quarta-feira, maio 29, 2019

Farto de confisco!


Os meus conterrâneos parece que ainda não se fartaram das bojardas do Costa nem da dentuça do Centeno! Enganados pela geringonça, enganados com o défice, com o serviço nacional de saúde, com a Europa que nos querem impingir, enganados com tudo, continuam a votar no engano! Há quem goste de ser enganado e na tradição portuguesa o vocábulo era dúbio quando se dizia que uma jovem tinha sido 'enganada' pelo maroto do namorado. Mas tirando este sentido, que sentido faz vir agora o governo dar um ralhete no fisco por este andar a fazer cobranças nas rotundas aos automobilistas incautos?!

Traduzindo por miúdos : - se ainda é o Centeno e o Costa que mandam no fisco quem mais terá dado instruções para, em conjunto com a guarda republicana, fazer este lindo serviço?! Vir depois condenar o evento só pode ser manobra de propaganda encomendada! Que este governo é capaz de tudo já o provou diversas vezes. Pena que os meus conterrâneos ainda não tenham dado por isso.

Saudações monárquicas

segunda-feira, maio 27, 2019

Este país não precisa de eleições


A república portuguesa afirme-se ou não democrática não precisa de eleições. Esta é a grande conclusão que se pode tirar da greve às urnas que ocorreu nestas eleições europeias. Batemos o nosso próprio record e mostrámos à Europa, onde na generalidade dos países a abstenção diminuiu, que realmente e ao contrário do que imaginam os nossos políticos, somos muito pouco europeus, para não dizer que não temos nada a ver com aquilo. Dali apenas esperamos que nada mude para continuarmos a viver da generosidade alheia* sem ter necessidade de fazer quaisquer reformas quer no regime quer nas nossas vidas. É talvez por isso que ficamos tão aflitos com qualquer fenómeno que possa alterar este estado de coisas, seja o Brexit, seja o inevitável avanço das forças que se opõem a esta união europeia. Que para as nossas 'elites' deveria ser eterna! E podem contar connosco porque em Portugal nada muda. Ou então muda tudo para ficar tudo na mesma. É por aqui que devemos também interpretar o desinteresse dos eleitores, o fecho do regime sobre si mesmo, a ausência de oposição, e infelizmente a nossa ausência nas mudanças que estão a acontecer na Europa. Ausência sem alternativa e que pagaremos muito caro no futuro.

Saudações monárquicas

*José Sócrates, em certo sentido, representa o actual espírito nacional. 

sexta-feira, maio 24, 2019

Costa europeu!


É uma das novidades dos últimos discursos de campanha - Costa é europeu! E angustiado com a enorme abstenção que costuma ocorrer nas 'europeias' incita os jovens que 'já nasceram europeus' a irem votar para depois não acontecer nenhuma surpresa desagradável! Como por exemplo, deixarem de ser europeus! Na sua ideia, Costa pensa que a maioria dos abstencionistas são europeus ferrenhos e que pelo contrário aqueles que costumam votar são todos eurocépticos! E também pensa que os oito séculos de história que vivemos fora da 'união europeia' não serviram para nada! A não ser para o trazer de Goa até Lisboa! Mas eu percebo onde ele quer chegar. Ele e tantos outros burocratas que temos produzido. Querem chegar aos tachos doirados que a 'união europeia' oferece aos países periféricos para os calar. Periféricos nesta união, entenda-se. Está bem Costa, segue lá o teu caminho, afinal até já és amigo do Macron, um liberal que sonha com o Napoleão todas as noites. Pudera...


Saudações monárquicas

segunda-feira, maio 20, 2019

A guerra das medalhas


A república se quer distribuir títulos honoríficos tem em primeiro lugar que compreender a substância da coisa. Um 'Everest' difícil de transpor para quem troçava da monarquia* e pensa que aquilo são taças ou troféus que se distribuem pelos campeões disto e daquilo. Não é bem assim, convém incluir nessas distinções a noção de direito/dever, de exemplo para os vindouros, que lhes deve andar sempre associado. E nessas circunstâncias o dez de junho seria bastante mais curto e mais sensato. Porém, sendo o que é, podem acontecer posteriormente cenas ridículas como seja querer arrancar do pescoço de algum comendador, entretanto caído em desgraça, a medalha que afinal lhe foi atribuída por engano! Uma trapalhada.

Mais ridículo ainda são aqueles comendadores que ameaçam devolver as medalhas por acharem que um deles (para já) não é digno de pertencer à Ordem em questão! Se a moda pega teremos em breve a assembleia da república a fazer o exame prévio dos candidatos à 'valsinha das medalhas'**.


