quarta-feira, dezembro 26, 2018
Natal
Natal passado estrela cadente rasgando os céus omnipresente renasce em nós em cada dia pelo pão nosso pela verdade na tentação pela maldade pelo perdão e seja feita a Vossa vontade.
domingo, dezembro 16, 2018
Causas perdidas
'Senhor,
já que a dor é nossa e a fraqueza que ela tem
Dá-nos
ao menos a força de a não mostrar a ninguém.'
Fernando
Pessoa
O
interregno, e particularmente este, já se viu que é uma causa
perdida. O tema tem vindo a perder interesse e o autor não consegue
dar-lhe o brilho que merece. Se me perguntarem se ainda acredito num
Portugal monárquico eu respondo que sim, com a convicção da
primeira hora. A convicção de quem gosta de ser independente. Sinto
no entanto que será preciso acontecer muita coisa para que os
portugueses se apercebam do logro em que caíram. E isso talvez ainda
demore. Um nó górdio que terão de desatar sozinhos. É tarefa para
outras gerações, gente mais nova, gente preparada para responder ao
estado de decomposição a que chegámos. A que chegou o mundo em que
vivemos.
Saudações
monárquicas
segunda-feira, dezembro 10, 2018
A PROPÓSITO DO 1º DE DEZEMBRO: OLIVENÇA!
“Na
questão de Olivença a Espanha não tem defesa”
D.
Federico Trillo-Figueroa
S.
Maria de Aguiar (Castelo Rodrigo), 12/09/1997.1
1
Figueroa era, na altura, Ministro dos Assuntos Exteriores de Espanha
e fez estas declarações perante muita gente, em que se encontravam
o Dr. Almeida Santos e o Dr. António Vitorino, que desempenharam
altos cargos na estrutura do Estado. E também um distinto elemento
do GAO que tem difundido esta importante declaração e que tem
passado despercebida na opinião pública e publicada.
2
O texto do Artigo 5º,3 da actual CR diz: “O Estado não aliena
qualquer parte do território português ou dos direitos de soberania
que sobre ele exerce, sem prejuízo da rectificação de fronteiras”.
O que tem sido ligado objectivamente a Olivença. Não “Olivenza”
.
3
Lamentavelmente, numa conduta que tem sido constante, a generalidade
dos meios de comunicação social ignoraram o evento e uma televisão
que entrevistou o Ministro da Defesa, presente no mesmo, não foi
para o inquirir sobre a cerimónia…
Em
todas as Constituições Portuguesas, desde 1822, apenas existe um
artigo que se mantém comum até hoje, apesar de a sua redacção não
ser idêntica, embora tenha sempre o mesmo significado.
É
aquele que refere - e transcrevemos a redacção do Artigo 27 da
Constituição de 1822 - que “A Nação não renuncia o direito que
tenha a qualquer porção de território não compreendida no
presente artigo”.2
Se
mais não houvera, bastava este artigo para, legal e moralmente, a
Nação dos Portugueses através das suas organizações e
instituições civis e por maioria de razão, dos órgãos do Estado
que a devem representar, não poderem renunciar e deixar de
reivindicar o retorno à sua Pátria da mui portuguesa Vila de
Olivença e seu termo, ilegalmente ocupada pela Espanha, desde 1807,
seguramente, desde 1815 (Tratado de Viena).
Por
isso foi um prazer ver, nas últimas comemorações do 378º
aniversário da data luminosa do 1º de Dezembro de 1640, a banda
filarmónica de Olivença, desfilar Avenida da Liberdade abaixo, bem
como ouvir o Presidente da Sociedade Histórica para a Independência
de Portugal – entidade promotora destas comemorações desde o seu
início (como da iniciativa de erguer o monumento aos Restauradores,
que dá o nome à Praça onde foi erigido), saudar Olivença
Portuguesa.
Na
tribuna de honra também estiveram elementos da direcção do (GAO) Grupo
dos Amigos de Olivença, perseverante instituição da sociedade
civil, fundada em 1932 e que sempre se associou a estas comemorações,
depositando uma coroa de flores na base do monumento que evoca todos
os heróis da longa luta que restaurou a completa soberania
portuguesa, terminando com a Coroa Dual e inaugurando uma nova
Dinastia de raiz exclusivamente nacional.3
Recorda-se
que os habitantes de Olivença estiveram sempre na linha da frente
dessa luta e pagaram um preço elevado pela mesma.
Mas
sem sacrifícios, jamais Portugal preservará.
Mais
extraordinário foi ainda a presença de vários elementos da
Associação Além-Guadiana (além do próprio Presidente do
Ayuntamiento), fundada em Olivença, em 2008, e que desde então tem
desenvolvido um notável trabalho de preservação da cultura e
identidade lusíada em Olivença e seu termo (cerca de 450 km2),
tendo inclusive (2) conseguido um acordo para
que os habitantes de Olivença que o requeressem obtivessem a
nacionalidade portuguesa. E já cerca de 800 o fizeram.
Os
convites terão sido feitos pela Câmara de Lisboa, através do Dr.
Ribeiro e Castro, grande dinamizador do restabelecimento do feriado do
1º de Dezembro (em má hora extinto por um anterior governo) e que
tem sido um elemento de ligação (se assim se pode dizer) com aquela
Associação.
De
salientar ainda que já por dois anos consecutivos, o “Além-Guadiana”
promove a comemoração do feriado do 10 de Junho, naquela vila
transtagana.
Os
principais órgãos do Estado Português, porém, têm ignorado a
questão de Olivença e mostram até, algum embaraço, quando não,
enfado, quando são confrontados com as suas responsabilidades neste
âmbito.
