quinta-feira, junho 16, 2022

terça-feira, junho 14, 2022

segunda-feira, março 28, 2022

Putin e as causas da guerra

 

Quem é Putin? As causas da guerra.

Oliver Stone

Nota do autor: Putin é um patriota palavra que já não tem tradução para português.

terça-feira, março 22, 2022

Ventura desorientado!

 

Provávelmente mal aconselhado Ventura tem feito alguns comentários sobre o conflito da Ucrânia que não abonam nem a sua imagem nem a imagem do Chega. A prudência e a sabedoria aconselhavam outra abordagem.

Condenar o recurso à força para resolver um conflito, compreende-se. Assim como se compreende a solidariedade para os refugiados saídos deste conflito. Fazer considerações sobre a natureza dos refugiados já não se compreende e deixa de ser solidariedade. Ignorar as causas do conflito e apoiar a NATO e a UE como quem apoia o Benfica, é uma infantilidade perigosa. E presta-se até a uma série de equívocos de natureza ideológica e civilizacional.

 Explico:

O actual regime russo não é socialista e em termos de valores enquadra-se na direita tradicional conservadora*. Ou seja, no mesmo espaço político que o Chega diz representar. Votei no Chega nessa condição.

Pelo contrário, toda a esquerda europeia de raiz laica republicana e socialista apoia o actual regime ucraniano. O Mário Machado que quer ir combater contra os russos também entra nesta equação pelo lado socialista. O lado nacional socialista.

Acresce que Zelenski é uma marionete dos interesses estratégicos da esquerda americana no poder.

Por último e como se não bastasse o politburo sediado em Bruxelas parece ter mais confiança na independência energética (e até na segurança europeia!) baseada na Turquia ou na Argélia do que na Rússia!

Dito isto está tudo dito.


* As chamadas democracias liberais do ocidente acham-se o supra sumo da civilização em termos de organização política. E desconsideram qualquer outro sistema político. No entanto é nas democracias liberais que floresce o desrespeito pela vida, a destruição da família, a prostituição dos costumes, e todas aquelas anormalidades que a televisão nos impinge diariamente. E até a liberdade de expressão é uma falácia. Veja-se como os media censuram as notícias.    

segunda-feira, março 21, 2022

'Devem-se ouvir ambas as partes'

 

O major general Agostinho Costa pertence à OTAN e diz umas verdades com interesse. Logo, para a idiotia nacional é um perigoso 'putinista'. Assim vai o mundo...

domingo, março 20, 2022

A conversão da Rússia

 

Este era um desejo que ouvi desde a infância, associado inclusive à mensagem de Fátima, e que finalmente se cumpriu a partir da queda do comunismo soviético. Em termos políticos a conversão da Rússia iniciou-se pelo acto de contrição de Yeltsin perante a Duma e teve o seu momento solene quando Vladimir Putin voltou a incluir Deus na constituição da Rússia.

Entretanto a Europa católica, onde Portugal se inclui, tem vindo a seguir um caminho inverso e foi retirando Deus das respectivas constituições. Com o sofisma da separação entre a Igreja e o Estado, corta-se a raiz da tradição eliminando-se assim o essencial da cultura e identidade europeias.

Curiosamente ninguém está preocupado com a conversão da Europa!

quinta-feira, março 17, 2022

Guerra e Paz

Vigésimo segundo dia do conflito e vislumbram-se alguns sinais de que pode haver um acordo entre as partes. Tenho algumas dúvidas que seja muito diferente da proposta inicial apresentada por Putin. Prevejo o seguinte: - neutralidade da Ucrânia, reconhecimento da Crimeia e das repúblicas separatistas coincidindo com o território entretanto conquistado, território que garanta à  Rússia, tal como no passado, o pleno acesso ao mar de Azov e mar Negro. Odessa fica de fora e será uma espécie de moeda de troca. Nestas condições a Rússia retira o seu exército do resto da Ucrânia e aceita (até ver) Zelenski e o seu regime.

Parecem-me, repito, condições razoáveis para uma paz duradouro, que poderiam ter sido aceites por Zelenski logo de início poupando-se a Ucrânia à devastação de cidades e vidas. E aos riscos de uma guerra generalizada. Mas não foi e é por aqui que teremos que procurar as causas que ditaram a invasão.

