quarta-feira, fevereiro 02, 2022

Um país a fingir

Corre por aí um vídeo jocoso onde um jornalista americano se vê em sérias dificuldades para descrever as eleições portuguesas. E são tais as incongruências que desiste de informar os seus leitores, supostamente  do New York Times.  E a verdade é que a anedota  retrata na perfeição a triste realidade política em que vivemos: 

Um partido socialista vencedor absoluto, que há muito meteu o socialismo na gaveta, e se comporta como um partido social democrata moderado; um partido social democrata duplicado, irmão gémeo do vencedor, mas que se habituou a representar uma direita que é mais social democrata que direita; um partido comunista ultrapassado, teoricamente estalinista, mas que só quer sobreviver à sombra da democracia burguesa; um partido liberal que ao contrário dos congéneres europeus quer alinhar com a suposta direita que afinal é de esquerda, e assim até bate certo; um partido de nome Chega que nasceu para combater o socialismo que não há; e finalmente um partido popular que pelos vistos não é popular pois não conseguiu eleger nenhum deputado!

Enfim, um resumo verdadeiro que pode fazer rir mas que devia envergonhar um país a sério.


Saudações monárquicas 

Sem comentários: