Quando em
tempos escrevi uns versos sobre as cores de Portugal referia-me à bandeira do
Fundador, ao azul e branco que permaneceu durante séculos até que em outubro de
1910 nos foi imposta a bandeira verde rubra da Carbonária. Organização
terrorista, braço armado do partido republicano que assim chegava ao poder.
Mas não é
dessas cores que vos quero falar agora, muito embora seja verdade que no momento
em que negamos os símbolos ancestrais e tentamos reescrever a história, as
coisas nunca ficam por aqui. Por isso foi sem surpresa que assisti na televisão
a um curioso debate sobre a cor da pele dos portugueses!
O mote foi
dado por um deputado do Chega que disse o óbvio – os portugueses são brancos. Caiu
o Carmo e a Trindade! Provávelmente terá cometido um erro, terá ido muito atrás,
deveria ter-se limitado à história que se aprendia na antiga quarta classe. Aos
momentos constituintes do que é ser português.
E aí teria
sido mais fácil explicar que Afonso Henriques e a sua mãe, apesar das
desavenças, eram brancos, que o Condestável era branco, e que os navegadores ou
conquistadores quando desembarcaram pela primeira vez em terras remotas também
eram brancos.
Outra coisa
são as cores do império. E esse, sim, teve e tem muitas cores, e com as quais convivemos
por mais de quinhentos anos. E não terá sido uma convivência difícil para durar
tanto tempo!
Portanto, da
pseudopolémica o que sobra? Que se não forem os portugueses a defenderem a sua
herança não estou a ver quem a possa defender.
Saudações
monárquicas
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