Hoje o dilema de Putin parece claro: - ou invadia imediatamente a Ucrânia frustrando os planos da NATO de cercar a Rússia ou sujeitava-se a prazo ao fim da Rússia como potência determinante.

Putin escolheu aquilo que qualquer inquilino do Kremlin escolheria.


Nota do autor: Zelenski (ou alguém por ele) tem resistido ao estatuto de neutralidade invocando a segurança futura da Ucrânia e dá como exemplo a insegurança presente. É um sofisma. Haja alguém que lhe explique que, por exemplo, a segurança da Suécia ou da Finlândia é garantida precisamente pelo estatuto de neutralidade e que a actual insegurança da Ucrânia reside no facto de se ter aproximado da NATO, ao ponto de pedir a sua admissão. Agora podem negar ou dizer que já não querem aderir mas isso já não são sofismas, são mentiras.    

domingo, março 13, 2022

Saudades dos Czares!

Só o 'Czar de todas as Rússias' poderia mediar este conflito e poupar o principado de Kiev à previsível destruição. Putin sabe disso e estará a viver a inferioridade de Napoleão quando se comparava com os reis de França - 'o meu problema é não ser avô de mim próprio'! Ter o retrato de Nicolau I no seu gabinete não chega para curar as feridas da Ucrânia.

Entretanto a oeste nada de novo. Uma Europa falsificada e sem energia, reúne-se pomposamente em Versalhes para pedir energia a uma alemã que por acaso também tem pouca energia! Apesar de tudo Van der Leyden pode saborear alguma superioridade no mesmo local onde a Alemanha foi humilhada no fim da primeira guerra! Já pode armar-se até aos dentes para combater Putin que segundo consta ficou com o bigode do Hitler! No ocidente a política é uma questão de bigodes.

Para terminar, se quisermos resumir tudo isto eu diria que os russos e os ucranianos lutam no terreno pela sua independência política. A Europa e os europeus lutam nos gabinetes de Bruxelas pela sua dependência. Em termos gramaticais é só uma questão de prefixo.

sábado, março 05, 2022

A guerra vista por um general português



Ver, ouvir e compreender. No segundo dia do conflito acertou em tudo aquilo que veio a acontecer. Claro que nunca mais foi convidado para comentar fosse o que fosse.

segunda-feira, fevereiro 21, 2022

A servidão das nações

 

Quando a democracia serve para arrancar raízes com séculos de história, ou subjugar a vontade das nações à usura dos empréstimos, pode dizer-se que o liberalismo venceu em toda a linha e a escravidão veio para ficar.

Bastam dois exemplos para ilustrar o que afirmo.

O exemplo da descolonização portuguesa, irresponsável e criminosa, a troco da caridade de terceiros que assim pagam a nossa dependência e irrelevância. Uma dependência que não muda de figura pelo facto de haver outros na mesma situação.

E o outro exemplo estamos a vivê-lo em directo e a cores na Ucrânia, com o alto patrocínio da comunicação social. A Ucrânia que historicamente fala russo, que já deu czares à Rússia, está à beira de uma guerra consigo própria da qual será a primeira vítima!

Os grandes obreiros desta possível tragédia estão identificados: - a chantagem da união europeia acenando com promessas de mundos e fundos; a irresponsabilidade da NATO que não desiste de cercar a Rússia; e a habitual subserviência europeia, quer da NATO quer da união europeia.

O instrumento deste plano sinistro é como sempre a democracia liberal elevada à categoria de divindade! A receita é colocar na mesma balança a vontade de gerações e gerações de ucranianos com a vontade expressa de uma maioria fugaz numa fugaz decisão. E está feito. Quem vier atrás que feche a porta.

E já que falamos de receitas, a servidão das nações acompanha muito bem com a servidão das pessoas.

 

Saudações monárquicas

sexta-feira, fevereiro 18, 2022

'A conspiração contra o patriotismo'

 

'As instituições em Portugal são “pilhérias organizadas funcionando publicamente”, escrevia Eça em 1871. Evito, em princípio, generalizar excessivamente sobre Portugal e os portugueses, mas confesso que há momentos em que a coisa é irresistível e por estes dias a frase de Eça parece-me tão sólida e inabalável como uma demonstração matemática.