O
Estado assume (na prática) que Olivença é um “território
português sob administração espanhola”, mas para além de não
reconhecer “de jure” a soberania espanhola, em simples declaração
de princípios; de manter os marcos de fronteira interrompidos na
porção de fronteira comum existente (e apenas as cartas militares
reflectem tal “status quo”), nada mais faz para repor a
legalidade da situação, ao contrário da posição da Espanha, por
exemplo, sobre Gibraltar, as cidades e enclaves que mantêm em
Marrocos e até algumas acções menos próprias que vai tendo
relativamente às nossas Ilhas Selvagens.
Apesar
do actual regime político português ter assumido (no nosso
entendimento mal), os territórios de Macau e Timor (este último
depois de invadido pela Indonésia), como territórios não
portugueses, mas sob administração portuguesa, teve para com estes
atitudes díspares relativamente ao que tem sobre Olivença.
Para
já não falar no triste reconhecimento “de jure”, da inclusão
do Estado Português da Índia, nos idos de 1974/5, depois da
escabrosa invasão militar de Goa, Damão e Diu, pela União
Indiana.4
4
Situação, aliás, muito mais gravosa do que aquela ocorrida com a
Indonésia relativamente a Timor.
5
Este escrito veicula apenas a opinião do autor.
Esperemos
que este último opróbrio não seja lançado também um dia, sobre
Olivença…
Sendo
o artigo invocado tido origem na Constituição de 1822, o conteúdo
do mesmo tinha sido sempre seguido e assumido (mesmo sem estar
escrito) desde Afonso Henriques; impõe-se que a tradição, a lei e
o direito continuem a ser preservados.
Se
quisermos, é apenas uma questão de Dignidade. De Dignidade
Nacional.5
João
José Brandão Ferreira
Membro
da Instituição Patriótica
Amigos
de Olivença
quarta-feira, dezembro 05, 2018
A república em alerta amarelo!
A
doença republicana é conhecida, Aristóteles falou dela há mais de
dois mil anos e mais recentemente Otão de Habsburgo pôs o dedo na
ferida. Mas o ser humano é incorrigível e continua a idolatrá-la
tomando como exemplo maior a república jacobina que saiu da
revolução francesa. Os seus mais dilectos seguidores ainda se
emocionam quando ouvem a Marselhesa e trazem na ponta da língua a
célebre trilogia - liberdade, igualdade e fraternidade. Muito
embora, verdade seja dita, estejam a sonhar com o Napoleão e suas
façanhas. Macron, o último cromo napoleónico, pensava que podia
reviver Versalhes com o dinheiro dos contribuintes franceses e ao
mesmo tempo armar um grande exército europeu com o dinheiro dos
contribuintes alemães.
Saíram-lhe
mal as contas e a prometida carga fiscal teve que ser substituída à
pressa por uma série de cargas policiais que até hoje não
conseguiram suster a fúria dos 'coletes amarelos'! E quem são estes 'coletes amarelos'?! São aquela minoria que nos regimes republicanos
sustenta o estado e os seus inúmeros funcionários para além dos
incontáveis dependentes que vivem à conta do orçamento. Um
sacrifício inútil, insustentável, num regime que não faz reformas, e que por isso não tem futuro. A fazer lembrar outras repúblicas como a portuguesa. Para já
são coletes amarelos. Amanhã poderão ser de outra cor.
Saudações
monárquicas
domingo, dezembro 02, 2018
Esqueci-me do primeiro de Dezembro!
É
verdade, nunca tinha acontecido, mas esqueci-me. A data da
independência é um marco que todos os povos fazem questão de
celebrar e essa celebração quando é genuína dispensa gestos
oficiais ou paradas militares. Infelizmente o povo português preza
pouco a sua independência seguindo aliás os exemplos que vêm de
cima. Não é por acaso que temos um ex-primeiro ministro que acha
natural viver de amigos e também não é por acaso que a juventude
ambiciona viver à conta do orçamento geral do estado. De resto a
pedinchice nacional a que assistimos diáriamente não é mais que um
sintoma dessa mesma dependência. O estado, para os portugueses, é
como se fosse um pai com a obrigação de lhes resolver todos os
problemas e é esta ideia que transmitem aos filhos. E assim, de
dependência em dependência, não admira que tenhamos consentido que
no nosso dia da independência seja celebrado o dia mundial das
dependências!
sexta-feira, novembro 30, 2018
Isto já mete nojo aos cães!
Um
país onde a grande notícia que invade as televisões e os jornais é
uma conferência de imprensa onde aparece o presidente do Benfica a
dizer que mantém o treinador, não pode ser um país a sério! Ainda
por cima com a aparência de ser um desfecho que a central de
informações da república andou a cozinhar durante a semana! Repito, o
país onde isto acontece, e pelos vistos com vasta audiência, nem
com mil anos de democracia consegue civilizar-se!
É
afinal o mesmo país da ditadura e que a revolução dos cravos não
quis destruir. Antes pelo contrário, aprofundou-lhe os vícios e
deu-lhes contornos sicilianos. A união soviética, guia mental da
intelectualidade lusa, com o advento da perestroika, conseguiu acabar com os
'clubes do estado' – clubes que mantinham prerrogativas especiais
sobre os outros competidores. Em Portugal a vergonha mantém-se.
Não
admira pois que a outra notícia de relevo seja a nova casa do
ex-primeiro ministro José Sócrates! Cujo proprietário é
obviamente o primo. 'O filho meu tio' na inesquecível expressão do
contemplado.
Saudações
monárquicas
segunda-feira, novembro 26, 2018
Justiça - um teste à terceira república!
