sexta-feira, novembro 30, 2012

Abaixo a reacção!

É provável que os eminentes subscritores da carta exigindo a demissão do governo sejam os mesmos que nos idos de Abril de 74/75, gritavam alegremente, de punho cerrado, abaixo a reacção! Queriam com isso dizer que se deviam afastar todos aqueles que impediam as reformas que a revolução triunfante exigia!


Curiosamente são agora eles os reaccionários!


Com efeito, assaltado o estado, abocanhado o poder, ‘Soares e companhia’ acham-se os donos (perpétuos) do regime! A constituição que fizeram aprovar é sagrada, intocável, e quem não governar segundo os princípios ideológicos que defendem, deve ser sumariamente afastado ou demitido!


Para quem ande distraído, a verdade pode ser outra, mas os factos falam por si. E os factos dizem-nos que um governo que tente fazer alguma reforma que ponha em causa a ideologia ‘laica, republicana e socialista’ é imediatamente apelidado de direita e a direita está proibida de governar em Portugal. A constituição não o diz explicitamente, mas é o que podemos fácilmente deduzir da leitura dos seus mais de trezentos artigos!


O governo tem assim poucas hipóteses de sobreviver, especialmente depois de ter tocado na ‘joia da coroa’, ou seja, no ministério da propaganda, mais conhecido por ministério da educação! Como bem disse Jorge Miranda (um dos pais constituintes) a instrução é nossa (leia-se, da maçonaria) desde o século XIX, e não estamos dispostos a deixar que ela caia outra vez na mão dos jesuítas. A guerra é esta, o resto é conversa.


Assim os meninos vão continuar a aprender que os reis eram maus e que o povo era bom, e outras historietas do género. Até à estupidez final… e fatal. Não estamos longe.






Saudações monárquicas

quinta-feira, novembro 29, 2012

Europeus de segunda!

Quando em Janeiro de 1993 se abriram as fronteiras à livre circulação de pessoas e bens, Miguel Torga profetizava no seu Diário: - ‘Ocupados sem resistência e sem dor. Anestesiados previamente pelos invasores e seus cúmplices, somos agora oficialmente europeus de primeira, espanhóis de segunda e portugueses de terceira.’


Mal sabia o poeta que o seu prognóstico pecava apenas por defeito! Vinte anos depois somos naturalmente europeus de segunda, oficialmente intervencionados, e o nosso dia-a-dia consome-se na estéril discussão sobre os juros da dívida!


Quanto à questão de sabermos se entretanto passámos a espanhóis de primeira, vamos ter que aguardar mais algum tempo, enquanto não se resolvem os movimentos separatistas bascos e catalães. Saberemos então que tipo de espanhóis vamos ser! Agora, onde Torga acerta em cheio é no facto de sermos hoje portugueses de terceira.


A baralhar um pouco esta classificação a hipótese cada vez mais viável de passarmos a ser angolanos. Assim a família Santos o permita.


Sempre era melhor.




Saudações monárquicas

terça-feira, novembro 27, 2012

O pior de dois mundos!

Conseguimos! O golpe de Abril de 1974 encerrava uma herança e uma escolha, e nós escolhemos. Do socialismo (nacionalista) de Salazar ficámos com o socialismo, com a pobreza mental que isso sugere, com a arqueologia política que isso contém, com um estado sempre a crescer, repleto de funcionários e serviços, cada vez mais inúteis, cada vez mais dispendiosos. Como por outro lado também queríamos viver como se vive nas economias de mercado, adquirimos todas as formas (e todos os vícios) do capitalismo, mas não quisemos nenhuma das suas virtudes, ou seja, não quisemos nem a iniciativa, nem o risco, nem a competitividade. Preferimos a segurança do emprego público.

Por isso temos hoje, num universo de dez milhões, cerca de seis milhões de portugueses dependentes do orçamento de estado!

Face a este cenário, pergunta-se: - e onde está a iniciativa privada?! Em minoria, e se possível, também encostada ao estado.

