás toda a herança colonial portuguesa beneficia desses dois factores e é por isso que (ainda) não sofremos nas nossas cidades e vilas aquilo que outros povos colonizadores já vão sofrendo.

Mas o tempo passou e hoje vivemos em pleno período laico, republicano e socialista, trilogia fatal que nega a tradição e onde sobrelevam os aspectos impositivos e desagregadores. E podíamos começar pela França e pela incapacidade que revela para integrar os seus descolonizados islamitas, mas fico-me pelo exemplo mais comezinho dos ciganos que sempre aqui existiram e viveram!

E a pergunta é: - o que mudou afinal para os ciganos serem hoje um problema que não eram?! Ou dito de outra forma, porque é que o estado de direito não consegue (hoje) aplicar a lei aos ciganos?!

As respostas são todas elas más e nem o Ventura se salva! Explico: - o problema da integração só resulta se concorrerem duas situações: - a cultura da comunidade dominante (ou acolhedora, se preferirem) é suficientemente forte e clara em termos de princípios e valores partilhados e nesse sentido fácilmente assimilável por quem pretende integrar-se; e como segunda condição, porque é forte, resiste à tentação de liquidar a outra cultura, respeitando nela aqueles aspectos que identificam a diferença.

Ora não é nada disto que se passa em relação à nossa cultura onde a moda é aprovar leis fracturantes cujo nome diz tudo em termos de acolhimento geral. Portanto não se espere que comunidades que ainda respeitam as suas tradições se disponibilizem para se suicidarem colectivamente. Se nós estamos disponíveis para isso eles não estão. Daí também a atitude de contemporização do estado em relação ao incumprimento destas leis cada vez mais discutíveis e cada vez mais fracturantes. Sabendo disso, dessa fragilidade do estado, o cigano abusa ainda mais do incumprimento. E é nisto que estamos.

Aliás e porque o artigo vai mais longo do que eu queria termino com uma espécie de anedota que talvez nos faça pensar nos caminhos que queremos percorrer no futuro: - num dos dez mandamentos, Deus proíbe o homem de cobiçar a mulher do próximo. Mas tal mandamento só é possível de cumprir se a mulher do próximo não aparecer permanentemente semi despida (embora dentro da lei) à nossa frente!
Esta é a lógica da vestimenta das mulheres do Islão e também de muitas outras etnias entre elas a cigana.
E de novo a pergunta: - queremos cumprir o mandamento ou não queremos?! 


Saudações monárquicas

sexta-feira, julho 21, 2017

O caso Ventura!

André Ventura é um jovem advogado e pode ser visto na CMTV a comentar quase tudo incluindo futebol. Fluente como deve ser um advogado tem um defeito de origem que o prejudica mas que ele não sabe. Vou deixar o defeito para o fim porque entretanto Ventura ocupou o espaço mediático com a sua candidatura à Câmara de Loures!

O que fez e o que disse o candidato para de repente ser assim catapultado aos píncaros da fama?! Para o melhor e para o pior. Pois bem André Ventura fez referência aos possíveis abusos em matéria de subsídios camarários que acabam por beneficiar sempre os mesmos, no caso a comunidade cigana. Uma verdade que por temor de represálias ninguém quer admitir.

Tanto bastou para ser comparado a Hitler, o CDS retirou-lhe o apoio e os barões (e as baronesas) do PSD criticam Passos Coelho por não ter feito o mesmo! E como se não bastasse até o Costa primeiro-ministro lhe chamou racista! Ventura reagiu e sem papas na língua disse de Costa o que Mafoma não disse do toucinho!

A partir daqui é natural que eu tenha esquecido o defeito original do Ventura e tenha começado a simpatizar com a sua maneira de estar na política! Desde logo por falar verdade aos eleitores e em segundo lugar por não se ter agachado perante a onda politicamente correcta que ameaça afogá-lo.

É aqui que estamos e se o rapaz não vacilar pode até contribuir para o necessário desmantelamento da velha estrutura partidária em que assenta a terceira república, a saber: - dois partidos socialistas , um de esquerda (PS) e outro a fingir que não é (PSD), esquema a que se junta o partido do táxi que também não sabe virar à direita! PCP e Bloco completam o museu republicano.

Só por isto a sua candidatura já valeu. Assim Passos Coelho o mantenha e lhe siga o exemplo.


Saudações monárquicas



Nota básica: O defeito do Ventura afinal não o vou revelar. Mas posso dar-lhe umas dicas: - se quiser ter uma carreira política afaste-se rápidamente do comentário futebolístico e guarde para si os estados de alma. Tome especial cuidado com polvo e com os emails. E em vez da cartilha, leia o Interregno.  

domingo, julho 16, 2017

O octogenário que disse duas verdades!