Em termos de justiça a terceira república fica marcada pelo processo da Casa Pia. Como bem se recordam e contra todas as expectativas (ou indícios) ninguém da classe política foi a julgamento. Como se a pedofilia não os atingisse. Decorrem entretanto vários processos bastante mediáticos e dois deles, pelo menos, entraram na fase de instrução. Fase em que ficamos a saber quem vai ou não ser pronunciado. Num desses processos está acusado um ex-primeiro-ministro, no outro o Benfica. Em ambos, entre outros crimes, destaca-se a corrupção. Existe portanto a curiosidade em saber se desta vez a rede da justiça consegue levar a julgamento peixe graúdo! Ou se vai ser como o costume, sardinha e carapau de gato! Este cenário, a verificar-se, indicia pelo menos um crime - o tráfico de influências. Sob a forma continuada e sem pudor.
Saudações monárquicas
Saudações monárquicas
segunda-feira, novembro 19, 2018
Prós e Contras - um programa encomendado!
Houve um tempo, nos primórdios do programa, em que me deixei enganar, e assisti, pensando que na televisão pública talvez fosse possível realizar um debate sério sobre alguma coisa, um debate que contribuísse para o esclarecimento geral. Puro engano, pois rápidamente se percebeu, pela agenda, que o programa tinha apenas o intuito de alisar o caminho aos vários governos socialistas (que é o que temos tido) naquelas matérias em que pudesse existir alguma resistência popular. As famosas causas fracturantes foram e continuam a ser o ponto alto do programa e a táctica é sempre a mesma: - parte-se do princípio que a questão é premente e nacional, e que o país é uma campina rasa dividida ao meio. Foi assim quando se discutiu o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e vai ser assim com a 'agenda' de um partido super minoritário (PAN) em relação às touradas. Criada esta aparente equivalência inverte-se a realidade e passa-se a ideia que a tradição é coisa de mentecaptos em vias de extinção. Só que o país real não é esta caricatura. É felizmente bastante mais complexo. Podem por isso fazer os referendos que entenderem que o sentimento popular não muda com duas cantigas. Nem com prós e contras de encomenda.
Saudações monárquicas
Nota. Em última análise pode e deve-se levantar de novo a questão do regionalismo. Autonomia para o Ribatejo, para os Açores, para Barrancos, para todas aquelas regiões que quiserem manter as suas tradições. E sem IVA.
Nota. Em última análise pode e deve-se levantar de novo a questão do regionalismo. Autonomia para o Ribatejo, para os Açores, para Barrancos, para todas aquelas regiões que quiserem manter as suas tradições. E sem IVA.
sexta-feira, novembro 16, 2018
Problemas tauromáquicos
Juntando
os factos e olhando para as provas podemos afirmar com alguma
segurança que a esquerda tem um problema tauromáquico. Problema que
começou antes de Abril de 1974 com a tourada do Tordo e desembocou
no actual partido dos animais. Sobre o Tordo a explicação é
filosófica – zombar da filosofia ainda é filosofar! Logo, temos
um Tordo aficionado que se desconhece! Já quanto aos anti-taurinos
de hoje a questão está ligada aos equívocos geracionais. Tem muito
a ver com a falta de educação e com a ignorância. Simplificando,
quem passa a vida nos centros comerciais acaba por valorizar mais os
ovos que as galinhas. E quem é viciado em Meo-arena não consome
outras arenas.
A
classe política é o espelho da nação. Há no entanto alguns
manhosos como o socialista Carlos César que à última hora veio
defender a baixa do IVA para a festa brava! Percebe-se porquê - os
votos dos Açores, onde existe uma arreigada tradição taurina, são
muito importantes. E para ajudar ao espectáculo o primeiro-ministro
Costa mostrou-se surpreendido! O cúmulo da desfaçatez.
Saudações
monárquicas
Nota:
Havia outros temas que mereceriam desenvolvimento mas por questões
de espaço e tempo deixo-vos apenas um breve resumo:
Assim,
tivemos ontem o discurso de Luís Filipe Vieira na Assembleia da
República, uma iniciativa dos deputados da ABP – Associação dos
Benfiquistas no Parlamento, destinada a homenagear os campeões
europeus do Benfica! Há quem diga que era para fazer as pazes entre
o Simões e o Vieira! De qualquer modo, curiosa homenagem e
curiosíssima organização esta ABP! Não sei se há, mas espero que
não haja nenhuma AJB – Associação dos Juízes do Benfica! Com homenagens no Supremo!
Ontem
também o assunto do dia, da hora, do minuto, foi Bruno de Carvalho.
Aqui a curiosidade é que todos os participantes e comentadores
estavam de rastos lamentando o facto do mesmo não ter sido preso.
Não percebi se preventivamente, se definitivamente!
Nos
intervalos falou-se do Brexit.
quinta-feira, novembro 15, 2018
Campainhas de alarme
Quando
soube da medida de coacção aplicada a Bruno de Carvalho soaram sete
campainhas na minha cabeça!
A
primeira, confesso, teve um som agradável, fez-se justiça, duas
detenções nocturnas e estapafúrdias depois de seis meses de
investigação à espera de uma denúncia traiçoeira, é curto e
pouco convincente.
A
segunda campainha soou forte e escancarou o erro inicial, erro
induzido pelos inimigos de Bruno, internos e externos, onde avulta o
polvo benfiquista por ele denunciado. Refiro-me ao erro fatal da
procuradoria da república que considerou que os distúrbios na
academia de Alcochete protagonizados por elementos de uma claque do
Sporting configuravam o crime de 'terrorismo'! Por causa deste erro
inicial estiveram (e ainda estão) 38 pessoas a apodrecer em prisão
preventiva há quase seis meses! Pessoas que em relação aos actos
de violência (não confundir com actos de terrorismo) então
praticados terão graus de culpa muito diversos e que só a confusão
com terrorismo levou a este histerismo criminal. Vão ter que ser
libertados rápidamente mas o lapso judicial vai ficar e já manchou
este processo.