Conclusão: ficámos com o pior do socialismo e com o pior do capitalismo.

É caso para dizer, mais valia termos ficado apenas com o nacionalismo. Mais valia termos ficado com Portugal.





Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 26, 2012

Passos destrunfa Seguro

As previsões estão pela hora da morte, poucos acertam, mas o ‘interregno’ vai acertando algumas! ‘Gaba-te cesto…’, diz o povo, e tem razão. Mas vejamos onde acertámos: - acertámos no ministro Álvaro que Marcelo todas as semanas punha a ridículo, até que, sem argumentos, começou a elogiá-lo. Acertámos sem sombra de dúvida na ministra da Justiça, a mulher que provoca ‘o choro e o ranger de dentes’ entre os intocáveis do regime! Que o digam o bastonário ‘mata e esfola’ e a Isabelinha Mayer Moreira, filha (constitucionalíssima) de quem sabemos! Paula Teixeira da Cruz chega para eles… e para elas!


Por último, acertámos no ministro das finanças, mas isso não era difícil dado o prestígio internacional que desfruta. Como também não era difícil prever que Paulo Macedo iria desempenhar-se bem de espinhosa tarefa na Saúde.


Mas quem está a surpreender, pela positiva, é nem mais nem menos que o próprio primeiro-ministro! Sou insuspeito, não votei nele, nunca votaria na esquerda… moderada, além de que todos sabemos que o penhor do governo (e do cheque) se chama Gaspar e não Coelho. Porém, a verdade é que Passos tem mantido a serenidade face à contestação orquestrada (e permanente), revelando ainda alguma habilidade para lidar com a negação perpétua do PS! Por isso gostei de o ouvir reiterar (entre apupos) que não governa para eleições! E se conjugarmos isto com as últimas sondagens que referem que a maioria dos portugueses não quer eleições, podemos concluir que o pavio de Seguro está a chegar ao fim. Não há mais nada para negar, não há mais nada para obstruir, a partir de agora tudo se há-de voltar contra ele. Incluindo o desastroso percurso do seu amigo Hollande.


Ora bem, sem outros trunfos que não sejam a conversa fiada, o líder socialista tem pela frente poucas alternativas: - ou junta-se à esquerda radical, comprometendo o PS numa aventura sem retorno, ou então cala-se e faz de morto. Creio que será esta a opção que irá tomar.




Saudações monárquicas

sábado, novembro 24, 2012

Filme policial português!

A originalidade, a esperteza saloia, o poder oculto que manobra os cordelinhos, as marionetes habituais, são os ingredientes de mais um filme português que promete concorrer ao melhor argumento do ano em todas as categorias!


A originalidade começa por se desinteressar do crime (de ordem pública) e dos prováveis criminosos! Assim, as primeiras imagens concentram-se nas garantias dos suspeitos, na impossibilidade (legal!) dos investigadores visionarem as provas, na obstrução da justiça, e finalmente, na condenação das forças policiais!


Virado de pernas para o ar, o cinema vira-se então para a esperteza saloia! O enredo agiganta-se, o poder oculto comanda, e inicia-se a perseguição ao ministro da administração interna! Este diz-se inocente, o que não evita a demissão do governo! O filme termina com o comandante da polícia a ser ouvido por desacatos na via pública! Tudo devidamente amplificado pelas marionetes da comunicação social.


Sim senhor, um grande filme!






Saudações monárquicas

quinta-feira, novembro 22, 2012

Agora já sabemos

Abebe Selassié, funcionário do FMI e membro da tróica, disse em recente entrevista ao DN aquilo que políticos e comentadores se recusam a dizer, por medo ou por outro motivo pior! E que disse então o etíope?!


Disse (basicamente) que não gostaria que o caminho dos impostos continuasse a ser seguido, disse que a despesa pública não é compatível com as nossas posses e que por isso temos que parar de nos endividarmos, decidindo ao mesmo tempo que tipo de estado estamos dispostos a pagar. Disse por último que não conhece nenhum país onde a constituição seja obstáculo ao saneamento do estado e das contas públicas. Dito isto, que aliás já tinha sido dito por Vítor Gaspar, a quem teceu um impressionante elogio, o que posso dizer é que Abebe Selassié é nosso amigo. E é nosso amigo porque nos disse a verdade.


