A espuma dos dias não nos deixa
ver o caminho onde o futuro e o passado obrigatóriamente se entrelaçam. Mas é
nesse caminho que estamos, caminho inexorável que o simbolismo das datas não se
esquece de nos lembrar! Enquanto se comemorar a república a monarquia continuará
a existir. Monarquia que como agora se vê no difícil transe que atravessa a
Catalunha é ainda a última voz e a última esperança de uma unidade que, para o
bem e para o mal, é sinal de solidariedade e grandeza. E não são essas afinal as
razões que nos levaram a todos à união europeia?!
Mas a unidade nunca está segura e
desenganem-se os que em Portugal a dão como adquirida! Lá como cá, foi um longo
caminho, com avanços e desilusões, agregando laboriosamente aquilo que o egoísmo de cada reino
ou república tendia a separar. Esse egoísmo permanece na história, e está agora
em alta, só que já não é visto como egoísmo, tem outros nomes, é exaltado! Na Catalunha um desses
nomes é a independência! Uma independência fictícia, ideológica, onde o acento
tónico está nos direitos mas não está nos deveres. Típico de uma causa fracturante!
E vale a pena recuar no tempo e imaginar
a facilidade com que Tarik entrou pela península e derrotou, sem apelo nem
agravo, uma cristandade entretida nos seus vários egoísmos.
Como diz a canção – ‘não há nada
de novo debaixo do sol’!
Saudações monárquicas
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