domingo, setembro 30, 2012

A minha remodelação

De acordo com o que se ouve e escreve parece imperiosa uma remodelação governamental! Fala-se em remodelação de caras e aumento de ministérios. De caras no sentido de serem afastados os ministros que incomodam alguns interesses corporativos. Aumento de ministérios porque essa é a psicose socialista de aumentar permanentemente o estado e as suas funções.


Não vou por aí, a remodelação que proponho é mais profunda, dói mais, mas custa menos à nação.


Antes porém, recordemos o ponto de partida. Se bem se lembram defini, alguns postais atrás, quem eram de facto os verdadeiros governantes deste país. E também se lembram que nessa altura estabeleci a respectiva hierarquia por ordem decrescente de importância. Vinha em primeiro lugar a troika, seguindo-se o longo cortejo dos vários poderes fácticos: - o poder oculto das maçonarias, os órgãos onde estes figurões se aninham, os tribunais superiores, o poder da rua, e finalmente o governo eleito. A este conjunto riquíssimo de governantes há que acrescentar a preciosa colaboração da comunicação social que amplifica as diversas intervenções consoante a análise que faz do seu próprio serviço público!


Remodelemos então:


Não sendo possível remodelar a troika, por ser estrangeira, comecemos pelo poder oculto.


Sei que é tarefa complexa, por ser oculto, mas podemos fazer um esforço, quanto mais não seja, em nome da transparência que se exige aos governantes. Nesse sentido, a obrigatoriedade do registo de interesses já seria um passo importante. Ou seja, o candidato, ou candidata, a cargo público relevante (refiro-me fundamentalmente aos órgãos de soberania) teria que dizer se pertence ou não a organizações discretas, de obediência secreta, para que todos saibamos, em caso de conflito de interesses, para que lado pende o seu coração. Claro que o candidato pode sempre mentir, mas esse já é outro problema. E fica registada a hipotética mentira.



Clarificados os homens, ficam clarificados os órgãos, tornando possível remodelar em nome da equidade e da decência. Assim, talvez fosse necessário ponderar a influência de determinadas ‘irmandades’ em determinados órgãos. Em especial no que toca aos tribunais superiores. É o problema da desconfiança na justiça! Noutra vertente, a duplicação de cargos e a sobreposição de entidades, com as mesmas pessoas, ao melhor estilo leninista, é algo que também necessita de remodelação urgente.


Curiosamente, na assembleia da república, passa-se um pouco o contrário! Aí, existem imensas pessoas que os portugueses desconhecem! Não votaram nelas, nem fazem ideia de como lá foram parar! Isto acontece por causa da lei eleitoral, devido ao sistema de listas, que coloca o poder representativo nas mãos dos chefes partidários! Mudar este sistema (o sistema de listas) é uma prioridade na minha remodelação.



Mas também precisamos de quotas, não de quotas por sexo, mas de quotas de independência e mérito. Por exemplo, todos desconfiamos que há um excesso de advogados na assembleia da república, um excesso corporativo que transformou o parlamento numa fábrica de leis! Também aqui é preciso remodelar. Remodelar para diversificar. Para além disso, temos que chamar para o parlamento pessoas com experiência de vida, pessoas bem sucedidas na sua profissão, sobretudo pessoas que não dependiam do orçamento de estado.


Se calhar, se esta condição fosse hoje aplicada, a actual assembleia da república esvaziava-se rápidamente. Ficavam lá meia dúzia!


Por isso é preciso fazer qualquer coisa. É que se não fizermos nada corremos o risco de estar a alimentar um hemiciclo que funciona em circuito fechado. E assim não é de admirar que as leis que dali emanam sirvam interesses que não coincidem com os interesses da população.



A remodelação já vai longa mas não posso terminar sem uma remodelaçãozinha na comunicação social, em especial nas televisões. Como bem sabem cabe-lhes satisfazer um caderno de encargos bastante exigente, uma vez que operam (todas elas) em regime de concessão. Entre os encargos sobressai a obrigação de serviço público, coisa que raramente cumprem, quando não se transformam elas próprias em agentes de sabotagem desse mesmo serviço!


