Depois da resignação os acontecimentos passam à nossa frente
como um filme sem legendas. O sentido torna-se compreensível porque as imagens
se repetem e os actores são os mesmos. E já lhes conhecemos as manhas. Vou dar
alguns exemplos:
Manuela Ferreira Leite explicava qual é o espaço político do
PSD – ‘vai do centro esquerda ao centro direita’!
Pergunto: Não seria melhor a senhora confirmar aquilo que já
todos percebemos. Que a união nacional nunca acabou!
Outra curiosidade: Rui Rio escolheu a ex-bastonária Elina
Fraga para a sua comissão política. Deu-lhe uma vice-presidência! E também
ficámos a saber que a dita Fraga, que era do CDS e agora do PSD, anda
horrorizada com o facto de sermos governados pela esquerda!
Pergunto: - Não seria melhor a senhora da voz grossa
esclarecer os portugueses porque é tão apoiada por tudo quanto é jacobino
/maçon?!
O governo Costa, pela mão da autoridade tributária, anda a
ameaçar os contribuintes que não cortarem as árvores e os arbustos que possam
arder! E enumera distâncias e coimas.
Resposta: Pois bem, considerando que foram os governos da
república que expulsaram os portugueses das suas terras e rebanhos para aí
plantarem pinheiros e eucaliptos, não é justo obrigar esses portugueses (ou os
seus descendentes), forçados a habitarem nos dormitórios de Lisboa e Porto, a
irem á santa terrinha cortar a meia dúzia de pinheiros que lá deixaram.
O meu caso é um pouco diferente. Habito numa casa antiga
com algum terreno à volta e no pátio existe um plátano centenário que é maior
do que a casa. Não fiz ainda as necessárias medições, mas estou mais preocupado com o vento do que com o fogo. Seja como for esclareço as finanças que prefiro demolir a
casa a eliminar a árvore. Embora na primavera o respectivo pólen me cause
algumas alergias. Mas há alergias e alergias.
Saudações monárquicas