Para
quem não esteja familiarizado com o novo vocabulário político a
palavra 'irritante' é agora utilizada para significar alguma coisa
que atrapalha a popularidade do regime e ninguém do regime tem
coragem para enfrentar e resolver. Acontece muito nos diferendos com
as ex-colónias onde normalmente fazemos figuras tristes e vai
acontecendo um pouco por todo o lado quando queremos ficar bem na
fotografia. E tinha que acontecer com a líder do CDS Assunção
Cristas.
Excessivamente
preocupada com a imagem Assunção deu uma entrevista ao Público
onde entre as ninharias do costume resolve dar mais um tiro no pé ao
referir-se ás eleições no Brasil. Diz ela que se tivesse que votar
optaria pela abstenção o que não deixa de ser estranho para alguém
que se assume como profissional da política. Mais estranho ainda
porque Cristas aparece sempre com um discurso contra as esquerdas
unidas em Portugal, vulgo geringonça, mas não compreende que no
outro lado do Atlântico os brasileiros queiram acabar com essa
trágica governança!
Ou
compreende mas tem medo do 'irritante'. Tem medo que a confundam com
a 'direita populista', um rótulo inventado pela esquerda para
condicionar quem tem medo. Tem medo que alguém a alcunhe de
fascista. O problema é que quem tem medo não pode andar na
política. Muito menos ter aspirações de representar a direita. Daí
o CDS não ter nenhuma visão para Portugal substancialmente
diferente daquela que a esquerda tem. Daí o CDS não ter hipóteses
de crescer. Daí Cristas não ter crista.
1 comentário:
Já não temos direita em portugal, todos na mesma cassete do politicamente correcto.
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