Perguntaram-me como se devia
votar nas eleições autárquicas e eu respondi dando o meu exemplo: - vivo no
concelho de Almada território tradicional da CDU mas nunca posso votar na CDU.
Podem pôr-me autocarro à porta, água canalizada, luz, saneamento básico, posso
até reconhecer-lhes a obra e mesmo assim não posso votar em nenhum personagem
da CDU. É um adversário natural, que tem do mundo uma visão diferente da minha e
sendo coerente não há-de descansar enquanto não edificar essa sociedade
detestável.
Em alternativa olhamos para a
lista dos candidatos da chamada direita e descobrimos que não conhecemos
ninguém. É normal e neste sentido resta a hipótese de votar no próprio partido
o que contraria completamente o espírito da eleição em causa. Também não é
grave uma vez que a direita só terá alguma hipótese de ganhar em Almada na
próxima república.
Entretanto houve um pequeno
terramoto político! O partido socialista, que trouxe este ano à compita
uma estrelinha da sua constelação, acabou por vencer a CDU! Adivinho que terá
contribuído para a vitória o teor de um cartaz que Inês de Medeiros espalhou
pela cidade: - ‘Dizem que Almada não pode, mas também não saem de cima’! Uma proposta
política excitante e que muito beneficiará a vida dos almadenses.
Mais a sério, prevejo uma luta
encarniçada entre socialistas e comunistas com os reflexos negativos que se
imaginam.
Saudações monárquicas
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