terça-feira, novembro 26, 2019

Somos bons é lá fora!


Numa curiosa deslocação de interesses, que a psiquiatria estuda e reconhece, os portugueses vibram com as façanhas dos seus emigrantes (lá fora) como se fossem façanhas dos seus nacionais cá dentro. E depois é claro segue-se o ritual do costume – a medalha na primeira oportunidade e o panteão da república, na última. Entretanto somos todos do Flamengo, da Juventus, do Atlético de Madrid, quando ainda há pouco éramos do Real, sem esquecer o recente Tottenham, ou o mais longínquo Mónaco. A regra básica nesta matéria, a cargo da comunicação social, é tentar meter na conta de Benfica, Sporting e Porto, por esta ordem, os créditos dos novos heróis. Por exemplo, se o João Félix marca um golo em Madrid os adeptos encarnados festejam como se tivesse sido marcado no estádio da Luz! Já na recente conquista da Libertadores Jesus é aclamado por benfiquistas e sportinguistas... no país inteiro. Sem esquecer o pessoal de Braga que é do Benfica.

Dito isto, pergunta-se: - já desistimos de ver os 'nossos heróis' a jogar ou a treinar cá dentro?! Em Portugal?! Ou perguntando de outra forma: - porque é que o nosso campeonato não tem níveis de seriedade e competitividade, por forma a reter os melhores?! Isto quando se sabe que os países do leste europeu já são mais atractivos do que nós! Continuando com as perguntas: - será que nada disto tem a ver com a corrupção* que nos empobrece todos os dias?!

Responda quem souber ou quem estiver interessado. Estamos a falar do futebol mas as perguntas e as respostas aplicam-se ao resto.


Saudações monárquicas


*Leia-se - regime corrupto.

sábado, novembro 23, 2019

As notícias que interessam

A impunidade em Portugal é uma vergonha!

André Ventura na manifestação dos polícias!

A verdadeira reivindicação das forças de segurança!

O muro de betão em frente à assembleia da república!

Rui Pinto (que denunciou a corrupção) continua preso!


Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 20, 2019

Joacine! Deixa-te de tretas!


A gente atura-te a gaguez, mais ou menos aguda, consoante, mas não te atura mais nada. Primeiro as declarações de amor ao Ferro Rodrigues (acho que o homem é casado), depois o salário mínimo sentimental, em euros, e por último a primeira proposta oficial: – Aristides ao panteão da república!

Proposta realmente singular não se sabendo bem se o próprio, sendo verdade o que dizem, gostaria de ficar entre jacobinos e regicidas! Bem sei que abriu uma secção para fadistas, outra para futebolistas, ou para algum poeta contrariando a poesia. Mas não é para aí que o querem mandar. Deve ser para o lado esquerdo da propaganda sendo certo que é feio usar os mortos para esse efeito. Além do mais, Joacine, não falaste nisso na campanha eleitoral. Andas a enganar os teus eleitores?! Ou andas a reboque da agenda sionista?! Sim, daqueles que matam palestinianos depois de lhes ocuparem o território! Qual é a tua afinal?! Amor?! Ódio?! Mandarete?!

Responde lá de maneira que a gente entenda.

quinta-feira, novembro 14, 2019

Os problemas do Ventura!


Os problemas do Ventura são os de qualquer oposição face a um regime instalado, ao governo que lhe corresponde, num país demasiado pequeno para haver oposição, ainda por cima a viver de amigos... europeus. Neste contexto sobram algumas minudências para discordar, algumas verbas para discutir, ou alguns escândalos de corrupção que o dito governo não quer discutir.

Vamos por partes. Quando digo 'regime instalado' refiro-me ao regime republicano, devidamente suportado pelas corporações do costume, pelas maçonarias habituais, que controlam quase tudo, desde a justiça à comunicação social.
Um regime destes, e nestas condições, produz naturalmente governos socialistas peritos em distribuir aquilo que não produzem, garantindo ao mesmo tempo as clientelas que hão-de assegurar futuras reeleições.

Neste quadro Ventura teve um minuto e meio para contestar o socialismo esquecendo-se (ou ignorando) que o socialismo não é causa mas a consequência do regime que ele não contesta. Nesta matéria o máximo que propõe é uma república presidencialista. Que sendo mais transparente, no essencial nada muda. Deixo-lhe alguns avisos. Traz um crucifixo no bolso mas a república só lhe concede essa liberdade por enquanto. Um dia poderá talvez ostentar esse crucifixo em sua casa, fora do espaço público, tal como a primeira república concedia que as procissões não ultrapassassem o adro da Igreja. Os tempos são outros, dirá! O problema é que o ser humano, como é patente naquela assembleia, não mudou assim tanto.


Saudações monárquicas