sexta-feira, dezembro 28, 2012

Pergunta de fim de ano!

Já que falamos de burlões (e todos falam!) vamos lá colocar uma pergunta elementar, que é a seguinte: - imaginemos por um segundo que o dito burlão (de quem se fala) era homem inclinado para as direitas! Já imaginaram?! E num esforço maior, imaginemos também que as direitas utilizavam a táctica leninista de multiplicar ‘organizações’, estilo ‘observatórios’, ‘fóruns’, etc., para darem a ilusão de que são muitos! Já imaginaram?! E agora só lhes peço um último rasgo de imaginação: - imaginem que o nosso burlão (da ONU) apoiava a política de austeridade do actual governo! Com argumentos e teorias!


Pergunto então: - acham que a comunicação social lhe estendia algum microfone para o homem explanar as suas ideias?! Acham que alguma ‘SIC da vida’ convidava semelhante personagem para contracenar?! Ainda que não fosse burlão?!


Fica a pergunta. A gente vê-se para o ano. Umas boas entradas para todos. E claro…




Saudações monárquicas

quarta-feira, dezembro 19, 2012

TAP sim, TAP não!

Estado forte, sim, estado gordo, não, eis a questão! É evidente que em circunstâncias normais haveríamos de fazer tudo para manter a TAP ao serviço dos interesses estratégicos portugueses. Mas também é evidente que só chegámos a este dilema porque o estado é hoje refém de grupos de interesses que a coberto da constituição dele se apropriaram no decurso desta ‘longa noite socialista’! Para fazer um paralelo com as mil e uma noites que as várias repúblicas (sendo sempre a mesma) nos vão proporcionando!

Por isso estou hoje dividido entre manter a TAP (e as outras empresas estratégicas) na esfera do estado ou a possível privatização, com todos os riscos que isso acarreta. Dizendo de outra forma, estou dividido entre continuar a engordar os tais interesses ocultos, em manter o poder fáctico de intersindicais e quejandas, ou então, acabar com isto de vez!

É este o dilema, triste dilema da grande maioria dos portugueses que assistem calados ao leilão da Pátria.



Saudações monárquicas

segunda-feira, dezembro 17, 2012

Um discurso importante!

Passos Coelho falou aos ‘jotas’ e disse algumas coisas que gostei de ouvir! Antes porém, um ponto prévio: - detesto ‘jotas’ e afins, acho uma menoridade do nosso sistema político manter ou fomentar aviários de ‘jovens futuros políticos’, e digo isto sabendo que o próprio primeiro-ministro descende desses aviários. Aliás, estas organizações fazem-me lembrar duas coisas igualmente discutíveis, a saber: - ou a mocidade portuguesa ou uma claque de futebol.

Mas não é a ‘jota social-democrata’ que aqui interessa destacar, mas sim algumas das declarações de Passos Coelho que, como é habitual, foram imediatamente censuradas pelos donos do regime. Uma dessas declarações tem a ver com as pensões de reforma e a equidade de alguns cortes nas mesmas. Referia-se àquelas (muito acima da média dos seiscentos euros) em cujo cálculo entraram factores que se afastam do regime contributivo geral. E por isso não percebo as dúvidas de quem o critica! Ou então percebo! Porque a verdade é que muitas dessas benesses (não todas) foram alcançadas sob o chapéu-de-chuva do orçamento de estado, e o problema está aí.
Acabar com isso para o futuro, como afirmou o primeiro-ministro, é um propósito que só posso considerar higiénico. Pedir alguma solidariedade a essas ‘reformas’ nos tempos excepcionais que atravessamos também não me parece desajustado.

Tem a palavra o tribunal constitucional.





Saudações monárquicas

terça-feira, dezembro 11, 2012

Olhos e zarolhos!

Medina Carreira, que tem olhos na cara, respondia assim ao ‘federalismo’ de Paulo Rangel: - ‘sabe, o exemplo americano é mau porque os americanos são em primeiro lugar, americanos, e só depois é que são, ou californianos, ou texanos, etc. Nestas condições o federalismo pode ser viável. Na Europa não, porque é ao contrário. Quem habita na Europa só é europeu depois de ser (em primeiríssimo lugar) de uma nacionalidade qualquer. Nem se lembra que é europeu!


Fim de diálogo e princípio de monólogo: - só mesmo os portugueses é que se lembrariam de se reconhecerem, em primeiro lugar, europeus e só depois… portuguesinhos da costa! Tal é a crise de identidade! Tal é o oportunismo e a mendicidade! Digo eu.


E também digo ao Paulo Rangel o seguinte: - esta conversa do federalismo lembra-me o gato escondido com o rabo de fora! Ou seja, estamos sempre a falar de uma coisa imaginária, nunca vista, e que por artes mágicas vai realizar-se (na Europa) e para o bem de todos nós!


Talvez uma religião funcione assim, o federalismo não.


E o Paulo Rangel também sabe isso, também conhece as formas e as fórmulas que (históricamente) uniram a Europa em torno de objectivos comuns. Pelo menos desde o tempo dos romanos.


Essa realidade política chama-se ‘império’ e na história europeia determinou-se quase sempre pela força. Raramente atendeu ao interesse geral.


Só não percebo porque existe tanto medo de aprofundar o assunto!




Saudações monárquicas

terça-feira, dezembro 04, 2012

Primeiro juramento!

Eu venho de azul
Fiel ao passado
Não venho de verde
Não uso encarnado

Eu venho da cor
Dos versos que faço
Do primeiro amor
Meu primeiro abraço

Num dia diferente
P'ra quem foi soldado
Meu canto é dolente
Em jeito de fado

Medonhas, berrantes
São as cores do tempo
E em céus tão brilhantes
Só vejo o cinzento

Por isso rapazes
Não há confusão
O azul tem raizes
No meu coração


Em 1 de Dezembro de 2012

(no almoço convívio dos antigos milicianos do Reg. de Infantaria 11 de Setúbal)

sábado, dezembro 01, 2012

Dia da independência!

Perdemos o dia, já tínhamos perdido a independência, deixámos que ao dia da restauração se sobrepusesse outra data e outro assunto! O que estou certo não aconteceria se a festividade fosse, por exemplo, francesa ou americana. Estou a lembrar-me do 14 de Julho, dia nacional de França, ou do 4 de Julho, data da independência dos Estados Unidos. Deixámos também confundir a palavra ‘restauração’ com a actividade das casas de pasto! Um legado da história, um vocábulo de significação única, contaminado sem qualquer pejo!

Assim, substituída a celebração, destruída a palavra, não admira que o feriado tenha sido abolido sem remorso, sem um último tumultuar da alma lusitana!

Sinais dos tempos.

sexta-feira, novembro 30, 2012

Abaixo a reacção!

É provável que os eminentes subscritores da carta exigindo a demissão do governo sejam os mesmos que nos idos de Abril de 74/75, gritavam alegremente, de punho cerrado, abaixo a reacção! Queriam com isso dizer que se deviam afastar todos aqueles que impediam as reformas que a revolução triunfante exigia!