Ora eu não conheço melhor serviço público do que ter em conta a vontade soberana do povo português, vontade essa que se exprime nas urnas em cada eleição. Por conseguinte a remodelação passa por obrigar as televisões a respeitarem em termos informação política (e de comentário político) os resultados eleitorais. Sem prejuizo naturalmente de algum contraditório mais pertinente. Explico: se o governo diz ‘sim’ e a oposição diz ‘não’ o que devia acontecer no final de cada dia informativo (e de comentário) seria um número de minutos (dedicados à controvérsia) que se assemelhasse à contabilidade eleitoral. Mas não é nada disso que se passa. Os microfones estendem-se generosamente a todos quantos discordam de determinada medida do governo, e os que concordam, que são naturalmente a maioria absoluta, acabam práticamente silenciados! Isto é o quê?! Liberdade de informação?! Serviço anti-público?!


Mas tudo na vida tem remédio. E a solução passa mais uma vez por uma remodelação (corajosa) que pode chegar à suspensão da licença ao concessionário prevaricador.



Como vêm, não custa nada.





Saudações monárquicas

sábado, setembro 29, 2012

Palavra de ordem intersindical

Dá rédea livre à inveja

Todo o vapor ao teu ódio

Morde na língua e rasteja

O teu lugar é no pódio!



A estupidez que comandas

Albarda o burro que és

É contra ti que tu clamas

Tens a cabeça nos pés!



Se mesmo assim achas pouco

Se vês no espelho um anão

Põe-te a gritar como um louco

Pede desculpa ao patrão!

sexta-feira, setembro 28, 2012

Versos de um tempo que nunca existiu!

Guerra civil




Era a vida ou era a morte

Era o velho pelo novo

O velho sempre mais forte

O novo sempre mais novo



Vinham de todos os lados

Ocuparam a cidade

Havia muitos soldados

Não havia liberdade



Ninguém se deu por vencido

Lutaram até ao fim

Ouviu-se um longo gemido

Vais ter saudades de mim



Era a vida ou era a morte

Ou foi o tempo perdido…

Se soubesse que era a morte

Nem sequer tinha nascido!

quarta-feira, setembro 26, 2012

Passos trocados...

Mais um que recua perante o monstro! Mais um que não afronta o partido do estado, o partido do bloco central. Seria aliás muito difícil acontecer outra coisa. Seria uma traição a quem o elegeu. Bem pode Passos dizer que se marimba para as eleições porque haverá sempre quem lhe lembre que há uma factura a pagar. Por isso Passos agradece o chumbo do tribunal constitucional, chumbo que lhe dá um alibi para poupar na função pública e assestar baterias sobre os mais fracos, os que podem ser despedidos, os que têm reformas de uma maneira geral mais pequenas, fruto de carreiras contributivas sujeitas ao sobressalto do mercado de emprego. Nada que se compare com o sossego das carreiras contributivas de quem tem o vínculo público.

Porque é preciso que se repita, as vezes que forem precisas, que o desemprego existente em Portugal, a tal taxa de 16% que enche a boca dos partidos e sindicatos de esquerda, corresponde na realidade a desemprego no sector privado. Não no sector público. E também é preciso esclarecer que os sindicatos que temos só estão verdadeiramente preocupados com a redução do monstro, que a acontecer lhes retiraria a sua tropa de choque, aquela que pode fazer greves sem receio de perder o seu posto de trabalho. E lá estamos nós a falar novamente dos... funcionários públicos.

Resumindo e concluindo, Passos seguiu o caminho mais fácil, o que todos têm seguido, recuou. E recuou por medo. Medo do monstro, que se torna cada vez mais perigoso, à medida que se aproxima o seu inexorável fim. Mas uma coisa é certa - se Passos não o derrubou, já nasceu quem o irá derrubar. Pois não é possível sobreviver com o actual nivel de despesa pública. Serão tempos difíceis, incertos, perigosos para a Europa, e para nós, pedintes profissionais, ainda mais aviltantes. Estamos em saldos. Vendemo-nos ao primeiro que nos oferecer uma ilusão, a esperança de continuarmos com a nossa vidinha! Não é por acaso que o programa ‘prós e contras’ do serviço público já foi (parcialmente) falado em… catalão!


Se calhar vamos ser todos monárquicos, e não sabemos. Ou então vamos ser todos republicanos e também não sabemos como é que isso vai acabar!


