Muito se tem escrito sobre a Itália a propósito da intervenção do poder judicial na área política, curiosamente num país onde o crime organizado atinge expoentes máximos! Curiosa é também a posição da esquerda política nesse país (e nos outros) apoiando sempre os impolutos juizes castigadores! É também sabido que o alvo de todas as punições são normalmente os políticos da direita, caso de Berlusconi, que já era rico antes de ascender a qualquer cargo público. Mas isso não atrapalha, nem os juizes, nem a esquerda justicialista! Se não é do cão é do gato e aí temos Berlusconi, que para a esquerda tem o enorme defeito de não ser gay nem drogado, aí temos, dizia eu, o homem a contas com a justiça fiscal por um crime… antepassado!
Portugal segue na mesma linha, e temos o episódio Cândida, a entregar ‘escutas’ ao procurador Pinto Monteiro no dia anterior ao fim do respectivo mandato! Escutas ao primeiro-ministro, pois claro, escutas guardadas (esquecidas) durante meses nas misteriosas gavetas da investigação pública. Tudo coincidência, tudo certo.
Mas onde Portugal se destaca na invasão da política pela magistratura (e vice-versa) é nas modalidades de governação através do tribunal constitucional! A esquerda recomenda e aplaude, enquanto os órgãos (políticos) que deveriam tomar decisões políticas, se escondem atrás das inesperadas e desastradas decisões do dito tribunal! Foi assim com os cortes nos subsídios da função pública, o que obrigou o governo a governar de outra maneira, e tudo leva a crer que será assim com o próximo orçamento!
Tudo legal, tudo constitucional! Se calhar, o melhor é entregar o governo aos juizes do tribunal constitucional! Era uma espécie de dois em um: Eles faziam o orçamento e apreciavam ao mesmo tempo a respectiva constitucionalidade! Nesse caso, até o podiam chumbar á vontade.
Saudações monárquicas
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