Corre por aí um vídeo jocoso onde um jornalista americano se vê em sérias dificuldades para descrever as eleições portuguesas. E são tais as incongruências que desiste de informar os seus leitores, supostamente do New York Times. E a verdade é que a anedota retrata na perfeição a triste realidade política em que vivemos:
Um partido socialista vencedor absoluto, que há muito meteu o socialismo na gaveta, e se comporta como um partido social democrata moderado; um partido social democrata duplicado, irmão gémeo do vencedor, mas que se habituou a representar uma direita que é mais social democrata que direita; um partido comunista ultrapassado, teoricamente estalinista, mas que só quer sobreviver à sombra da democracia burguesa; um partido liberal que ao contrário dos congéneres europeus quer alinhar com a suposta direita que afinal é de esquerda, e assim até bate certo; um partido de nome Chega que nasceu para combater o socialismo que não há; e finalmente um partido popular que pelos vistos não é popular pois não conseguiu eleger nenhum deputado!
Enfim, um resumo verdadeiro que pode fazer rir mas que devia envergonhar um país a sério.
Saudações monárquicas
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