Vejamos. Oitenta por cento dos votos dos portugueses que habitam em outros países da Europa foram directamente das urnas para os caixotes de lixo. Tudo começou com PS e PSD a acordarem entre si uma ilegalidade: os votos da Europa seriam válidos mesmo que não acompanhados de uma fotocópia do cartão do cidadão. Acontece que a lei estipula expressamente que os votos não podem contar sem a tal fotocópia. O PSD depois voltou atrás. Mas já era tarde demais. Oitenta por cento dos votos, com ou sem fotocópia, tinham sido depositados nas mesmas urnas e era impossível distingui-los. Houve protestos. O Ministério da Administração Interna emitiu um comunicado onde manifestava, sem mais, a sua melancolia. Perante a enormidade do disparate, o Tribunal Constitucional decidiu unanimemente que a votação deverá ser repetida, atrasando por meses a tomada de posse do novo Governo. Prevê-se uma abstenção enormíssima nesta nova votação.

A Assembleia da República prepara-se aparentemente para negar ao Chega a vice-presidência a que ele constitucionalmente tem direito. Inventam-se rodriguinhos para justificar a ilegalidade do acto. Os rodriguinhos passam por uma litania de superioridade moral que torna pestíferos os eleitores do terceiro partido mais votado nas eleições. A Assembleia da República irá portanto, através deste procedimento discriminatório, negar, com virtuosos sentimentos e auroral boa consciência, a legitimidade da representação.

A Polícia Judiciária captura, no seu quarto, um miúdo de dezoito anos, que, segundo informação do FBI, havia confessado nas “redes sociais” a intenção de matar indiscriminadamente vários colegas na Universidade. Sucedem-se versões contraditórias sobre os planos e sobre o “arsenal” de armas que guardaria no seu quarto e questiona-se legitimamente se a intenção era real ou apenas a fantasia de um miúdo com problemas. Não importa. A comunicação social declara, ufana, que temos “terrorista”. Não um terrorista de extrema-esquerda, com provas dadas, como os das FP-25, nem um terrorista islâmico, como vários que por cá passaram ou por cá nasceram. Upa! Upa! Um terrorista “à americana”. O júbilo de ter um “terrorista” assim não se conta. As televisões enchem-se de uma chusma de psicólogos que explicam o verosímil perfil do miúdo, o João. O país mergulha, atónito, à pala do João, no oceano da terminologia psiquiátrica. É sempre bom aprender.

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género acusa um concorrente do “Big Brother dos Famosos”, o antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, de “violência doméstica” contra uma outra concorrente do programa, a Liliana, aparentemente sua namorada. Uma influencer, autodesignada por “A Pipoca Mais Doce”, apoia energicamente a denúncia, no que é acompanhada por Joana Mortágua, do Bloco, que vê no programa “machismo e o pior do capitalismo” (uma pessoa pergunta-se o que é que para ela é o melhor – acontece-me a mesma coisa quando o PC fala de “capitalismo de casino”: que outro capitalismo recolhe os favores do PC?). De qualquer maneira, eu já tinha antecipado um triste fim para o Bruno, quando, num zapping, tinha apanhado, há uma ou duas semanas, uma discussão entre ele e outros concorrentes em torno do misterioso tema “quem fez o arroz?”. Os sinais não podiam enganar-nos quanto ao destino do homem que outrora era acusado de comandar um bando de terroristas e cujas conferências de imprensa, longas de horas, ocuparam, durante mais de um mês, todas as televisões. A decadência é assim, e por cima disso, lá veio para a televisão a habitual chusma de psicólogos com a nobre missão de escalpelizar o seu carácter. A ERC já se meteu ao barulho e ameaça investigar a TVI, que emite o tal Big Brother.

O Presidente da República recebeu a nossa vitoriosa selecção de Futsal e aproveitou para nos instruir, como só ele sabe, sobre os mistérios da portugalidade. Segundo a sua voz autorizada, forte de estudos históricos e etnográficos, apesar de “em Portugal, ao primeiro desaire, a ideia [ser] mudar tudo o que se pode”, há momentos em que os arcanos da alma portuguesa se revelam no seu imaculado fulgor. Quais são eles? Quando chega “o instante decisivo onde se ganha ou se perde. Aí [somos] muito portugueses, heróicos nos momentos cruciais”. Cesse, de facto, o que a musa antiga canta. Ele próprio, de resto, nos dá frequentemente o magnífico exemplo desta nossa excelsa virtude, quando, por exemplo, num jantar de gala no Eliseu, canta, acompanhado por vários artistas integrados na sua comitiva, o peito ilustre lusitano, sob a forma da “Grândola, vila morena”. O momento foi oportuno e a escolha musical foi judiciosa, até porque, se a sua opção tivesse o nosso hino, os franceses poderiam pensar que era a Marselhesa mal cantada.

