quinta-feira, agosto 29, 2019

Cada vez mais sindicalista!


Estou surpreendido comigo mesmo, habituado a ver o movimento sindical português como correia de ventoinha do PCP (e da esquerda em geral) nunca dei para aquele peditório. Além do mais, e falando em privilégios de classe, ou outras fórmulas marxistas, reconheço-me mais perto dos patrões que dos trabalhadores. Por isso não esperava chegar a esta idade e sentir alguma simpatia por um sindicato que o poder político quer abater a qualquer preço! Uma sanha revanchista que se estende ao Ministério Público com acções que visam ilegalizar o dito sindicato das matérias perigosas! E a história repete-se: - a esquerda quando chega ao poder a primeira coisa que faz é silenciar qualquer fonte de contestação. Também o povo conhece esta reacção dos pseudo democratas - 'Se queres ver o vilão, dá-lhe o chicote para a mão'!

É claro que tudo isto são ilusões e eu às vezes esqueço-me daquilo que ando a pregar a vida inteira: - em república, sem um poder moderador não eleito, é ilusório apoiar uma das partes contra a outra. Pois logo que uma delas vence, transforma-se imediatamente naquilo que combate. Não gosto de citar Simone Veil, uma republicana que não percebeu as causas. Mas exprimiu bem as consequências: - 'a justiça, essa eterna desertora do campo dos vencedores'.


Saudações monárquicas

quinta-feira, agosto 22, 2019

Marinho contrata ponta de lança!


Com o mercado a fechar-se Marinho Pinto consegue contratar um ponta de lança que vale mais que o PDR todo junto. Incluindo a ética republicana que a gente já conhece de ginjeira. Com a embalagem que ganhou Pardal Henriques é de facto um trunfo eleitoral. Mas merecia melhor. E devia ter escolhido um 'clube' melhor. Digo isto porque da maneira que tem sido atacado por tudo e por todos nestes dias de greve... é concerteza alguém que incomoda a nomenclatura. Mas não na companhia de Marinho Pinto, que também é da nomenclatura.

Recordemos que enquanto comentador televisivo (de suspensórios) foi grande defensor da inocência de Sócrates como já tinha sido da inocência dos laicos, republicanos e socialistas que frequentavam a Casa Pia. Com este curriculum não admira que precise de sangue novo para o seu partido democrático e republicano. Enfim, mais uma jogada da maçonaria, que gosta de estar presente em todos os tabuleiros. E assim ganha sempre.


Saudações monárquicas

terça-feira, agosto 20, 2019

Rui Rio e os micróbios!


A saga também podia chamar-se 'Rui Rio e a formiga branca' uma praga trazida para a cena política pelo partido republicano. Uma praga que nunca mais nos deixou. Está em todos os partidos, chamem-se de esquerda ou de direita, e usa preferencialmente a televisão para passar as suas mensagens. Um desses micróbios, seguindo a cartilha habitual, resolveu fazer o balanço da greve como se fosse um jogo de futebol. E anunciou uma grande vitória do governo!

Rui Rio respondeu-lhe como se responde às alcoviteiras: - o governo só ganha quando os portugueses também ganham. Não foi o caso.

Na verdade, esta greve mostrou que a causa dos trabalhadores era justa, que as suas reivindicações tinham razão de ser. Mas também revelou para que lado pende o governo socialista em matéria de conflitos laborais: - pende para o lado dos patrões! Ou pior, pende para o lado que lhe dá mais jeito em termos puramente eleitorais! E se for caso disso é o primeiro fura-greves! 

Se era a este tipo de vitórias que o micróbio se referia, o governo pode ficar com elas e que lhe façam bom proveito. Quanto ao micróbio e aos seus palpites vamos ter que o aturar. E ter paciência.


Saudações monárquicas


quarta-feira, agosto 14, 2019

O CDS não acerta uma!


A continuar assim o CDS tem tendência a desaparecer e o pior é que ninguém dará pela sua falta. Depois da iniciativa para mudar a lei das incompatibilidades tornando-a completamente inócua, depois de mais uns comentários nos painéis do futebol indígena, eis que surge Mota Soares a apoiar a requisição civil decretada pelo governo. Uma medida eleitoralista e desproporcionada face aos serviços máximos já decretados. Os argumentos de Mota Soares - as férias dos portugueses, a economia a sofrer, etc,. - resumem-se a uma boa oportunidade para estar calado.