Uma coisa é certa, a hipótese de uma perigosa (e parcial) federação de repúblicas laicas na península, com um imperador europeu (francês ou alemão), uma espécie de regresso ao passado, é sempre um cenário trágico para nós. Obrigados a naipe, ou seja, a alinhar no euro, e por conseguinte a alinhar do lado das potências continentais, contra a Inglaterra e Estados Unidos, vai ser o cabo dos trabalhos outra vez! Já demos essa matéria, o dilema resolve-se sempre a favor do mar. O mesmo mar que rejeitámos e esquecemos, entretanto.

Saudações monárquicas 

terça-feira, setembro 25, 2012

Passos perdidos…

Portugal só sairá do estado de menoridade em que se encontra há muitas, muitas décadas, quando se libertar da síndroma dos vários socialismos que lhe intoxicaram a mente. Para já não falar do resto. Socialismos de direita e de esquerda, que lhe retiraram, e retiram, quer a liberdade quer a ideia de responsabilidade individual. Ora é precisamente a responsabilidade individual que nos define como adultos. Pelo contrário, a procura da culpa nos outros é o maior sintoma de menoridade mental. É clássica a expressão dos bancos da escola: - não fui eu, senhor professor, foi aquele menino! Nós estamos ainda nesta fase. Aliás, já nem damos por isso, já nem damos que a propósito de tudo e de nada, clamamos pelo estado, que consideramos responsável por tudo o que de mal nos acontece. Por exemplo, cai uma arriba na (extensíssima) costa portuguesa, bate na cabeça de alguém, e todos pedem responsabilidades ao estado, ao governo, porque não fez nada para o evitar! Com os incêndios é a mesma coisa. Com os partidos que escolhemos para governar e que depois já não queremos porque nos retiram direitos que achamos inalienáveis, é o mesmo. Haja ou não dinheiro para os sustentar. Tal como os miúdos que choram e berram se o ‘papá’ não lhes dá o brinquedo que eles querem.

Ora bem, nestas circunstâncias, só alguém de fora, com força, nem que seja a força do cheque, será capaz de impor alguma ordem e racionalidade, duas condições indispensáveis ao crescimento, primeiro das mentalidades, e só depois da economia. O problema é que não há ninguém de fora disposto a isso. Somos nós que nos temos que educar. Como?! Em primeiro lugar tomando consciência da nossa menoridade cultural.

Dou outro exemplo: - não é possível continuar a alimentar o pão e circo, próprio de um povo alienado, que se chama futebol! Não é possível continuar a alimentar o nacional-benfiquismo (que inclui o Sporting) como o fez durante quarenta anos o estado novo! Isto não ajuda nada ao crescimento. Porque são os mesmos que infantilmente se entretêm no ‘fora o árbitro’ que governam ou estão posicionados em altos cargos neste país! Um péssimo exemplo para a população que naturalmente segue e imita aqueles disparates.

Querem maior prova de infantilidade que aqueles programas de segunda-feira, nos três canais de televisão, um deles dito de serviço público, onde não se discutem os problemas de fundo do nosso caricato campeonato nacional mas apenas os problemas causados pelos árbitros ao Benfica, Sporting e Porto!

E ninguém acaba com isto?! E ninguém se revolta com isto?!

Claro que não. Esta é a droga indispensável para manter a população no estado de embrutecimento que convém à nomenclatura que assaltou e despojou o país. Com a bandeira do socialismo!

Eu sei que poucos aceitam ouvir isto. Porque são sempre poucos os que gostam de ouvir a verdade, principalmente quando ela lhes toca de perto.



Saudações monárquicas

segunda-feira, setembro 24, 2012

Tudo governa minha gente!

Assim gosto, uma democracia autêntica, toda a gente a governar, tenha ido a votos ou não, de preferência alguém que a comunicação social aprecie e goste. Todos botam faladura, opinião, as medidas que não podem ser tomadas, aquelas que devem ser tomadas, enfim, o tal país de cigarras que a fábula inventou a pensar em Portugal!


Mas vamos por partes, analisemos (por ordem de importância) os mais destacados e assumidos governantes deste país:


Em primeiro lugar e como todos sabemos governa a troika e enquanto for ela a decidir se manda ou não manda o cheque, é ela que tem efectivamente a última palavra.


