quarta-feira, dezembro 26, 2018

Natal

Natal passado estrela cadente rasgando os céus omnipresente renasce em nós em cada dia pelo pão nosso pela verdade na tentação pela maldade pelo perdão e seja feita a Vossa vontade. 

domingo, dezembro 16, 2018

Causas perdidas


'Senhor, já que a dor é nossa e a fraqueza que ela tem
Dá-nos ao menos a força de a não mostrar a ninguém.'

Fernando Pessoa

O interregno, e particularmente este, já se viu que é uma causa perdida. O tema tem vindo a perder interesse e o autor não consegue dar-lhe o brilho que merece. Se me perguntarem se ainda acredito num Portugal monárquico eu respondo que sim, com a convicção da primeira hora. A convicção de quem gosta de ser independente. Sinto no entanto que será preciso acontecer muita coisa para que os portugueses se apercebam do logro em que caíram. E isso talvez ainda demore. Um nó górdio que terão de desatar sozinhos. É tarefa para outras gerações, gente mais nova, gente preparada para responder ao estado de decomposição a que chegámos. A que chegou o mundo em que vivemos.


Saudações monárquicas


segunda-feira, dezembro 10, 2018

A PROPÓSITO DO 1º DE DEZEMBRO: OLIVENÇA!


Na questão de Olivença a Espanha não tem defesa”
D. Federico Trillo-Figueroa
S. Maria de Aguiar (Castelo Rodrigo), 12/09/1997.1

1 Figueroa era, na altura, Ministro dos Assuntos Exteriores de Espanha e fez estas declarações perante muita gente, em que se encontravam o Dr. Almeida Santos e o Dr. António Vitorino, que desempenharam altos cargos na estrutura do Estado. E também um distinto elemento do GAO que tem difundido esta importante declaração e que tem passado despercebida na opinião pública e publicada.

2 O texto do Artigo 5º,3 da actual CR diz: “O Estado não aliena qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras”. O que tem sido ligado objectivamente a Olivença. Não “Olivenza”
.
3 Lamentavelmente, numa conduta que tem sido constante, a generalidade dos meios de comunicação social ignoraram o evento e uma televisão que entrevistou o Ministro da Defesa, presente no mesmo, não foi para o inquirir sobre a cerimónia…

Em todas as Constituições Portuguesas, desde 1822, apenas existe um artigo que se mantém comum até hoje, apesar de a sua redacção não ser idêntica, embora tenha sempre o mesmo significado.
É aquele que refere - e transcrevemos a redacção do Artigo 27 da Constituição de 1822 - que “A Nação não renuncia o direito que tenha a qualquer porção de território não compreendida no presente artigo”.2

Se mais não houvera, bastava este artigo para, legal e moralmente, a Nação dos Portugueses através das suas organizações e instituições civis e por maioria de razão, dos órgãos do Estado que a devem representar, não poderem renunciar e deixar de reivindicar o retorno à sua Pátria da mui portuguesa Vila de Olivença e seu termo, ilegalmente ocupada pela Espanha, desde 1807, seguramente, desde 1815 (Tratado de Viena).

Por isso foi um prazer ver, nas últimas comemorações do 378º aniversário da data luminosa do 1º de Dezembro de 1640, a banda filarmónica de Olivença, desfilar Avenida da Liberdade abaixo, bem como ouvir o Presidente da Sociedade Histórica para a Independência de Portugal – entidade promotora destas comemorações desde o seu início (como da iniciativa de erguer o monumento aos Restauradores, que dá o nome à Praça onde foi erigido), saudar Olivença Portuguesa.

Na tribuna de honra também estiveram elementos da direcção do (GAO) Grupo dos Amigos de Olivença, perseverante instituição da sociedade civil, fundada em 1932 e que sempre se associou a estas comemorações, depositando uma coroa de flores na base do monumento que evoca todos os heróis da longa luta que restaurou a completa soberania portuguesa, terminando com a Coroa Dual e inaugurando uma nova Dinastia de raiz exclusivamente nacional.3

Recorda-se que os habitantes de Olivença estiveram sempre na linha da frente dessa luta e pagaram um preço elevado pela mesma.
Mas sem sacrifícios, jamais Portugal preservará.
Mais extraordinário foi ainda a presença de vários elementos da Associação Além-Guadiana (além do próprio Presidente do Ayuntamiento), fundada em Olivença, em 2008, e que desde então tem desenvolvido um notável trabalho de preservação da cultura e identidade lusíada em Olivença e seu termo (cerca de 450 km2), tendo inclusive (2) conseguido um acordo para que os habitantes de Olivença que o requeressem obtivessem a nacionalidade portuguesa. E já cerca de 800 o fizeram.

Os convites terão sido feitos pela Câmara de Lisboa, através do Dr. Ribeiro e Castro, grande dinamizador do restabelecimento do feriado do 1º de Dezembro (em má hora extinto por um anterior governo) e que tem sido um elemento de ligação (se assim se pode dizer) com aquela Associação.
De salientar ainda que já por dois anos consecutivos, o “Além-Guadiana” promove a comemoração do feriado do 10 de Junho, naquela vila transtagana.