Curiosamente são agora eles os reaccionários!


Com efeito, assaltado o estado, abocanhado o poder, ‘Soares e companhia’ acham-se os donos (perpétuos) do regime! A constituição que fizeram aprovar é sagrada, intocável, e quem não governar segundo os princípios ideológicos que defendem, deve ser sumariamente afastado ou demitido!


Para quem ande distraído, a verdade pode ser outra, mas os factos falam por si. E os factos dizem-nos que um governo que tente fazer alguma reforma que ponha em causa a ideologia ‘laica, republicana e socialista’ é imediatamente apelidado de direita e a direita está proibida de governar em Portugal. A constituição não o diz explicitamente, mas é o que podemos fácilmente deduzir da leitura dos seus mais de trezentos artigos!


O governo tem assim poucas hipóteses de sobreviver, especialmente depois de ter tocado na ‘joia da coroa’, ou seja, no ministério da propaganda, mais conhecido por ministério da educação! Como bem disse Jorge Miranda (um dos pais constituintes) a instrução é nossa (leia-se, da maçonaria) desde o século XIX, e não estamos dispostos a deixar que ela caia outra vez na mão dos jesuítas. A guerra é esta, o resto é conversa.


Assim os meninos vão continuar a aprender que os reis eram maus e que o povo era bom, e outras historietas do género. Até à estupidez final… e fatal. Não estamos longe.






Saudações monárquicas

quinta-feira, novembro 29, 2012

Europeus de segunda!

Quando em Janeiro de 1993 se abriram as fronteiras à livre circulação de pessoas e bens, Miguel Torga profetizava no seu Diário: - ‘Ocupados sem resistência e sem dor. Anestesiados previamente pelos invasores e seus cúmplices, somos agora oficialmente europeus de primeira, espanhóis de segunda e portugueses de terceira.’


Mal sabia o poeta que o seu prognóstico pecava apenas por defeito! Vinte anos depois somos naturalmente europeus de segunda, oficialmente intervencionados, e o nosso dia-a-dia consome-se na estéril discussão sobre os juros da dívida!


Quanto à questão de sabermos se entretanto passámos a espanhóis de primeira, vamos ter que aguardar mais algum tempo, enquanto não se resolvem os movimentos separatistas bascos e catalães. Saberemos então que tipo de espanhóis vamos ser! Agora, onde Torga acerta em cheio é no facto de sermos hoje portugueses de terceira.


A baralhar um pouco esta classificação a hipótese cada vez mais viável de passarmos a ser angolanos. Assim a família Santos o permita.


Sempre era melhor.




Saudações monárquicas

terça-feira, novembro 27, 2012

O pior de dois mundos!

Conseguimos! O golpe de Abril de 1974 encerrava uma herança e uma escolha, e nós escolhemos. Do socialismo (nacionalista) de Salazar ficámos com o socialismo, com a pobreza mental que isso sugere, com a arqueologia política que isso contém, com um estado sempre a crescer, repleto de funcionários e serviços, cada vez mais inúteis, cada vez mais dispendiosos. Como por outro lado também queríamos viver como se vive nas economias de mercado, adquirimos todas as formas (e todos os vícios) do capitalismo, mas não quisemos nenhuma das suas virtudes, ou seja, não quisemos nem a iniciativa, nem o risco, nem a competitividade. Preferimos a segurança do emprego público.

Por isso temos hoje, num universo de dez milhões, cerca de seis milhões de portugueses dependentes do orçamento de estado!

Face a este cenário, pergunta-se: - e onde está a iniciativa privada?! Em minoria, e se possível, também encostada ao estado.

Conclusão: ficámos com o pior do socialismo e com o pior do capitalismo.

É caso para dizer, mais valia termos ficado apenas com o nacionalismo. Mais valia termos ficado com Portugal.





Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 26, 2012

Passos destrunfa Seguro

As previsões estão pela hora da morte, poucos acertam, mas o ‘interregno’ vai acertando algumas! ‘Gaba-te cesto…’, diz o povo, e tem razão. Mas vejamos onde acertámos: - acertámos no ministro Álvaro que Marcelo todas as semanas punha a ridículo, até que, sem argumentos, começou a elogiá-lo. Acertámos sem sombra de dúvida na ministra da Justiça, a mulher que provoca ‘o choro e o ranger de dentes’ entre os intocáveis do regime! Que o digam o bastonário ‘mata e esfola’ e a Isabelinha Mayer Moreira, filha (constitucionalíssima) de quem sabemos! Paula Teixeira da Cruz chega para eles… e para elas!


Por último, acertámos no ministro das finanças, mas isso não era difícil dado o prestígio internacional que desfruta. Como também não era difícil prever que Paulo Macedo iria desempenhar-se bem de espinhosa tarefa na Saúde.


Mas quem está a surpreender, pela positiva, é nem mais nem menos que o próprio primeiro-ministro! Sou insuspeito, não votei nele, nunca votaria na esquerda… moderada, além de que todos sabemos que o penhor do governo (e do cheque) se chama Gaspar e não Coelho. Porém, a verdade é que Passos tem mantido a serenidade face à contestação orquestrada (e permanente), revelando ainda alguma habilidade para lidar com a negação perpétua do PS! Por isso gostei de o ouvir reiterar (entre apupos) que não governa para eleições! E se conjugarmos isto com as últimas sondagens que referem que a maioria dos portugueses não quer eleições, podemos concluir que o pavio de Seguro está a chegar ao fim. Não há mais nada para negar, não há mais nada para obstruir, a partir de agora tudo se há-de voltar contra ele. Incluindo o desastroso percurso do seu amigo Hollande.


Ora bem, sem outros trunfos que não sejam a conversa fiada, o líder socialista tem pela frente poucas alternativas: - ou junta-se à esquerda radical, comprometendo o PS numa aventura sem retorno, ou então cala-se e faz de morto. Creio que será esta a opção que irá tomar.




Saudações monárquicas

sábado, novembro 24, 2012

Filme policial português!

A originalidade, a esperteza saloia, o poder oculto que manobra os cordelinhos, as marionetes habituais, são os ingredientes de mais um filme português que promete concorrer ao melhor argumento do ano em todas as categorias!


A originalidade começa por se desinteressar do crime (de ordem pública) e dos prováveis criminosos! Assim, as primeiras imagens concentram-se nas garantias dos suspeitos, na impossibilidade (legal!) dos investigadores visionarem as provas, na obstrução da justiça, e finalmente, na condenação das forças policiais!


Virado de pernas para o ar, o cinema vira-se então para a esperteza saloia! O enredo agiganta-se, o poder oculto comanda, e inicia-se a perseguição ao ministro da administração interna! Este diz-se inocente, o que não evita a demissão do governo! O filme termina com o comandante da polícia a ser ouvido por desacatos na via pública! Tudo devidamente amplificado pelas marionetes da comunicação social.