É claro que poderia simplesmente dizer que este neto do Negus da Abissínia, Leão de Judá, descendente do Prestes João das Índias, nosso aliado ancestral na prossecução do Quinto Império terá apenas honrado os seus títulos! E se for assim também lhe agradeço.






Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 19, 2012

A constituição está suspensa!

Em cada hora em cada esquina (em todos os canais noticiosos) não há ninguém que não invoque, em sua defesa, a constituição da república! Um enorme rol de direitos e ‘conquistas’, obra de uns quantos iluminados e que a população, no entusiasmo da fartura, aprovou sem discutir. Mas não é essa a questão. O que se passa é que a constituição está suspensa, ou seja, existe mas não vigora. E não vigora por vontade expressa dos mesmos iluminados que a redigiram!


Explico: - a constituição (qualquer constituição) assenta no princípio da soberania, assenta na independência nacional. Que é precisamente aquilo que não temos. O primeiro golpe foi a adesão à união europeia, uma adesão negociada sem condições, sem referendo, em fuga para a frente. O segundo golpe na soberania, ainda mais profundo, consumou-se com a adesão ao euro, novamente sem atender aos interesses nacionais, como se fosse possível passarmos a viver em paridade com a moeda alemã! O terceiro e último golpe, desta vez fatal, tem a ver com a explícita intervenção que sofremos por parte de uma troika estrangeira à qual temos que obedecer!


Neste sentido, invocar a constituição da república (ocupada) ou reclamar direitos nela inscritos, pode ser um bom exercício de memória mas não é concerteza um exercício que tenha alguma viabilidade.


Por isso, o melhor é acordarmos para a realidade antes que a realidade nos acorde.




Saudações monárquicas

sexta-feira, novembro 16, 2012

Um país doentio!

Depois da manifestação das pedradas, logo surgiram as vozes do costume a inocentar o PCP/Intersindical, vozes de vários quadrantes, inclusivé da área do CDS! Mas que ingenuidade! Ou então querem continuar a fazer os outros de parvos! E por aqui mais se radica a convicção de que nada mudou desde a data que anunciei no último postal, ou seja, desde que o inefável Melo Antunes, em 25 Novembro de 1975, veio ilibar o PCP da tentativa de subverter o estado democrático em prol de uma ditadura filo-soviética. Este um dos motivos porque chegamos aos dias de hoje com o anacronismo surrealista, único na Europa comunitária, de termos um partido comunista com uma representação parlamentar completamente exagerada, seja qual for o prisma em que se queira analisar (politicamente) o assunto! Mas enfim, somos o tal país atrasado, que gosta de continuar a ser atrasado!



E por falar em atraso, basta ligar a RTP 1, para ficarmos completamente elucidados sobre o serviço público que presta! Na mesma noite das pedradas (contra a segurança do estado), em horário nobre, a RTP 1 apresentava um dos muitos documentários com que pretende 'ilustrar' a guerra do ultramar. Guerra do ultramar, já se vê, na perspectiva dos interesses terroristas! E lá vi o Nino Vieira, entretanto assassinado por um mandinga qualquer, (ou seria manjaco?!), a elogiar as armas cedidas pela união soviética para abater aviões portugueses, para matar soldados portugueses! Lindo programa para o país aumentar a sua autoestima, lindo programa para 'percebermos' como os portugueses eram afinal uns malandros colonialistas, que não deixavam a Guiné, coitada, viver democraticamente em paz e sossego! Se não fosse ignóbil, se não fosse uma traição enorme aos portugueses que combateram e morreram, se a realidade da Guiné actual não fosse tão trágica, até podia ser que o programa servisse apenas para desligar. Mas não. Serve a quem serve, serve aos 'descolonizadores exemplares', serve de justificação ao regime, serve aos actuais mandantes para se manterem no poder. Não serve Portugal.