Em segundo lugar governa o poder oculto, jacobino, com algumas nuances, agrupado nas várias corporações de interesses, também ocultos. Os seus representantes multiplicam-se em aparições na comunicação social e reconhecem-se fácilmente pelo seu amor entranhado à constituição da república! E de tal maneira a amam e defendem que tudo leva a crer que sem ela (constituição) deixariam de governar! Se a deixavam de amar entretanto e passavam de armas e bagagens para a próxima constituição/situação… é uma incógnita, mas não é nada que já não tenha ocorrido.


Em terceiro lugar governam alguns órgãos ocupados pelos personagens que já governavam… em segundo lugar. Refiro-me à chefia de estado, ao secretismo do seu Conselho, ao ruído que emana da assembleia da república, e aos tribunais superiores. Neste capítulo sobressai naturalmente o tribunal constitucional que espera silenciosamente pelas decisões do governo para as aprovar ou chumbar consoante os interesses que defende.


Em quarto lugar temos as manifestações espontâneas, devidamente organizadas, e as vigílias, cuja função é orientar a política do governo.


Por último, governa o governo eleito, e quer tenha maioria absoluta ou não terá que se sujeitar a quem de facto governa!


É claro que se poderia perguntar para que servem as eleições?! Mas não vale a pena.




Saudações monárquicas

quarta-feira, setembro 19, 2012

Trova popular

O povo, só oiço… o povo, o povo, o povo…


Democracia

Porque és tão fria
E tão distante
Sei que és brilhante
Nunca te vejo
Mando-te um beijo
Vê se apareces
Se não te esqueces
Do meu quintal
Dou-te a morada
É Portugal!


O povo…


Bela palavra

Tão prometida
Tão badalada
E tão esquecida
Neste tormento
Eu só lamento
A dívida
Quem a criou
Quem a gastou
Não vai pagar
Já se escapou!


O povo…


Mas que agonia

Que nostalgia
Estamos nas lonas
Tu não funcionas
Democracia!
Tanta voragem
Não há coragem
Sai sempre aos mesmos
A lotaria!
O povo, o povo,
Nada de novo!




Saudações monárquicas


sábado, setembro 15, 2012

“Que se lixe a troika” ou que se lixe o cheque?!

Convinha esclarecer o propósito dos organizadores de manifestações (e slogans), antes de participarmos em algum dos já anunciados protestos. Por mim, se for, ‘que se lixe o cheque’, talvez encarasse a situação. Não sou rico, é certo que arriscaria a minha pensão de reforma, que entretanto o estado nacionalizou sem eu saber porquê, mas como digo, se o meu protesto servisse para encontrar uma fórmula patriótica de resolver a situação, talvez saísse à rua para dizer ao governo que é preciso algum sentido prático da vida para se governar um país.


Mas as manifestações destinam-se apenas a fazer barulho, desde que o cheque não esteja em causa. Cheque, que todos sabemos, serve fundamentalmente para alimentar o gigantismo de um estado ‘pós- soviético’. No caso, pós-salazarista, ou seja, com todos os defeitos da segunda república (estado novo) e todos os defeitos da primeira! Lindo, ninguém conseguiria melhor!


Ora bem, para este peditório, não dou. Não dou para a ‘educação pública’, não acredito neste mito, prefiro os jesuítas. Na altura, ensinavam melhor, não se conseguia ser oficial de nenhum ofício sem a necessária prática, ou seja, sem provar (primeiro) competência. E já agora pergunto: - porque é que um jovem serralheiro mecânico, por exemplo, tem que se fazer à vida para arranjar trabalho e outro jovem que resolveu ser professor tem que ter emprego certo no estado?! Aceitam-se respostas inteligentes.


Mas também não dou para a ‘saúde pública’, aquela em que uma pessoa tem uma dor, precisa de um médico, o médico não existe, não se consegue, a não ser depois de uma estadia (mais ou menos prolongada) no banco de um daqueles hospitais monstruosos, cheios de corredores, a fazer lembrar mais uma vez a ‘saúde soviética’!


E também não dou para o actual regime partidário continuar a grasnar em economês em lugar de falar em política.


Por último, nestas ocasiões, em que vejo os ratos a abandonar (apressadamente) o navio, apetece-me ficar, talvez por ser do contra, ou (vaidade minha) por causa de algum cromossoma aristocrático, mais resistente!




Saudações monárquicas

quinta-feira, setembro 13, 2012

Tempo de antena desproporcionado!