Sim senhor, um grande filme!






Saudações monárquicas

quinta-feira, novembro 22, 2012

Agora já sabemos

Abebe Selassié, funcionário do FMI e membro da tróica, disse em recente entrevista ao DN aquilo que políticos e comentadores se recusam a dizer, por medo ou por outro motivo pior! E que disse então o etíope?!


Disse (basicamente) que não gostaria que o caminho dos impostos continuasse a ser seguido, disse que a despesa pública não é compatível com as nossas posses e que por isso temos que parar de nos endividarmos, decidindo ao mesmo tempo que tipo de estado estamos dispostos a pagar. Disse por último que não conhece nenhum país onde a constituição seja obstáculo ao saneamento do estado e das contas públicas. Dito isto, que aliás já tinha sido dito por Vítor Gaspar, a quem teceu um impressionante elogio, o que posso dizer é que Abebe Selassié é nosso amigo. E é nosso amigo porque nos disse a verdade.


É claro que poderia simplesmente dizer que este neto do Negus da Abissínia, Leão de Judá, descendente do Prestes João das Índias, nosso aliado ancestral na prossecução do Quinto Império terá apenas honrado os seus títulos! E se for assim também lhe agradeço.






Saudações monárquicas

segunda-feira, novembro 19, 2012

A constituição está suspensa!

Em cada hora em cada esquina (em todos os canais noticiosos) não há ninguém que não invoque, em sua defesa, a constituição da república! Um enorme rol de direitos e ‘conquistas’, obra de uns quantos iluminados e que a população, no entusiasmo da fartura, aprovou sem discutir. Mas não é essa a questão. O que se passa é que a constituição está suspensa, ou seja, existe mas não vigora. E não vigora por vontade expressa dos mesmos iluminados que a redigiram!


Explico: - a constituição (qualquer constituição) assenta no princípio da soberania, assenta na independência nacional. Que é precisamente aquilo que não temos. O primeiro golpe foi a adesão à união europeia, uma adesão negociada sem condições, sem referendo, em fuga para a frente. O segundo golpe na soberania, ainda mais profundo, consumou-se com a adesão ao euro, novamente sem atender aos interesses nacionais, como se fosse possível passarmos a viver em paridade com a moeda alemã! O terceiro e último golpe, desta vez fatal, tem a ver com a explícita intervenção que sofremos por parte de uma troika estrangeira à qual temos que obedecer!


Neste sentido, invocar a constituição da república (ocupada) ou reclamar direitos nela inscritos, pode ser um bom exercício de memória mas não é concerteza um exercício que tenha alguma viabilidade.


Por isso, o melhor é acordarmos para a realidade antes que a realidade nos acorde.




Saudações monárquicas

sexta-feira, novembro 16, 2012

Um país doentio!

Depois da manifestação das pedradas, logo surgiram as vozes do costume a inocentar o PCP/Intersindical, vozes de vários quadrantes, inclusivé da área do CDS! Mas que ingenuidade! Ou então querem continuar a fazer os outros de parvos! E por aqui mais se radica a convicção de que nada mudou desde a data que anunciei no último postal, ou seja, desde que o inefável Melo Antunes, em 25 Novembro de 1975, veio ilibar o PCP da tentativa de subverter o estado democrático em prol de uma ditadura filo-soviética. Este um dos motivos porque chegamos aos dias de hoje com o anacronismo surrealista, único na Europa comunitária, de termos um partido comunista com uma representação parlamentar completamente exagerada, seja qual for o prisma em que se queira analisar (politicamente) o assunto! Mas enfim, somos o tal país atrasado, que gosta de continuar a ser atrasado!



E por falar em atraso, basta ligar a RTP 1, para ficarmos completamente elucidados sobre o serviço público que presta! Na mesma noite das pedradas (contra a segurança do estado), em horário nobre, a RTP 1 apresentava um dos muitos documentários com que pretende 'ilustrar' a guerra do ultramar. Guerra do ultramar, já se vê, na perspectiva dos interesses terroristas! E lá vi o Nino Vieira, entretanto assassinado por um mandinga qualquer, (ou seria manjaco?!), a elogiar as armas cedidas pela união soviética para abater aviões portugueses, para matar soldados portugueses! Lindo programa para o país aumentar a sua autoestima, lindo programa para 'percebermos' como os portugueses eram afinal uns malandros colonialistas, que não deixavam a Guiné, coitada, viver democraticamente em paz e sossego! Se não fosse ignóbil, se não fosse uma traição enorme aos portugueses que combateram e morreram, se a realidade da Guiné actual não fosse tão trágica, até podia ser que o programa servisse apenas para desligar. Mas não. Serve a quem serve, serve aos 'descolonizadores exemplares', serve de justificação ao regime, serve aos actuais mandantes para se manterem no poder. Não serve Portugal.



Nota final: a continuar assim, podem privatizar a RTP à vontade, é preferível darem-nos telenovelas brasileiras, são menos alienantes, e menos destrutivas.




Sem saudações desta vez

quinta-feira, novembro 15, 2012

A ordem que tarda!

Ontem, quando ao fim de duas horas de pedrada, pedradas atiradas à queima-roupa, com o maior dos desplantes, ontem, com um enorme conjunto de idiotas a assistir, a aplaudir, ontem, com uma série de jornalistas a relatar, entusiasmados, como se de um desafio de futebol se tratasse, ontem, quando as forças da ordem receberam (finalmente) a ordem para avançar, para limpar o terreno, para repor a ordem, ontem, dizia eu, acabou a inocência.

Começou ontem, talvez, o próximo ’25 de Novembro’. Um ’25 de Novembro’ mais sério, mais verdadeiro, que extirpe definitivamente do coração da Pátria os traidores que na altura poupou.

Mas não serão estes timoratos de hoje, reféns da esquerda e do politicamente correcto, quem executará tal tarefa. Serão outros. Outros que não retardem a ordem de avançar, outros que não tolerem o espectáculo chocante, de uma polícia de choque desfeiteada, crucificada, à espera de uma ordem que tarda. Outros, sim outros, que ponham o país na ordem.





Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 14, 2012

As greves do estado!

As greves do estado são o meu lazer, o emprego é sagrado, não há que temer. A greve do estado, com todo o prazer, abaixo o governo, e o que vier. Eu sou atrasado, tenho PCP, a dívida é um fado que dá na TV. Abril para sempre, sindicalizado, e vivo contente... no século passado!


Sem mais, subscrevo-me atentamente,


‘Grevista’ a fazer compras no shopping de Almada, rodeado de muitos outros grevistas. E se ‘pintar ‘um solzinho vai tudo até à Caparica petiscar. Os impostos podem aumentar.