Os principais órgãos do Estado Português, porém, têm ignorado a questão de Olivença e mostram até, algum embaraço, quando não, enfado, quando são confrontados com as suas responsabilidades neste âmbito.

O Estado assume (na prática) que Olivença é um “território português sob administração espanhola”, mas para além de não reconhecer “de jure” a soberania espanhola, em simples declaração de princípios; de manter os marcos de fronteira interrompidos na porção de fronteira comum existente (e apenas as cartas militares reflectem tal “status quo”), nada mais faz para repor a legalidade da situação, ao contrário da posição da Espanha, por exemplo, sobre Gibraltar, as cidades e enclaves que mantêm em Marrocos e até algumas acções menos próprias que vai tendo relativamente às nossas Ilhas Selvagens.

Apesar do actual regime político português ter assumido (no nosso entendimento mal), os territórios de Macau e Timor (este último depois de invadido pela Indonésia), como territórios não portugueses, mas sob administração portuguesa, teve para com estes atitudes díspares relativamente ao que tem sobre Olivença.
Para já não falar no triste reconhecimento “de jure”, da inclusão do Estado Português da Índia, nos idos de 1974/5, depois da escabrosa invasão militar de Goa, Damão e Diu, pela União Indiana.4

4 Situação, aliás, muito mais gravosa do que aquela ocorrida com a Indonésia relativamente a Timor.

5 Este escrito veicula apenas a opinião do autor.

Esperemos que este último opróbrio não seja lançado também um dia, sobre Olivença…
Sendo o artigo invocado tido origem na Constituição de 1822, o conteúdo do mesmo tinha sido sempre seguido e assumido (mesmo sem estar escrito) desde Afonso Henriques; impõe-se que a tradição, a lei e o direito continuem a ser preservados.

Se quisermos, é apenas uma questão de Dignidade. De Dignidade Nacional.5

João José Brandão Ferreira
Membro da Instituição Patriótica
Amigos de Olivença

quarta-feira, dezembro 05, 2018

A república em alerta amarelo!


A doença republicana é conhecida, Aristóteles falou dela há mais de dois mil anos e mais recentemente Otão de Habsburgo pôs o dedo na ferida. Mas o ser humano é incorrigível e continua a idolatrá-la tomando como exemplo maior a república jacobina que saiu da revolução francesa. Os seus mais dilectos seguidores ainda se emocionam quando ouvem a Marselhesa e trazem na ponta da língua a célebre trilogia - liberdade, igualdade e fraternidade. Muito embora, verdade seja dita, estejam a sonhar com o Napoleão e suas façanhas. Macron, o último cromo napoleónico, pensava que podia reviver Versalhes com o dinheiro dos contribuintes franceses e ao mesmo tempo armar um grande exército europeu com o dinheiro dos contribuintes alemães.

Saíram-lhe mal as contas e a prometida carga fiscal teve que ser substituída à pressa por uma série de cargas policiais que até hoje não conseguiram suster a fúria dos 'coletes amarelos'! E quem são estes 'coletes amarelos'?! São aquela minoria que nos regimes republicanos sustenta o estado e os seus inúmeros funcionários para além dos incontáveis dependentes que vivem à conta do orçamento. Um sacrifício inútil, insustentável, num regime que não faz reformas, e que por isso não tem futuro. A fazer lembrar outras repúblicas como a portuguesa. Para já são coletes amarelos. Amanhã poderão ser de outra cor.


Saudações monárquicas

domingo, dezembro 02, 2018

Esqueci-me do primeiro de Dezembro!


É verdade, nunca tinha acontecido, mas esqueci-me. A data da independência é um marco que todos os povos fazem questão de celebrar e essa celebração quando é genuína dispensa gestos oficiais ou paradas militares. Infelizmente o povo português preza pouco a sua independência seguindo aliás os exemplos que vêm de cima. Não é por acaso que temos um ex-primeiro ministro que acha natural viver de amigos e também não é por acaso que a juventude ambiciona viver à conta do orçamento geral do estado. De resto a pedinchice nacional a que assistimos diáriamente não é mais que um sintoma dessa mesma dependência. O estado, para os portugueses, é como se fosse um pai com a obrigação de lhes resolver todos os problemas e é esta ideia que transmitem aos filhos. E assim, de dependência em dependência, não admira que tenhamos consentido que no nosso dia da independência seja celebrado o dia mundial das dependências!

sexta-feira, novembro 30, 2018

Isto já mete nojo aos cães!


Um país onde a grande notícia que invade as televisões e os jornais é uma conferência de imprensa onde aparece o presidente do Benfica a dizer que mantém o treinador, não pode ser um país a sério! Ainda por cima com a aparência de ser um desfecho que a central de informações da república andou a cozinhar durante a semana! Repito, o país onde isto acontece, e pelos vistos com vasta audiência, nem com mil anos de democracia consegue civilizar-se!