Francamente, esta sucessão de episódios grotescos parece-me a confirmação plena da afirmação de Eça segundo a qual as instituições em Portugal são “pilhérias organizadas funcionando publicamente”. Pilhérias, além disso, que servem como instrumento de uma conspiração generalizada destinada a destruir sistematicamente tudo o que possa sobrar de patriotismo em Portugal.'

Paulo Tunhas, in Observador (17/02)


Comentário do Interregno: Parabéns ao autor! Artigo certeiro e claro! 

Começando pelo fim: - 'o patriotismo do hóquei em patins transformado em futsal'; desde 1820 que o hino oculto é a marselhesa;

Bruno de Carvalho, 'Romeu na ilha de Lesbos' enfurecendo ilhéus e ilhotas; e obviamente a 'comissão não sei das quantas'; o resto são audiências; 

O 'João terrorista' e o provincianismo português; sem esquecer que Eça também sofria do mesmo mal; 

O Chega ainda não chegou mas vai chegar. Durante séculos chegámos sempre primeiro, agora chegamos sempre tarde;

A anulação/repetição do voto dos emigrantes é mais um episódio do elefante que temos no meio da sala mas que ninguém quer ver ou mudar porque dá jeito a todos. O elefante é a constituição mais extensa do universo, que se mete em tudo e não resolve nada mas sempre que é preciso segura o regime.

Uma pergunta final ao autor: - mas que portugueses é que esperava encontrar nos dias de hoje para que Portugal fosse diferente do que é? A 'raça dos navegadores' de que falava Pessoa já era uma saudade! E sem aquele espírito o patriotismo dissolve-se.

Saudações monárquicas

quarta-feira, fevereiro 16, 2022

Bruno e Putin os homens de quem se fala!

 

O mundo suspenso das manobras de Putin e Bruno de Carvalho, a oeste da Ucrânia, a fazer disparar audiências em paixão ardente! Ela que se afirmava lésbica, apaixonou-se por ele, e ele que sempre se afirmou homem, apaixonou-se por ela, indícios mais que suficientes para a ‘Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género’ intervir acusando Bruno de violência doméstica. Um beijo fora dos cânones precipitou os acontecimentos. Repentino e arrebatado Bruno agarrou-a pelo pescoço e beijaram-se num dos corredores do Big Brother. O vídeo tornou-se viral. Mais tarde confrontada com as imagens ela disse que gostou e gosta de ser amada assim. Foi aí que as coisas pioraram. Enfurecidas e desafiadas as organizações que zelam pelo pensamento único televisivo expulsaram Bruno do programa separando assim os namorados. Os portugueses votaram disse a apresentadora. E o país idiota respirou de alívio.

Este postal não tem a ver com Putin nem com Bruno de Carvalho embora sejam dois personagens com quem simpatizo. Não se comparam, mas têm algo em comum. Bruno de Carvalho é odiado por uma série de pessoas que detesto. Putin, idem. E às vezes isso basta para começarmos a simpatizar com alguém.

domingo, fevereiro 13, 2022

Zita Seabra sabe do que fala!

https://sol.sapo.pt/artigo/762133/zita-seabra-parecemos-um-museu-ainda-temos-um-partido-comunista

Em entrevista ao jornal 'Sol' Zita Seabra abre o livro da sua vasta experiência política e faz uma análise ao nosso sistema partidário, lançando ao mesmo tempo uma perspectiva sobre o futuro. Do seu ponto de vista PCP, Bloco, PSD e CDS, ou estão mortos ou à beira disso. E na actual conjuntura só o PS, IL e Chega têm condições para representar quer as aspirações quer a insatisfação eleitoral.

Uma bela entrevista!



quinta-feira, fevereiro 10, 2022

As nossas cores

 

Quando em tempos escrevi uns versos sobre as cores de Portugal referia-me à bandeira do Fundador, ao azul e branco que permaneceu durante séculos até que em outubro de 1910 nos foi imposta a bandeira verde rubra da Carbonária. Organização terrorista, braço armado do partido republicano que assim chegava ao poder.   