A
terceira campainha ouve-se mal, mas devia ouvir-se bem porque é uma
campainha de alarme! Quem a consegue ouvir no entanto percebe que
este processo de Alcochete deveria ter outro nome e chamar-se
processo das claques! Com efeito é a falta de coragem para enfrentar
este fenómeno como um todo, sem os habituais paliativos de que as
claques são boas mas há indivíduos maus que se infiltram, o que é
ainda uma tentativa desesperada para justificar a 'nossa claque',
quando acabarmos com esta conversa então talvez seja possível
enfrentar o problema. Porque o problema vai manter-se para lá de
Alcochete.
A
quarta campainha é o sino da minha aldeia, parafraseando Fernando
Pessoa! E ao ouvir as suas badaladas fiquei a pensar se esta decisão
que deixa Bruno em liberdade, uma decisão tão
contrária ao que o Ministério Público pretendia, se não será ela uma
profecia para aquilo que se irá passar no que toca ao processo
e.toupeira?! Ou seja, se após a fase instrutória, seguem todos para
julgamento menos a SAD benfiquista?! Como se os assaltantes do Citius
andassem a 'trabalhar' por conta própria?!
Sete campainhas foi um exagero. Quatro chegam bem.
Saudações
monárquicas
segunda-feira, novembro 12, 2018
Ironias do destino
Toda a narrativa tem o seu começo e esta começa no momento da detenção de Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting. A noite tinha tomado conta das horas e o jogo que opunha leões e flavienses começara entretanto. Alvalade não se encheu por dentro mas cá fora o aparato policial encheu as ruas circundantes. Motivo - o chefe de uma das claques estava prestes a ser detido. O país suspenso, as televisões em transe disputavam entre si os troféus da caçada. Voltavam os tempos áureos em que só se falava de Bruno em todos os canais! O jogo prosseguia e Bas Dost, a grande vítima de Alcochete, inaugurava o marcador com pompa e circunstância. Tudo se encaminhava para uma noite de glória. Que de certo modo fizesse esquecer a afronta (pelo menos para alguns adeptos) que se desenhava lá fora. Desses poucos houve alguém que lembrou algumas das conquistas de Bruno de Carvalho em prol da verdade desportiva. O decantado vídeo árbitro, por exemplo. É aqui que a realidade se confunde com a ficção: - e assim, sem mais nem menos, perante as inesperadas dificuldades leoninas em bater o Chaves, o VAR, certamente ao corrente da detenção do seu progenitor resolve compensá-lo compensando o seu clube. E manteve-se em silêncio ignorando dois enormes erros do árbitro de campo! Erros que valeram a vitória do Sporting. Os de Chaves protestaram mas de nada lhes serviu. O valor da gratidão falou mais alto.
sexta-feira, novembro 09, 2018
A república do 'impeachement'!
Voltando
ainda às diatribes do 'nosso' Rui Tavares, vejamos outra passagem do
mesmo artigo onde se revela o verdadeiro espírito republicano. A
certa altura, e sem saber ainda que os democratas tinham conquistado
a maioria na Câmara dos Representantes, escreve o seguinte: - 'Mas
mesmo na melhor das hipóteses, uma vitória democrata na Câmara dos
Representantes permitiria iniciar um processo de impeachement contra
Trump por uma das suas várias vilanias – mas não encerrar esse
processo'!
Resumindo,
Rui Tavares, como bom democrata que é, não se conforma com a
eleição de Trump e quer destituí-lo de qualquer maneira. O
obstáculo continuaria a ser o Supremo Tribunal que com a actual
composição não estaria (nem estará) pelos ajustes. Mas por aqui
se vê também uma grande diferença entre a monarquia e a república.
Na monarquia, quando é aclamado, toda a gente deseja longa vida ao
rei. Pelo contrário quando o presidente da república é eleito quem
não votou nele começa logo a trabalhar na sua destituição.
Investigam o seu passado, as suas inclinações, os seus pecados, e
se não os tem, inventam-se, até conseguirem correr com ele. E isto
tanto vale para direita como para a esquerda.
Saudações
monárquicas
Nota:
Há um livro e há também um filme em que este assunto, o passado
'irrepreensível' dos presidentes americanos, é tratado com fina
ironia. O filme chama-se 'Welcome Mister Chance', e coloca a hipótese de um atrasado mental, que apenas sabia repetir lugares comuns,
poder chegar a presidente dos Estados Unidos. A sua grande vantagem
face a outros candidatos era ter um passado sem mácula. Melhor dito,
não ter passado.
quarta-feira, novembro 07, 2018
As eleições americanas e o Supremo Tribunal
Rui
Tavares escreve dia sim dia não no Público e corresponde a tudo
aquilo que eu sempre odiei em política. Leninista, fracturante,
complexado, são defeitos e razões para nunca comprar o dito jornal
nos dias sim. Mas hoje o título do seu editorial chamou-me a atenção
e fui ler. Referia-se naturalmente às eleições nos Estados Unidos
e tinha uma chamada de atenção interessante: - 'Enfatizo o que mais
importa a longo prazo numas eleições nos EUA: não a Câmara dos
Representantes, não o Senado, nem sequer a Casa Branca, mas sim o
Supremo Tribunal'. Fim de citação. O que escreveu depois sobre o
assunto interessa pouco atendendo às ideias e ao personagem que é.
No entanto aquela afirmação trouxe recordações que me permito
partilhar neste postal.
