terça-feira, abril 19, 2011

Um povo pouco nobre

Um dos símbolos da nobreza é Dom Quixote, idiota para alguns, mais identificados com o seu fiel escudeiro (apesar de tudo fiel) Sancho Pança! O Homem da Mancha observava as regras de cavalaria num tempo em que a esperteza e o maquiavelismo já imperavam e esse facto valeu-lhe sempre muitos dissabores. Tal como hoje, quem der a iniciativa ao adversário, quem valorizar os mais fracos, quem cultivar a independência, é imediatamente ridicularizado e exposto na praça pública como alguém que ousa escapar ao redil, ao rebanho das almas que vão para o céu, com letra pequena.
Pois bem, soube-se ontem que afinal também o PS tentou contratar Fernando Nobre para a sua linha avançada, mas como o referido ponta de lança acabou por assinar por outro clube, vá de lançar um anátema sobre as qualidades do jogador, que já não presta, que não treina o suficiente, etc., … e deixem-me continuar a raciocinar como se isto fosse bola, porque é a única maneira de nos entendermos.
Entretanto o clube que o contratou também não sabe ao certo quais são as cláusulas do contrato, e o mesmo se passa com o jogador! O PSD sabe apenas que o contratou ‘para se abrir à sociedade civil’! O jogador está convencido que é ele a sociedade civil!
De uma coisa podemos estar certos, e continuo a seguir a cartilha da bola: - para esta gente não há nada mais importante que o próximo jogo.
Honra, independência, sentido comunitário, isso não é connosco. Isso são coisas menores em terras de Sancho Pança.

Saudações monárquicas

Sem comentários: