Toda a narrativa tem o seu começo e esta começa no momento da detenção de Bruno de Carvalho, ex-presidente do Sporting. A noite tinha tomado conta das horas e o jogo que opunha leões e flavienses começara entretanto. Alvalade não se encheu por dentro mas cá fora o aparato policial encheu as ruas circundantes. Motivo - o chefe de uma das claques estava prestes a ser detido. O país suspenso, as televisões em transe disputavam entre si os troféus da caçada. Voltavam os tempos áureos em que só se falava de Bruno em todos os canais! O jogo prosseguia e Bas Dost, a grande vítima de Alcochete, inaugurava o marcador com pompa e circunstância. Tudo se encaminhava para uma noite de glória. Que de certo modo fizesse esquecer a afronta (pelo menos para alguns adeptos) que se desenhava lá fora. Desses poucos houve alguém que lembrou algumas das conquistas de Bruno de Carvalho em prol da verdade desportiva. O decantado vídeo árbitro, por exemplo. É aqui que a realidade se confunde com a ficção: - e assim, sem mais nem menos, perante as inesperadas dificuldades leoninas em bater o Chaves, o VAR, certamente ao corrente da detenção do seu progenitor resolve compensá-lo compensando o seu clube. E manteve-se em silêncio ignorando dois enormes erros do árbitro de campo! Erros que valeram a vitória do Sporting. Os de Chaves protestaram mas de nada lhes serviu. O valor da gratidão falou mais alto.
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