Medina Carreira, que tem olhos na cara, respondia assim ao ‘federalismo’ de Paulo Rangel: - ‘sabe, o exemplo americano é mau porque os americanos são em primeiro lugar, americanos, e só depois é que são, ou californianos, ou texanos, etc. Nestas condições o federalismo pode ser viável. Na Europa não, porque é ao contrário. Quem habita na Europa só é europeu depois de ser (em primeiríssimo lugar) de uma nacionalidade qualquer. Nem se lembra que é europeu!
Fim de diálogo e princípio de monólogo: - só mesmo os portugueses é que se lembrariam de se reconhecerem, em primeiro lugar, europeus e só depois… portuguesinhos da costa! Tal é a crise de identidade! Tal é o oportunismo e a mendicidade! Digo eu.
E também digo ao Paulo Rangel o seguinte: - esta conversa do federalismo lembra-me o gato escondido com o rabo de fora! Ou seja, estamos sempre a falar de uma coisa imaginária, nunca vista, e que por artes mágicas vai realizar-se (na Europa) e para o bem de todos nós!
Talvez uma religião funcione assim, o federalismo não.
E o Paulo Rangel também sabe isso, também conhece as formas e as fórmulas que (históricamente) uniram a Europa em torno de objectivos comuns. Pelo menos desde o tempo dos romanos.
Essa realidade política chama-se ‘império’ e na história europeia determinou-se quase sempre pela força. Raramente atendeu ao interesse geral.
Só não percebo porque existe tanto medo de aprofundar o assunto!
Saudações monárquicas
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