Houve um tempo, nos primórdios do programa, em que me deixei enganar, e assisti, pensando que na televisão pública talvez fosse possível realizar um debate sério sobre alguma coisa, um debate que contribuísse para o esclarecimento geral. Puro engano, pois rápidamente se percebeu, pela agenda, que o programa tinha apenas o intuito de alisar o caminho aos vários governos socialistas (que é o que temos tido) naquelas matérias em que pudesse existir alguma resistência popular. As famosas causas fracturantes foram e continuam a ser o ponto alto do programa e a táctica é sempre a mesma: - parte-se do princípio que a questão é premente e nacional, e que o país é uma campina rasa dividida ao meio. Foi assim quando se discutiu o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e vai ser assim com a 'agenda' de um partido super minoritário (PAN) em relação às touradas. Criada esta aparente equivalência inverte-se a realidade e passa-se a ideia que a tradição é coisa de mentecaptos em vias de extinção. Só que o país real não é esta caricatura. É felizmente bastante mais complexo. Podem por isso fazer os referendos que entenderem que o sentimento popular não muda com duas cantigas. Nem com prós e contras de encomenda.
Saudações monárquicas
Nota. Em última análise pode e deve-se levantar de novo a questão do regionalismo. Autonomia para o Ribatejo, para os Açores, para Barrancos, para todas aquelas regiões que quiserem manter as suas tradições. E sem IVA.
Nota. Em última análise pode e deve-se levantar de novo a questão do regionalismo. Autonomia para o Ribatejo, para os Açores, para Barrancos, para todas aquelas regiões que quiserem manter as suas tradições. E sem IVA.
1 comentário:
Este programa vai finalmente (!) acabar do fim de Dezembro. Tens razão, parecia que seria sério mas não é!
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