 
 
Saudações monárquicas

terça-feira, novembro 13, 2012

O réu conveniente

É bíblico, precisamos de bodes expiatórios, de alguém que expie os nossos pecados. No tempo presente, longe de Jerusalém, o cerimonial tornou-se mais perverso, já não escolhemos as vítimas por serem inocentes, como os bodes, pelo contrário procuramos no nosso semelhante algum sinal de culpa e desforramo-nos então ‘à grande e à francesa’! Tem sido assim com a chanceler alemã, desde que nos obrigaram a pagar as dívidas! Dívidas que o socialismo (anti-mercado) inevitavelmente comporta.


Já no que toca aos demónios que povoam o nacional benfiquismo, espécie de religião de estado, há muito que foi encontrado o réu apropriado, um réu de estimação, podemos até chamar-lhe o réu português! O seu nome é Vale e Azevedo.


O seu crime, o seu único crime, aos olhos de quem em tempos o idolatrou, de quem nele votou massivamente, foi só um, a saber: - não conseguiu ganhar o campeonato, vencendo ao mesmo tempo o Futebol Clube do Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa e a Olivedesportos, o chamado três em um, a trindade diabólica que o centralismo lisboeta jurou abater a todo o custo.


‘Ai dos vencidos’ proclamou o guerreiro gaulês quando os romanos lhe imploraram por piedade. Vale e Azevedo também não obteve perdão.
Reconheça-se, ao menos, que o desafio era formidável e que ainda hoje se ganham eleições no Benfica agitando os mesmos fantasmas!

Sobram, evidentemente, todas as manobras ilegais, todos os golpes, que o mundo do futebol permitiu e continua a permitir sempre que estão em jogo os ‘superiores’ interesses de Benfica, Sporting e Porto. E por esta ordem.


E sobra a moral da história: - é preciso investigar o futebol, o futebol que se esconde por trás do alarido sobre Vale e Azevedo.


Saudações monárquicas





"Fraudes e Fundações"


02 Outubro 2012

Por: Paulo Morais, Professor Universitário


As fundações públicas devem ser extintas. As fundações privadas sem recursos têm de mudar de nome. E aquelas que, embora dispondo de meios, não perseguem um fim social visível, devem perder o seu estatuto de utilidade pública. Esta verdadeira limpeza levará à eliminação de centenas destas entidades. No final, restarão apenas cinco ou seis genuínas fundações.

Uma verdadeira fundação é uma entidade cujo instituidor, dispondo de meios avultados, de um fundo, decide disponibilizá-lo à comunidade para perseguir um dado desígnio social, um qualquer benefício colectivo.

Nesta perspectiva, as fundações públicas nem sequer são fundações. São departamentos públicos travestidos, cujo estatuto lhes permite viverem de forma clandestina. Os seus directores não estão sujeitos a regras da administração pública. Podem contratar negócios sem qualquer controlo, permitem-se ainda recrutar pessoal sem concurso. Utilizam os recursos públicos em função dos seus interesses e dos seus negócios privados.

Já quanto às actuais fundações privadas, podemos dividi-las em três grupos. Temos as que pretendem alcançar um fim social útil, mas vivem maioritariamente de recursos públicos. Assim, se não dispõem de fundos próprios, serão instituições de solidariedade, associações, mas jamais fundações. Devem mudar de regime.

Há um outro grupo cujos instituidores são pessoas de muitas posses que registam os seus bens em nome de fundações particulares, mas que nada dão à sociedade. Com este esquema, ficam isentos de pagar IRC na sua actividade, os seus terrenos e prédios não pagam impostos, como o IMT e o IMI. Até alguns dos seus carros ficam isentos de pagar imposto de circulação e imposto automóvel. Estes cavalheiros conseguem assim um paraíso fiscal próprio, verdadeiras "off-shores" em território nacional. Retirem-lhes pois o estatuto de utilidade pública.

Feito este expurgo, restará um restrito grupo de entidades criadas por aqueles milionários que decidiram legar parte da sua riqueza em benefício da sociedade que os ajudou enriquecer. São os casos de Gulbenkian, Champalimaud e poucos mais. Para honrar a sua memória, há que impedir que as suas organizações sejam confundidas com pseudofundações, casas de má fama geridas por oportunistas.

(com a devida vénia, lido no Correio da Manhã)


Nota do 'Interregno': - Não podia estar mais de acordo com o que Paulo Morais escreve, e acrescento: - também é necessário ter atenção a outro tipo de 'fundações' como sejam as de alguns clubes de futebol profissional, que só servem para esconder negócios e fugir ao fisco. Noutro campo merece reparo a usurpação pelo Estado (por motivos que só podem ser políticos) dos bens da Casa de Bragança, bens que na altura Salazar reuniu numa Fundação! Uma vez que já existe um representante legítimo da dita Casa, o melhor é devolver esses bens ao actual Duque, evitando assim que continuem ao serviço dos interesses ocultos das várias maçonarias do regime republicano.

sábado, novembro 10, 2012

As picaretas falantes!

Podemos baixar o som, podemos desligar o aparelho, podemos inclusivé fazer uma jogada de antecipação e adivinhar quando entram em cena estas ‘picaretas falantes’, podemos fazer isso tudo, mas não chega! Porque um zumbido irritante permanece no ouvido! Temos agora um exemplar desse género no bloco de esquerda, chama-se Catarina Martins! Tem aquilo (o discurso) memorizado, vai em crescendo até à gritaria final contra os inimigos imaginários: - a direita, os ricos, os banqueiros, o governo dos ricos, o governo dos banqueiros, usa a palavra ‘povo’ com o à vontade de um proprietário, vive por certo dos impostos dos portugueses, terá esse complexo, e quer realizar (aqui) o sonho de Rousseau, o pesadelo de Trotsky, a aventura mendicante de Fidel, o paraíso na terra, e ela, a sacerdotisa da verdade. Os seus desejos igualitários escondem porém, como sempre, (e para além da inveja) um forte sentido aristocrático que o ‘triunfo dos porcos’ bem assinalou. Enfim, ‘vamos ter que levar com ela’ pois como tudo indica será uma das herdeiras de Louçã, na prometida estrutura bicéfala do Bloco de esquerda!


Mais uma machadada na saúde mental dos portugueses, mais um atraso de vida para Portugal!


Já havia poucos…






Saudações monárquicas

quarta-feira, novembro 07, 2012

Uma carroça na fórmula 1!

Eu já nem vou muito atrás, passo inclusivé por cima de Oliveira Salazar que fabricou (sem querer) um dos partidos comunistas mais pujantes da Europa ocidental! Fixo-me apenas nesta terceira república, nos momentos chaves da adesão à união europeia, e mais tarde, ao euro! E a minha questão é a seguinte: - Mas afinal de quem foi a ideia de levar um país de esquerda, avesso por natureza aos mercados, que não gosta da iniciativa privada, que odeia a palavra ‘patrão’, um país onde (quase) todos querem ser funcionários públicos, país esse que ostenta com grande orgulho uma constituição ‘a caminho do socialismo’ (ainda que lhe tenham retirado a expressão), repito, de quem foi a ideia de levar um país destes para a Europa dos mercados?! Para a Europa competitiva?!

