domingo, março 30, 2014

Esclarecimento!

Dizia ontem o leader da oposição: " Atenção, nós não queremos que sejam os outros estados europeus a pagar aquilo que devemos. O que nós dizemos é que a dimensão da nossa dívida exige uma resposta global, europeia, porque não sendo assim, não a conseguiremos pagar". Se não foi isto que Seguro disse, andou lá perto. E eu, se fosse credor de um país onde a oposição faz uma afirmação destas, ficava por certo de pé trás.

Mas este discurso é no fundo igual ao que anima o já famoso grupo dos 'setenta signatários'! São aliás mais de setenta, são muitos, e estão agora muito aflitos com o futuro das suas 'abastadas vidas europeias'! Das suas, e dos amigos, obviamente. Eu já explico o que quer dizer 'abastadas' e 'europeias'.

Em primeiro lugar, abastadas, porque correspondem a um nível de vida que não tem, nem nunca teve nada a ver com aquilo que produzimos, com aquilo que podemos distribuir. Entrámos alegremente para um clube de países ricos, sem dinheiro sequer para pagar as quotas, e (secretamente) baseámos a nossa política naquele slogan que os comunistas escreveram nas paredes: - 'os ricos que paguem a crise'. Foi assim, mas eles cansaram-se de pagar.

E agora o europeísmo, ideário de afrancesados sempre prontos a abrirem as portas da cidade a um qualquer Napoleão! Hoje a coisa é mais prosaica: - a quem esteja disposto a pagar a conta. E assim, com este estado de espírito, vá de esperar tudo de uma Europa mítica, solidária, igualitária, libertária. Laica, republicana e socialista, de preferência.  
Ora bem, este europeísmo, falso como Judas, é subscrito hoje, é discurso eleitoral, e se calhar ganha votos, num país que tem mais de quinhentos anos de história atlântica e ultramarina. Ridículo, se não fosse trágico.

Saudações monárquicas  

sexta-feira, março 21, 2014

Kiev, berço da Rússia

Fronteira cristã, que deu Santos e Czares à Rússia, mil vezes devastada por turcos e tártaros, alvo de cobiça do ocidente, é hoje uma terra onde ninguém se entende!
A ignorância e a estupidez podem, por uns tempos, baralhar as consciências, mas não podem enganar a história. Nem as almas se deixam enganar por ideologias. Tão pouco por euros, ou dólares. Mais tarde ou mais cedo a situação voltará ao princípio. E o princípio, aquele que ainda é relevante, essencial, é o choque entre civilizações. Religiões diferentes, diferente perspectiva sobre o homem. O resto é política curta e baixa.
Mas haja esperança! Porque uma cidade onde persiste a estátua de um Dolgoruky, Volodar (Príncipe) da Ucrânia, e uma universidade com o nome de São Vladimir, tem que saber qual é o seu destino.



Saudações monárquicas

quarta-feira, março 12, 2014

Setenta… mais um!

Se não gostam de papagaios, se acham ofensivo, altera-se a coisa para: - setenta republicanos à conquista do poder. Falta um! Esse agora não interessa, fica para o fim.

É claro, que como em todas as grandes jogadas, valem aqui os mesmos princípios e as mesmas leis que Orwell tão bem descreveu no ‘Triunfo dos porcos’. Existem os espertos que ficam na sombra a comandar, e não assinam, existem os que assinam tudo, embora não saibam escrever, e existem os célebres ‘companheiros de jornada’, tão úteis para compor o ramalhete, ou seja, para dar um ar de seriedade ao dito movimento. Incluem-se nesta rubrica figuras transversais, como agora se diz, mas que comungam do mesmo ódio ao actual governo e esperam, quiçá, um lugarzinho no próximo.

O que sabemos de ciência certa é que se por qualquer motivo ascenderem ao poder, via propaganda da renegociação da dívida, irão fazer o mesmo que este governo tem que fazer: - ter juizinho, tratar bem os credores, porque senão acabam-se os euros. E isso é o que menos interessa aos setenta. E a nós também.

Falemos agora do tal ‘setenta e um’! Muito embora não faça parte daquele grupo, também anda à procura de protagonismo. Presidente de um clube subsidiado pelos bancos (e nisso não é original) grita como se toda a gente lhe devesse dinheiro! Se o seu clube perde ou empata, gesticula com os árbitros, diz-se roubado, contabiliza hipotéticos prejuízos, apaga benefícios descarados e, curiosamente, tem o tempo de antena que os seus alvos preferidos nunca têm!

Se fosse só ridículo, não haveria grande problema. O problema é que estas coisas às vezes dão para o torto.
O mesmo se diga a propósito da 'jogada' dos setenta.


Saudações monárquicas