A corja, filhos e netos da ditadura, ouviu da boca de um octogenário ilustre, o professor Gentil Martins, duas verdades cristalinas mas que nenhum outro ilustre teve a coragem de as dizer até agora! Que a homossexualidade é uma ‘anormalidade’ e que Cristiano Ronaldo, sendo um excelente atleta ‘é um estupor moral’! Dois factos irrefutáveis que dispensam prova, ambos extraídos directamente da natureza onde o normal é nascermos quando há um pai e uma mãe, e depois de nascermos o normal é ter mãe! Caiu o Carmo e a Trindade! A religião do nosso tempo, dizem, pode ter sido atingida. As sacerdotisas agitam-se, há inquéritos a correr!

Noutro registo – A esquerda gosta de falar de Galileu e dos preconceitos que enfrentou a propósito de verdades que entram pelos olhos dentro! Mas há verdades que a esquerda não vê nem quer ver.



Saudações monárquicas    

domingo, julho 09, 2017

O movimento das espadas…

Esteve para acontecer mas não aconteceu! Uma oportuna notícia sobre um caso de corrupção nas messes da Força Aérea, ou outro motivo qualquer, terão desmobilizado o intento inicial. Mas faz lembrar o princípio do fim da primeira república!

Estávamos em 1915, nos alvores do novo regime, e o partido democrático de Afonso Costa interferia antidemocraticamente em tudo! Uma dessas interferências, a transferência abusiva de um major, situação aparentemente sem importância, acabou por despoletar um movimento de solidariedade protagonizado pelos oficiais do Regimento de Cavalaria da Ajuda que dirigindo-se ao Palácio de Belém, entregaram as suas espadas ao presidente Manuel Arriaga. Esta acção ficou na altura conhecida pelo ‘Movimento das Espadas’!

Os oficiais intervenientes foram presos sob a acusação de pretenderem o regresso da monarquia e só foram libertados porque entretanto o comandante Machado dos Santos, o herói da Rotunda, também foi entregar a sua espada a Belém!* A espada que cingiu em 1910!  
A partir daqui a primeira república e o partido democrático nunca mais tiveram o benefício da dúvida por parte da instituição militar. Nomeadamente do Exército.

Veremos então o que acontece com esta terceira república atendendo à forma de actuação do governo que nos caiu em sorte! Lá que existem parecenças entre o partido democrático de Afonso Costa e este partido socialista de António Costa, disso ninguém tem dúvidas. O mesmo apego ao poder, a mesma deriva jacobina, a mesma propaganda, o mesmo oportunismo em relação à Europa! E ainda dizem que a história não se repete…


Saudações monárquicas



*Não será abusivo concluir que as forças ocultas que dominavam o partido democrático nunca terão perdoado a nobreza do gesto de Machado dos Santos que acabou barbaramente assassinado na noite sangrenta de 1921. 

quinta-feira, julho 06, 2017

Inimputáveis e mentirosos!

É próprio das crianças serem inimputáveis e compreendemos as razões – o cérebro ainda não se desenvolveu o suficiente e por isso as respectivas funções estão diminuídas. O sentido crítico e tudo o que envolva juízos morais de conduta são as facetas mais visíveis dessa vulnerabilidade, daí que as crianças quando apanhadas a fazer disparates tenham tendência para mentir e culpar o menino do lado! Ou então fogem e escondem-se. As coisas entretanto complicam-se quando, pela aparência, julgamos estar perante um adulto e afinal não estamos! Um erro frequente em sociedades cujo regime político prefere infantilizar as pessoas em lugar de estimular as funções mais nobres do cérebro humano! E isto tem consequências. Nomeadamente nas escolhas. Não é pois de admirar que uma população infantil escolha para seu desgoverno e distracção, políticos também infantis e por consequência inimputáveis. É o mais natural.


Saudações monárquicas

terça-feira, julho 04, 2017

Governo de férias!

Em circunstâncias normais este governo ir de férias seria sempre uma boa notícia para os portugueses! Acontece que as circunstâncias não podem ser piores: - o país ainda vivia a tragédia de Pedrogão quando foi surpreendido por um assalto aos paióis nacionais com as consequências que se imaginam! É portanto neste contexto que o primeiro-ministro resolve ir a banhos deixando no ar uma série de interrogações sobre tão insólito comportamento! Mas este comportamento só é insólito para quem acreditou que um homem que perdeu as eleições e mesmo assim quis governar pode ser um primeiro-ministro confiável! Não, não pode. E não é.

E voltamos à velha questão da deficiente representação política que glosei no meu último postal. Este é um bom exemplo de como os deputados que não escolhemos* podem manipular a nossa vontade. A vontade popular.