O CDS nesta greve tinha duas hipóteses: - ou fazia-se de morto evitando perder mais votos nas próximas eleições, ou então, por uma vez, podia comportar-se como um partido de direita e ganhar aí algum espaço de manobra. Um partido da direita (que não temos e faz falta) contestaria o conceito esquerdista de greve tal como está plasmado na actual constituição da república e seria naturalmente contra qualquer greve dos funcionários públicos e afins.

No caso de greves no sector privado, como esta, um partido de direita aproveitava o ensejo para denunciar a total dependência da rede rodoviária de transporte de mercadorias, sejam perigosas ou não! Estamos a falar de um país marítimo cuja grande autoestrada tem que ser o mar! E não perdia a oportunidade para perguntar como vai a célebre 'bitola' da rede ferroviária a haver!

Concluía: - esta greve apenas pôs a nu a fragilidade dos vários governos e da chefia republicana do estado. Amanhã, um qualquer conflito entre franceses e espanhóis, um fecho de fronteiras, paralisa o país. Não há requisição civil que nos valha.* E nunca foram tão verdadeiros os versos (cantados) que são bandeira deste blogue – é o mar, estúpidos!


Saudações monárquicas


* Talvez os ingleses, já livres da união europeia, venham cá descarregar uns bifes.

segunda-feira, agosto 12, 2019

Uma greve que não faça ondas...


Que não cause incómodo à propaganda eleitoral do PS, que permita o silêncio confrangedor do PCP, e do Bloco, que não faça mal ao partido dos animais, coitadinhos, aos verdes que nunca foram a votos, que não faça ondas para a família socialista instalada no governo poder banhar as suas criancinhas (tranquilamente) no Algarve! E que não faça mal ao turismo, receita vital que não depende de nós, e pode acabar de um dia para o outro. Uma greve que poupe os festivais de música do século passado, os litros de álcool que ali acorrem, e claro, que mantenha as prateleiras dos supermercados como se não houvesse greve!

Quanto ás medidas do governo a revolução soviética continua entre nós: - num país socialista é o povo que está no poder. Portanto a greve é proibida porque o povo não faz greve contra si próprio! Adenda lusitana: - e os conflitos privados são sempre públicos quando estão em causa os superiores interesses da nação! De resto podem fazer greve.

Finalmente o folclore – Costa vai de eléctrico para não sei onde, Marcelo percebe a causa dos motoristas e gosta de viajar com eles, e o país vive uma nova era de felicidade – o Benfica ganhou , o Porto perdeu, e o Félix ainda nem começou a jogar a sério mas já não escapa ao panteão! Embora esteja inocente!

Saudações monárquicas

quinta-feira, agosto 08, 2019

Afinal quem governa?! A geringonça socialista ou a PGR?!


Se o governo socialista continuar a pedir à Procuradoria Geral da República que o ajude a governar com as leis que temos... então o melhor é entregar o poder a esse órgão. Órgão sem rosto, ideal para emitir pareceres também sem rosto, como acontece com o esperado juízo sobre se a lei das incompatibilidades é para cumprir ou não, ou se esta greve dos camionistas é ou não legal! Uma clarificação que me parece urgente! Com efeito não podemos continuar a ser governados por quem decreta serviços mínimos de 100%! Há limites...


A greve e as férias no Algarve dos portugueses!

Calculo que o Algarve seja o destino de férias de muitos portugueses e ainda bem que assim é. Mas daí a generalizar a situação como fez o ministro Vieira da Silva parece-me um bocadinho ousado. E mais ousado se torna quando o governo usa esse argumento para sustentar a 'emergência energética'! Que os políticos e a restante nomenclatura estejam por esta altura a banhos no Algarve, eu não duvido. Agora quanto ao pessoal do ordenado mínimo isso já me parece mais difícil.

Sem mais subscrevo-me,

Saudações monárquicas



terça-feira, agosto 06, 2019

Um país sob investigação!


Se alguma coisa distingue a justiça portuguesa de todas as outras é a investigação perpétua! Passamos a vida a investigar, depois embrulhamos tudo em gigantescos processos, que por sua vez dão origem a outros processos, num processo que aparentemente não tem fim. Isto dá emprego a muita gente desde ministério público, juízes, funcionários judiciais, advogados, sem esquecer as várias polícias de investigação, incluindo a GNR, para além da comunicação social quando lhe cheira a peixe graúdo.