Nota final: a continuar assim, podem privatizar a RTP à vontade, é preferível darem-nos telenovelas brasileiras, são menos alienantes, e menos destrutivas.




Sem saudações desta vez

quinta-feira, novembro 15, 2012

A ordem que tarda!

Ontem, quando ao fim de duas horas de pedrada, pedradas atiradas à queima-roupa, com o maior dos desplantes, ontem, com um enorme conjunto de idiotas a assistir, a aplaudir, ontem, com uma série de jornalistas a relatar, entusiasmados, como se de um desafio de futebol se tratasse, ontem, quando as forças da ordem receberam (finalmente) a ordem para avançar, para limpar o terreno, para repor a ordem, ontem, dizia eu, acabou a inocência.

Começou ontem, talvez, o próximo ’25 de Novembro’. Um ’25 de Novembro’ mais sério, mais verdadeiro, que extirpe definitivamente do coração da Pátria os traidores que na altura poupou.

Mas não serão estes timoratos de hoje, reféns da esquerda e do politicamente correcto, quem executará tal tarefa. Serão outros. Outros que não retardem a ordem de avançar, outros que não tolerem o espectáculo chocante, de uma polícia de choque desfeiteada, crucificada, à espera de uma ordem que tarda. Outros, sim outros, que ponham o país na ordem.





Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 14, 2012

As greves do estado!

As greves do estado são o meu lazer, o emprego é sagrado, não há que temer. A greve do estado, com todo o prazer, abaixo o governo, e o que vier. Eu sou atrasado, tenho PCP, a dívida é um fado que dá na TV. Abril para sempre, sindicalizado, e vivo contente... no século passado!


Sem mais, subscrevo-me atentamente,


‘Grevista’ a fazer compras no shopping de Almada, rodeado de muitos outros grevistas. E se ‘pintar ‘um solzinho vai tudo até à Caparica petiscar. Os impostos podem aumentar.


 
 
Saudações monárquicas

terça-feira, novembro 13, 2012

O réu conveniente

É bíblico, precisamos de bodes expiatórios, de alguém que expie os nossos pecados. No tempo presente, longe de Jerusalém, o cerimonial tornou-se mais perverso, já não escolhemos as vítimas por serem inocentes, como os bodes, pelo contrário procuramos no nosso semelhante algum sinal de culpa e desforramo-nos então ‘à grande e à francesa’! Tem sido assim com a chanceler alemã, desde que nos obrigaram a pagar as dívidas! Dívidas que o socialismo (anti-mercado) inevitavelmente comporta.


Já no que toca aos demónios que povoam o nacional benfiquismo, espécie de religião de estado, há muito que foi encontrado o réu apropriado, um réu de estimação, podemos até chamar-lhe o réu português! O seu nome é Vale e Azevedo.


O seu crime, o seu único crime, aos olhos de quem em tempos o idolatrou, de quem nele votou massivamente, foi só um, a saber: - não conseguiu ganhar o campeonato, vencendo ao mesmo tempo o Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa e a Olivedesportos, o chamado três em um, a trindade diabólica que o centralismo lisboeta jurou abater a todo o custo.


‘Ai dos vencidos’ proclamou o guerreiro gaulês quando os romanos lhe imploraram por piedade. Vale e Azevedo também não obteve perdão.
Reconheça-se, ao menos, que o desafio era formidável e que ainda hoje se ganham eleições no Benfica agitando os mesmos fantasmas!

Sobram, evidentemente, todas as manobras ilegais, todos os golpes, que o mundo do futebol permitiu e continua a permitir sempre que estão em jogo os ‘superiores’ interesses de Benfica, Sporting e Porto. E por esta ordem.


E sobra a moral da história: - é preciso investigar o futebol, o futebol que se esconde por trás do alarido sobre Vale e Azevedo.