Mas não é dessas cores que vos quero falar agora, muito embora seja verdade que no momento em que negamos os símbolos ancestrais e tentamos reescrever a história, as coisas nunca ficam por aqui. Por isso foi sem surpresa que assisti na televisão a um curioso debate sobre a cor da pele dos portugueses!

O mote foi dado por um deputado do Chega que disse o óbvio – os portugueses são brancos. Caiu o Carmo e a Trindade! Provávelmente terá cometido um erro, terá ido muito atrás, deveria ter-se limitado à história que se aprendia na antiga quarta classe. Aos momentos constituintes do que é ser português.

E aí teria sido mais fácil explicar que Afonso Henriques e a sua mãe, apesar das desavenças, eram brancos, que o Condestável era branco, e que os navegadores ou conquistadores quando desembarcaram pela primeira vez em terras remotas também eram brancos.

Outra coisa são as cores do império. E esse, sim, teve e tem muitas cores, e com as quais convivemos por mais de quinhentos anos. E não terá sido uma convivência difícil para durar tanto tempo!

Portanto, da pseudopolémica o que sobra? Que se não forem os portugueses a defenderem a sua herança não estou a ver quem a possa defender.

Saudações monárquicas

sábado, fevereiro 05, 2022

Para que não restem dúvidas...

 

Para que não restem mais dúvidas, a direita não pode ser representada por um partido social democrata. Isto tem acontecido em Portugal há tempo demais e prova o embuste em que temos vivido. 

 Saudações monárquicas

quarta-feira, fevereiro 02, 2022

Um país a fingir

Corre por aí um vídeo jocoso onde um jornalista americano se vê em sérias dificuldades para descrever as eleições portuguesas. E são tais as incongruências que desiste de informar os seus leitores, supostamente  do New York Times.  E a verdade é que a anedota  retrata na perfeição a triste realidade política em que vivemos: 

Um partido socialista vencedor absoluto, que há muito meteu o socialismo na gaveta, e se comporta como um partido social democrata moderado; um partido social democrata duplicado, irmão gémeo do vencedor, mas que se habituou a representar uma direita que é mais social democrata que direita; um partido comunista ultrapassado, teoricamente estalinista, mas que só quer sobreviver à sombra da democracia burguesa; um partido liberal que ao contrário dos congéneres europeus quer alinhar com a suposta direita que afinal é de esquerda, e assim até bate certo; um partido de nome Chega que nasceu para combater o socialismo que não há; e finalmente um partido popular que pelos vistos não é popular pois não conseguiu eleger nenhum deputado!

Enfim, um resumo verdadeiro que pode fazer rir mas que devia envergonhar um país a sério.


Saudações monárquicas 

terça-feira, fevereiro 01, 2022

Entre a realidade e a aparência!

Aparentemente Portugal está em contra ciclo com a Europa o que, sendo desagradável, não é propriamente uma novidade. Mas deixemos as aparências porque a realidade não é aquilo que se vê! Isto parece um paradoxo mas não é. E não é porque é impossível alguém, em seu perfeito juízo, admitir que Portugal cumpriu finalmente os desígnios de Abril transformando-se num país socialista! Se assim fosse não teria banido o Bloco e atirado com o PCP para os cuidados intensivos. Nem teria votado alegremente nos liberais ou resistido estoicamente à feroz campanha anti-Chega! Isto é elementar.

Mas então o que aconteceu para acordarmos no dia seguinte com o rectângulo pintado de rosa?!   

Há três hipóteses:

- Ou os portugueses ainda têm saudades de Sócrates e não podendo ter o original contentam-se com o seu antigo número dois.

- Ou Ventura tem razão e a subsidio dependência, primeiro externa e depois interna,  não deixa espaço a qualquer outra escolha política.

- Ou é uma combinação das duas hipóteses anteriores com os riscos inerentes.


Nestas condições o novo governo de Costa terá de governar à direita sem conseguir agradar à direita e será naturalmente detestado pela esquerda que lhe deu a maioria. Um berbicacho que explica o pouco entusiasmo dos socialistas por uma vitória tão retumbante. Na verdade, terão de fazer uma coisa que detestam e estavam à espera que fosse Rio a fazer - as inevitáveis reformas para sairmos da cauda da Europa.


Saudações monárquicas

sexta-feira, janeiro 28, 2022

A direita vota na direita!

