terça-feira, julho 12, 2011

Os dias difíceis

Quando de repente damos conta da enfermidade dos outros, esquecemo-nos um pouco de nós próprios e perguntamos se será importante ou útil emitirmos opiniões, deste ou daquele assunto, contemporâneo ou transacto, a economia do euro ou do dólar, a guerra financeira que move outras guerras, enfim, um mundo de trivialidades.
Mas a simples menção de escrever, se for cuidadosa e esforçada, talvez se justifique face á grandeza dos factos, da vida e da morte. Assim, assinalamos a morte de um príncipe católico que em vida se manteve príncipe e católico, naquilo que de essencial os distingue – o exemplo. Ao ponto de ser lícito afirmar que o planeta fica mais pobre com a sua ausência.
Além do exemplo cabe ainda acrescentar que em vida, Otão de Habsburgo, foi um homem clarividente. Previu a doença dos estados modernos, a doença da democracia totalitária, indefesa face aos interesses das castas e dos lobbies. Democracia totalitária pelo facto de todos serem eleitos da mesma maneira. Incluindo o árbitro do sistema!
O ‘interregno’ transcreveu em tempos uma pequena obra da autoria de Otão de Habsburgo – ‘A monarquia na era atómica’ – onde o ilustre pensador esclarece toda esta problemática.
Prova de que afinal continua vivo o herdeiro do Império Austro-húngaro! Império que não teve solução depois dos Habsburgos!

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