Saudações monárquicas





"Fraudes e Fundações"


02 Outubro 2012

Por: Paulo Morais, Professor Universitário


As fundações públicas devem ser extintas. As fundações privadas sem recursos têm de mudar de nome. E aquelas que, embora dispondo de meios, não perseguem um fim social visível, devem perder o seu estatuto de utilidade pública. Esta verdadeira limpeza levará à eliminação de centenas destas entidades. No final, restarão apenas cinco ou seis genuínas fundações.

Uma verdadeira fundação é uma entidade cujo instituidor, dispondo de meios avultados, de um fundo, decide disponibilizá-lo à comunidade para perseguir um dado desígnio social, um qualquer benefício colectivo.

Nesta perspectiva, as fundações públicas nem sequer são fundações. São departamentos públicos travestidos, cujo estatuto lhes permite viverem de forma clandestina. Os seus directores não estão sujeitos a regras da administração pública. Podem contratar negócios sem qualquer controlo, permitem-se ainda recrutar pessoal sem concurso. Utilizam os recursos públicos em função dos seus interesses e dos seus negócios privados.

Já quanto às actuais fundações privadas, podemos dividi-las em três grupos. Temos as que pretendem alcançar um fim social útil, mas vivem maioritariamente de recursos públicos. Assim, se não dispõem de fundos próprios, serão instituições de solidariedade, associações, mas jamais fundações. Devem mudar de regime.

Há um outro grupo cujos instituidores são pessoas de muitas posses que registam os seus bens em nome de fundações particulares, mas que nada dão à sociedade. Com este esquema, ficam isentos de pagar IRC na sua actividade, os seus terrenos e prédios não pagam impostos, como o IMT e o IMI. Até alguns dos seus carros ficam isentos de pagar imposto de circulação e imposto automóvel. Estes cavalheiros conseguem assim um paraíso fiscal próprio, verdadeiras "off-shores" em território nacional. Retirem-lhes pois o estatuto de utilidade pública.

Feito este expurgo, restará um restrito grupo de entidades criadas por aqueles milionários que decidiram legar parte da sua riqueza em benefício da sociedade que os ajudou enriquecer. São os casos de Gulbenkian, Champalimaud e poucos mais. Para honrar a sua memória, há que impedir que as suas organizações sejam confundidas com pseudofundações, casas de má fama geridas por oportunistas.

(com a devida vénia, lido no Correio da Manhã)


Nota do 'Interregno': - Não podia estar mais de acordo com o que Paulo Morais escreve, e acrescento: - também é necessário ter atenção a outro tipo de 'fundações' como sejam as de alguns clubes de futebol profissional, que só servem para esconder negócios e fugir ao fisco. Noutro campo merece reparo a usurpação pelo Estado (por motivos que só podem ser políticos) dos bens da Casa de Bragança, bens que na altura Salazar reuniu numa Fundação! Uma vez que já existe um representante legítimo da dita Casa, o melhor é devolver esses bens ao actual Duque, evitando assim que continuem ao serviço dos interesses ocultos das várias maçonarias do regime republicano.

sábado, novembro 10, 2012

As picaretas falantes!

Podemos baixar o som, podemos desligar o aparelho, podemos inclusivé fazer uma jogada de antecipação e adivinhar quando entram em cena estas ‘picaretas falantes’, podemos fazer isso tudo, mas não chega! Porque um zumbido irritante permanece no ouvido! Temos agora um exemplar desse género no bloco de esquerda, chama-se Catarina Martins! Tem aquilo (o discurso) memorizado, vai em crescendo até à gritaria final contra os inimigos imaginários: - a direita, os ricos, os banqueiros, o governo dos ricos, o governo dos banqueiros, usa a palavra ‘povo’ com o à vontade de um proprietário, vive por certo dos impostos dos portugueses, terá esse complexo, e quer realizar (aqui) o sonho de Rousseau, o pesadelo de Trotsky, a aventura mendicante de Fidel, o paraíso na terra, e ela, a sacerdotisa da verdade. Os seus desejos igualitários escondem porém, como sempre, (e para além da inveja) um forte sentido aristocrático que o ‘triunfo dos porcos’ bem assinalou. Enfim, ‘vamos ter que levar com ela’ pois como tudo indica será uma das herdeiras de Louçã, na prometida estrutura bicéfala do Bloco de esquerda!