Há
muitos anos numa prova oral na Faculdade de Direito de Lisboa defendi
que os Estados Unidos deviam a sua fama democrática não ao regime
republicano mas sim ao sistema judicial legado pela Inglaterra. E
neste particular ao Supremo Tribunal que funcionaria como uma
entidade para-monárquica. Uma instituição que atravessa o tempo,
insensível às modas eleitorais, firme na defesa do costume e da
tradição. Em suma, da igualdade perante a lei, valor maior de
qualquer sociedade civilizada. O examinador era Rui Machete, regente
da cadeira de Direito Constitucional, achou graça à ignorância (ou
à ousadia) e deu-me uma boa nota. Se fosse hoje, chumbava.
A água passou entretanto debaixo das pontes e Rui Tavares anda desmoralizado. Não se conforma com o carácter independente daquele órgão preferindo que ali houvesse uma maioria com uma agenda 'política' que fosse ao encontro dos seus desígnios progressistas*. Traduzindo por miúdos, substituir a iniciativa privada pelas iniciativas do estado. Que lindo menino!
Resta
acrescentar que a superioridade do sistema judicial inglês se deve à
Coroa. É em nome da Coroa, ou seja, da história, que os juízes
ingleses tomam as suas decisões. Isso faz toda a diferença. Esta
parte Rui Tavares, que é historiador, nunca vai perceber. E mesmo
que perceba, nunca vai admitir.
Saudações
monárquicas
*Atenção, não é preciso ser progressista para se concordar com a abolição da pena de morte. Nada de confusões.
*Atenção, não é preciso ser progressista para se concordar com a abolição da pena de morte. Nada de confusões.
terça-feira, novembro 06, 2018
Tudo isto existe...
A
república é isto, todos a olharem uns para os outros à procura de
um 'bibi'! O Bibi de Tancos! O problema é que quando mete armas e
tropa a coisa fia mais fino. Já caiu a procuradora que queria
investigar, caiu também o ministro que não queria investigar,
demitiram-se generais, e ainda não sabemos nada! Um caso bicudo!
Entretanto Costa está menos feliz e Marcelo anda menos contente! Mas
eu pergunto: - Não haverá por aí um motorista qualquer suspeito de
andar a transportar material de guerra de Tancos para a Chamusca e
vice versa?! Sem carta de condução e sem autorização superior?!
Se calhar há e resolvia-se o assunto. É preciso não esquecer que
os motoristas dão muito jeito. Memórias da casa pia, da porta 18,
etc.
Saudações
monárquicas
segunda-feira, outubro 29, 2018
As lulas de cá!
Quem
tenha assistido ao espectáculo parcial e degradante dos nossos
media, a propósito das eleições no Brasil, terá percebido, se não
for muito estúpido, que somos governados por uma espécie de PT onde
só faltam os recordes de criminalidade nas ruas. Lá chegaremos por
este andar. Porque quer na corrupção, no compadrio, na obesidade do
estado ou na impunidade da nomenclatura, as parecenças são muitas.
Há uma diferença importante: - enquanto os brasileiros querem
acabar com essa vergonha, nós não queremos. E por isso bolsamos
palavras politicamente correctas sem percebermos como o mundo mudou
ou está a mudar. Orgulhosamente sós mas sem império que o
justifique. Idiotas apenas.
Saudações
monárquicas
Nota:
Algumas locutoras da nossa praça estremeceram incrédulas quando
Bolsonaro invocou Deus e alguns versículos bíblicos! A intoxicação
ideológica costuma ter este tipo de reacções. Se fosse nos Estados
Unidos onde o voto das Igrejas protestantes é decisivo para eleger o
presidente americano, aí já não lhes fazia confusão. Desde que
não fosse Trump a rezar, bem entendido. Como não lhes faz confusão
que Israel seja uma teocracia ou que o chefe da Igreja anglicana seja
o rei de Inglaterra. A ignorância que gera o fanatismo tem destas
coisas. Ou será ao contrário?!
quinta-feira, outubro 25, 2018
Cristas e o 'irritante'
Para
quem não esteja familiarizado com o novo vocabulário político a
palavra 'irritante' é agora utilizada para significar alguma coisa
que atrapalha a popularidade do regime e ninguém do regime tem
coragem para enfrentar e resolver. Acontece muito nos diferendos com
as ex-colónias onde normalmente fazemos figuras tristes e vai
acontecendo um pouco por todo o lado quando queremos ficar bem na
fotografia. E tinha que acontecer com a líder do CDS Assunção
Cristas.
Excessivamente
preocupada com a imagem Assunção deu uma entrevista ao Público
onde entre as ninharias do costume resolve dar mais um tiro no pé ao
referir-se ás eleições no Brasil. Diz ela que se tivesse que votar
optaria pela abstenção o que não deixa de ser estranho para alguém
que se assume como profissional da política. Mais estranho ainda
porque Cristas aparece sempre com um discurso contra as esquerdas
unidas em Portugal, vulgo geringonça, mas não compreende que no
outro lado do Atlântico os brasileiros queiram acabar com essa
trágica governança!
Ou
compreende mas tem medo do 'irritante'. Tem medo que a confundam com
a 'direita populista', um rótulo inventado pela esquerda para
condicionar quem tem medo. Tem medo que alguém a alcunhe de
fascista. O problema é que quem tem medo não pode andar na
política. Muito menos ter aspirações de representar a direita. Daí
o CDS não ter nenhuma visão para Portugal substancialmente
diferente daquela que a esquerda tem. Daí o CDS não ter hipóteses
de crescer. Daí Cristas não ter crista.
segunda-feira, outubro 15, 2018
Regimento de Infantaria 11 - almoço anual - agradecimento!
