quinta-feira, junho 28, 2012

Portugal mais, Portugal assim, assim, Portugal menos

Portugal mais, no espírito de equipa, na coragem de fazer pressão alta, de correr riscos, destruindo as famosas triangulações adversárias, lançando o pânico na área espanhola, ao ponto de levantar Del Bosque do seu sossego habitual! Faltou um golo que coroasse uma bela exibição durante os noventa minutos.

Veio o prolongamento e com ele vieram algumas substituições, veio o Portugal à espera da Espanha, que entretanto alargara o campo com dois extremos velozes, começaram a faltar pernas, e capacidade para manter a posse de bola. Aguentámos até às grandes penalidades. O treinador de bancada, sem responsabilidades, diria que Nani foi mal aproveitado nesse período, pois era o jogador com mais potencial. Talvez mais recuado, no meio, a segurar a bola (ninguém a segura como ele!) lançando então alguns contra golpes, quem sabe! Agora já não interessa.

O Portugal menos veio ao de cima nas grandes penalidades. Deixou de ser Portugal para passar a ser a ‘selecção’ da república portuguesa. Alguma confusão, e pior do que isso, o inconcebível posicionamento de Ronaldo na ordem de marcação das grandes penalidades! Então o capitão de equipa, consumado goleador, especialista em bolas paradas, seria o quinto a marcar o penalty?!
Quinta grande penalidade que em jogos destes, de grande tensão, corre o risco de já não servir para nada?! Como não serviu.

Bem sei que as grandes penalidades são uma lotaria, mas ainda assim gostava de saber qual foi a ideia que presidiu a tal opção?!
Terá sido para poupar Ronaldo?! Expondo os outros a maiores responsabilidades?! Em prejuizo dos interesses da ‘selecção’?!

A qualquer destas questões Paulo Bento… atirou para canto.



Saudações desportivas

terça-feira, junho 26, 2012

Prós e contras do costume!

Mais um, menos um, nada de novo, do lado dos ‘bons’, um indivíduo razoável, funcionário público como admitiu, a explicar aos funcionários públicos que uma coisa é ficar sem os subsídios, mas ter emprego certo, outra coisa é ficar sem emprego, ou ter emprego incerto. Portanto nada de comparações, nem de extrapolações. Nem tentações… senhor Cavaco. Eu bem sei que quem elege os políticos, Cavaco inclusivé, é o ’partido do estado’, mas vamos lá ter calma.

Ainda do lado dos ‘bons’ uma Margarida (qualquer coisa) Pinto. O discurso europeísta habitual, os mesmos fantasmas, e a frase decidida – união política… já! A tradicional fuga para a frente, a orfandade contumaz! E fico sempre a pensar que quem clama pela unidade política europeia é quem afinal não a consegue realizar no seu próprio espaço nacional! É afinal quem tem medo dos referendos e quer ‘construir a Europa’ (que frase mais estúpida!) à revelia da população!

Do lado dos ‘maus’, um fiscalista lúcido, mas sem soluções, e um historiador que teve o mérito de identificar a evolução da classe política de Abril! Aquela que nos governa. Esquerda radical nos primórdios, dogmatismo liberal de seguida, para se constituírem actualmente em ferozes neoliberais. Eu diria, ultraconservadores. Característica comum: - um completo desconhecimento da realidade.

Porém, se acertou nos personagens, não quis acertar na ‘mouche’. Falou nas desigualdades que esta democracia construiu, mas passou cuidadosamente ao lado do regime e da respectiva constituição. Sintomático.

Ou será que pensa que isto é um problema de pessoas?!



Saudações monárquicas

Post scriptum: Não me referi obviamente à indignidade da nacionalização das reformas, para aqueles, como eu, que só receberam do Estado durante o serviço militar obrigatório. Nem tão pouco fiz menção ao cálculo final das mesmas, cálculo que incide sobre 14 meses de descontos anuais, não existindo assim qualquer justificação para o corte de subsídios em se tratando de pensões de reforma. Outra indignidade contra quem já não se pode defender. Mas sobre este assunto ninguém falou.











quarta-feira, junho 20, 2012

As reformas impossíveis

Apetece plagiar uma graçola que fez carreira: - ‘eles falam, falam, mas não os vejo fazer nada…’! Medina Carreira, por outras palavras, repetiu isso mesmo em recente reunião. Disse ele: - ‘as reformas estruturais continuam por fazer e assim não vamos a lado nenhum’. E não vamos. Entretanto, e para mal dos nossos pecados, o ambiente que nos rodeia também não é famoso! Ou seja, a famosa ‘união europeia’, para onde alguns ‘iluminados’ (e muitos oportunistas) nos empurraram, vem mostrando à saciedade aquilo que de facto é: - um sonho napoleónico, acentuadamente soviético, delícia de burocratas, sugadouro de recursos, enfim, uma organização destinada a centralizar, uniformizar, desfazer nações, vontades, e crenças.