De quem foi a ideia de pôr a carroça portuguesa a competir com os Ferraris! Com os Porches!

Só podia dar mau resultado.



Uma nota final: - Dir-me-ão que há mais carroças na fórmula 1. É verdade. Mas há uma diferença: - nós queremos continuar a ser carroças.





Saudações monárquicas

terça-feira, novembro 06, 2012

A república pacóvia

O candidato constipa-se e o universo eleitoral inquieta-se! De imediato, um batalhão de especialistas, comentadores, analistas, debruça-se sobre a importância do espirro na próxima sondagem! Passa um furacão, o sol aquece um pouco mais, as nuvens escurecem um pouco menos e tudo isso tem relevo... eleitoral! Nem no antigo Egipto os faraós se preocupavam com tanta parvoíce! Nenhum chefe tribal convocaria o feiticeiro por tão pouco! Enquanto isto as (duas) adoráveis esposas fazem os possíveis por dar nas vistas, seja pelo penteado, seja pelos saltos altos, seja pelos gritinhos!
Embevecidos, entusiasmados, os comentadores portugueses alinham pelo mesmo diapasão! Com um pequeno senão: - são todos pelo Obama! Ainda não ouvi nenhum que não fosse! Seja como for, ai de quem se atreva a pôr em causa o alto nivel da democracia americana! É imediatamente repatriado para os confins da ignorância. Como não quero ser repatriado, vou fingir que sim mas na verdade acho aquilo do mais pacóvio que há.


Saudações monárquicas

sexta-feira, novembro 02, 2012

A reforma que ninguém quer fazer

A reforma de que todos falam mas que ninguém quer fazer é o paradigma português! Mais parecido com isto só a confissão amorosa – ‘quanto mais me bates mais gosto de ti’! E como o amor, esta paixão lusitana não tem fim.


Não quer a reforma nenhum dos funcionários públicos, nenhum dos pensionistas, nenhum dos habitantes que recebe (directa ou indirectamente) do orçamento de estado. A esquerda não quer a reforma e por infelicidade em Portugal só existe 'esquerda'. Como antigamente só existia 'direita'. A iniciativa privada talvez quisesse a reforma mas como sempre viveu muito encostada ao estado, não fará grande força nesse sentido. E os jovens, educados na cultura da facilidade, também não querem a reforma. Preferem a segurança do funcionalismo público.

Portanto e por conseguinte a apregoada reforma do estado serve apenas para sossegar os credores, para que não desistam de nos mandar o cheque com que pagamos os nossos vícios constitucionais. Se um dia o cheque não aparecer, então sim, então desatamos (todos) a culpar este e aquele, haverá desacatos, até que alguém prometa um novo cheque, embora consideravelmente mais pequeno.




Saudações monárquicas



quarta-feira, outubro 31, 2012

Em defesa da honra

Os meninos do PS, com guizos nas orelhas, fazem muito barulho, dizem coisas patéticas, mas são sobretudo mal educados. Nada de novo. Na sua infantilidade brincam às guerras com soldadinhos de chumbo, ameaçam a Alemanha, chamam ‘salazarento’ ao ministro das finanças, e clamam por Abril de 1974 como se o tivessem vivido, ou ao menos, entendido. Sirva de atenuante a deficiente instrução que receberam, a história mal contada que tiveram que engolir, os manuais escolares que tiveram que ler.

Enfim, a geração mais ‘diplomada’ de sempre, vai dar muito trabalho a educar. Vai ser uma guerra.


E por falar em guerra, já começaram as escaramuças, já se ouvem os primeiros tiros, por enquanto, de aviso, mas o ambiente está tenso. Como aqui escrevemos, a frase do ministro Gaspar incendiou os ânimos, escancarou a verdade, encostou a nomenclatura à parede, nada será como dantes. A conversa fiada em ‘economês’ já não funciona, já não consegue iludir a realidade, chegou a hora da política. A discussão sobre as funções do estado, aí está, e vai ser preciso discuti-la.

A partir de agora se verá quem argumenta com o 'estado social' apenas para manter os seus direitos, e quem está disponível a abrir mão dos seus interesses corporativos em nome do interesse geral! A partir de agora se verá quem defende uma constituição que permitiu a banca rota, e quem pelo contrário defende um equipamento normativo que seja parte da solução e não do problema!


O que aqui defendemos é bem sabido: - uma norma fundamental simples e curta, um mínimo divisor comum, onde todos se revejam, onde todos encontrem um caminho para o futuro. Para ser assim, a norma tem que respeitar a tradição, o saber acumulado, a democracia autêntica, que não exclui ninguém, onde todos têm voto, os que nos precederam, os que hoje vivem, e os que hão-de vir.




Saudações monárquicas

domingo, outubro 28, 2012

A república dos juizes!

Muito se tem escrito sobre a Itália a propósito da intervenção do poder judicial na área política, curiosamente num país onde o crime organizado atinge expoentes máximos! Curiosa é também a posição da esquerda política nesse país (e nos outros) apoiando sempre os impolutos juizes castigadores! É também sabido que o alvo de todas as punições são normalmente os políticos da direita, caso de Berlusconi, que já era rico antes de ascender a qualquer cargo público. Mas isso não atrapalha, nem os juizes, nem a esquerda justicialista! Se não é do cão é do gato e aí temos Berlusconi, que para a esquerda tem o enorme defeito de não ser gay nem drogado, aí temos, dizia eu, o homem a contas com a justiça fiscal por um crime… antepassado!


Portugal segue na mesma linha, e temos o episódio Cândida, a entregar ‘escutas’ ao procurador Pinto Monteiro no dia anterior ao fim do respectivo mandato! Escutas ao primeiro-ministro, pois claro, escutas guardadas (esquecidas) durante meses nas misteriosas gavetas da investigação pública. Tudo coincidência, tudo certo.


Mas onde Portugal se destaca na invasão da política pela magistratura (e vice-versa) é nas modalidades de governação através do tribunal constitucional! A esquerda recomenda e aplaude, enquanto os órgãos (políticos) que deveriam tomar decisões políticas, se escondem atrás das inesperadas e desastradas decisões do dito tribunal! Foi assim com os cortes nos subsídios da função pública, o que obrigou o governo a governar de outra maneira, e tudo leva a crer que será assim com o próximo orçamento!


Tudo legal, tudo constitucional! Se calhar, o melhor é entregar o governo aos juizes do tribunal constitucional! Era uma espécie de dois em um: Eles faziam o orçamento e apreciavam ao mesmo tempo a respectiva constitucionalidade! Nesse caso, até o podiam chumbar á vontade.


Saudações monárquicas

sexta-feira, outubro 26, 2012

Marcelo federalista, Louçã funcionário público!