É afinal o mesmo país da ditadura e que a revolução dos cravos não quis destruir. Antes pelo contrário, aprofundou-lhe os vícios e deu-lhes contornos sicilianos. A união soviética, guia mental da intelectualidade lusa, com o advento da perestroika, conseguiu acabar com os 'clubes do estado' – clubes que mantinham prerrogativas especiais sobre os outros competidores. Em Portugal a vergonha mantém-se. 

Não admira pois que a outra notícia de relevo seja a nova casa do ex-primeiro ministro José Sócrates! Cujo proprietário é obviamente o primo. 'O filho meu tio' na inesquecível expressão do contemplado.


Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 26, 2018

Justiça - um teste à terceira república!

Em termos de justiça a terceira república fica marcada pelo processo da Casa Pia. Como bem se recordam e contra todas as expectativas (ou indícios) ninguém da classe política foi a julgamento. Como se a pedofilia não os atingisse. Decorrem entretanto vários processos bastante mediáticos e dois deles, pelo menos, entraram na fase de instrução. Fase em que ficamos a saber quem vai ou não ser pronunciado. Num desses processos está acusado um ex-primeiro-ministro, no outro o Benfica. Em ambos, entre outros crimes, destaca-se a corrupção. Existe portanto a curiosidade em saber se desta vez a rede da justiça consegue levar a julgamento peixe graúdo! Ou se vai ser como o costume, sardinha e carapau de gato! Este cenário, a verificar-se, indicia pelo menos um crime - o tráfico de influências. Sob a forma continuada e sem pudor.

Saudações monárquicas 

segunda-feira, novembro 19, 2018

Prós e Contras - um programa encomendado!

Houve um tempo, nos primórdios do programa, em que me deixei enganar, e assisti, pensando que na televisão pública talvez fosse possível realizar um debate sério sobre alguma coisa, um debate que contribuísse para o esclarecimento geral. Puro engano, pois rápidamente se percebeu, pela agenda, que o programa tinha apenas o intuito de alisar o caminho aos vários governos socialistas (que é o que temos tido) naquelas matérias em que pudesse existir alguma resistência popular. As famosas causas fracturantes foram e continuam a ser o ponto alto do programa e a táctica é sempre a mesma: - parte-se do princípio que a questão é premente e nacional, e que o país é uma campina rasa dividida ao meio. Foi assim quando se discutiu o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e vai ser assim com a 'agenda' de um partido super minoritário (PAN) em relação às touradas. Criada esta aparente equivalência inverte-se a realidade e passa-se a ideia que a tradição é coisa de mentecaptos em vias de extinção. Só que o país real não é esta caricatura. É felizmente bastante mais complexo. Podem por isso fazer os referendos que entenderem que o sentimento popular não muda com duas cantigas. Nem com prós e contras de encomenda.


Saudações monárquicas


Nota. Em última análise pode e deve-se levantar de novo a questão do regionalismo. Autonomia para o Ribatejo, para os Açores, para Barrancos, para todas aquelas regiões que quiserem manter as suas tradições. E sem IVA.  

sexta-feira, novembro 16, 2018

Problemas tauromáquicos


Juntando os factos e olhando para as provas podemos afirmar com alguma segurança que a esquerda tem um problema tauromáquico. Problema que começou antes de Abril de 1974 com a tourada do Tordo e desembocou no actual partido dos animais. Sobre o Tordo a explicação é filosófica – zombar da filosofia ainda é filosofar! Logo, temos um Tordo aficionado que se desconhece! Já quanto aos anti-taurinos de hoje a questão está ligada aos equívocos geracionais. Tem muito a ver com a falta de educação e com a ignorância. Simplificando, quem passa a vida nos centros comerciais acaba por valorizar mais os ovos que as galinhas. E quem é viciado em Meo-arena não consome outras arenas.

A classe política é o espelho da nação. Há no entanto alguns manhosos como o socialista Carlos César que à última hora veio defender a baixa do IVA para a festa brava! Percebe-se porquê - os votos dos Açores, onde existe uma arreigada tradição taurina, são muito importantes. E para ajudar ao espectáculo o primeiro-ministro Costa mostrou-se surpreendido! O cúmulo da desfaçatez.

Saudações monárquicas


Nota: 
Havia outros temas que mereceriam desenvolvimento mas por questões de espaço e tempo deixo-vos apenas um breve resumo:

Assim, tivemos ontem o discurso de Luís Filipe Vieira na Assembleia da República, uma iniciativa dos deputados da ABP – Associação dos Benfiquistas no Parlamento, destinada a homenagear os campeões europeus do Benfica! Há quem diga que era para fazer as pazes entre o Simões e o Vieira! De qualquer modo, curiosa homenagem e curiosíssima organização esta ABP! Não sei se há, mas espero que não haja nenhuma AJB – Associação dos Juízes do Benfica! Com homenagens no Supremo!

Ontem também o assunto do dia, da hora, do minuto, foi Bruno de Carvalho. Aqui a curiosidade é que todos os participantes e comentadores estavam de rastos lamentando o facto do mesmo não ter sido preso. Não percebi se preventivamente, se definitivamente!