 

Na perspectiva mais que certa de não haver maiorias absolutas o futuro governo será sempre um compromisso gerado na assembleia da república. Quer isto dizer que o voto útil é inútil e é além do mais uma fraqueza.  Assim cada um é livre de escolher o partido que mais se aproxima dos seus valores o que na habitual clivagem distingue a direita da esquerda. O centro não existe. E quando algum político faz apelos ao centro está apenas a tentar convencer eleitores indecisos e que não sabem bem os valores que defendem!

Aqui chegados, quem defende os valores da esquerda deve votar na esquerda e quem defende os valores da direita deve votar na direita. Quem não o fizer e se iludir com os slogans de uma campanha estafada, estará a enganar-se e a ser enganado outra vez.

 

Antes de qualquer problema económico, de saúde, ou outro, Portugal tem um problema de valores e por via disso um problema de regime. Um regime acossado, incapaz de se reformar, e que erigiu como inimigo principal André Ventura e o CHEGA! Um demónio que veio afrontar o paraíso terreal em que vivíamos! Pois bem, não vale a pena gastar muita prosa com isto. A situação é simples. Para quem for da direita, há só dois partidos da direita* em quem votar – O CDS e o CHEGA.

Façam as vossas contas.

 

*Refiro-me aos partidos com representação parlamentar.

domingo, janeiro 23, 2022

Pelo andar da carruagem...

 

A uma semana das eleições e pelo andar da carruagem já é possível ter uma ideia de como tudo isto vai acabar. Rio ganha as eleições e vai ser primeiro ministro. Não me baseio em nenhuma sondagem mas no senso comum.


E o senso comum diz-me que Costa chegou ao fim da linha e a recente reaparição de Sócrates no canal de televisão da moda foi a gota de água que faltava. É a credibilidade não apenas do governo socialista mas do próprio regime que estão em causa. Quando isto acontece as várias maçonarias unem-se e dão instruções aos partidos que controlam para minimizar danos. E o menor dano possível é entregar o poder a Rui Rio, que não sendo maçon, também não é da direita, e tem a enorme vantagem de ser um homem sério e que pode credibilizar a república. Que bem precisa!


Claro que Rio para governar terá que ter uma maioria que o apoie na assembleia da república. Mas isso arranja-se e os media estão já a tratar do assunto.


Os liberais crescem com a propaganda dos media e com a transferência de votos do Bloco. Assim como assim têm o mesmo programa fracturante, o mesmo provincianismo vanguardista. E a paixão pelos bancos não é muito diferente! O Bloco gosta de os assaltar por fora. Os liberais já lá estão dentro.


Anulado o Bloco é provável que o PCP continue a declinar e que o CDS iguale os votos no PAN e no Livre.


Quanto ao PS, com a saída de Costa, vai para obras.


Só o Chega pode importunar este plano. Daí o boicote da comunicação social e o ataque constante ao seu líder.



Saudações monárquicas

quinta-feira, janeiro 20, 2022

O 'Votómetro' do Observador

 

É um teste curioso, igual a outros que podemos conjecturar, e que nos podem ajudar a definir algumas opções de voto para as próximas legislativas. Não deixa de ser um teste muito centrado no sistema e nas questões que o sistema (comunicação social e partidos) trazem para a praça pública. De fora ficaram questões importantes, que essas sim, se fossem colocadas espelhariam melhor o estado da nação e as suas clivagens.


Por exemplo: - 'A constituição precisa de ser revista tornando-a mais abrangente, mais simples e menos ideológica?! A lei eleitoral precisa de ser revista de forma a responsabilizar individualmente os deputados perante os seus eleitores?! O número de deputados eleitos pelo litoral e pelo interior tem que ser mais equilibrado?! O actual sistema representativo é o grande responsável pela enorme abstenção?!

Não era preciso ir mais longe.


Já agora e usando o votómetro em causa, já repararam que clicando sempre na opção 'neutro', o resultado é uma vitória do Chega (63%)! Será que o 'neutro' corresponde à abstenção (sempre superior a 50%), ou seja, ao sentir geral da maioria dos portugueses?!


Será que estamos há mais de quarenta anos a sofrer um regime contra natura, que nos afasta da nossa história e dos valores que a construíram?! Aumentando assim a descrença e afastando os eleitores das urnas?!


Antes de votares, pensa nisso.



Saudações monárquicas

quarta-feira, janeiro 19, 2022

Cotrim ajuda Costa! Casamento à vista?!

