Voltando
ainda às diatribes do 'nosso' Rui Tavares, vejamos outra passagem do
mesmo artigo onde se revela o verdadeiro espírito republicano. A
certa altura, e sem saber ainda que os democratas tinham conquistado
a maioria na Câmara dos Representantes, escreve o seguinte: - 'Mas
mesmo na melhor das hipóteses, uma vitória democrata na Câmara dos
Representantes permitiria iniciar um processo de impeachement contra
Trump por uma das suas várias vilanias – mas não encerrar esse
processo'!
Resumindo,
Rui Tavares, como bom democrata que é, não se conforma com a
eleição de Trump e quer destituí-lo de qualquer maneira. O
obstáculo continuaria a ser o Supremo Tribunal que com a actual
composição não estaria (nem estará) pelos ajustes. Mas por aqui
se vê também uma grande diferença entre a monarquia e a república.
Na monarquia, quando é aclamado, toda a gente deseja longa vida ao
rei. Pelo contrário quando o presidente da república é eleito quem
não votou nele começa logo a trabalhar na sua destituição.
Investigam o seu passado, as suas inclinações, os seus pecados, e
se não os tem, inventam-se, até conseguirem correr com ele. E isto
tanto vale para direita como para a esquerda.
Saudações
monárquicas
Nota:
Há um livro e há também um filme em que este assunto, o passado
'irrepreensível' dos presidentes americanos, é tratado com fina
ironia. O filme chama-se 'Welcome Mister Chance', e coloca a hipótese de um atrasado mental, que apenas sabia repetir lugares comuns,
poder chegar a presidente dos Estados Unidos. A sua grande vantagem
face a outros candidatos era ter um passado sem mácula. Melhor dito,
não ter passado.
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