Nos intervalos falou-se do Brexit.

quinta-feira, novembro 15, 2018

Campainhas de alarme


Quando soube da medida de coacção aplicada a Bruno de Carvalho soaram sete campainhas na minha cabeça!

A primeira, confesso, teve um som agradável, fez-se justiça, duas detenções nocturnas e estapafúrdias depois de seis meses de investigação à espera de uma denúncia traiçoeira, é curto e pouco convincente.

A segunda campainha soou forte e escancarou o erro inicial, erro induzido pelos inimigos de Bruno, internos e externos, onde avulta o polvo benfiquista por ele denunciado. Refiro-me ao erro fatal da procuradoria da república que considerou que os distúrbios na academia de Alcochete protagonizados por elementos de uma claque do Sporting configuravam o crime de 'terrorismo'! Por causa deste erro inicial estiveram (e ainda estão) 38 pessoas a apodrecer em prisão preventiva há quase seis meses! Pessoas que em relação aos actos de violência (não confundir com actos de terrorismo) então praticados terão graus de culpa muito diversos e que só a confusão com terrorismo levou a este histerismo criminal. Vão ter que ser libertados rápidamente mas o lapso judicial vai ficar e já manchou este processo.

A terceira campainha ouve-se mal, mas devia ouvir-se bem porque é uma campainha de alarme! Quem a consegue ouvir no entanto percebe que este processo de Alcochete deveria ter outro nome e chamar-se processo das claques! Com efeito é a falta de coragem para enfrentar este fenómeno como um todo, sem os habituais paliativos de que as claques são boas mas há indivíduos maus que se infiltram, o que é ainda uma tentativa desesperada para justificar a 'nossa claque', quando acabarmos com esta conversa então talvez seja possível enfrentar o problema. Porque o problema vai manter-se para lá de Alcochete.

A quarta campainha é o sino da minha aldeia, parafraseando Fernando Pessoa! E ao ouvir as suas badaladas fiquei a pensar se esta decisão que deixa Bruno em liberdade, uma decisão tão contrária ao que o Ministério Público pretendia, se não será ela uma profecia para aquilo que se irá passar no que toca ao processo e.toupeira?! Ou seja, se após a fase instrutória, seguem todos para julgamento menos a SAD benfiquista?! Como se os assaltantes do Citius andassem a 'trabalhar' por conta própria?!

Sete campainhas foi um exagero. Quatro chegam bem.

Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 12, 2018

Ironias do destino

Toda a narrativa tem o seu começo e esta começa no momento da detenção de Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting. A noite tinha tomado conta das horas e o jogo que opunha leões e flavienses começara entretanto. Alvalade não se encheu por dentro mas cá fora o aparato policial encheu as ruas circundantes. Motivo - o chefe de uma das claques estava prestes a ser detido. O país suspenso, as televisões em transe disputavam entre si os troféus da caçada. Voltavam os tempos áureos em que só se falava de Bruno em todos os canais! O jogo prosseguia e Bas Dost, a grande vítima de Alcochete, inaugurava o marcador com pompa e circunstância. Tudo se encaminhava para uma noite de glória. Que de certo modo fizesse esquecer a afronta (pelo menos para alguns adeptos) que se desenhava lá fora. Desses poucos houve alguém que lembrou algumas das conquistas de Bruno de Carvalho em prol da verdade desportiva. O decantado vídeo árbitro, por exemplo. É aqui que a realidade se confunde com a ficção: - e assim, sem mais nem menos, perante as inesperadas dificuldades leoninas em bater o Chaves, o VAR, certamente ao corrente da detenção do seu progenitor resolve compensá-lo compensando o seu clube. E manteve-se em silêncio ignorando dois enormes erros do árbitro de campo! Erros que valeram a vitória do Sporting. Os de Chaves protestaram mas de nada lhes serviu. O valor da gratidão falou mais alto. 

sexta-feira, novembro 09, 2018

A república do 'impeachement'!


Voltando ainda às diatribes do 'nosso' Rui Tavares, vejamos outra passagem do mesmo artigo onde se revela o verdadeiro espírito republicano. A certa altura, e sem saber ainda que os democratas tinham conquistado a maioria na Câmara dos Representantes, escreve o seguinte: - 'Mas mesmo na melhor das hipóteses, uma vitória democrata na Câmara dos Representantes permitiria iniciar um processo de impeachement contra Trump por uma das suas várias vilanias – mas não encerrar esse processo'!

Resumindo, Rui Tavares, como bom democrata que é, não se conforma com a eleição de Trump e quer destituí-lo de qualquer maneira. O obstáculo continuaria a ser o Supremo Tribunal que com a actual composição não estaria (nem estará) pelos ajustes. Mas por aqui se vê também uma grande diferença entre a monarquia e a república. Na monarquia, quando é aclamado, toda a gente deseja longa vida ao rei. Pelo contrário quando o presidente da república é eleito quem não votou nele começa logo a trabalhar na sua destituição. Investigam o seu passado, as suas inclinações, os seus pecados, e se não os tem, inventam-se, até conseguirem correr com ele. E isto tanto vale para direita como para a esquerda.