Quem paga tudo isto é obviamente o contribuinte que já decorou, de tanto ouvir, o princípio da presunção de inocência, e já se habituou ao facto de haver crime mas raramente haver um culpado. Esta é uma regra que se aplica fundamentalmente aos crimes de natureza económica, ou de costumes, quando entre os presumíveis suspeitos possa estar alguém que está acima de qualquer suspeita! Uma vez por outra, surge um comentário menos abonatório sobre o nosso sistema judicial, mas a república continua impávida.

Dois exemplos recentes: - o ex-ministro Álvaro Santos Pereira acha estranho que passados cinco anos sobre o descalabro do BES ainda não haja ninguém preso!
E também soubemos esta semana que o juiz Rangel, arguido na operação Lex*, vai retomar as suas funções no Tribunal da Relação porque entretanto expirou o prazo de suspensão que lhe foi aplicado pelo Conselho Superior de Magistratura. Mas a investigação continua!

Não há nada a fazer. Somos viciados em investigação.


Saudações monárquicas


*A operação Lex investiga suspeitas de corrupção, branqueamento de capitais, tráfico de influências e fuga ao fisco.

Nota: Em tempos propus aqui neste espaço que quando houvesse suspeitas que envolvessem os chamados 'pilares do regime republicano', o Tribunal de Contas, no sentido de poupar os contribuintes deveria proibir as investigações arquivando imediatamente qualquer tentativa de processo. Pareceu-me na altura uma boa ideia.

segunda-feira, agosto 05, 2019

Que lindo!


Super Taça, estádio do Algarve cheio, o casalinho da segunda circular frente a frente, a lembrar os bons velhos tempos, televisões ao rubro, e a república em peso - presidente, primeiro-ministro e demais órgãos de soberania. Em comunhão com os dirigentes da bola! Faltou o bispo mas a Senhora do Navegantes saiu em procissão, dizem, com boina frígia e manto a condizer! Venceram os rubros e no fim houve festa rija – cadeiras pelo ar e cenas de violência avulso. Um dos agredidos, dirigente do Sporting, queixou-se dos adeptos do Benfica. Deve ter-se equivocado porque aqui deve haver dedo de Bruno de Carvalho. Os restantes terroristas de Alcochete não devem ter sido porque estão em casa com pulseira electrónica! Será que há mais grupos terroristas e a CMTV não sabe?!
E viva a república!

Saudações monárquicas


Nota: Não vale a pena pensarem em regionalismo: Os algarvios são todos do Benfica e do Sporting, os alentejanos também. No interior esqueçam, só há pinheiros, fogos, e eucaliptos. Restaurem o Condado Portucalense e o regionalismo está feito.

sexta-feira, agosto 02, 2019

República incompatível...


Incompatível desde logo com a legalidade, porque não cumpre a lei. E com a justiça porque não a aplica! Ou só a aplica quando entende. E tem ainda a desfaçatez de invocar o desconhecimento da mesma. No caso, uma lei de 1993 que durante a sua 'vigência' sofreu inúmeras alterações, incluindo a que entrará em vigor na próxima legislatura! O que demonstra o contrário do que agora afirmam. Ou seja, conhecem-na bem demais. Mesmo assim ensaiam uma fuga para a frente a ver se pega – a procuradoria geral da república que esclareça o sentido da lei! Isto só na república das bananas! Inventam-se então desculpas infantis e ao mesmo tempo comprometedoras – não há jurisprudência! O que só pode significar que a lei (durante mais de vinte e cinco anos) nunca foi aplicada! E das duas uma – ou não houve fiscalização, ou então houve mas foi varrida para debaixo do tapete. Única maneira de explicar os inúmeros casos de violação agora descobertos! Descobertos por acaso e à boleia do escândalo das golas anti-fumo!

Como é que isto vai acabar?! Como sempre – a procuradoria emite um parecer redondo e inconclusivo, o presidente tira mais uma selfie, e o povo paga a factura.


Saudações monárquicas


Nota: Isto era impensável ficar impune numa qualquer monarquia europeia.