quarta-feira, junho 20, 2012

As reformas impossíveis

Apetece plagiar uma graçola que fez carreira: - ‘eles falam, falam, mas não os vejo fazer nada…’! Medina Carreira, por outras palavras, repetiu isso mesmo em recente reunião. Disse ele: - ‘as reformas estruturais continuam por fazer e assim não vamos a lado nenhum’. E não vamos. Entretanto, e para mal dos nossos pecados, o ambiente que nos rodeia também não é famoso! Ou seja, a famosa ‘união europeia’, para onde alguns ‘iluminados’ (e muitos oportunistas) nos empurraram, vem mostrando à saciedade aquilo que de facto é: - um sonho napoleónico, acentuadamente soviético, delícia de burocratas, sugadouro de recursos, enfim, uma organização destinada a centralizar, uniformizar, desfazer nações, vontades, e crenças.

Porém, nada disto serve de desculpa ou alibi, para não fazermos o trabalho de casa. Trabalho de casa que não tem nada a ver com as intermináveis ‘mesas redondas’ sobre a Grécia, sobre os mercados, sobre as secretas, ou sobre os problemas psicológicos do Cristiano Ronaldo! Apesar da importância das matérias. Porque o que interessava era atacarmos as causas profundas (estruturais) das nossas actuais dificuldades. ‘Problemas que de longe vêm’.

Mas o problema é precisamente esse. E pergunto: - como é que os nossos distintos governantes se propõem efectivar reformas estruturais sem tocar: - No regime que temos! Na constituição que o suporta! Nas maçonarias que o controlam! Nas leis que as defendem! Nos tribunais que as ilibam!

Assim, nestas condições, talvez seja possível fazer cócegas aqui e ali, mas reformas estruturais, não.


Saudações monárquicas

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