Saudações monárquicas


Nota: Há um livro e há também um filme em que este assunto, o passado 'irrepreensível' dos presidentes americanos, é tratado com fina ironia. O filme chama-se 'Welcome Mister Chance', e coloca a hipótese de um atrasado mental, que apenas sabia repetir lugares comuns, poder chegar a presidente dos Estados Unidos. A sua grande vantagem face a outros candidatos era ter um passado sem mácula. Melhor dito, não ter passado.

quarta-feira, novembro 07, 2018

As eleições americanas e o Supremo Tribunal


Rui Tavares escreve dia sim dia não no Público e corresponde a tudo aquilo que eu sempre odiei em política. Leninista, fracturante, complexado, são defeitos e razões para nunca comprar o dito jornal nos dias sim. Mas hoje o título do seu editorial chamou-me a atenção e fui ler. Referia-se naturalmente às eleições nos Estados Unidos e tinha uma chamada de atenção interessante: - 'Enfatizo o que mais importa a longo prazo numas eleições nos EUA: não a Câmara dos Representantes, não o Senado, nem sequer a Casa Branca, mas sim o Supremo Tribunal'. Fim de citação. O que escreveu depois sobre o assunto interessa pouco atendendo às ideias e ao personagem que é. No entanto aquela afirmação trouxe recordações que me permito partilhar neste postal.

Há muitos anos numa prova oral na Faculdade de Direito de Lisboa defendi que os Estados Unidos deviam a sua fama democrática não ao regime republicano mas sim ao sistema judicial legado pela Inglaterra. E neste particular ao Supremo Tribunal que funcionaria como uma entidade para-monárquica. Uma instituição que atravessa o tempo, insensível às modas eleitorais, firme na defesa do costume e da tradição. Em suma, da igualdade perante a lei, valor maior de qualquer sociedade civilizada. O examinador era Rui Machete, regente da cadeira de Direito Constitucional, achou graça à ignorância (ou à ousadia) e deu-me uma boa nota. Se fosse hoje, chumbava.

A água passou entretanto debaixo das pontes e Rui Tavares anda desmoralizado. Não se conforma com o carácter independente daquele órgão preferindo que ali houvesse uma maioria com uma agenda 'política' que fosse ao encontro dos seus desígnios progressistas*. Traduzindo por miúdos, substituir a iniciativa privada pelas iniciativas do estado. Que lindo menino!

Resta acrescentar que a superioridade do sistema judicial inglês se deve à Coroa. É em nome da Coroa, ou seja, da história, que os juízes ingleses tomam as suas decisões. Isso faz toda a diferença. Esta parte Rui Tavares, que é historiador, nunca vai perceber. E mesmo que perceba, nunca vai admitir.

Saudações monárquicas


*Atenção, não é preciso ser progressista para se concordar com a abolição da pena de morte. Nada de confusões. 

terça-feira, novembro 06, 2018

Tudo isto existe...


A república é isto, todos a olharem uns para os outros à procura de um 'bibi'! O Bibi de Tancos! O problema é que quando mete armas e tropa a coisa fia mais fino. Já caiu a procuradora que queria investigar, caiu também o ministro que não queria investigar, demitiram-se generais, e ainda não sabemos nada! Um caso bicudo! Entretanto Costa está menos feliz e Marcelo anda menos contente! Mas eu pergunto: - Não haverá por aí um motorista qualquer suspeito de andar a transportar material de guerra de Tancos para a Chamusca e vice versa?! Sem carta de condução e sem autorização superior?! Se calhar há e resolvia-se o assunto. É preciso não esquecer que os motoristas dão muito jeito. Memórias da casa pia, da porta 18, etc.


Saudações monárquicas

segunda-feira, outubro 29, 2018

As lulas de cá!


Quem tenha assistido ao espectáculo parcial e degradante dos nossos media, a propósito das eleições no Brasil, terá percebido, se não for muito estúpido, que somos governados por uma espécie de PT onde só faltam os recordes de criminalidade nas ruas. Lá chegaremos por este andar. Porque quer na corrupção, no compadrio, na obesidade do estado ou na impunidade da nomenclatura, as parecenças são muitas. Há uma diferença importante: - enquanto os brasileiros querem acabar com essa vergonha, nós não queremos. E por isso bolsamos palavras politicamente correctas sem percebermos como o mundo mudou ou está a mudar. Orgulhosamente sós mas sem império que o justifique. Idiotas apenas.

Saudações monárquicas


Nota: Algumas locutoras da nossa praça estremeceram incrédulas quando Bolsonaro invocou Deus e alguns versículos bíblicos! A intoxicação ideológica costuma ter este tipo de reacções. Se fosse nos Estados Unidos onde o voto das Igrejas protestantes é decisivo para eleger o presidente americano, aí já não lhes fazia confusão. Desde que não fosse Trump a rezar, bem entendido. Como não lhes faz confusão que Israel seja uma teocracia ou que o chefe da Igreja anglicana seja o rei de Inglaterra. A ignorância que gera o fanatismo tem destas coisas. Ou será ao contrário?!

quinta-feira, outubro 25, 2018

Cristas e o 'irritante'


Para quem não esteja familiarizado com o novo vocabulário político a palavra 'irritante' é agora utilizada para significar alguma coisa que atrapalha a popularidade do regime e ninguém do regime tem coragem para enfrentar e resolver. Acontece muito nos diferendos com as ex-colónias onde normalmente fazemos figuras tristes e vai acontecendo um pouco por todo o lado quando queremos ficar bem na fotografia. E tinha que acontecer com a líder do CDS Assunção Cristas.

