Uma vez que fosse, mas não, o ministro Relvas nunca pronunciou a palavra… maçonaria! Palavra proibida, também para os restantes perguntadores da comissão de inquérito! A excepção, uma deputada do bloco de esquerda que esperou em vão pela resposta. Que resposta?! A resposta que se esperava, a verdade, mas que ninguém, fora a notável bloquista, queria ouvir! E como se diz na na gíria a resposta seria: - sim, é verdade que a maçonaria, melhor dito, as maçonarias, interferem (secretamente) na condução política da república, nas nomeações para os cargos públicos mais relevantes, nomeadamente tribunais superiores, e não fugindo à questão, condicionam, como é patente, o desempenho dos serviços secretos do estado português.
E se houvesse outra curiosidade por parte dos inquiridores, o ministro Relvas estaria (talvez) em condições de explicar aos portugueses que isto funciona assim há muito tempo e que todo este aparato só acontece porque existe uma guerra surda entre algumas lojas (ou alguns ramos) da maçonaria, guerra que acontece por razões bastante compreensíveis: – ‘casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão’. E então: - ‘zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades’.
Mais, se Relvas fosse de facto ministro e não apenas Relvas, poderia ainda ter acrescentado que esta é uma situação lamentável que não interessa nada ao povo português, que como se sabe não é maçon, atendendo a que a maçonaria é apenas reservada a alguns. Ou seja, são poucos a comer o que é de todos.
Saudações monárquicas
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