A ideia de que Costa está refém
do PCP ou do Bloco é todos os dias desmentida pelos factos. Catarina Martins
está a viver uma lua-de-mel com que nunca sonhou! Qualquer dia muda-se para o
Rato. E o PCP, embora o discurso pareça mais exigente, quer apenas manter o que
lhe resta – o controle sobre os trabalhadores do estado e afins. Um sector que
tem vindo a diminuir. Costa não se importa e faz-lhe essa concessão. Recebe em
troca menos greves e melhores resultados em futuras eleições.
Mais aflitos andam Passos e
Portas sem saberem como se hão-de divorciar! E para onde hão-de ir viver! O
próprio anúncio da separação soou a falso. Passos, dizem, quer afastar-se da
direita e ocupar o centro entretanto deixado vago pelos socialistas. Só há aqui
um pequeno problema, um problema de natureza política - o centro só tem casas
para arrendar na altura das eleições. No resto do tempo é um espaço inocupável.
Tenho pena por Passos que revelou ser um político de confiança e com perfil
para liderar um grande partido conservador.
Já quanto a Portas penso que
perdeu uma enorme oportunidade para se justificar e justificar o CDS. Em lugar
de seguir o PSD no seu apoio a Marcelo, deveria ter-se demarcado, escolhendo
candidato próprio, alguém da sua área política, uma candidatura
assumidamente de direita. Mas Portas está muito viciado no poder, e não arrisca
a necessária travessia do deserto. Espera ainda ganhar eleições (à boleia) imaginando que
Costa vai falhar em breve. Tenho pena pelo CDS que assim não sai da cepa torta.
Saudações monárquicas
Sem comentários:
Enviar um comentário