Saudades
do 'Onze'
À beira do Sado
Palavras
de bronze
Alma de soldado
Está
tudo caiado
Tem
quartos de hotel
Rancho
melhorado
Mas
foi-se o quartel
A
porta sem armas
Perdeu-se
o paiol
E
os teus 'amarelos'
Já
não brilham ao sol!
Ficou
do que havia
A
marcar o ponto
Toda
a nostalgia
Deste
breve encontro!
João
Menezes, em 13 de Outubro 2018
Agradecimento ao camarada de armas Álvaro de Oliveira grande impulsionador destes encontros.
Agradecimento ao camarada de armas Álvaro de Oliveira grande impulsionador destes encontros.
sexta-feira, outubro 12, 2018
A nova procuradora e a velha dúvida...
Há
uma lei de ferro sobre a teoria das conspirações, elas são
directamente proporcionais ao grau de suspeição existente em
determinada sociedade em determinada altura. Suspeição que envolve
evidentemente o regime e os seus diferentes poderes. Em Inglaterra,
por exemplo, as teorias da conspiração não medram porque os
ingleses de uma maneira geral confiam quer no sistema político quer
no sistema judicial em vigor. Lá não existe preocupação quando um
procurador ou juiz é substituído por outro e descendo ao terreno do
futebol, os árbitros para os ingleses não são motivo de conversa
permanente ou desconfiança sistemática. Exactamente o contrário do
que se passa em Portugal onde desconfiamos de tudo e de todos. Esta
diferença comportamental não se explica por si própria tem de
haver uma causa, para além das naturais diferenças culturais entre
os dois povos. Citei a Inglaterra mas podia ter dado o exemplo da
Dinamarca ou do Japão. Pois bem a conclusão que quero retirar já a
conhecem os leitores e por isso fico-me por aqui.
Mais
tarde, noutro postal, talvez possa desenvolver a minha teoria da
conspiração sobre as vantagens da nova procuradora quer para
António Costa quer para Marcelo. E já agora as desvantagens para
Sócrates apesar do brinde à substituição. Deixo aqui os tópicos
do guião: - a senhora Gago, obrigada pela opinião pública a seguir
os passos de Joana Marques Vidal, não vai ter outro remédio senão
remover Sócrates da cena política. No fundo o grande objectivo de
Costa, do partido socialista, e do regime republicano representado
por Marcelo. E desta vez ninguém pode reclamar falta de isenção. A
mesma teoria estende-se à caricata substituição do juiz Carlos
Alexandre por Ivo Rosa. Este também tem pouca margem de manobra face
àquilo que já é do conhecimento público. E não vai haver a
vingança de Sócrates. Que podia dar outra teoria e outro filme.
Algum suspense também faz parte.
Saudações
monárquicas
terça-feira, outubro 09, 2018
Ela sim!
Contra os corruptos d'aquém e d'além mar, contra as quadrilhas instaladas no poder, descrente dos homens providenciais, apresentem-se eles pela direita ou pela esquerda, só a monarquia poderá trazer paz e prosperidade ao Brasil! O resto são cantigas de quem vê o 'tacho' a fugir.
Quer isto dizer que não percebo o voto dos brasileiros?! Claro que percebo. Desiludidos com as promessas da esquerda, com o fantasma venezuelano no horizonte, os brasileiros não têm outra opção que não seja escolher alguém que, para já, não faz parte do jogo viciado. E esse alguém é Jair Bolsonaro.
Naturalmente que é fácil perspectivar que no futuro o mais provável é que o regime acabe por contaminar também o Partido Social Liberal. Essa é a lógica do regime republicano. Desde sempre e em toda a parte. Mas as Cassandras disso não falam. E não falam porque se falassem teriam que admitir que há outra solução para além da república. Uma solução que ao mesmo tempo que preserva a vontade da maioria, impede que as minorias organizadas (lobbies, gangs, quadrilhas, etc) assaltem o poder. Essa solução chama-se monarquia. Um seguro de vida para a democracia. Pena que não faça parte da ementa quer no Brasil quer em Portugal.*
Saudações monárquicas
*Verdade seja dita que os brasileiros tiveram a oportunidade de mudar de regime no referendo realizado em 1993. Preferiram manter a república e por isso podemos dizer que têm aquilo que escolheram... ou aquilo que merecem. Mas os portugueses nem essa oportunidade tiveram.
Saudações monárquicas
*Verdade seja dita que os brasileiros tiveram a oportunidade de mudar de regime no referendo realizado em 1993. Preferiram manter a república e por isso podemos dizer que têm aquilo que escolheram... ou aquilo que merecem. Mas os portugueses nem essa oportunidade tiveram.
sexta-feira, outubro 05, 2018
A reputação da república!
No dia em que se celebra mais um aniversário do regime as notícias são as seguintes:
Ronaldo contrata 'advogado das celebridades', especialista em casos de abuso sexual, para defender a sua reputação! A linha da defesa não deve fugir ao esquema habitual - como se trata do melhor jogador do mundo, herói nacional e grande goleador, só pode estar inocente.
Benfica, acusado de corrupção, contrata os melhores advogados portugueses para defender a sua reputação! Aqui vale o célebre ditado - os homens passam e as instituições ficam! Nesse sentido as pessoas colectivas são inimputáveis e transformam-se em locais privilegiados para a prática de toda a espécie de ilícitos. Bem visto!
Entretanto continuamos a aguardar pelos desenvolvimentos do processo Marquês onde vão acusados de corrupção, entre outros crimes, um ex-primeiro ministro e uma série de individualidades muitas delas medalhadas por altos serviços prestados à república!
E finalmente temos o 'caso de Tancos' que abala a reputação de qualquer um!
E finalmente temos o 'caso de Tancos' que abala a reputação de qualquer um!