Saudações monárquicas


*Que não escolhemos e a quem não podemos pedir contas sobre esta 'geringonça' inventada no Parlamento. Porque se bem se lembram tratou-se de uma traição ao eleitorado que na altura pensava que estava a escolher o futuro primeiro-ministro! Santa ingenuidade! A lei eleitoral foi feita para os partidos do sistema mandarem (eternamente) no país. Nós, os eleitores, somos os idiotas úteis.
















domingo, julho 02, 2017

Depois da irresponsabilidade…

Depois do caos, depois da irresponsabilidade, talvez fosse bom aprender algumas lições que vão para além dos incêndios, dos assaltos aos paióis nacionais, e da miserável propaganda do governo. Na base do falhanço português está como sempre esteve a deficiente representação política e com ela a irresponsabilidade. A irresponsabilidade política começa, como tudo na vida, pela base. E a base é a assembleia da república para onde elegemos ‘deputados’ a quem não podemos pedir responsabilidades no fim de cada mandato! Nós, eleitores, não elegemos pessoas que nos representem, elegemos listas de pseudo representantes que não conhecemos, que não escrutinámos e que façam o que fizerem se perpetuam no parlamento de acordo com a vontade do chefe partidário. Pois é ele que aprova as listas. Isto é o grau zero da democracia, o grau zero da representação! A partir daqui o resto do edifício democrático está inquinado, está ferido de morte. De vez em quando fala-se na mudança da lei eleitoral, fala-se, porque na realidade ninguém a quer mudar. Ninguém quer assumir responsabilidades.


Saudações monárquicas



Nota: Aquele lamentável ‘grupo inter parlamentar do Benfica’ só existe porque aqueles deputados sabem que aquela jantarada não vai ter consequências políticas. Na próxima legislatura lá estarão, se Deus quiser, e se for essa a vontade do chefe partidário. Quanto aos eleitores que ficaram desagradados com aquele espectáculo, esses não têm forma de mostrar o seu desagrado! Podem abster-se e facilitar ainda mais a vida à partidocracia vigente.

sexta-feira, junho 30, 2017

'Deputados do Benfica'

Com o país mergulhado num clima de suspeição de que não há memória, suspeição que não poupa nenhuma área ou actividade, por mais nobre que seja, só faltava assistirmos a um jantar de 'deputados do Benfica', jantar patrocinado pelo respectivo presidente! Repasto amplamente difundido por toda a comunicação social!
Eu sei que o Futebol Clube do Porto, tal como o Sporting também patrocinam reuniões deste género, mas isso são mais duas razões para condenarmos esta promiscuidade entre o futebol e a política, porque não faz bem nem ao futebol nem à política. Apetece até concluir que os outros clubes, os pobres coitados, e são a maioria, estão em desvantagem pois não têm deputados (destes) que os representem no órgão legislativo nacional! Será assim ou estão a pensar em estabelecer umas quotas de representação para acudir a esta absurda desigualdade?! Pois é, a partir daqui isto é tão triste e tão caricato que mete nojo e dó ao mesmo tempo!
Mas cá se fazem e cá se pagam, diz o povo e tem razão. Em próximas eleições saberemos distinguir quem merece ser deputado pela nação, e como tal se comporta, e quem não merece.


Saudações monárquicas

quinta-feira, junho 29, 2017

Diário da idolatria!

Terra de bezerros de ouro, que relincham nas arenas onde o povo enlouquecido também urra, terra onde todos os dias se inaugura uma estátua a qualquer vivente, como se fora uma divindade, é nesta terra que eu vivo, e permaneço, temente a Deus que conhece bem o barro de que sou feito.

Hoje o diário das divindades, multiplicado por muitos, diz o seguinte: - Ronaldo, o melhor goleador do mundo não teve oportunidade de brilhar na marcação das grandes penalidades pois entregou generosamente essa tarefa aos seus colegas mortais e estes falharam. Não é a primeira vez que isto acontece.
Já o Chile, onde não existem divindades, mandou avançar o seu capitão Arturo Vidal responsabilizando-o pela marcação da primeira grande penalidade.
O diário continua e acrescenta que nenhum jornalista português questionou o facto nem o vai questionar porque isso poderia incomodar a divindade.

E por falar em divindade Ronaldo já anunciou que não vai alinhar no próximo jogo para apuramento do terceiro e quarto lugar pois está com saudades dos filhos que entretanto nasceram. Se fosse para o primeiro lugar não estamos em condições de garantir que faria o mesmo.

Noutra página desta vez dedicada à política podemos ler que o primeiro-ministro António Costa anda preocupado com a sua imagem e encomendou um estudo sobre o assunto. Segundo consta os resultados já se conhecem e assim a reputação de Costa continua intacta apesar dos incêndios e das respectivas vítimas.


Por fim e na coluna social ficámos a saber que muitos portugueses acham que a macumba e a bruxaria são indispensáveis ao bom sucesso dos negócios, seja no comércio, seja na indústria, seja no futebol. Dos testemunhos recolhidos não ficou claro se esta actividade para normal deveria ou não ser apoiada pelo governo!