Excessivamente preocupada com a imagem Assunção deu uma entrevista ao Público onde entre as ninharias do costume resolve dar mais um tiro no pé ao referir-se ás eleições no Brasil. Diz ela que se tivesse que votar optaria pela abstenção o que não deixa de ser estranho para alguém que se assume como profissional da política. Mais estranho ainda porque Cristas aparece sempre com um discurso contra as esquerdas unidas em Portugal, vulgo geringonça, mas não compreende que no outro lado do Atlântico os brasileiros queiram acabar com essa trágica governança!

Ou compreende mas tem medo do 'irritante'. Tem medo que a confundam com a 'direita populista', um rótulo inventado pela esquerda para condicionar quem tem medo. Tem medo que alguém a alcunhe de fascista. O problema é que quem tem medo não pode andar na política. Muito menos ter aspirações de representar a direita. Daí o CDS não ter nenhuma visão para Portugal substancialmente diferente daquela que a esquerda tem. Daí o CDS não ter hipóteses de crescer. Daí Cristas não ter crista.



segunda-feira, outubro 15, 2018

Regimento de Infantaria 11 - almoço anual - agradecimento!



Saudades do 'Onze'
À beira do Sado
Palavras de bronze
Alma de soldado

Está tudo caiado
Tem quartos de hotel
Rancho melhorado
Mas foi-se o quartel

A porta sem armas
Perdeu-se o paiol
E os teus 'amarelos'
Já não brilham ao sol!

Ficou do que havia
A marcar o ponto
Toda a nostalgia
Deste breve encontro!


João Menezes, em 13 de Outubro 2018


Agradecimento ao camarada de armas Álvaro de Oliveira grande impulsionador destes encontros.




sexta-feira, outubro 12, 2018

A nova procuradora e a velha dúvida...


Há uma lei de ferro sobre a teoria das conspirações, elas são directamente proporcionais ao grau de suspeição existente em determinada sociedade em determinada altura. Suspeição que envolve evidentemente o regime e os seus diferentes poderes. Em Inglaterra, por exemplo, as teorias da conspiração não medram porque os ingleses de uma maneira geral confiam quer no sistema político quer no sistema judicial em vigor. Lá não existe preocupação quando um procurador ou juiz é substituído por outro e descendo ao terreno do futebol, os árbitros para os ingleses não são motivo de conversa permanente ou desconfiança sistemática. Exactamente o contrário do que se passa em Portugal onde desconfiamos de tudo e de todos. Esta diferença comportamental não se explica por si própria tem de haver uma causa, para além das naturais diferenças culturais entre os dois povos. Citei a Inglaterra mas podia ter dado o exemplo da Dinamarca ou do Japão. Pois bem a conclusão que quero retirar já a conhecem os leitores e por isso fico-me por aqui.

Mais tarde, noutro postal, talvez possa desenvolver a minha teoria da conspiração sobre as vantagens da nova procuradora quer para António Costa quer para Marcelo. E já agora as desvantagens para Sócrates apesar do brinde à substituição. Deixo aqui os tópicos do guião: - a senhora Gago, obrigada pela opinião pública a seguir os passos de Joana Marques Vidal, não vai ter outro remédio senão remover Sócrates da cena política. No fundo o grande objectivo de Costa, do partido socialista, e do regime republicano representado por Marcelo. E desta vez ninguém pode reclamar falta de isenção. A mesma teoria estende-se à caricata substituição do juiz Carlos Alexandre por Ivo Rosa. Este também tem pouca margem de manobra face àquilo que já é do conhecimento público. E não vai haver a vingança de Sócrates. Que podia dar outra teoria e outro filme. Algum suspense também faz parte.


Saudações monárquicas

terça-feira, outubro 09, 2018

Ela sim!

Contra os corruptos d'aquém e d'além mar, contra as quadrilhas instaladas no poder, descrente dos homens providenciais, apresentem-se eles pela direita ou pela esquerda, só a monarquia poderá trazer paz e prosperidade ao Brasil! O resto são cantigas de quem vê o 'tacho' a fugir.

Quer isto dizer que não percebo o voto dos brasileiros?! Claro que percebo. Desiludidos com as promessas da esquerda, com o fantasma venezuelano no horizonte, os brasileiros não têm outra opção que não seja escolher alguém que, para já, não faz parte do jogo viciado. E esse alguém é Jair Bolsonaro.