*Na monarquia, pelo menos até 1820, os títulos tinham, para além da recompensa, uma função social. E comprometiam quer o agraciado quer os seus descendentes.

** Letra e música de Rui Veloso.

terça-feira, maio 14, 2019

Dois candidatos por um triz!

Sem desmerecer dos restantes estão ali dois candidatos que talvez merecessem alguma atenção não fora os tiros nos pés que ambos fizeram (e fazem) questão em dar. Refiro-me a Ricardo Arroja e a André Ventura, e por esta ordem.

O tiro em falso de Ricardo Arroja é o nome (ou apelido) do partido por que concorre. Iniciativa Liberal! Iniciativa, tudo bem e chegava perfeitamente. Talvez lhe acrescentasse o dezanove. Em sentido contrário, 'liberal' liquida qualquer iniciativa. Não há detergente que limpe o histórico associado aquela palavra. O candidato tem bagagem para mais. Muito mais.

André Ventura é infelizmente um caso perdido enquanto não cortar cerce com o futebol em geral e com o nacional benfiquismo em particular. Há seis milhões de benfiquistas que votarão mais depressa num candidato com o mesmo discurso mas que não tenha nada a ver com o futebol do que num Ventura assumido benfiquista. Ainda por cima sabendo-se o que se sabe sobre os indícios de corrupção que atingem o clube encarnado. Quando perceber isto talvez possa sonhar com uma carreira política mais consistente.*

* Ontem, por exemplo, faltou ao debate na RTP sobre as Europeias para ir participar num programa de outra estação televisiva onde habitualmente defende os interesses do Benfica. Que pelos vistos são mais importantes que os seus possíveis eleitores. Um candidato assim só vota nele quem for parvo.

domingo, maio 05, 2019

Costa do malabar...


Quando os navegadores portugueses chegaram à costa do malabar no subcontinente indiano ficaram entusiasmados com a habilidade dos seus habitantes para o circo! Malabarismos como ficaram conhecidos. Mais de cinco séculos volvidos o entusiasmo mantém-se por parte dos comentadores políticos nacionais e a habilidade para o circo também por parte de um descendente desses malabaristas de antanho. Malhas que o império tece...

Não vamos abordar aqui neste espaço nem a técnica do malabarista nem as acrobacias que se perspectivam no horizonte. Tão pouco faremos a análise da sociedade infantil que tanto aplaude palhaços como ilusionistas. Aguardamos apenas, serenamente, pela intervenção de Rui Rio, que não me parece que faça parte deste 'número'. Em qualquer caso a última palavra cabe a um dos interessados na reivindicação - o professor Marcelo.

quarta-feira, maio 01, 2019

Trabalhadores! Quem nos representa?!


Nunca esperei escrever esta frase, muito menos estabelecer a pergunta, porém, como as coisas estão e aproximando-se uma época de eleições não posso deixar de exprimir as minhas dúvidas. Eu sei que já não há trabalhadores na acepção antiga mas ainda há quem trabalhe e esses ninguém os representa. Não confundir com os funcionários porque isso é outro assunto.

Ora bem o CDS não me representa embora tenha sido ao longo do tempo a urna onde deposito o meu voto sem esperança! Mas o CDS tem vindo a piorar. Incapaz de se assumir como partido de direita, partido conservador, disposto a fazer uma travessia do deserto, arriscando perder hoje para ganhar amanhã, vai-se ficando pela meia dose, pela superfície das coisas, quer agradar a todos, e ultimamente transformou-se num partido de comentadores de futebol, derretido com os figurões que mandam nos grandes clubes e por inerência no país!

Os partidos de esquerda também não me representam, não querem saber da minha vida para nada. Nunca quiseram. Se fosse funcionário público o caso talvez mudasse de figura. Digo 'talvez' porque a sede de poder da geringonça é tão grande que até se esquecem de quem lhes deu os votos. Veja-se o que se passou com as recentes greves dos enfermeiros e dos camionistas de matérias perigosas onde os partidos de esquerda primaram pela ausência!

Resta o PSD que nunca foi peixe nem carne, que passou a vida a mudar de nome, e cujos deputados, salvo raríssimas excepções conseguem representar o pior do CDS e o pior do PS! Difícil, mas conseguem! Têm no entanto a sorte de terem um líder que detestam mas que o país começa lentamente a apreciar! Um case study quando vemos as dificuldades de Rui Rio para manter alguma ordem naquele albergue espanhol! Assim por exclusão de partes e fazendo pontaria às europeias talvez vote no PSD, apesar do respectivo candidato (Paulo Rangel) ter medo do VOX!

Saudações monárquicas