Saudações monárquicas
Nota: Face aos acontecimentos acima relatados creio que a bandeira da Carbonária, organização terrorista que levou o partido republicano ao poder, se enquadra melhor, quer na data quer no estilo. Vejam isto como uma homenagem. E é tão parecida com a actual...
terça-feira, outubro 02, 2018
A dialéctica
É
possível que estejamos no limiar de uma nova era, uma era que irá
desmentir todas as palavras de ordem que nos azucrinam os ouvidos!
Não descobri isto hoje, estou a guiar-me pela dialéctica. Assim e
usando este conhecido método de análise histórica o mundo será
exactamente o contrário do que alguns (e algumas) proclamam. Por mais barulho
que façam.
Será
também mais misógino do que é. Misógino no sentido do isolamento,
da solidão, e esse é um dado dos tempos modernos. E para quem sonhe
ter uma carreira política, o mais avisado, sabendo o que sabemos
hoje, é evitar quaisquer contactos com o sexo oposto, pois chegará
o dia em que será denunciado por algum abuso.
E
por falar em sexo, temo que a sua prática, erigida em dogma
libertário, ginástica rítmica ou acontecimento primaveril, venha
no futuro a ser oficialmente vigiado, a pagar imposto ou alguma coima. Por mau uso. O abuso é na secção acima.
Um exemplo. Quando lemos a palavra de ordem – 'ele não' – o mais certo é Bolsonaro ser eleito presidente do Brasil. E se não for agora, será apenas um adiamento do inevitável. As acusações que pendem sobre o candidato são as habituais: misógino, machista, fascista, etc.
Saudações
monárquicas
(Com a devida vénia, fotografia retirada do artigo de Helena Matos no Observador - A liga das mulheres extraordinárias)
quinta-feira, setembro 27, 2018
A família
A
gente esforça a imaginação, aguça a memória, reinventa-se, mas
no fim do dia a realidade impõe-se. A república é uma cópia em
ponto pequeno dos antigos regimes do leste europeu, onde pontificava
o centralismo democrático. Há eleições, há partidos, mas não há
verdadeira oposição. A alternância cozinha-se dentro de casa,
dentro da loja, ou nos camarotes da bola! É assim que temos um
governo familiar, uma assembleia familiar e uma justiça que defende
sobretudo a família, em sentido peculiar.
Mas
não éramos inteiramente felizes! Uma procuradora determinada e à
revelia dos 'superiores interesses da nação' insistia em
investigar a família! Em causa, imagine-se, um ex-amigo do actual
primeiro ministro e um ainda amigo do actual presidente da república.
Já para não falar do clube dos seis milhões. É demais, não pode
ser. Não houve outro remédio senão substituí-la.
Saudações
monárquicas
sábado, setembro 22, 2018
Sem oposição... o circulo fechou-se!
A república de Abril (1974) ou terceira república, para ser mais exacto, entrou na fase pura e dura da união nacional. Não há oposição, a constituição está muito bem como está e a justiça está controlada.
Sobre não haver oposição ninguém tem dúvidas sobre isso. Para além das greves dos funcionários públicos, que querem naturalmente ser aumentados, ou de uma ou outra paralisação dos táxis, que querem naturalmente ser nacionalizados, (quem é que não quer?!), pode dizer-se que reina a paz celestial. A não ser, o que eu duvido, que o novo partido de direita seja mesmo um partido e seja mesmo de direita.
Sobre a bondade e eternidade da constituição também ninguém tem dúvidas! Pois se foi à sombra dela que a actual oligarquia conquistou o poder e dele tira proveito, para quê mudar de sombrinha?!
Finalmente sobre a justiça pouco há a acrescentar. Foi sempre controlada pelas forças ocultas do regime salvo durante um pequeno período que agora termina. A bem da nação.
Saudações monárquicas
quinta-feira, setembro 20, 2018
Política à portuguesa
Entretidos
nas redes sociais muitos portugueses ficaram surpreendidos com a
notícia da aparição de um novo partido! E logo um partido popular
de direita! Pelo menos não é de esquerda. E o imaginário nacional
esperou, à semelhança do que acontece na Europa, por um líder
jovem, anti-sistema, capaz de dar um murro na mesa. Em vez disso
surgiu um rosto conhecido, moldado pela terceira república e que
dificilmente poderá romper com ela.
É
sabido que em política todo o espaço tende a ser ocupado, não
havendo espaços livres por muito tempo. E é também certo que o
espectro partidário português precisa de um partido popular de
direita como de pão para a boca. Resta saber se este novo partido,
com este líder, vai ser esse partido ou não! Ou se vai ser
simplesmente mais um partido a fingir...
Saudações
monárquicas
sexta-feira, setembro 07, 2018
quarta-feira, setembro 05, 2018
Até que enfim!
Tocaram
as sirenes do regime! A escolha entre levar o Benfica à justiça ou
manter a república das bananas foi para já decidida a favor do
estado de direito. Ainda bem sendo que neste resultado os méritos
devem ser distribuídos pelos vouchers denunciados por Bruno de
Carvalho*, pelos e-mails denunciados por Francisco J. Marques no
Porto Canal e por Joana Marques Vidal actual procuradora-geral da
república!
No
outro lado da barricada e a favor da república das bananas temos
toda aquela gente que frequenta regularmente o camarote da Luz,
incluindo membros do governo, deputados, etc. para além da
comunicação social afecta ao nacional benfiquismo. Vale aqui o
ditado popular – 'diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és'!
Eu
sei que existe apenas uma acusação, muito bem detalhada aliás, e
também sei que somos todos inocentes até ao trânsito em julgado de
qualquer sentença, mas os indícios são fortíssimos e não somos
todos parvos.