Naturalmente que é fácil perspectivar que no futuro o mais provável é que o regime acabe por contaminar também o Partido Social Liberal. Essa é a lógica do regime republicano. Desde sempre e em toda a parte. Mas as Cassandras disso não falam. E não falam porque se falassem teriam que admitir que há outra solução para além da república. Uma solução que ao mesmo tempo que preserva a vontade da maioria, impede que as minorias organizadas (lobbies, gangs, quadrilhas, etc) assaltem o poder. Essa solução chama-se monarquia. Um seguro de vida para a democracia. Pena que não faça parte da ementa quer no Brasil quer em Portugal.*


Saudações monárquicas

*Verdade seja dita que os brasileiros tiveram a oportunidade de mudar de regime no referendo realizado em 1993. Preferiram manter a república e por isso podemos dizer que têm aquilo que escolheram... ou aquilo que merecem. Mas os portugueses nem essa oportunidade tiveram.

sexta-feira, outubro 05, 2018

A reputação da república!




No dia em que se celebra mais um aniversário do regime as notícias são as seguintes:

Ronaldo contrata 'advogado das celebridades', especialista em casos de abuso sexual, para defender a sua reputação! A linha da defesa não deve fugir ao esquema habitual - como se trata do melhor jogador do mundo, herói nacional e grande goleador, só pode estar inocente.

Benfica, acusado de corrupção, contrata os melhores advogados portugueses para defender a sua reputação! Aqui vale o célebre ditado - os homens passam e as instituições ficam! Nesse sentido as pessoas colectivas são inimputáveis e transformam-se em locais privilegiados para a prática de toda a espécie de ilícitos. Bem visto!  

Entretanto continuamos a aguardar pelos desenvolvimentos do processo Marquês onde vão acusados de corrupção, entre outros crimes, um ex-primeiro ministro e uma série de individualidades muitas delas medalhadas por altos serviços prestados à república!

E finalmente temos o 'caso de Tancos' que abala a reputação de qualquer um!


Saudações monárquicas


Nota: Face aos acontecimentos acima relatados creio que a bandeira da Carbonária, organização terrorista que levou o partido republicano ao poder, se enquadra melhor, quer na data quer no estilo. Vejam isto como uma homenagem. E é tão parecida com a actual...

terça-feira, outubro 02, 2018

A dialéctica


É possível que estejamos no limiar de uma nova era, uma era que irá desmentir todas as palavras de ordem que nos azucrinam os ouvidos! Não descobri isto hoje, estou a guiar-me pela dialéctica. Assim e usando este conhecido método de análise histórica o mundo será exactamente o contrário do que alguns (e algumas) proclamam. Por mais barulho que façam.

Será também mais misógino do que é. Misógino no sentido do isolamento, da solidão, e esse é um dado dos tempos modernos. E para quem sonhe ter uma carreira política, o mais avisado, sabendo o que sabemos hoje, é evitar quaisquer contactos com o sexo oposto, pois chegará o dia em que será denunciado por algum abuso.

E por falar em sexo, temo que a sua prática, erigida em dogma libertário, ginástica rítmica ou acontecimento primaveril, venha no futuro a ser oficialmente vigiado, a pagar imposto ou alguma coima. Por mau uso. O abuso é na secção acima.

Um exemplo. Quando lemos a palavra de ordem – 'ele não' – o mais certo é  Bolsonaro ser eleito presidente do Brasil. E se não for agora, será apenas um adiamento do inevitável. As acusações que pendem sobre o candidato são as habituais: misógino, machista, fascista, etc.   


Saudações monárquicas

(Com a devida vénia, fotografia retirada do artigo de Helena Matos no Observador - A liga das mulheres extraordinárias)

quinta-feira, setembro 27, 2018

A família


A gente esforça a imaginação, aguça a memória, reinventa-se, mas no fim do dia a realidade impõe-se. A república é uma cópia em ponto pequeno dos antigos regimes do leste europeu, onde pontificava o centralismo democrático. Há eleições, há partidos, mas não há verdadeira oposição. A alternância cozinha-se dentro de casa, dentro da loja, ou nos camarotes da bola! É assim que temos um governo familiar, uma assembleia familiar e uma justiça que defende sobretudo a família, em sentido peculiar.
Mas não éramos inteiramente felizes! Uma procuradora determinada e à revelia dos 'superiores interesses da nação' insistia em investigar a família! Em causa, imagine-se, um ex-amigo do actual primeiro ministro e um ainda amigo do actual presidente da república. Já para não falar do clube dos seis milhões. É demais, não pode ser. Não houve outro remédio senão substituí-la.


Saudações monárquicas

sábado, setembro 22, 2018

Sem oposição... o circulo fechou-se!

A república de Abril (1974) ou terceira república, para ser mais exacto, entrou na fase pura e dura da união nacional. Não há oposição, a constituição está muito bem como está e a justiça está controlada.

Sobre não haver oposição ninguém tem dúvidas sobre isso. Para além das greves dos funcionários públicos, que querem naturalmente ser aumentados, ou de uma ou outra paralisação dos táxis, que querem naturalmente ser nacionalizados, (quem é que não quer?!), pode dizer-se que reina a paz celestial. A não ser, o que eu duvido, que o novo partido de direita seja mesmo um partido e seja mesmo de direita.