Porém, nada disto serve de desculpa ou alibi, para não fazermos o trabalho de casa. Trabalho de casa que não tem nada a ver com as intermináveis ‘mesas redondas’ sobre a Grécia, sobre os mercados, sobre as secretas, ou sobre os problemas psicológicos do Cristiano Ronaldo! Apesar da importância das matérias. Porque o que interessava era atacarmos as causas profundas (estruturais) das nossas actuais dificuldades. ‘Problemas que de longe vêm’.

Mas o problema é precisamente esse. E pergunto: - como é que os nossos distintos governantes se propõem efectivar reformas estruturais sem tocar: - No regime que temos! Na constituição que o suporta! Nas maçonarias que o controlam! Nas leis que as defendem! Nos tribunais que as ilibam!

Assim, nestas condições, talvez seja possível fazer cócegas aqui e ali, mas reformas estruturais, não.


Saudações monárquicas

quarta-feira, junho 13, 2012

Inimputáveis

  1. Existem em Portugal várias pessoas e organizações intocáveis, melhor dito, inimputáveis, ou seja, façam o que fizerem, aconteça o que acontecer, nunca serão responsabilizadas. E no fim de contas, tudo cairá num esquecimento redentor!
  2. Entre essas organizações, por certo pilares da república, incluem-se alguns clubes de futebol, com Benfica e Sporting à cabeça. Explico, o que venho explicando, sem sucesso, há um bom par de anos: -
  3. Primeiro foi o Benfica, lembram-se, na era Vale e Azevedo, completamente envolvido em dúvidas e suspeitas de toda a ordem, e das quais beneficiou concerteza. Pois bem, de toda aquela confusão emergiu afinal um único culpado – Vale e Azevedo! O Benfica não foi responsabilizado, estava inocente, a pátria aplaudiu, o governo sossegou. De tempos a tempos, o assunto surge na ribalta e é oportunidade para atirar mais algumas pedradas ao bode expiatório. Em contraponto, o Benfica mantém-se virgem ofendida, e continua a surgir aos olhos da opinião pública como a grande vítima dos abusos de quem afinal elegeu para conduzir os seus destinos. Maior farsa não existe!
  4.  Foi agora a vez do Sporting experimentar algumas dificuldades, através de suspeitas pouco abonatórias para o clube e seus dirigentes. A ‘coisa’ entrou em banho-maria, como é costume, até que hoje, no noticiário, todos os indícios apontam para a descoberta de um novo bode expiatória! A receita é a mesma, o Sporting está inocente, e o seu dirigente é acusado de tudo e mais alguma coisa. Ainda que o Sporting tenha beneficiado das supostas malfeitorias!
  5. Vamos ver como isto termina mas aposto que ainda não é desta que a centenária república maçónica vai deixar que os seus símbolos (os seus clubes) sofram as consequências das suas escolhas.
  6. É por isso que a troika tem razão: - reformas estruturais?! Reformas na justiça?! Nem vê-las!
  7. E eu acrescento: - se isto é na bola, imagine-se o resto!
  8.  Saudações monárquicas

terça-feira, junho 05, 2012

Um país pobre

Reduzido à selecção
Em promoção na TV
Reduzido ao alcatrão
Que é aquilo que se vê
O ‘portuga’ vai sorrindo
Não se sabe bem porquê!

sexta-feira, junho 01, 2012

Nem por uma vez!

Uma vez que fosse, mas não, o ministro Relvas nunca pronunciou a palavra… maçonaria! Palavra proibida, também para os restantes perguntadores da comissão de inquérito! A excepção, uma deputada do bloco de esquerda que esperou em vão pela resposta. Que resposta?! A resposta que se esperava, a verdade, mas que ninguém, fora a notável bloquista, queria ouvir! E como se diz na na gíria a resposta seria: - sim, é verdade que a maçonaria, melhor dito, as maçonarias, interferem (secretamente) na condução política da república, nas nomeações para os cargos públicos mais relevantes, nomeadamente tribunais superiores, e não fugindo à questão, condicionam, como é patente, o desempenho dos serviços secretos do estado português.
E se houvesse outra curiosidade por parte dos inquiridores, o ministro Relvas estaria (talvez) em condições de explicar aos portugueses que isto funciona assim há muito tempo e que todo este aparato só acontece porque existe uma guerra surda entre algumas lojas (ou alguns ramos) da maçonaria, guerra que acontece por razões bastante compreensíveis: – ‘casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão’. E então: - ‘zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades’.
Mais, se Relvas fosse de facto ministro e não apenas Relvas, poderia ainda ter acrescentado que esta é uma situação lamentável que não interessa nada ao povo português, que como se sabe não é maçon, atendendo a que a maçonaria é apenas reservada a alguns. Ou seja, são poucos a comer o que é de todos.


Saudações monárquicas