Afinal confirmam-se os piores cenários, João Cotrim de Figueiredo ajudou mesmo António Costa! Em vez de tirar partido dos erros do adversário comportou-se como seu aliado! A ajuda sob a forma de 'sussurro' agrava a situação e deixa no ar uma suspeita e uma pergunta: - a Iniciativa Liberal admite negociar com António Costa se o PS precisar dos seus votos/deputados?!

Não me admirava nada! A verdade é que são almas gémeas nas causas fracturantes e nas questões económicas este PS (agarrado ao poder) não se importa de meter o socialismo na gaveta. Já não era a primeira vez! E com a bazuca no horizonte... Por fim é preciso esclarecer que os liberais nunca foram da direita. Têm em comum com os 'laicos, republicanos e socialistas' a mesma raiz jacobina. Ambos gostam de cantar a marselhesa.

Para quem tem dúvidas, deixo aqui a prova final bem explicada por um bravo candidato de Viseu pelo partido Chega.




domingo, janeiro 16, 2022

Costa ventríloquo!

Vi agora as imagens do debate entre António Costa e João Cotrim de Figueiredo onde se constata claramente que o ainda primeiro ministro faz batota! Através de um auricular está em ligação directa com uma espécie de treinador de bancada que o auxilia e corrige se for caso disso. Que venham agora os polígrafos desmentir aquilo que está no próprio site da CNN, estação que transmitiu o debate.



E a pergunta é: - queremos continuar com uma política de mentiras e com um primeiro ministro batoteiro?


Saudações monárquicas


Post Scriptum: Sobre os fortes indícios de batota por parte de Costa apareceram logo 'técnicos especializados em telecomunicações' a explicarem que era impossível que o 'sussurro' viesse de um auricular. Houve então quem aventasse (ou inventasse) que a voz é do Cotrim a ajudar Costa a explicar correctamente os escalões do IRS do programa socialista! E que para tal não usou a sua voz natural mas um 'sussurro' supostamente jocoso!

Não vou contribuir para alimentar a insanidade mental de tais hipóteses, que a verificarem-se seriam ainda mais graves. E para todos nós. Mas se não foi Cotrim, alguém foi. Investigue-se.

quinta-feira, janeiro 13, 2022

O líder das audiências e única oposição!

 

Ontem a CNNLIXO, rompendo todas as regras, prolongou o debate por mais cinco minutos entre Ventura e Chicão! Tem sido sempre assim, com o líder do Chega a bater as audiências no cabo e a garantir emprego a muita gente. Desde que evidentemente façam tudo para o atrapalhar. O que não é nada fácil.


Depois ainda temos o pós debate, esse um bocadinho mais monótono, uma vez que o painel está invariávelmente de acordo – Ventura perde sempre. Por exemplo, todos vimos que o líder do CDS quis imitar o estilo de Ventura, um erro crasso que lhe saiu caro. Pois bem, os dois paineleiros também perceberam isso, mas não podiam dizer.

A loira, que faz jus à anedota, fez um esforço para raciocinar, enunciou as premissas mas concluiu ao contrário! O Calafate ainda não ultrapassou as eleições do Sporting!


Entretanto começam a sair as sondagens de encomenda e consoante as necessidades. Num dia Costa afasta-se, no outro Rio aproxima-se, o Bloco mantém-se firme, o PCP idem, o Chega perde gaz, a Iniciativa Liberal dá um pulo, o PAN ainda existe, e o CDS afunda-se. Isto vai ser assim até ao dia das eleições.


Uma certeza: - André Ventura e o Chega são as únicas garantias de que há oposição ao regime. Não digo ao regime republicano mas à república laica e socialista que saiu do 25 de Abril. E ganhe muitos votos ou poucos votos está traçada uma fronteira onde o Chega está sozinho. Os restantes partidos estão todos do outro lado. O CDS, a lutar para sobreviver, ainda não percebeu que só vai existir e crescer quando cortar definitivamente com o PSD. Mas não vejo ninguém do CDS para aí virado!


Saudações monárquicas

sexta-feira, janeiro 07, 2022

Ventura entra em cena! Costa está de saída!

 

O debate mais importante das legislativas aconteceu ontem e o resultado foi catastrófico para o ainda primeiro ministro António Costa. As justificações que deu à saída da RTP, e que duraram quase tanto tempo como o debate, confirmaram apenas o que todos vimos. Um desastre.