Desigual, longe da equidade, antidemocrático, para usar as expressões em voga, é o mínimo que se pode dizer do tempo de antena concedido à oposição sempre que o governo produz qualquer acto de governança! Seja um gesto, seja uma sílaba mal pronunciada!

Já o referi várias vezes, é um dos pecados da nossa incipiente democracia, sintoma de pequenez, perigoso para as instituições, perigoso para todos nós, incluindo aqueles que acham ‘muito bem’!


Dá ideia que a propósito de tudo e de nada se forma uma gigantesca ‘frente nacional’ contra o governo, uma onda de contestação liderada pelos órgãos de comunicação social, nomeadamente pelas televisões, como se a população inteira estivesse ali a ser representada. Um absurdo e um engano. Um engano que é tudo menos ingénuo.


Eu bem sei que os canais noticiosos têm que dar notícias, têm que se justificar, e apagados os incêndios, esgotadas as importantes notícias sobre o Benfica, os acidentes de viação no Burkina Faso, há que encontrar novas (velhas) opiniões dos partidos de esquerda, da intersindical, que se multiplica em intervenções, e de uma maneira geral de todas aquelas pessoas que desde a primeira hora declararam guerra a este governo!

Mas nem tanto ao mar…


E surgem as inevitáveis perguntas: - Será que temos notícias a mais?! Será que temos canais de televisão a mais?! Ou vamos continuar a merecer (a má) fama que já havia impressionado os romanos: - ‘não se governam, nem se deixam governar’!




Saudações monárquicas

quarta-feira, setembro 12, 2012

Com esta oposição…

Pode o ministro das Finanças dormir descansado.


A começar pelo PCP, relíquia arqueológica com direito a Guiness, um partido oscilante entre um nacionalismo (!) de trazer por casa e uma secreta admiração pela Coreia do Norte! Continuando com a verde Elisa Apolónio, outro case study, nunca foi a votos, por isso não sabemos qual o seu verdadeiro peso eleitoral! Desconfiamos que é nenhum. A seguir, descendo até ao Bloco, verificamos que é agora dirigido por uma regateira, aos gritos! O que pretende?! Também não sabemos. E chegamos finalmente ao inseguro PS cuja alternativa consiste em ir fazer queixinhas ao presidente da república!

Portanto, e por consequência, só a ambição e a vaidade desmedidas de Portas poderão causar algum embaraço a Vítor Gaspar.


Mas quer isto dizer que concordo com a actual política do governo?! Claro que não. Limito-me a verificar que não existe oposição em Portugal, só isso. Há muita discussão, muita gritaria, mas no essencial estão todos de acordo. Por exemplo, ninguém quer fazer reformas estruturais, especialmente a reforma das reformas, ou seja, mudar a constituição! E a partir daqui mudar a lei eleitoral, para que haja alguma relação entre eleitores e eleitos, para que as leis e os tribunais funcionem, para enfim reduzir o peso das corporações, o peso da nomenclatura na máquina do estado. Sem esquecer o fardo que os partidos representam no poder autárquico. Mas destas reformas os partidos não querem ouvir falar, porque isso seria reduzir o seu poder, o poder dos aparelhos partidários.


Nestas circunstâncias Vítor Gaspar (e Passos Coelho) vão continuar a fazer as tais ’cócegas’ que todos criticam mas que no fundo todos aceitam para continuar tudo na mesma. É assim a república que amamos.



Saudações monárquicas



Nota básica: Ontem, no mesmo dia em que soubemos dos apertos que nos esperam, mais própriamente à noite, em Braga, estava um estádio cheio, para ver o Azerbaijão jogar contra a selecção. Conclusão: Vítor Gaspar ainda tem muita folga para cortar na despesa.

domingo, setembro 09, 2012

Pinheiros, eucaliptos, fogos (postos) e bombeiros…

E lá se vai o nosso dinheiro!

O pateta e o esperto andam sempre juntos, são amigos, não passam um sem o outro. O pateta diz, temos uma enorme riqueza florestal! O esperto reclama imediatamente a sua defesa. Com meios aéreos, pondo um funcionário (público) atrás de cada árvore, para a proteger e guardar, enquanto vão exigindo (os dois) responsabilidades aos governos de ‘direita! Como se houvesse algum governo de direita neste país coxo, como se fosse possível, nas actuais circunstâncias, evitar a vaga anual de incêndios. Vaga de incêndios que já faz parte do programa político da oposição, no que toca a dividendos, e do programa do governo, no que toca a custos!


