sexta-feira, novembro 09, 2018

A república do 'impeachement'!


Voltando ainda às diatribes do 'nosso' Rui Tavares, vejamos outra passagem do mesmo artigo onde se revela o verdadeiro espírito republicano. A certa altura, e sem saber ainda que os democratas tinham conquistado a maioria na Câmara dos Representantes, escreve o seguinte: - 'Mas mesmo na melhor das hipóteses, uma vitória democrata na Câmara dos Representantes permitiria iniciar um processo de impeachement contra Trump por uma das suas várias vilanias – mas não encerrar esse processo'!

Resumindo, Rui Tavares, como bom democrata que é, não se conforma com a eleição de Trump e quer destituí-lo de qualquer maneira. O obstáculo continuaria a ser o Supremo Tribunal que com a actual composição não estaria (nem estará) pelos ajustes. Mas por aqui se vê também uma grande diferença entre a monarquia e a república. Na monarquia, quando é aclamado, toda a gente deseja longa vida ao rei. Pelo contrário quando o presidente da república é eleito quem não votou nele começa logo a trabalhar na sua destituição. Investigam o seu passado, as suas inclinações, os seus pecados, e se não os tem, inventam-se, até conseguirem correr com ele. E isto tanto vale para direita como para a esquerda.

Saudações monárquicas


Nota: Há um livro e há também um filme em que este assunto, o passado 'irrepreensível' dos presidentes americanos, é tratado com fina ironia. O filme chama-se 'Welcome Mister Chance', e coloca a hipótese de um atrasado mental, que apenas sabia repetir lugares comuns, poder chegar a presidente dos Estados Unidos. A sua grande vantagem face a outros candidatos era ter um passado sem mácula. Melhor dito, não ter passado.

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