quinta-feira, outubro 25, 2018

Cristas e o 'irritante'


Para quem não esteja familiarizado com o novo vocabulário político a palavra 'irritante' é agora utilizada para significar alguma coisa que atrapalha a popularidade do regime e ninguém do regime tem coragem para enfrentar e resolver. Acontece muito nos diferendos com as ex-colónias onde normalmente fazemos figuras tristes e vai acontecendo um pouco por todo o lado quando queremos ficar bem na fotografia. E tinha que acontecer com a líder do CDS Assunção Cristas.

Excessivamente preocupada com a imagem Assunção deu uma entrevista ao Público onde entre as ninharias do costume resolve dar mais um tiro no pé ao referir-se ás eleições no Brasil. Diz ela que se tivesse que votar optaria pela abstenção o que não deixa de ser estranho para alguém que se assume como profissional da política. Mais estranho ainda porque Cristas aparece sempre com um discurso contra as esquerdas unidas em Portugal, vulgo geringonça, mas não compreende que no outro lado do Atlântico os brasileiros queiram acabar com essa trágica governança!

Ou compreende mas tem medo do 'irritante'. Tem medo que a confundam com a 'direita populista', um rótulo inventado pela esquerda para condicionar quem tem medo. Tem medo que alguém a alcunhe de fascista. O problema é que quem tem medo não pode andar na política. Muito menos ter aspirações de representar a direita. Daí o CDS não ter nenhuma visão para Portugal substancialmente diferente daquela que a esquerda tem. Daí o CDS não ter hipóteses de crescer. Daí Cristas não ter crista.



1 comentário:

Pvuden disse...


Já não temos direita em portugal, todos na mesma cassete do politicamente correcto.