Mas desenganem-se. Mesmo que não fosse arma de arremesso político, o problema dos fogos (postos ou não) mantinha-se, e mantém-se. É uma questão estrutural, chegámos a este ponto por decisão política e só daqui sairemos através de outras decisões políticas.


Já escrevi sobre isto e não me parece que haja volta a dar: - ou queremos continuar a ser ‘ricos’, mantendo os pinheiros e os eucaliptos onde antes havia pessoas e rebanhos; ou preferimos voltar a ser ‘pobres’, e damos nova vida ao interior do país! É uma questão de escolha.

Por mim, entregaria a decisão a pessoas menos patetas, e sobretudo, menos espertas.





Saudações monárquicas

quarta-feira, setembro 05, 2012

A cidade do futebol!

Li a notícia, e compreendi perfeitamente - o país do futebol precisava de uma cidade do futebol. Por isso o presidente da respectiva federação decidiu-se a apresentar, hoje, ‘na tribuna de honra do estádio nacional’, o projecto da futura metrópole, a erigir no mesmo local. Convidadas as mais altas individualidades, desde logo o ministro Relvas, a incomparável corte que acompanha as selecções, e por certo uma série de empreiteiros a esfregarem as mãos de contentes.


Portanto, obras públicas em perspectiva, absolutamente necessárias para levantarem o ânimo da nação. Oh não fosse o futebol, a avaliar pela propaganda, o grande motor da economia. Milhões para a esquerda, milhões para a direita, milhões que entram, milhões que saem, recordes de transferências, e mesmo assim, os clubes, os portugueses, o estado, em falência técnica! E mesmo assim, os subsídios a voarem dos bolsos de quem trabalha, e dos reformados, para o bolso do ministério das finanças. Vá lá perceber-se este futebol! Vá lá perceber-se este país!


Nota básica:


A notícia refere que no Jamor serão construídas imensas infra estruturas desportivas, desde hotéis de cinco estrelas a pavilhões multiusos, mas não se refere à esperada (pelo menos, eu espero) reabilitação do estádio nacional, como lugar de eleição para os jogos da selecção nacional. Ou pretende-se continuar a encher os bolsos de Benfica, Sporting e Porto com o aluguer dos respectivos estádios, de cada vez que a selecção lá vai jogar?!

É que se for assim, eu como contribuinte, reajo. Como português, também.

Saudações monárquicas

segunda-feira, setembro 03, 2012

Privatizar o quê?!

Sou suspeito, sou do Belenenses, e noutro ângulo, (feroz) opositor ao regime vigente, portanto, eu pergunto: - em caso de alteração do actual estatuto da ‘televisão pública’ (e da ‘rádio pública’) será que consigo saber (em tempo útil e horário normal) os resultados dominicais do meu clube?
Devo confessar que actualmente, a coisa não está fácil! Com três canais ‘públicos’ (rtp1, rtp2, e rtpn), em produção contínua, só conseguimos a informação desejada (e de forma aleatória) depois de termos engolido Benfica, Sporting e Porto em doses industriais! Sem esquecer o Real Madrid!


Por isso renovo a pergunta: - em concessão privada será que tenho direito a uma nesga (diz-se ‘janela’) informativa, a hora certa, como acontecia por exemplo com o antigo programa Domingo Desportivo na rtp1?


Eu sei que o ‘serviço público’ é uma coisa muito séria e atrás dele andam uma série de entidades, muito sérias também. O melhor exemplo é este: - ontem, Domingo, três da tarde, a rtp1 transmitia o Benfica num jogo qualquer de futsal. Às quatro da tarde era a rtp2 que transmitia o Benfica contra o Sporting em andebol. A rtpn por essa hora e nas horas seguintes, a cada noticiário, repetia os problemas do Benfica, misturados com o economês do costume. À noite, o espaço radio-eléctrico (um bem escasso) prolongava o ‘serviço público’ de que tanto gostamos: - debates, normalmente a três, sobre o Benfica e os dois restantes comparsas desta farsa.


Alvíssaras! Entretanto consegui saber (via internet) que o Belenenses tinha ganho à Naval por uma bola a zero.



Saudações azuis