Denúncias infantis - Ventura não está vacinado! Insinuações sobre o carácter do fiscalista Ventura, e presume-se, dos fiscalistas em geral! Foi buscar a tese de estudante de Ventura! E por fim, a mesma pergunta do Bloco – onde é que o deputado do Chega estava no dia da votação de uma lei contra a corrupção?! Pergunta fatal que abriu a porta às cenas finais onde a corrupção socialista até tem fotografia!


Bem se esforçou o pivot de serviço (jornalista da estação pública!) em interromper, calar, e evitar que a prova que documenta Sócrates e Costa a celebrarem a governação socialista fosse (novamente) vista pelos portugueses! Mas não conseguiu. O país recordou então, durante uns segundos, os bons velhos tempos em quem fomos à banca rota.


O outro sinal de que alguma coisa de grave aconteceu à esquerda eleitoral foi o recato traduzido nos comentários pós debate. Ainda houve alguns que tentaram passar a ideia de que Costa saiu por cima, mas de forma muito rebuscada e pouco convicta. Alguma coisa mudou. Ou me engano muito ou Costa está de saída.


terça-feira, janeiro 04, 2022

Rio aos papéis!

 

Como dizia uma comentadora pós-debate - 'é tramado debater com Ventura'! Tem razão mas a culpa não é do André Ventura. O problema reside no preconceito, a que nem Rui Rio escapa, de tratar Ventura como se fosse um leproso e leprosos todos os que votam no Chega! Atenção, são portugueses, são cada vez mais, estão descontentes, e não se revêm no actual regime.


Seria portanto inteligente da parte de Rio dizer claramente que não exclui, porque não pode excluir, o 'descontentamento' dos votantes do Chega dos seus planos governativos. Mas não disse e começou a remexer nos papéis onde a ideologia não é o seu forte, nem é o forte do PSD. Perdeu-se e nunca mais se encontrou.


Outro aspecto destes debates rápidos são os longos 'debates' posteriores ao próprio debate! Para o efeito são escolhidos comentadores que não se conformam com a ascensão do Chega e interpretam, sem um mínimo de imparcialidade, aquilo que se passou! Para eles André Ventura perde todos os debates, quando não perde também não ganha, e se o resultado, como o de ontem, for muito desnivelado, a culpa é do árbitro!


Finalmente André Ventura não deve embandeirar em arco e alguma humildade talvez ajude. O endurecimento das penas não resolve só por si os problemas da justiça. A confiança na isenção dos juízes e a justiça em tempo útil são mais dissuasoras que a duplicação das penas.

Quanto aos crimes de natureza sexual eles têm sempre uma componente cultural que deve moderar a intervenção do estado. Substituir o 'macete lento' pelo comprimido higiénico não transforma a essência da punição. Para um crente a justiça absoluta não está ao alcance do homem. Muito menos do estado. Deixemos essa miragem aos laicos, republicanos e socialistas.



Saudações monárquicas

segunda-feira, janeiro 03, 2022

Os meus comentários

 

Catarina Martins versus André Ventura

Vamos lá ver, a esquerda já não tem discurso e começar a falar do Papa torna-se ridículo para quem desafia a Igreja no aborto, na eutanásia, nos casamentos homossexuais, etc. Aliás se Ventura lhe respondesse à letra arrasava a ridícula Catarina. Mas mesmo assim o Bloco saiu do debate ainda com menos votos. O socialismo já só vende na península ibérica e não por muito tempo. A URSS já não existe. É preciso avisar a malta como cantava o baladeiro.



A lei dos sefarditas e Abramovich

Aqui o que está em causa não é atribuição de nacionalidade mas a lei ao abrigo da qual ela é atribuída. A lei é mais uma tentativa de reescrever a história e mais um pretexto para dizer mal da nossa história. Uma campanha vil e estupidificante, sem rigor histórico, que analisa o passado com os instrumentos do presente, e contra a qual um dia teremos que reagir. Cantar o hino não chega.

Nota: Este comentário não é contra os judeus que naturalmente aproveitam e agradecem todos os donativos para a sua propaganda vitimista... all over the world.



Conselho Superior de Magistratura dá razão a Sócrates no sorteio dos juízes!

Entreguem a justiça aos juízes de fora. Mas fora da república, porque dentro, para haver justiça, tinha que ir tudo dentro.


Saudações monárquicas