Falta
agora que os organismos que comandam o futebol profissional tirem as devidas ilacções do que está a acontecer. Assim como os clubes que
foram directamente prejudicados pela previsível batota de um dos
competidores defendam (finalmente) os seus interesses. E termino com
outro ditado popular – 'quem não se sente não é filho de boa
gente'!
Saudações
desportivas
* Eu sei que é 'chato' mas foi ele o primeiro a denunciar as estranhas práticas do Benfica.
sábado, setembro 01, 2018
O crepúsculo dos deuses
O
fio do destino, a ópera de Wagner, e a vaidade humana... atingiram
os nossos pequenos deuses caseiros! Mourinho reclama pergaminhos,
Cristiano Ronaldo reclama todos os prémios que existem ou possam
existir. Duas doenças a juntar à doença da nação, que terá que
inventar rápidamente um novo ídolo para sossegar o cérebro. Senão
quem paga é a farmácia. Anti-depressivos porque os mergulhos
fluviais de Marcelo são capazes de não chegar. E ainda temos as
traquinices do Benfica que manifestamente terá pisado o risco.
Ultrapassar tudo isto vai ser difícil. Nem a geringonça estava
preparada para uma coisa destas. Mas aguardemos pelo fim das férias
porque o Costa deve ter alguma na manga. Baixar os impostos não vai
ser possível pois há cada vez mais bocas à mesa do orçamento. Tem
que ser algo que entretenha o povo, algo que o distraia. Enfiar o
Zeca Afonso, à força, no Panteão é uma ideia! E aproveitava-se a
confusão para substituir a procuradora que tem a mania de investigar
sem olhar a quem! Boa ideia! Ideias não faltam...
Saudações
monárquicas
terça-feira, agosto 28, 2018
sexta-feira, agosto 24, 2018
'O prazo de Nero'
Não
se inquietou Nero quando ouviu
o
vaticínio do Oráculo de Delfos.
“Os
setenta e três anos temerás”.
Tempo
teria ainda para desfrutar.
Trinta
e três anos tem. E alargado
é
o prazo que o deus agora lhe concede
para
pensar nos riscos do futuro.
Agora,
algo cansado, voltará a Roma,
mas
deleitosamente cansado desta
viagem
em
que todos os dias foram de prazer -
em
jardins, em teatros, em ginásios...
Noites
nessas cidades da Acaia...
e
o prazer, sobretudo, ah, dos corpos nus...
Isto,
Nero. Na Hispânia, entretanto,
Galba
em
segredo, recruta e treina as suas tropas:
Galba,
um ancião de setenta e três anos.
Konstantinos
Kafávis (1863-1933) poeta grego.
quinta-feira, agosto 23, 2018
Bruno sem lei!
Mudem
a Constituição, apelem ao presidente da república, desertem os
tribunais, mas não permitam que Bruno tenha a lei pelo seu lado. As
providências cautelares não podem acautelar qualquer um, ainda para
mais quando estão em causa os sagrados interesses da república de
Alvalade. Que somada à da Luz resulta naquilo que a gente sabe.
Nestas condições, o juiz, seja ele qual for, não pode aplicar a
legislação que eventualmente possa dar razão a Bruno, porque isso
seria, segundo reza a contestação, não apenas o fim do clube mas
também o fim do mundo! Além disso os jogadores de futebol profissional, que amam o Sporting desde pequeninos, não gostam do Bruno e podem ter pesadelos.
Agora,
aqui para nós que ninguém nos ouve, uma contestação que tem mais
de cinquenta páginas, e mais de duzentos e cinquenta argumentos... deve ser de facto muito frágil! Sem falar na campanha mediática anti-Bruno, sem precedentes, e sem contraditório! É caso para perguntar: - quem tem
medo da lei?! Quem tem medo das eleições?! Quem tem medo de Bruno?!
Nota jurídica: A dita 'suspensão', mesmo que a consideremos legítima, só se efectiva depois de esgotados os prazos de recurso a que qualquer pessoa (menos Bruno) tem direito. No decurso desse prazo o 'suspenso' mantém a sua capacidade eleitoral, quer passiva, quer activa. E aqui a conversa dos estatutos morre perante a lei imperativa. Eu devia ter sido advogado...
Nota jurídica: A dita 'suspensão', mesmo que a consideremos legítima, só se efectiva depois de esgotados os prazos de recurso a que qualquer pessoa (menos Bruno) tem direito. No decurso desse prazo o 'suspenso' mantém a sua capacidade eleitoral, quer passiva, quer activa. E aqui a conversa dos estatutos morre perante a lei imperativa. Eu devia ter sido advogado...
sexta-feira, agosto 17, 2018
Os novos adjectivos
Já não são assim tão novos e vieram substituir o famigerado 'fascista', um insulto caído em desuso! Surgiram então uma série de rótulos, ditos em catadupa, e que deixam o visado confuso e a maior parte das vezes paralisado.
A sequência é habitualmente a seguinte: - racista, xenófobo, nazi - e se a vítima ainda estrebucha - leva com o resto do reportório: - homofóbico, sexista e promotor de violências várias! Aliás este pacote já deve fazer parte do ensino obrigatório, das várias comissões de censura, e está presente na linha editorial de qualquer pasquim que se preze! E com nuances de redacção que o próprio Kafka não podia imaginar!
Começa normalmente assim - não serão publicados artigos de índole racista, xenófoba, homofóbica ou que de qualquer forma promovam a violência! As palavras chave são obviamente - índole e promovam - suficientemente vagas para discriminarem quem muito bem entenderem. Atenção que 'discriminar' também pode ser perigoso. O melhor mesmo é não escrever. Melhor ainda, não ler.
Saudações monárquicas
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