Ora aqui estão dois personagens bem cotados na nossa televisão, com visões aparentemente distintas do futuro, mas que em minha opinião coincidem num ponto, a saber: - ambos propõem para Portugal a pequenez periférica! Marcelo em termos geopolíticos, Louçã em termos albaneses!


Explico, mas antes de explicar pergunto: - o que é ser federalista para um português no século XXI?!

Respondo: - é reduzir-se à sua actual insignificância, sustentar-se à custa dos estados mais fortes da dita federação, ter um imperador francês ou alemão, e ficar muito contente quando o Mourinho ganha… pelo Real Madrid! Ou sendo mais directo, é contentar-se com a união ibérica, via Madrid, um velho sonho do partido republicano.


Sobre o Louçã não resisto a colocar a seguinte questão: - com a reserva de não saber para que emprego vai quando deixar o (en) cargo de deputado, a verdade é que as minhas expectativas apontam sempre na direcção da função pública. Seja professor, seja economista, o mais certo é Louçã continuar a viver à custa dos impostos dos portugueses, ele incluído naturalmente. Por isso teve uma certa graça o seu discurso de despedida! Aquele ar desprendido, de quem vive na segurança do orçamento de estado, cai sempre bem! Se me enganei, se vai regressar ao lugar (vago) que deixou numa pequena (ou micro) empresa familiar, peço desculpa e retrato-me imediatamente.


Mas seja como for, o país idealizado por Louçã é sempre uma aventura cubana ou albanesa. Mais albanesa que cubana, porque Louçã não deve saber dançar a rumba.




Saudações monárquicas

quinta-feira, outubro 25, 2012

O primeiro lance de Gaspar!

Com a frieza de um jogador de xadrez Vítor Gaspar avançou ontem o seu primeiro xeque ao país político! Disse ele: - ‘Existe um enorme desvio entre o que os portugueses esperam do Estado e o que estão dispostos a pagar’!


A esquerda ainda tentou reagir, mas Gaspar foi mais claro ainda: - ‘A verdadeira carga fiscal é a despesa pública… a alternativa a subir impostos é cortar na despesa, mas isso implica repensar as funções do Estado’!

Xeque – mate!


Não é que já não se tenha ouvido esta argumentação, aliás, todos nós sabemos disto, mas dito assim, pela boca do ministro (de estado) e das finanças, é outra coisa. Soa a revolução! É um carrilhão de sinos a ecoarem na cabeça dos defensores da situação!


E agora, que fazer?!
Há-de perguntar a esquerda inteira, unida à volta do chapéu-de-chuva a que gostam de chamar ‘estado social’!


E agora, que fazer?!
Hão-de perguntar os pais do regime, os amantes constitucionais!


E agora, que fazer?!
Corremos com o Gaspar?! Remodelamos o homem?!

E agora, que fazer?!





Saudações monárquicas

quarta-feira, outubro 24, 2012

O maluquinho da constituição!

Há dias em que Freud me visita! Deito-me então no divã, fecho os olhos e faço a minha autocrítica. É nessa altura que admito que estou a exagerar, se calhar a culpa não é da constituição, afinal um mero papel com letras, pontos e virgulas, a culpa será dos homens que a interpretam, a culpa será minha também! Se calhar a constituição até é boa, e sendo uma das mais extensas do mundo, deve lá caber tudo e o seu contrário. Portanto, e mais uma vez, a culpa não é dela, de ser tão grande, a culpa é de quem a fez. E a própria ideia de culpa é uma psicose que se atravessa no meu espírito doente porque sente necessidade de fugir às suas frustrações!


Dito isto, levanto-me, sacudo violentamente a autocrítica, que já me estava a enjoar, e pergunto (sinceramente) aos meus botões: - vocês que nunca me enganaram, digam-me lá uma coisa - nestes anos todos em que os orçamentos promoveram a falência do estado, a perda de soberania de Portugal, com gastos mirabolantes, em que a administração pública cresceu desmesuradamente, ao ponto de gastar muito mais do que aquilo que o país produz, digam-me lá ‘botões meus’… onde estava a boa e bela constituição?! Onde estava o pressuroso tribunal constitucional?! Onde estavam todos aqueles que agora reclamam da constitucionalidade de todas as leis deste governo?! De todas as vírgulas?!


Conclusão: - não vale a pena mandar vir o Freud cá a casa.




Saudações monárquicas

terça-feira, outubro 23, 2012

A república do pé-coxinho!

O pé coxinho é uma brincadeira que fazíamos em crianças, andávamos aos saltos em cima de um dos pés sendo proibido assentar o outro no chão. Foi por certo nesta brincadeira que o famigerado MFA se inspirou para, em conjunto com comunistas e restantes ‘companheiros de jornada’, proibirem a existência de partidos da direita. E assim foi. Desde essa data, desde o (democrático!) 25 de Abril, ficou decidido: - em Portugal só haveria partidos de esquerda! A explicação resumia-se no seguinte: - quem não fosse de esquerda, era fascista!

Essa é a razão porque temos um CDS, com nome de centro, e tínhamos um PPD que se assumia social democrata! O tempo passou, o espectro partidário continuou coxo, enviesado, o CDS ainda tentou, sem êxito, o adjectivo ‘popular’ enquanto o PPD resolvia a equação acrescentando apelidos ao primeiro nome! Passou a chamar-se: – PPD/PSD!

Isto seria apenas ridículo se não fosse trágico, se não fosse triste, se não fosse cobardia. Mas é tudo isso. A confusão (partidária) lusitana chegou ao ponto de gerar um problema logístico no parlamento europeu! Isto aconteceu quando o PPD/PSD se quis sentar nas bancadas da direita (onde já estava o CDS) invocando para tal o seu curriculum ‘personalista’! Embasbacados, os 'populares europeus' lá arranjaram mais umas cadeiras, sem deixarem de lembrar que a social democracia é uma corrente da esquerda, e não da direita parlamentar.

E aqui estamos hoje, com a mesma trapaça, iludindo o povo, deseducando a juventude (que muito naturalmente se afasta da política) e o lucro de toda esta propositada confusão vai direitinho para os cofres da esquerda!

Quem urdiu tudo isto?! Quem continua a enganar os portugueses?! Que tipo de democracia é esta?!

Perguntas e perguntas que poucos se atrevem a formular, que ninguém quer responder.



Saudações monárquicas



Nota básica: Neste momento de capital importância para a vida nacional o problema da ‘proibição de virar à direita’ mantém-se! E as consequências estão à vista de todos! Está visto que CDS e PPD/PSD até poderiam mudar de nome, mas nunca poderiam pôr em prática o respectivo programa de governo! Ainda que esse programa recolhesse nas urnas a maioria absoluta dos votos! Porquê?! Muito simplesmente porque a constituição não deixa. Muito simplesmente porque a constituição é de esquerda, é socialista. Daí também o protagonismo do tribunal constitucional, que é afinal quem governa sempre que a direita chega ao poder, e tenta governar. 


segunda-feira, outubro 22, 2012

Os éticos republicanos!