Mais uma machadada na saúde mental dos portugueses, mais um atraso de vida para Portugal!


Já havia poucos…






Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 07, 2012

Uma carroça na fórmula 1!

Eu já nem vou muito atrás, passo inclusivé por cima de Oliveira Salazar que fabricou (sem querer) um dos partidos comunistas mais pujantes da Europa ocidental! Fixo-me apenas nesta terceira república, nos momentos chaves da adesão à união europeia, e mais tarde, ao euro! E a minha questão é a seguinte: - Mas afinal de quem foi a ideia de levar um país de esquerda, avesso por natureza aos mercados, que não gosta da iniciativa privada, que odeia a palavra ‘patrão’, um país onde (quase) todos querem ser funcionários públicos, país esse que ostenta com grande orgulho uma constituição ‘a caminho do socialismo’ (ainda que lhe tenham retirado a expressão), repito, de quem foi a ideia de levar um país destes para a Europa dos mercados?! Para a Europa competitiva?!

De quem foi a ideia de pôr a carroça portuguesa a competir com os Ferraris! Com os Porches!

Só podia dar mau resultado.



Uma nota final: - Dir-me-ão que há mais carroças na fórmula 1. É verdade. Mas há uma diferença: - nós queremos continuar a ser carroças.





Saudações monárquicas

terça-feira, novembro 06, 2012

A república pacóvia

O candidato constipa-se e o universo eleitoral inquieta-se! De imediato, um batalhão de especialistas, comentadores, analistas, debruça-se sobre a importância do espirro na próxima sondagem! Passa um furacão, o sol aquece um pouco mais, as nuvens escurecem um pouco menos e tudo isso tem relevo... eleitoral! Nem no antigo Egipto os faraós se preocupavam com tanta parvoíce! Nenhum chefe tribal convocaria o feiticeiro por tão pouco! Enquanto isto as (duas) adoráveis esposas fazem os possíveis por dar nas vistas, seja pelo penteado, seja pelos saltos altos, seja pelos gritinhos!
Embevecidos, entusiasmados, os comentadores portugueses alinham pelo mesmo diapasão! Com um pequeno senão: - são todos pelo Obama! Ainda não ouvi nenhum que não fosse! Seja como for, ai de quem se atreva a pôr em causa o alto nivel da democracia americana! É imediatamente repatriado para os confins da ignorância. Como não quero ser repatriado, vou fingir que sim mas na verdade acho aquilo do mais pacóvio que há.


Saudações monárquicas

sexta-feira, novembro 02, 2012

A reforma que ninguém quer fazer

A reforma de que todos falam mas que ninguém quer fazer é o paradigma português! Mais parecido com isto só a confissão amorosa – ‘quanto mais me bates mais gosto de ti’! E como o amor, esta paixão lusitana não tem fim.


Não quer a reforma nenhum dos funcionários públicos, nenhum dos pensionistas, nenhum dos habitantes que recebe (directa ou indirectamente) do orçamento de estado. A esquerda não quer a reforma e por infelicidade em Portugal só existe 'esquerda'. Como antigamente só existia 'direita'. A iniciativa privada talvez quisesse a reforma mas como sempre viveu muito encostada ao estado, não fará grande força nesse sentido. E os jovens, educados na cultura da facilidade, também não querem a reforma. Preferem a segurança do funcionalismo público.

Portanto e por conseguinte a apregoada reforma do estado serve apenas para sossegar os credores, para que não desistam de nos mandar o cheque com que pagamos os nossos vícios constitucionais. Se um dia o cheque não aparecer, então sim, então desatamos (todos) a culpar este e aquele, haverá desacatos, até que alguém prometa um novo cheque, embora consideravelmente mais pequeno.




Saudações monárquicas