Quando quero inteirar-me sobre a situação melodramática do país (psiquiátrica talvez fosse o termo mais apropriado) costumo visitar o programa ‘prós e contras’ e nunca me arrependo. Se aquilo fosse receita culinária chamava-se ‘bacalhau com todos’, se fosse gravador era cassete. Portanto, convém não abusar, uma vez por mês, chega e sobra. Os ingredientes, ou seja, os convidados são sempre os mesmos, a nata da terceira república, e as frases, algumas, são o melhor do programa. A Fátima Campos Ferreira quando está arranjadinha, também escapa. Ontem estava, e como perdeu o guião do governo, pareceu-me um bocadinho mais lúcida! Em contrapartida anda apavorada com os ‘cortes’ que se perfilam no horizonte o que me leva a fazer o seguinte juizo: - Será que vamos conseguir reduzir o défice da televisão pública?! E de outras coisas publicas semelhantes?! Veremos.
Mas vamos às frases. Escolhi duas emblemáticas:
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- ‘Temos a geração mais qualificada de sempre, e não temos emprego para lhes dar’!
Minha opinião: - mais qualificada no sentido de andar a tirar cursos que não servem para nada, sim, é verdade. Mas geração super protegida pelos progenitores, pelo estado, por tudo e por nada, incapaz de enfrentar a economia de mercado, ou seja, a competição pura e dura com os nossos parceiros do norte da Europa. Jovens que anseiam ser funcionários públicos, e está tudo dito.
Aliás, se dúvidas houvessem, bastaria recordar o slogan da última manifestação onde a tal geração à rasca’ pretendia apenas que o trabalho deixasse de ser precário! Visando assim prolongar (por outros meios) a protecção do ninho materno.
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A outra frase, batida, é a seguinte: - ‘Portugal nunca viveu tão desafogadamente, e com níveis de desenvolvimento tão elevados como agora, desde que aderiu à união europeia… e ao euro’!
Minha opinião: - uma frase infeliz e quase obscena. Com efeito, ‘viver à grande e à portuguesa’ com o dinheiro dos outros, subsídios que chegaram de Bruxelas para alavancar o desenvolvimento do país, dinheiro dissipado, a grande fatia a benefício de uns tantos, é o tipo comportamental que define uma república bananal. Qualquer inimputável sabe fazer isso, e numa noite ou em poucos dias pode gastar a fortuna que herdou sem o menor dos problemas. E no fim também pode desabafar, flatulento – ‘mas que grande noite!’ O problema é que a factura desse regabofe apareceu entretanto e vamos ter que a pagar. Nós e as gerações futuras, gerações que vão nascer já endividadas.
Comparar ‘isto’ com outros períodos de abastança (descobrimentos e ouro do Brasil) é, no mínimo, deseducativo e obsceno. Os descobrimentos foram realizados por nós, na linha da frente, a benefício de Portugal; o ouro do Brasil era nosso e os investimentos que fizemos ainda estão à vista! Alguns até se vêem da estratosfera!
É só.
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Saudações monárquicas
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