Andam nisto desde 1910, talvez antes, a fingir que tomam o carro eléctrico para irem até à repartição pública. Repartição pública devidamente instalada nos palacetes que confiscaram à sociedade civil. Depois, foi só seguir o plano maquiavélico: - capturado o estado, aniquilada a monarquia, que de certo modo atrapalhava este tipo de ‘aristocracia’ abusadora, desataram a fazer as leis que os protegem, que os eternizam no poder, leis que se são para uns, não são (óbviamente) para todos. Sabemos quem são, vocês também sabem, aparecem muito na televisão! São normalmente franco-mações. E quando confrontados pelos seus dislates, pela ruína que causam ao país, bolsam frases pseudo revolucionárias, e babam-se em ‘ética republicana’!

E vejamos a ética: - os filhos seguem carreira nos partidos, na assembleia, no governo, nas embaixadas, nos bancos do estado, nas empresas públicas, nas autarquias, em todos os ‘tachos’ que o diário da república vai paulatinamente inventando para encaixar toda esta gente. Os netos também já lá estão. O orçamento de estado, ou seja, os nossos impostos pagam tudo isto e muito mais que nunca saberemos!

Mas do que se sabe, dá para imaginar o resto! Diz hoje o Correio da Manhã que o indiciado ex-secretário de estado das obras públicas, de seu nome Paulo Campos, é filho de António Campos, renomado republicano, laico e socialista (pense-se o que se quiser), e que por sua vez tem um filho com uma bolsa de estudo (por ser atleta) numa renomada universidade da Califórnia. É aquilo a que eu chamo uma família republicana bem sucedida. Como esta há muitas. É só fazer um rastreio familiar aos deputados, a toda a máquina do estado, à ética republicana!



Saudações monárquicas

sábado, outubro 20, 2012

CDS, para que serve?!

O CDS vive em casa alugada, no centro democrático social, casa sem janelas, sem espaço, sem ar! Mudou-se para ali porque teve medo, tinha vergonha de viver em casa própria, na sua casa, que existe, mas está fechada para obras há muito tempo! Esta era uma habitação espaçosa e embora velha tinha tudo o que um partido conservador precisa, ou seja, tinha a verdade, a coerência, e tinha, e tem muita gente à sua espera.


Enquanto isto dura, enquanto não se chega à frente, o CDS entretém-se a fazer umas ‘coisinhas’! Faz umas coisinhas na agricultura, faz outras coisinhas na saúde, tipo unidose, preocupa-se (e bem) com as pensões de subsistência, embora às vezes se esqueça das baixas reformas de quem descontou, e gosta naturalmente de fazer umas coisinhas nos impostos. Quem é que não gosta?! Especialmente se rendem votos!


Porque é nos votos que começam e acabam os estados de alma do actual CDS. É por causa deles que Portas suspira e avança lentamente pelos passos perdidos, sempre á espera que lhe façam perguntas! Para que possa então dramatizar o silêncio!


Muito bem, não estou por dentro do que se passa nos conselhos de ministros, mas imagino que ninguém do CDS terá posto o dedo na ferida, melhor dito, o dedo na verdadeira gordura do estado! É que não basta dizer que o estado é monstruoso, que gasta mais do que podemos pagar pelos seus ‘serviços’, o que é preciso é apontar na direcção certa. E a direcção certa é aquilo que aqui tenho repetido centenas de vezes: - a gordura do estado está nas três rubricas (sagradas) em que ninguém se atreve a tocar! Educação Pública, Saúde Pública, e Segurança Social Pública.


Toda esta monstruosidade nasceu e cresceu com a propaganda laica, republicana e socialista, de modo que o emagrecimento do estado só pode acontecer através de uma dieta rigorosa de laicismo, republicanismo e socialismo. Como tenho dito também muitas vezes, vivemos num estado do tipo ‘soviético’. Para acabar com isto, para nos libertarmos deste colete de forças, que nos vai conduzir inevitavelmente ao abismo, precisávamos de um CDS diferente. De um CDS que fizesse a diferença. Um partido que denunciasse a pantominice a que hoje chamamos democracia. Nunca foi democracia, é um mero pacto entre maçonarias e outros interesses obscuros. Obscuros e alheios às expectativas da população, que gesticula, protesta mas não percebe o que lhe está a acontecer! E se para alguma coisa servem os partidos políticos é precisamente para esclarecerem as pessoas. As poses e outros números teatrais não servem para nada.



Saudações monárquicas


Nota: Pode parecer estranho (aos incautos) que eu misture, por exemplo, a saúde, com as opções políticas! Mas é como vos digo, o problema português tem natureza política. Os outros problemas vêm a seguir. Portanto, o que devia preocupar as pessoas é a razão pela qual só se fala em finanças, economia, juros para a esquerda, dívidas para a direita (de manhã à noite) e ninguém fala de politica! A constituição parece coisa sagrada, objecto de culto! Mesmo que seja ela a responsável pela nossa desdita (e eu não tenho dúvidas que é) ninguém está disponível para a emendar! Peço desculpa mas eu não frequento esta 'religião'. Sou católico, acredito em Deus. Não acredito em constituições fabricadas por uns tantos iluminados, em determinado momento. Constituições com limites materias de revisão, como se tratasse de uma 'bíblia'! Bem, e conhecendo os 'iluminados' ainda acredito menos. Mais, Portugal sempre teve uma constituição histórica-evolutiva, não escrita, e é essa constituição que nos mantém coesos, apesar de tudo! 

sexta-feira, outubro 19, 2012

Retrato de corpo inteiro!

A fotografia não é nova, é repetitiva, os fotografados não gostam de se ver, mas a verdade é que estão lá, sorridentes! Já glosei diversas vezes este tema, esta faceta medrosa, anti-competitiva, que leva tanta gente a abraçar o nacional benfiquismo, a querer pertencer ao clube único!


Isto já me irritou, actualmente dá-me até algum prazer assistir ao espectáculo de toda esta gente, dia sim, dia sim, chegar às primeiras páginas dos jornais para confirmar que apoia, ou o Vieira dos semi reboques, ou o juiz comentador! É lindo! Deputados da nação, preocupados com duas coisas ao mesmo tempo, o orçamento pátrio e o orçamento do Benfica! Qual deles o mais importante! Quem sabe, irmãos gémeos um do outro! Também vejo ex-ministros, que no seu ministério terão provávelmente zelado pelos interesses encarnados! Presidentes de Câmara no activo! Sempre activos. Bancários e banqueiros! Irmanados! Milionários que precisam de lavar dinheiro! Uma lista infinda de notáveis… que poucos sobram para os restantes clubes da primeira liga!


Portugal é isto, é esta promiscuidade entre o futebol e a política, entre o futebol e os negócios pouco claros. É também este oportunismo rafeiro.