Sobre a bondade e eternidade da constituição também ninguém tem dúvidas! Pois se foi à sombra dela que a actual oligarquia conquistou o poder e dele tira proveito, para quê mudar de sombrinha?!

Finalmente sobre a justiça pouco há a acrescentar. Foi sempre controlada pelas forças ocultas do regime salvo durante um pequeno período que agora termina. A bem da nação.


Saudações monárquicas

quinta-feira, setembro 20, 2018

Política à portuguesa


Entretidos nas redes sociais muitos portugueses ficaram surpreendidos com a notícia da aparição de um novo partido! E logo um partido popular de direita! Pelo menos não é de esquerda. E o imaginário nacional esperou, à semelhança do que acontece na Europa, por um líder jovem, anti-sistema, capaz de dar um murro na mesa. Em vez disso surgiu um rosto conhecido, moldado pela terceira república e que dificilmente poderá romper com ela.

É sabido que em política todo o espaço tende a ser ocupado, não havendo espaços livres por muito tempo. E é também certo que o espectro partidário português precisa de um partido popular de direita como de pão para a boca. Resta saber se este novo partido, com este líder, vai ser esse partido ou não! Ou se vai ser simplesmente mais um partido a fingir...

Saudações monárquicas

sexta-feira, setembro 07, 2018

Um dia...

Um dia, quem sabe, ainda vamos ser um país civilizado.


Saudações monárquicas 

quarta-feira, setembro 05, 2018

Até que enfim!


Tocaram as sirenes do regime! A escolha entre levar o Benfica à justiça ou manter a república das bananas foi para já decidida a favor do estado de direito. Ainda bem sendo que neste resultado os méritos devem ser distribuídos pelos vouchers denunciados por Bruno de Carvalho*, pelos e-mails denunciados por Francisco J. Marques no Porto Canal e por Joana Marques Vidal actual procuradora-geral da república!

No outro lado da barricada e a favor da república das bananas temos toda aquela gente que frequenta regularmente o camarote da Luz, incluindo membros do governo, deputados, etc. para além da comunicação social afecta ao nacional benfiquismo. Vale aqui o ditado popular – 'diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és'!

Eu sei que existe apenas uma acusação, muito bem detalhada aliás, e também sei que somos todos inocentes até ao trânsito em julgado de qualquer sentença, mas os indícios são fortíssimos e não somos todos parvos.

Falta agora que os organismos que comandam o futebol profissional tirem as devidas ilacções do que está a acontecer. Assim como os clubes que foram directamente prejudicados pela previsível batota de um dos competidores defendam (finalmente) os seus interesses. E termino com outro ditado popular – 'quem não se sente não é filho de boa gente'!


Saudações desportivas

* Eu sei que é 'chato' mas foi ele o primeiro a denunciar as estranhas práticas do Benfica.


sábado, setembro 01, 2018

O crepúsculo dos deuses



O fio do destino, a ópera de Wagner, e a vaidade humana... atingiram os nossos pequenos deuses caseiros! Mourinho reclama pergaminhos, Cristiano Ronaldo reclama todos os prémios que existem ou possam existir. Duas doenças a juntar à doença da nação, que terá que inventar rápidamente um novo ídolo para sossegar o cérebro. Senão quem paga é a farmácia. Anti-depressivos porque os mergulhos fluviais de Marcelo são capazes de não chegar. E ainda temos as traquinices do Benfica que manifestamente terá pisado o risco. Ultrapassar tudo isto vai ser difícil. Nem a geringonça estava preparada para uma coisa destas. Mas aguardemos pelo fim das férias porque o Costa deve ter alguma na manga. Baixar os impostos não vai ser possível pois há cada vez mais bocas à mesa do orçamento. Tem que ser algo que entretenha o povo, algo que o distraia. Enfiar o Zeca Afonso, à força, no Panteão é uma ideia! E aproveitava-se a confusão para substituir a procuradora que tem a mania de investigar sem olhar a quem! Boa ideia! Ideias não faltam...


Saudações monárquicas

terça-feira, agosto 28, 2018

O camarote do arguido


Pergunta leonina: - Que faz Sousa Cintra no camarote do arguido?

sexta-feira, agosto 24, 2018

'O prazo de Nero'



Não se inquietou Nero quando ouviu
o vaticínio do Oráculo de Delfos.
Os setenta e três anos temerás”.
Tempo teria ainda para desfrutar.
Trinta e três anos tem. E alargado
é o prazo que o deus agora lhe concede
para pensar nos riscos do futuro.

Agora, algo cansado, voltará a Roma,
mas deleitosamente cansado desta
viagem
em que todos os dias foram de prazer -
em jardins, em teatros, em ginásios...
Noites nessas cidades da Acaia...
e o prazer, sobretudo, ah, dos corpos nus...

Isto, Nero. Na Hispânia, entretanto,
Galba
em segredo, recruta e treina as suas tropas:
Galba, um ancião de setenta e três anos.

Konstantinos Kafávis (1863-1933) poeta grego.