Há dias em que Freud me visita! Deito-me então no divã, fecho os olhos e faço a minha autocrítica. É nessa altura que admito que estou a exagerar, se calhar a culpa não é da constituição, afinal um mero papel com letras, pontos e virgulas, a culpa será dos homens que a interpretam, a culpa será minha também! Se calhar a constituição até é boa, e sendo uma das mais extensas do mundo, deve lá caber tudo e o seu contrário. Portanto, e mais uma vez, a culpa não é dela, de ser tão grande, a culpa é de quem a fez. E a própria ideia de culpa é uma psicose que se atravessa no meu espírito doente porque sente necessidade de fugir às suas frustrações!
Dito isto, levanto-me, sacudo violentamente a autocrítica, que já me estava a enjoar, e pergunto (sinceramente) aos meus botões: - vocês que nunca me enganaram, digam-me lá uma coisa - nestes anos todos em que os orçamentos promoveram a falência do estado, a perda de soberania de Portugal, com gastos mirabolantes, em que a administração pública cresceu desmesuradamente, ao ponto de gastar muito mais do que aquilo que o país produz, digam-me lá ‘botões meus’… onde estava a boa e bela constituição?! Onde estava o pressuroso tribunal constitucional?! Onde estavam todos aqueles que agora reclamam da constitucionalidade de todas as leis deste governo?! De todas as vírgulas?!
Conclusão: - não vale a pena mandar vir o Freud cá a casa.
Saudações monárquicas
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