E termino com uma nota que deve levar ao rubro a nação benfiquista: - prefiro as eleições do Pinto da Costa. Tem alguns tiques de moralidade duvidosa, mas nunca foi deputado, autarca, juiz, nunca desempenhou funções incompatíveis com a sua eterna função, a saber: - presidente do Futebol Clube do Porto! Também não precisa de notáveis à sua volta para ser eleito. Porque notável é ele.

É muito?! É pouco?! É assim que deve ser.




Saudações desportivas

Um homem com futuro...

Quando for feita a história deste período da governação, dir-se-á que depois de quarenta anos de socialismo de esquerda, que levou o país à falência, os portugueses viraram-se para o passado e suspiraram por alguém que lhes desse um pouco de paz e sossego. Alguém que pusesse as contas em ordem, as pessoas (e os lobies) na ordem, e tivesse a paciência (e a arte) suficientes para estar na Europa, sem dela fazer parte. Ou seja, a salvo dos acidentes que mais cedo ou mais tarde irão acometer a união europeia! Em suma alguém que abandone a resignação periférica em que o socialismo nos colocou e que lute por uma nova centralidade! Para que Portugal seja o centro de qualquer coisa!
Ora bem, assim, à primeira vista, não se vislumbra ninguém!

É claro que a ascenção deste 'homem' supõe um prévio terremoto partidário! E supõe também que dos escombros surja finalmente um movimento de raiz conservadora, base de um partido nacional. Um partido que se afirme claramente contra a actual constituição, que exija a sua revisão para a pôr de acordo com os princípios que enformam a nossa identidade. Somos um país católico, não podemos ter uma constituição anti-católica!

Saudações monárquicas    

quarta-feira, outubro 17, 2012

A fome constitucional!

Nos tempos que correm a formiga leva tudo o que pode para o armazém, e nós devemos fazer o mesmo. Encham as dispensas com os produtos de primeira necessidade, e um deles é sem dúvida a bem amada constituição! Plantada em Abril, estrumada regularmente como mandam as boas regras da agricultura, acabou por dar os belos frutos que estão à vista! E que ricos frutos! A embalagem reconhece-se fácilmente pela moçoila de seios desnudos, o que só por si revela a enorme quantidade de proteínas que contém! Pelo menos sabe-se que amamenta muita gente!

Portanto, com a constituição já na dispensa, podemos ficar descansados! O enriquecimento ilícito vai continuar, porque senão ía uma data de gente (conhecida) para a cadeia. O governo não vai conseguir governar porque o tribunal constitucional não deixa. Os partidos também vão continuar até ao (seu) fim! E assim sucessivamente.

Quando comermos a constituição toda, logo se vê. Porque a república é isto: - empurrar com a barriga para a frente! Que é como quem diz: - barriga que vai à frente… já ninguém me tira!



Saudações monárquicas

sábado, outubro 13, 2012

À procura de um ditador!

Depois da falência do regime democrático (os sábios) chegaram à conclusão que o melhor é regressar ao tempo dos ‘homens sérios’, dos ‘iluminados’! Procurar na ‘reserva da república’ alguém ou alguns, não contaminados pelo descrédito partidário, que levem o país por diante! Para onde não se sabe, ou melhor sabe-se, trata-se de cumprir os ditames da troika, no estritamente necessário para receber o cheque! A iniciativa de descobrir tais personagens caberia naturalmente ao presidente da república! Aos partidos assinantes do memorando, estaria reservado o papel de apoiar o dito governo! Os pontos de exclamação são da minha iniciativa.


Mas o que é isto?!


Assim, à primeira vista, parece-me a solução final republicana! Uma quarta república, com partidos a fingir, ou seja, com os actuais, um grupo de notáveis por cima, a governar, e a presidir a esta união nacional, o doutor Cavaco e a mulher. Se não chegasse chamavam-se os antigos presidentes (os vivos). Assim como assim, também são responsáveis pelo descalabro. No cume da pirâmide, atenta, mantinha-se a sociedade secreta que responde pelo regime.


A plataforma de entendimento (leia-se programa de vida) de toda esta gente podia resumir-se numa frase: - manter tudo como está! Até ao limite.


Então e o défice?!


Como diria 'o (bem amado) perfeito Odorico Paraguaçu’: – ‘não mudem de assunto’!




Saudações monárquicas

quarta-feira, outubro 10, 2012

Para que servem tantos impostos?!

A pergunta não ocorre a ninguém, o mais que se ouve são frases do género: - assalto fiscal, gatunos, malandros, etc.! Frases sábias mas a pergunta permanece! E de novo um coro de protestos, a contestação alarga-se, surgem novas pistas, ouvem-se velhas insinuações: - o dinheiro é para ‘eles ‘andarem em bons carros, para irem às compras com as madames, para salvar os banqueiros, tapam-se uns aos outros, a justiça é para os ricos, etc!


E não é que voltam a ter razão!


Mas mais uma vez evitam a pergunta: - para que serve uma carga fiscal tão elevada?! Será apenas porque num determinado período gastámos demais e agora temos que pagar as dívidas?! Ou a coisa tem carácter estrutural e ninguém quer é mudar a estrutura! Ou seja, mesmo que alguém renegociasse a dívida, aliviando um pouco o penar dos portugueses, será que se faziam entretanto as tais reformas estruturais, para baixar o peso do estado na economia?! E no resto?!

 
Ora bem, dizem os economistas, dizem os financeiros, diz a voz corrente, que os impostos servem para sustentar o estado, e dentro do estado, servem para sustentar três grandes rubricas do orçamento: - a educação pública (!); a saúde pública (!); e a segurança social pública (!)! E aqui sim, está grande parte da resposta. Portanto, numa primeira conclusão podemos dizer que os 'protestantes' protestam contra os impostos que se destinam a pagar os salários (e as prestações sociais) da grande maioria desses mesmos protestantes!




Mas a resposta está incompleta. Porque falta a verdade de tudo isto. A verdade está no adjectivo – ‘pública’!


É isto que temos que esclarecer. Mas ‘pública’ porquê?!


Por exemplo, expliquem-me lá o que é a educação (instrução) pública?! Em que é que difere da educação (instrução), pura e simples?!


Sabemos que o estado deve assegurar as condições para que a população possa instruir-se, mas por que carga de água é que o professor tem que ser funcionário público?! Porque razão não é a escola, qualquer escola, entregue aos interessados, ou seja, à sociedade civil?!


A instrução seria melhor (olhando ao estado presente, não é difícil) e seria sobretudo muito mais barata. E já se poderiam baixar os impostos.




Mas a explicação cabal está na constituição. Como sempre tenho dito, vivemos num estado socialista ‘soviético’, a única diferença é o sol. É certo que retiraram da constituição de Abril a expressão – ‘a caminho do socialismo’. A maioria ficou contente, não percebeu. Retiraram porque entretanto já tínhamos chegado.


Mudar isto?! Só pela força das circunstâncias. Por falência, e se calhar, com violência.




Saudações monárquicas